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CURSO DE ARRAIS AMADOR

CAPÍTULO - 4
REGULAMENTO INTERNACIONAL
PARA EVITAR ABALROAMENTOS
NO MAR - “RIPEAM” Volta para o INDICE
REGULAMENTO INTERNACIONAL PARA
EVITAR ABALROAMENTOS NO MAR
A finalidade do RIPEAM é: evitar o abalroamento no mar, utilizando-se regras
internacionais de navegação, luzes e marcas e ainda sinais sonoros.

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Definições Gerais  
Para o propósito destas Regras, exceto onde o texto o indique de modo diferente:
a) a palavra "embarcação” designa qualquer engenho ou aparelho, inclusive veículos sem calado e
hidroaviões, usados ou capazes de serem usados como meio de transporte sobre a água.
b) o termo "embarcação de propulsão mecânica" designa qualquer embarcação movimentada por meio
de máquinas ou motores.
c) o termo "embarcação de vela" designa qualquer embarcação sob vela desde que sua máquina de
propulsão se houver, não esteja em uso.
d) o termo "embarcação engajada na pesca" designa qualquer embarcação pescando com redes, linhas,
redes de arrasto ou qualquer outro equipamento de pesca que restringe sua manobrabilidade, mas não
inclui uma embarcação pescando de corrico ou com outros equipamentos de pesca que não restringem
sua manobrabilidade.
e) a palavra "hidroavião" designa qualquer aeronave projetada para manobra sobre a água.
f) o termo "embarcação sem governo" designa uma embarcação que, por alguma circunstância
excepcional, se encontra incapaz de manobrar como determinado por estas Regras e, portanto, está
incapacitada de se manter fora da rota de outra embarcação.
g) o termo "embarcação com capacidade de manobra restrita" designa uma embarcação que, devido à
natureza de seus serviços, se encontra restrita em sua capacidade de manobrar corno determinado por
estas Regras e, portanto, está incapacitada de se manter fora da rota de outra embarcação.

h) o termo "embarcação restrita devido a seu calado" designa uma embarcação de propulsão mecânica
que, devido a seu calado em relação à profundidade e largura de água navegável disponível, está com
severas restrições quanto à sua capacidade de se desviar do rumo que está seguindo.  

i) o termo "em movimento" se aplica a todas as embarcações que não se encontram fundeadas,
amarradas à terra ou encalhadas.  
RISCO DE COLISÃO MANOBRAS PARA EVITAR COLISÕES

Deve ser presumido que tal risco existe A) Toda manobra para
caso a marcação entre duas evitar colisão deve ser
embarcações seja constante e a franca e positiva, bem
distância entre elas diminua. como ser feita com ampla
antecedência.

ERRADO

CERTO
ALTERAÇÃO DO RUMO QUE
EM CASO DE DÚVIDA CONSIDERE SEJA SUBSTANCIAL E COM
HAVER RISCO DE COLISÃO ANTECEDENCIA

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CANAIS ESTREITOS TERMOS QUE DIFERENCIAM DUAS
EMBARCAÇÕES QUE SE
ENCONTRAM:

Manobradora – É aquela
embarcação que não tem preferência
de passagem, ou seja, aquela que
BB
tem de tomar uma ação necessária
para ficar fora do caminho da outra.
BE Preferenciada – É aquela
embarcação que tem preferência de
a) Uma embarcação que estiver passagem, ou seja, aquela que pode
navegando ao longo de um canal prosseguir sem necessidade de
estreito ou via de acesso deverá se tomar nenhuma ação.
manter tão próxima quanto possível e Em qualquer situação uma
seguro do limite exterior desse canal ou embarcação é manobradora e a outra
via de acesso que estiver a seu é privilegiada.
BORESTE.

a) Duas lanchas quando navegam em rumos opostos, dentro de um rio, a que


vem a favor da corrente, tem preferência e se posiciona no meio do rio. A que
está subindo o rio, mantém-se na sua margem de boreste e é a manobradora.
ESQUEMA DE VELOCIDADE DE
SEGURANÇA
SEPARAÇÃO DE TRÁFEGO

LINHA OU ZONA DE SEPARAÇÃO DE TRÁFEGO Velocidade de segurança é a


velocidade que possibilita uma ação
apropriada e eficaz de evitar uma
colisão e de parar a embarcação a
uma distância segura. Ao cruzarmos
com outras embarcações fundeadas
nas mesmas localidades às margens
CRUZAR A VIA
dos rios e canais devemos diminuir a
velocidade.
Uma embarcação de esporte e recreio A velocidade de segurança de uma
deverá evitar cruzar uma via de tráfego, embarcação é função de: seu
tanto quanto possível, porém, se for calado, dos perigos próximos, do
necessário tal manobra, deverá ser feita tráfego local, além de outros fatores.
de forma a cruzar perpendicularmente a
via de tráfego.

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ULTRAPASSAGEM

a) Toda embarcação que esteja ultrapassando outra deverá manter-se fora do


caminho dessa outra.

Manobradora Preferenciada

A B

b) Deverá ser considerada uma c) Quando a ALCANÇADORA


embarcação alcançando outra, toda ultrapassar a ALCANÇADA as condições
embarcação que se aproximar de outra de alcançada e alcançadora não mudam .
vinda de uma direção de mais de 22,5°
para ré do través essa ultima (durante a A alcançadora não se dispensará da
noite só poderá ver a luz de alcançado). obrigação de se manter fora do caminho
da embarcação alcançada.

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SITUAÇÃO RODA-RODA

Durante a noite, de uma das


a) Quando duas embarcações a propulsão
embarcações verá as luzes dos
mecânica estiverem se aproximando em rumos mastros (se tiver) da outra
diretamente opostos em condições que envolvam enfiadas ou quase enfiadas ou
riscos de colisão cada um deverá guinar para quase enfiadas e as luzes de
Boreste de forma que a passagem se dê por ambos os bordos
bombordo uma da outra.

Manobradora Manobradora

A B

A e B guinarão para BE

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SITUAÇÃO DE RUMOS CRUZADOS

Quando duas embarcações à propulsão mecânica navegam em


rumos que se cruzam em situação que envolva risco de colisão, a
embarcação que avista a outra a Boreste deverá se manter fora do caminho
dessa e caso as circunstâncias o permitam evitará cruzar sua proa.

Numa situação de rumos


cruzados entre uma lancha e um
veleiro, a lancha deve desviar
para evitar uma colisão, pois um
veleiro tem preferência sobre
embarcações motorizadas.
Manobradora
Quando houver risco de colisão,
e a embarcação manobradora B
não manobrar adequadamente, a
embarcação privilegiada deve,
A
então manobrar. Preferenciada

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RESPONSABILIDADE ENTRE EMBARCAÇÕES
A seqüência de situações que dão
preferência de manobra para barcos
navegando, por ordem de preferência
é:
1. embarcação sem governo,
2. embarcação com capacidade de
manobra restrita,
3. embarcação arrastando redes
(engajada na pesca),
4. embarcação à vela,
5. todas as demais embarcações
motorizadas.

Uma embarcação à vela tem


preferência sobre as embarcações
a motor.

Uma embarcação engajada na


pesca deverá manter-se fora do
caminho das embarcações sem
governo, ou capacidade restrita.

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LUZES E MARCAS

São situações que eu utilizo as


luzes de navegação: à noite, em
visibilidade restrita e quando for
necessário, exceto: com
embarcação atracada no cais. Só é permitida a utilização de luzes
correspondentes as regras do Ripeam
Luz: uso noturno. Qualquer outra luz pode camuflar a Luzes
de Bordos

MARCA

O nome Marca é designado as


formas geométricas utilizadas para
sinalizar operações de
embarcações durante o dia, em
substituição as luzes.
Marca: uso matinal

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LUZES E MARCAS

EMBARCAÇÃO FUNDEADA
Uma embarcação menor de 50
metros, quando fundeada, apresenta:
apenas uma luz circular branca onde
RESTRITA DEVIDO AO SEU CALADO
melhor possa ser vista.

EMBARCAÇÃO SEM GOVERNO CARREGANDO CARGA PERIGOSA

REBOCANDO OU SENDO REBOCADA


EMBARCAÇÃO ENCALHADA
(COMPRIMENTO SUPERIOR A 200m)
EMBARCAÇÃO ENGAJADA NA PESCA, QUE NÃO SEJA DE ARRASTO

EMBARCAÇÃO ENGAJADA NA PESCA DE ARRASTO

ENGAJADA EM OPERAÇÕES SUBMARINAS


CAPACIDADE DE MANOBRA OU DRAGAGEM C/ CAP. DE MANOBRA RESTRITA
RESTRITA E COM EXISTÊNCIA DE OBSTRUÇÃO
ENGAJADA EM OPERAÇÃO
DE VARREDURA
Uma embarcação, à noite, exibindo três luzes
circulares verdes, formando um triângulo, será uma HIDROAVIÃO NAVEGANDO
embarcação em operação de remoção de minas SOB A ÁGUA
(bombas).

PROPULSÃO MECÂNICA EM
EMBARCAÇÃO ENGAJADA
MOVIMENTO
EM SERVIÇO DE PRATICAGEM
(as de comprimento inferior a 50m não é
obrigada a exibir a luz do mastro de ré)
À VELA, USANDO
MOTOR À VELA EM MOVIMENTO
À VELA EM MOVIMENTO
“PODE EXIBIR”
“DEVE EXIBIR”

EMBARCAÇÃO REBOCANDO

(Comprimento do reboque inferior a 200m) (Comprimento do reboque superior a 200m)

SIMULTANEAMENTE REBOCANDO E
EMPURRANDO OU
EMPURRANDO OU
REBOCANDO A CONTRABORDO
REBOCANDO A CONTRABORDO
LUZES DE NAVEGAÇÃO As luzes de bordos, de mastro e de
alcançado são setorizadas para melhor
LUZ DE MASTRO
identificar o movimento da embarcação, à
noite.

a) Luz de mastro – Luz branca


LUZES DE contínua, sobre o eixo longitudinal da
BORDO embarcação, visível num setor de 225º,
desde a proa até 22,5º por ante-a-ré do
través.

b) Luzes de bordo – Luz verde BE –


Luz encarnada – BB, contínua, visível em
setores de 112º,5 de cada bordo.
c) Luz de alcançado –Uma luz branca
que é vista pela popa de uma embarcação
67,5˚ para a esquerda e para a direita é
chamada de: luz de alcançado.
d) A luz de reboque de uma
embarcação tem a cor amarela.
LUZ DE ALCANÇADO

Luz branca continua situada tão próximo quanto possível da popa, visível
num setor horizontal de 135º e posicionada de modo a projetar a sua luz sobre
um setor de 67,5º de cada bordo a partir da popa chama-se: Luz de alcançado.
ALCANCE LUMINOSO DOS FARÓIS DE NAVEGAÇÃO

 O alcance luminoso para a luz ou luzes de mastro de embarcação com


comprimento igual ou superior a 50 metros, é de 6 milhas náuticas.
 As embarcações de comprimento igual ou superior a 50 metros devem ter
as luzes dos bordos com intensidade suficiente para serem vistas a: 3
milhas.
 O alcance luminoso para as luzes de alcançado de embarcação com
comprimento igual ou superior a 50 metros deve ser: superior a 3 milhas
náuticas.

O alcance luminoso para as luzes de alcançado de embarcação com


comprimento igual ou superior a 12 metros deve ser: 2 milhas náuticas.

 Embarcações de comprimento inferior a 12 metros deverão ter a luz de


alcançado com alcance de: 2 milhas náuticas.
 Embarcações de comprimento inferior a 12 metros deverão ter a luz de
mastro com alcance de: 2 milhas náuticas.

Uma luz de mastro é branca e visível em um arco de: 225˚ da proa para
os bordos.
SINAIS SONOROS E LUMINOSO

A palavra APITO significa qualquer dispositivo de


sinalização sonora capaz de produzir os sons curtos e
longos prescritos.
APITO CURTO APITO LONGO

DURAÇÃO APROXIMADA DE DURAÇÃO DE 4 A 6 SEGUNDOS


1 SEGUNDO
Os dispositivos de sinalização sonora capazes de produzir os sons curtos e longos
são utilizados nas seguintes situações: Manobra, advertência e baixa visibilidade.
SINAIS DE MANOBRA

.. .

...
SINAIS DE ADVERTÊNCIA

_ _ ..
_ _.
Devo indicar uma ultrapassagem por
boreste com dois apitos longos e um
curto (2 + 1)
SINAIS DE BAIXA VISIBILIDADE

Embarcação fundeada igual ou maior de 100 metros deverá


soar: sino avante e gongo à ré.

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