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Micro-Drenagem

2a. aula

PHD 2537 - Água em Ambiente


Urbano

Luís Antonio Villaça de Garcia

Outubro/2003
Micro-Drenagem

 Sarjetas - Dimensionamento

 Funções e Diretrizes:
 segurança de pedestres e veículos;
 limitar a profundidade (d) para evitar
inundações da calçada e propriedades;
 limitar a largura superficial (T) para
evitar aquaplanagem, problemas de
visibilidade, molhar pessoas;
 os valores limites de (d) e (T) são
fixados por normas. Ao serem
excedidos, utilizam-se bocas de lobo.
Micro-Drenagem

 Vias Urbanas
Tipo Secundária Principal Avenida Expressa
função tráfego local coletar e trânsito rápido limitação de
distribuir o e desimpedido fluxos no
tráfego através da perímetro
cidade urbano
faixas de duas duas a quatro quatro a seis quatro a seis
trânsito faixas faixas
estacionamento sim nem sempre não é acostamento
permitido sinalizado
sinalização placas placas e placas e placas
semáforos semáforos
velocidade 30 a 40 40 a 60 Km/h 60 Km/h 80 Km/h
máxima Km/h
inundação até a crista preservar uma preservar uma nenhuma ou
máxima da rua faixa de faixa de somente na
trânsito trânsito em largura da
cada direção sarjeta
Micro-Drenagem

 Sarjetas - Dimensionamento
 Diretrizes:
 Declividade Longitudinal  0,4 %;
 Declividade Transversal
4%  Sx 1,5%;
 profundidade máxima  15 cm;
 velocidade mínima = 0,75 m/s;
 velocidade máxima = 3,50 m/s.
Micro-Drenagem

 Sarjetas - Dimensionamento

 Capacidade Hidráulica :
 d = T.Sx
 Área = T.d / 2 = T2.Sx/2
 P = T.[Sx + (1+Sx2)1/2]  T
n de
 Equação de Manning: Tipo de Sarjeta ou Pavimentos Manning
Concreto, bem acabado 0,012
Pavimento de Asfalto
0,376 5 / 3 8 / 3 1 / 2 superfície regular 0,013
Q .S x .T S o superfície irregular 0,016
n Sarjeta de Concreto com
pavimento de Asfalto
superfície regular 0,013
superfície irregular 0,015
Pavimento de Concreto
bem acabado 0,014
mal acabado 0,016
Micro-Drenagem

 Sarjetas Compostas - Dimensionamento

 Capacidade Hidráulica :
 Q = Q w + Qs
 T = W + Ts
 y = d + a = T.Sx + a
 Sw = Sx + a/W
 Equação de Manning:
 Q = Qs/(1-Eo)
0,376 5 / 3 8 / 3 1 / 2
QS  .S x .TS .S o  
1

n 
 Sw / Sx


E o  1  8/3 
 Qw = Eo.Q  
 1 
Sw / Sx 
  1

  T / W   1 
   
Micro-Drenagem

 Cálculo de Sarjetas

 Dados de Entrada:
 nome da via
 trecho
 cotas de montante Co e de jusante do trecho C1
 comprimento do trecho L
 declividade da sarjeta no trecho S o = (Co – C1) / L
 declividade transversal da sarjeta S w e da via Sx
 coeficiente de rugosidade de Manning da sarjeta e
da via
 largura da sarjeta (W) e da via (T s)
 tipo de via pública
Micro-Drenagem

 Cálculo de Sarjetas

 Resultados:
 lâmina d´água máxima na sarjeta yo
 vazão total na seção Q
 área da seção de escoamento A
 velocidade média de escoamento na sarjeta V = Q / A
 tempo de percurso no trecho tp = L / V
 capacidade admissível no trecho Qprojeto
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 Sarjetas Compostas - Exercício


 So = 0,03 e n = 0,015 T=4m
W = 60 cm
 Capacidade Hidráulica:
 Sw = 4 / 60 = 0,0667

15 cm máximo
 a = W. (Sw – Sx) = 60 . (0,067 – Sx = 0,02
0,02) = 2,8 cm 4 cm
 y = d + a = T.Sx + a = 4.0,02 +
0,028 = 0,108 m
0,376 5 / 3 8 / 3 1 / 2
QS  .S x .TS .S o
n
 Qs = 0,376/0,015.(0,02)5/3.(4-0,6)8/3.(0,03)1/2= 0,167 m3/s
Micro-Drenagem

Sarjetas Compostas - Exercício


 So = 0,03 e n = 0,015 T=4m


W = 60 cm
1
 
 
 S / S 
= 0,42

15 cm máximo
E o  1  w x
8/3  
Sx = 0,02
  S / S  
 
 1  w x

  1 
  T / W   1 
4 cm

 Q = Qs / (1- Eo) = 0,167 / (1 - 0,42) = 0,29 m3/s (cada lado)


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 Bocas de Lobo

 Funções:
 captação do escoamento superficial das

sarjetas

 garantir a eficiência do sistema de


galerias

 não ocorram inundações no pavimento


das vias públicas
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 Bocas de Lobo

 Localização e Operação:
 em pontos intermediários
 situadas em trechos de sarjeta com escoamento em

uma única direção e declividade uniforme


 entrada da água se faz por uma das extremidades da

boca de lobo
 em pontos baixos
 situadas em mudanças de declividade da sarjeta (ponto

baixo de acumulação de água)


 entrada da água se faz pelas duas extremidades da boca

de lobo
Micro-Drenagem

Bocas de Lobo
 Desempenho:

 características do escoamento na sarjeta a montante

 profundidade e velocidade do escoamento

 declividade longitudinal e transversal da pista

 rugosidade da sarjeta

 tipo e dimensões da boca de lobo

 localização: em um local de declividade constante

(captação parcial ou total) ou ponto baixo (captação


total)
 Formulação Empírica: testes em laboratório

 Eficiência E = Q
int / Q

 Vazão não captada Qb = Q - Qint


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 Bocas de Lobo com Grade


 capta as águas sobre a grade;
 capta as águas ao lado da grade.

Qw

Qs

 Eo é a relação entre a vazão frontal Qw e a vazão total Q


 Qw = Eo.Q
 Qs = (1 – Eo).Q
 Eo = 1 – (1 – W / T)2,67
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 Bocas de Lobo com Grade


 (Qw)INT = Rf . Qw
 Rf : relação entre a vazão interceptada frontalmente
pela grade e a vazão frontal
 Vo é a velocidade a partir da qual uma parcela da
vazão Qw NÃO é captada
 Rf = 1 – 0,295. (V-Vo) para V  Vo
 Rf = 1 para V  Vo
 (Qs)INT = Rs . Qs
 Rs : relação entre a vazão interceptada lateralmente e a vazão lateral
1
 0,0828.V 1,8

Rs  1  2,3

 S x .L 
 Eficiência da Grade: E  RfE 0  Rs(1  E 0 )
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 Bocas de Lobo em Pontos Baixos com grade

 Carga < 12 cm: operação como vertedor :


 taxa de captação por unidade de perímetro molhado

de abertura da grade Q 3
 1,655y 2
P
 Carga  42 cm: operação como orifício
 taxa de captação por unidade de área de abertura da

grade será Q 1
 2,91y 2
A
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 Bocas de Lobo – Abertura na Guia

 Dimensionamento:
 h  15 cm
 comprimento para captação total da vazão Q da sarjeta
0, 6
LT  0,82Q 0, 42S 0,3  1 

 nS x
 declividade longitudinal da  declividade
sarjeta transversal da sarjeta

 Eficiência: E = 1 – (1 – L / LT)1,8
 Vazão efetivamente captada Qint = E . Q
Micro-Drenagem

 Bocas de Lobo em Pontos Baixos com abertura na guia

 se y/h  1: operação como


vertedor : 3
 vazão captada Q  1,703Ly 2

se y/h > 2: operação como orifício


3
:
 vazão captada Q  3,101Lh 2 y / h  1 / 2

se 1 < y/h < 2: operação indefinida


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 Bocas de Lobo Combinadas

 se L = Lgrade  capacidade da grade

 se L  Lgrade  Capacidade da abertura a montante da


grade (L – Lgrade) + capacidade da grade isolada
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Boca de Lobo - Exercício


 Grade P-50:Largura W = 60 cm T=4m


 Comprimento L = 90 cm W = 60 cm

 Vazão = 0,29 m3/s


 Parcela não Interceptada ?

10,8 cm
Sx = 0,02
 Eo = 0,42 (exercício anterior);
Qw = 0,42 . 0,29 = 0,12 m3/s;

2,8 cm

Sw = 0,067
 Qs = 0,29 – 0,12 = 0,17 m3/s Grade P-50
 A = [3,4.(0,02 . 3,4)]/2 + 0,5 . (0,108 + 0,02 .
3,4) . 0,6 = 0,17 m2
 V = 0,29 / 0,17 = 1,72 m/s
 Grade P-50: Vo = 3 m/s  V  Vo 
 Rf = 1 (intercepta toda a vazão frontal)
Micro-Drenagem

 Boca de Lobo - Exercício


1 T=4m
 0,0828.V 1,8

Rs  1  2,3


 = 0,067 W = 60 cm
 S x .L 
 Parcela não Interceptada ?
Qint = (Qw)int +(Qs)int =

10,8 cm
 Sx = 0,02
 R f . Q w + Rs . Q s =

2,8 cm
Sw = 0,067
 1,0 . 0,12 + 0,067 . 0,17 =
Grade P-50
 0,13 m3/s
 A eficiência da grade é
 0,13 / 0,29 = 0,45
 A parcela não interceptada é
 0,29 – 0,13 = 0,16 m3/s
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2a. aula

PHD 2537 - Água em Ambiente


Urbano

Luís Antonio Villaça de Garcia

Abril/2003

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