UNESP Jaboticabal

Departamento de Fitossanidade
Laboratório de Controle Microbiano de Artrópodes Praga

Importância da compatibilidade de produtos

no Manejo Integrado de Pragas

Me. Stéfane Carolina Quista da Silva Faria

O Brasil é um dos maiores produtores
de alimento do mundo
24% do PIB

Desenvolvimento social, econômico

e ambiental

MAPA, 2019
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
FAVORÁVEIS Problemas
+ fitossanitários
MONOCULTIVO
Táticas atuais de controle de pragas

INSETICIDAS QUÍMICOS
Predominante

TRANSGÊNICOS
Grandes áreas

BIOLÓGICOS
Expansão
O uso inadequado dos inseticidas químicos:

1.Resistência de pragas aos inseticidas;

2.Surgimento de pragas secundárias;

3.Ressurgência de pragas;

4.Efeitos adversos em insetos não-alvo e animais;

5.Efeitos prejudiciais ao homem.

O que é o MIP?

MIP

Resposta Científica aos Problemas

Gerados pelo Uso Inadequado de
Agrotóxicos na Agricultura
Conceitos

“Sistema de decisão para uso de táticas de controle,

isoladamente ou associadas harmoniosamente, numa
estratégia de manejo, baseando-se em análises de
custo/benefício, que levam em conta o interesse e/ou
impacto nos produtores, sociedade e ambiente”

Kogan, 1998
Conceitos

“Conjunto de medidas que visa manter as pragas abaixo

do nível de dano econômico, levando-se em conta

critérios ecológicos, econômicos e sociais”

Gallo et al., 2002

MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS
 MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

BASES (TAXONOMIA, BIOLOGIA, ECOLOGIA)

 MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

BASES (MONITORAMENTO)

Monitorar constantemente e eficientemente

da praga (ovos, ninfas/lagartas e adultos)
em todas as culturas do sistema
 MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

BASES (NÍVEIS DE CONTROLE)

 MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

BASES (CONDIÇÕES DO AMBIENTE)

• Inimigos naturais
• Fatores climáticos
• Fenologia da planta
• Tamanho da área a ser tratada
• Disponibilidade de equipamento
 MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

PILARES (CONTROLE CULTURAL)

• Manter área de refúgio para plantas Bt

• Manter culturas alternativas
• Destruição de restos de cultura
• Manejo da irrigação e adubação
• Manejo de plantas daninhas hospedeiras durante a entressafra
 MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

PILARES (CONTROLE COMPORTAMENTAL)

• Usar plantas armadilhas

• Uso de semioquímicos (coleta massal, confundimento)
• Atraentes de alimentação e de oviposição
 MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

PILARES (CONTROLE GENÉTICO)

• Liberação de machos estéreis

 MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

PILARES (CONTROLE VARIETAL)

• Uso de plantas transgênicas com proteínas inseticidas eficientes

no manejo da praga
 MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

PILARES (CONTROLE QUÍMICO)

• Utilizar inseticidas seletivos (inimigos naturais e polinizadores)

• Fazer rotação de inseticidas (modo de ação e grupo químico)
 POR QUE O CONTROLE QUÍMICO TEM SIDO
QUESTIONADO?

Pressão da
sociedade
Alto custo
para síntese
de novas
moléculas

Restrição de
moléculas

Exigência do
mercado
externo
 MIP – MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

PILARES (CONTROLE BIOLÓGICO)

• Preservar inimigos naturais

• Efetuar liberações inundativas de agentes de controle biológico
(Trichogramma, Cotesia entre outros)
• Utilizar inseticidas formulados com Entomopatógenos (Bt,
Baculovirus, Beauveria, Metarhizium)
ABCBIO, 2019
MAPA, 2019
 UTILIZAÇÃO DE ENTOMOPATÓGENOS NO MIP

• Seleção correta dos entomopatógenos de acordo com as

suas características e da cultura onde serão usados
• Utilização correta de produtos químicos (compatibilidade)
• Compatibilidade dos entomopatógenos com outros agentes
biológicos
• Utilização de práticas agrícolas visando a melhora da ação
dos entomopatógenos
 MISTURA DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS EM
TANQUE DE APLICAÇÃO - LEGISLAÇÃO

A mistura em tanque é
permitida desde que haja
recomendação técnica
por profissional de nível
superior

• Redução de custos, do número de entradas na área, de

combustível e do volume de água
• Menor compactação do solo
• Menor tempo de exposição do trabalhador rural ao agrotóxico
• Melhor manejo e prevenção da resistência de pragas.
 AÇÃO DOS PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS SOBRE OS
ENTOMOPATÓGENOS

• Espécie e linhagem do patógeno

• Natureza química dos produtos
• Dosagens utilizadas

PRODUTOS

• Inibir o crescimento vegetativo, a conidiogênese e

a esporulação dos microrganismos
• Causar mutações genéticas

VIRULÊNCIA
 AÇÃO DOS PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS SOBRE OS
ENTOMOPATÓGENOS

Uso indiscriminado de produtos fitossanitários

Aumento da população de pragas

Desequilíbrio biológico Redução da produtividade
Efeitos indesejáveis sobre o
ambiente, homem e os animais
 MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DO EFEITO DE
PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS SOBRE
ENTOMOPATÓGENOS

In vitro

Incubação
7 a 15 dias
+ Ambiente
controlado

• Medida do crescimento vegetativo das colônias de

fungos e bactérias
• Contagem de estruturas reprodutivas
• Observações de aspecto geral das colônias
• Testes de patogenicidade – inseto-teste
 MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DO EFEITO DE
PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS SOBRE
ENTOMOPATÓGENOS

Em condições de campo

Introdução do inóculo na área experimental – aumentar a

população do patógeno

Aplicação do produto a ser avaliado

Observação da cinética de desenvolvimento do

patógeno sob influência do produto

*Condições atmosféricas – correlações entre o desenvolvimento e/ou

permanência do patógeno e os fatores ambientais
Portanto

Os agentes de controle microbiano podem ser utilizados

em conjunto com os agrotóxicos

Avaliadas as características dos produtos a

serem utilizados

Desenvolvimento de novas metodologias de

avaliação de compatibilidade in vitro e in vivo
 DÚVIDAS?

Laboratório de Controle Microbiano de Artrópodes Praga

stefane.faria@unesp.br