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Pesquisa cientifica: como se manter atento às

questões de ética, plágio, fraude e má


conduta?

Profa. Virgínia Bentes Pinto


Profa. Priscila Barros David
PPGCI- UFC
Revisitando o Conceitos

Ética grego éthikós  significa mos ou mores.

Em latim termo neutro plural tà éthicá derivado de ethos e significa


mœurs modo de ser costumes, hábitos, leis, estruturas, maneira de viver
e de agir.

Antiguidade esses dois conceitos eram usados de maneira intercambiáveis

Modernidade até à atualidade: também são percebidos por muitos, como


tendo o mesmo sentido.
Contudo, são dois termos cuja significação é diferente.
Dicionário de filosofia de Abbagnano (1998, p. 380): Conceito de
ética associado a duas concepções.

a) Ética: “A ciência do fim para o qual a conduta dos homens deve ser orientada e dos
meios para atingir tal fim, deduzindo tanto o fim quanto os meios da natureza do
homem” Diz respeito à essência do ser homem.

b) “A ciência móvel que disciplina a conduta humana e procura determinar tal móvel com
vistas a dirigir ou disciplinar essa conduta”  seria uma espécie
de manual de conduta.
Ética

Aristóteles (Ética à Nicômaco)

Ciência da moral É uma disciplina teórica que reflete sobre os valores da


existência, sobre as condições de uma vida humana , sobre a noção do “ bem,
sobre as questões da moral na sociedade

Objetiva: estabelecer o bem ao individuo e as sociedades

Moral: conjunto das regras de conduta e dos valores de uma sociedade 


corresponde às normes de mode de vida, que permitem definir o bem e o
mal.

Moral: tem a ver com a prática da ética


Ética

“(...) os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira tangendo seus


instrumentos. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos”.
(Aristóteles, II)

Kant: Fundamentação da Metafísica dos Costumes


“Tudo o que não puder contar como fez, não faça”

Ética ---> Livre arbítrio

Portanto: Querer, Poder e Dever


Fatores que concorreram para o surgimento da Ética e Bioética
na pesquisa

Ética na pesquisa tema questionado por vários pesquisadores, uns analisam do ponto de vista positivo, outros
acusam que ela freia o desenvolvimento cientifico

Se levarmos em conta as atrocidades cometidas em nome da pesquisa, é claro


que precisamos de uma ética

Quanto tempo mulheres ciganas sobreviveriam sendo alimentadas apenas com


água salgada?
A que extremos de temperatura e pressão os seres humanos conseguiriam
sobreviver?
Fatores que concorreram para o surgimento da Ética
e Bioética na pesquisa

Dr. Josef Mengele – Especialista em Ciência Eugênica Instituto


de Herança Biológica e Higiene Racial, Universidade de Frankfurt

Injeção de corantes nos olhos;


Transfusão de sangue entre pares;
Sutura entre pares, para criar siameses;
Cirurgias na coluna vertebral (sem anestesia); (...)
Fatores que concorreram para o surgimento da Ética e Bioética na
pesquisa

Estudo Tuskegee: um projeto desenvolvido pelo Serviço de Saúde Pública dos Estados
Unidos ao longo de 40 anos (1932-1972).  Filme “Cobaias”- 1997- Anasazi
Productions

Denúncia em matéria de primeira página no jornal The New York Times.

Equipe: médicos e enfermeiras

Participantes: 600 negros pobres que viviam em Macon, Estado da Geórgia.


Grupos: 399 sofriam de sífilis e 201 não tinham a doença.

Recompensa: refeições e exame médicos gratuitos, além de terem garantido um


seguro-funeral (Bonfim, 2015)
Ordenamento jurídico voltados a essa temática

1947 – Código de Nuremberg 10 Princípios éticos que normatizam a pesquisa


com seres humanos
1964 – Declaração de Helsinque 05 Princípios básicos que norteiam a
pesquisa com seres humanos
1966 – Publicação de Henry Beecher – Relata vinte e dois experimentos
envolvendo seres humanos em condições precárias de pesquisa- New England
Journal of Medicine
1985 – Comissões de Ética Médica - Brasil
1988 – Normas de Pesquisa em Saúde – CNS
1991 – CIOMS/OMS – Normas sobre Pesquisas Epidemiológicas
1993 – CIOMS/OMS – Normas sobre Pesquisas em países em desenvolvimento
1996- Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP- Res 196/96
RESOLUÇÃO No 510, DE 07 DE ABRIL DE 2016 – Ciências Humanas e sociais
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP

Criada pela Res 196/96


RESOLUÇÃO No 510, DE 07 DE ABRIL DE 2016

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em


Ciências Humanas e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a
utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de
informações identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os
existentes na vida cotidiana, na forma definida nesta Resolução.
RESOLUÇÃO no 510, DE 07 DE ABRIL DE 2016

III –benefícios: contribuições atuais ou potenciais da pesquisa para o ser humano, para
a comunidade na qual está inserido e para a sociedade, possibilitando a promoção de
qualidade digna de vida, a partir do respeito aos direitos civis, sociais, culturais e a um
meio ambiente ecologicamente equilibrado;

IV – confidencialidade: é a garantia do resguardo das informações dadas em confiança


e a proteção contra a sua revelação não autorizada;

V-consentimento livre e esclarecido: anuência do participante da pesquisa ou de seu


representante legal, livre de simulação, fraude, erro ou intimidação, após
esclarecimento sobre a natureza da pesquisa, sua justificativa, seus objetivos, métodos,
potenciais benefícios e riscos
Riscos da pesquisa em CHS

 Possibilidade de constrangimento ao responder o questionário;


 Desconforto em locais de entrevistas
 Medo;
 Vergonha ou constrangimento ao se expor durante a realização de
entrevistas , grupos focais, socio- poética
 Cansaço, aborrecimento e estresse ao responder às perguntas;
 Quebra de sigilo;
 Quebra de anonimato.
 Alterações na autoestima provocada pelas lembranças /memórias
conscientização sobre uma condição física ou psicológica
Pesquisa acadêmica e LGPD- LEI Nº 13.853, DE 8 DE JULHO DE
2019

Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como fundamentos:


I - o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;
III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e
VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a
dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.
Pesquisa acadêmica e LGPD- LEI Nº 13.853, DE 8 DE JULHO DE
2019
Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:

I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável;


II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião
política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado
referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa
natural;
III - dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado, considerando a
utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu tratamento;
IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou em vários
locais, em suporte eletrônico ou físico;
V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de tratamento;
Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:
XII - consentimento: manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o titular
concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade determinada;

XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração pública direta ou


indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente
constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão
institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada
de caráter histórico, científico, tecnológico ou estatístico
Dados Sensíveis em Saúde (art. 11,

"§ 4º É vedada a comunicação ou o uso compartilhado entre controladores


de dados pessoais sensíveis referentes à saúde com objetivo de obter
vantagem econômica, exceto nas hipóteses relativas a prestação de serviços
de saúde, de assistência farmacêutica e de assistência à saúde"
Ética em pesquisa científica: Bioética

 Autonomia  consentimento livre e esclarecido CH.

 Beneficência (fazer sempre o bem)

 Não maleficência (não causar dano / primum non


nocere)

 Justiça (tratar cada um com igualdade e equidade)

(BEAUCHAMP; CHILDRESS ,1994, .BAÊTA, TEIXEIRA,


2004, COSTA, 2008, LOCH, 2002)
Complexidade da Ética e Bioética
Goldim/2004
Aspectos Aspectos Aspectos Aspectos
Culturais Políticos Psicológicos Informaci
Aspectos
Espirituais onais:
Desinfor
Aspectos mamação
Aspectos
Educacionais , facks
Profissionais
News,
misinform
ETICA NA
PESQUISA
ação
Aspectos Aspectos
Assistenciais Científicos

Aspectos
Aspectos
Biológicos
Econômicos

Aspectos
Aspectos
Sociais Aspectos Legais
Morais
Ética e Bioética na Pesquisa

Pesquisas com seres humanos

Pesquisa com o meio ambiente

Pesquisas com animais

Projeto genoma humano

Pesquisas com células tronco

Não somente as ciências da natureza


são afetadas
Ética e Bioética na Pesquisa

Direitos Individuais: Vida, Liberdade, Não-


discriminação

Direitos Coletivos: Saúde, Educação, Assistência


Social
Direitos de Estado: Solidariedade, Ambiente

Goldim, 2004
Ética e Bioética na Pesquisa

 “Honestidade e justiça em propor e executar relatórios investigação;


 Precisão e imparcialidade em representando contribuições à pesquisa
propostas e relatórios;
 Proficiência e equidade no mesmo nível de revisão;
 Colegialidade em interações científicas, comunicação e partilha dos
recursos
 Divulgação de conflitos de interesses;
 proteção de assuntos referentes aos humanos na condução da
pesquisa;
 Tratamento humano no cuidado de animais na condução da pesquisa;
 Aderência das responsabilidades mútuas de investigadores e
aprendizes.“ ( Brasil, 2013)
Plágio, Fraude e Má-conduta

https://pensador.uol.com.br/frase/NTM1MDc1/
Plágio

[...] plágio é a imitação fraudulenta de uma obra protegida pela


lei autoral.

Não é exagero adjetivar o plagiário como malicioso, disfarçado,


astuto, hábil, dissimulado.

O plagiário escamoteia e mente, desmoralizando o verdadeiro


criador intelectual.

Essa conduta é típica de nossa sociedade de aparência, na qual o


importante não é ser, mas simplesmente parecer e aparecer.
(MORAES, 2014, p. 51).
Plágio

A lei n. 9.610, de Direitos Autorais, estabelece que reproduzir um texto,


ainda que indicando sua fonte, mas sem autorização do autor, pode
constituir crime de violação de direitos autorais. (BRASIL, 1998)

“Não existe plágio de ideias, porque as ideias em si não são


objeto de proteção” (Lei de Direitos Autorais -LDA -n98, art. 8º,
I).

“Elas são impropriáveis, têm “trânsito livre”, pertencem a todos,


são da coletividade.

A forma dada às ideias, contudo, é pessoal. Não se pode


confundir, portanto, algo de todos com algo de cada um.

Todo ato de criação, ao mesmo tempo em que se alimenta do


acervo cultural de um povo, é, antes de tudo, um ato
eminentemente pessoal.” (MORAES, 2006, p. 98)
Plágio

Constituição Federal de 1988,

Art. 1º, III- a dignidade da pessoa humana

Art. 3º -I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,


raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Plágio
Leite (2-14)  três tipos de plágio:

“o integral, o parcial e o conceitual. Os dois primeiros são de


acepção óbvia, já o plágio conceitual ocorre com a utilização da
ideia do autor escrevendo de outra forma, porém, novamente,
sem a citar a fonte original.”

http://archeologie-copier-coller.com/wp-content/uploads/2012/05/LE.PLAG
IAT.DE_.LA_.RECHERCHE.pdf
Dicas para ajudar a evitar plágio

Dica- 1 : fazer citações diretas ou paráfrases, indicando autoria,


ano de publicação e página, no caso das citações diretas,
 
Dica- 2- indicar as fontes nas referencias bibliográficas ou em
notas de roda-pé

Dica-3- Para se assegurar passe seu trabalho em software


anteplágio
Plágio: Alguns software para detectar plágios

https://copyspider.com.br/main/

Fonte: Portal da Escrita Científica do Campus USP de São


Carlos- http://www.escritacientifica.sc.usp.br/anti-plagio/
Fraude

“Uma violação séria e intencional na conduta de ume pesquisa e na divulgação dos


resultados, excluem-se desse os erros comuns que surgiram ao longo da pesquisa “
(Steneck, 2006)

Rego (2010, p.190) “[...] uma tentativa de burlar os mecanismos de avaliação da


produção individual e coletiva”

Pimenta; Pimenta (2011, p.01) Fraude é “um exercício de um estudante que


pretenda burlar as regras reproduzindo nas avaliações conhecimentos que realmente
não domina”.
Fraude

Muito comum na pesquisa cientifica

Charles Babbage (1829) quatro formas de alterar dados de


uma pesquisa.
-Fabricação
-ajuste.
-adequação.
-criação de dados.

A autoria indevida é uma forma de fraude muito difundida

Desviar dinheiro da ciência é fraude-

2013- Science em parceria com o site Retraction Watch, –


Universidade Duke (Carolina do Norte, a pesquisadora Erin
Potts-Kant usou seu cartão de pesquisador e gastou
aproximadamente 25 000 dolares em compras pessoais. Pagou
uma multo e perdeu o emprego
Alguns aspectos positivos da fraude

a) A divulgação de comportamentos fraudalosos pode estimular a autocritca dos


pesqusiadores e cientistas.

b) Ela demanda prudencia no registro, analise, conservação e divulgação dos resultados.

c) A qualificação dos colaboradores potenciais são mais bem analisadas.

d) As diversas instancias cientificas : universidades, institutos de pesquisas, periódicos


cientificos, organismos de fomento estão também envolvidos na definição de procedimentos
para evitar e tratar os casos de fraudes e prever outros.

e) Os editores periódicos cientificos analisam cad vez mais a qualidade do conteudo dos
artigos submetidos à publicação. (WOOLF, 1987)
Má-conduta
“Inicialmente, a má conduta científica era um problema limitado a
poucos países, como os Estados Unidos. Mas agora, nações
emergentes em ciência, como o Brasil, ‘juntaram-se ao clube’ em
razão do aumento da visibilidade de suas pesquisas, e têm sido
impactadas de forma negativa por esse problema” (STENECK,
2014)

http://blog.editoracubo.com.br/wp-content/uploads/2015/02/Charge2011-etica_escola-
705278.jpg
Má-conduta

Exemplo de má conduta é revisar seu


próprio trabalho,

Chamar sempre os mesmos colegas para


as bancas e para emitir pareceres em
projetos e relatórios

“Editor-chefe se aposenta depois de ter


sido encontrado em plágio em seu
próprio periódico (Biomédica, 2014)

Artigo sobre índio dopado que contém a


sua imagem?” (Materiais ciência, 2014) (

http://4.bp.blogspot.com/-
G4fmfHQVRGo/UtoYBHz6HdI/
AAAAAAAAOp0/NBJVxuGTZfE/
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18+at+4.57.39+pm.png
Ética, Plágio, Fraude e Má- conduta
Reino Unido : Um dos melhores comitês para essas questões
COPE (Committee on Publication Ethics) -http://publicationethics.org

http://publicationethics.org/resources
Ética, Plágio, Fraude e Má- conduta
Reino Unido : Um dos melhores comitês de Ética na pesquisa
COPE (Committee on Publication Ethics) -http://publicationethics.org

http://publicationethics.org/resources
Acordo global sobre os princípios

Fonte: Steneck, 2014


Algumas reflexões

Plágio, fraude e má-conduta na pesquisa cientifica trazem inúmeras


consequências, para os pesquisadores, para a ciência, para a sociedade e
também para a economia.
Referências
BEAUCHAMP, T.L; CHILDRESS, J.F. Principles of biomedical ethics. 4rd.ed. New York: Oxford University Press,
1994.

Bonfim,Jonilda Ribeiro. Estudo Tuskegee e a falsa pesquisa de Hwang: nas agendas da mídia e do público

BRASIL. Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016. Dispõe sobre a Ética na Pesquisa na área de Ciências
Humanas e Sociais Disponível: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf. Acesso em:
25.05.2019

DRANE, J.; PESSINI, L. Bioética, medicina e tecnologia. São Paulo: Loyola, 2005.

MORAES, Rodrigo. O plágio na pesquisa acadêmica: a proliferação da desonestidade intelectual. Disponível


em:http://www.faculdadesocial.edu.br/dialogos possíveis possiveis/artigos/4/06.pdf. Acesso em: 10 set 2016, p.
96.

MORAES, R. O autor existe e não morreu! cultura digital e a equivocada coletivização da autoria. In: SILVA, R. R. G.
da (Org.). Direito autoral, propriedade intelectual e plágio. Salvador: EDUFBA, 2014. p. 35-61

STENECK , Nicholas H. Research integrity going global.

WOOLF, P. Ensuring integrity in biomedical publication. Journal of American Medicine Association, 258(23) , 3424
-3427, (1987
PIMENTA, Maria Alzira de Almeida e PIMENTA, Sônia de Almeida. Fraude em Avaliações de
aprendizagens: Estudo Comparativo entre o Nordeste e o Sudeste do Brasil. 2011. Disponível
em: . Acesso em 15 de maio de 2012.

REGO, Sergio. Índice H, autoria e integridade na produção científica. Rev. bras. educ. med.
2010, vol.34, n.2.

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