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MANUAL DE COLETA

EXAMES DE SANGUE
Sangue: sangue total, plasma ou soro
A coleta de sangue é realizada fazendo o garroteamento rápido de um dos braços do
cliente, assepsia com álcool a 70% do local da veia e depois punção da veia, utilizando
seringa plástica ou tubo Vacutainer, com ou sem anticoagulante, dependendo dos
exames a serem realizados, e em conforme com o manual de coleta. Usar luvas para
efetuar a punção.
• Sangue Total: tubos com anticoagulantes EDTA, para hematologia (tubos com rolha roxa);

• Soro: tubos sem anticoagulante, para bioquímica, imunologia, hormônios (tubos com rolha
vermelha ou amarela);

• Plasma: tubo com citrato, para coagulação (tubos com rolha azul); tubo com fluoreto, para
glicose (tubos com rolha cinza); tubo com heparina, para exames específicos (tubos com rolhas
verde).

Colocar o sangue coletado nos respectivos tubos e homogenizar por inversão (mínimo de
5 vezes) os tubos com anticoagulantes, a fim de impedir a coagulação.
Posteriormente, levar os tubos coletados imediatamente para a área técnica do
Laboratório para conservá-los em geladeira a 4 – 8 ° até o seu manuseio e sua utilização.
Os soros e plasmas são separados em centrífuga clínica, por rotação de 3000 rpm’s por
5 minutos. Os soros plasmas caso não sejam utilizados dentro de 48 horas, são
conservados em congelador até a sua utilização.
COLETA DE SANGUE
Recomendações gerais
• Agulhas – na coleta de sangue deve sempre ser usada agulha estéril, nova e descartável.
• Agulhas de coleta múltipla são usadas para procedimento que utilizam tubos
com vácuo.
• Agulhas “scalp” – eventualmente, no caso de pacientes que necessitam de
coletas seriadas, para determinações bioquímicas periódicas (agulhas que permanecem
nos vasos). Essas agulhas são estéreis, siliconizadas e descartáveis, contendo duas
asas no mandril (scalp) para facilitar a fixação à pele depois de atingido o vaso.
• Seringa – Deve sempre ser usada uma seringa esterilizada de plástico, descartável.
• Lanceta – Deve ser utilizada uma lanceta estéril, descartável.
COLETA DE SANGUE
Normas gerais para uma boa coleta de sangue
• O paciente deve estar psicologicamente preparado;
• O local da coleta deve ser apropriado para se conseguir a amostra de sangue suficiente
para as determinações;
• Se o sangue for colhido com agulha, é fundamental que esta permaneça dentro do vaso
puncionado. Para isso temos de garantir a imobilização do local da coleta. Em caso de
crianças pequenas, temos de nos valer de auxiliares que façam a necessária contenção
da criança;
• O sangue deve fluir facilmente;
• Se usado garroteamento, este não deve ultrapassar um minuto;
• Após a coleta, retirar a agulha da seringa antes de transferir o sangue, a não ser no caso
de hemoculturas, onde o sangue deve ser injetado assepticamente nos respectivos
frascos, através da rolha perfurável;
• Usar tubo seco, sem anticoagulante, quando se quer obter soro;
• Usar tubo com anticoagulante apropriado quando se quiser obter plasma;
• Depois de terminada a coleta, fazer hemostasia compressiva no local, até cessar o
sangramento.
COLETA DE SANGUE
Sangue capilar
A coleta de sangue capilar é utilizada em hematologia, em pesquisa de hemoparasitos e
na coleta de amostras para a execução de microtécnicas. O sangue capilar é obtido
através da pele. Anatomicamente, a punção causa o sangramento dos capilares, das
arteríolas que fornecem sangue aos capilares da região e das vênulas, que drenam o
sangue desses capilares. A punção da pele é geralmente feita na superfície póstero-
lateral do calcanhar, em crianças de até a idade de 1 ano e depois dessa idade, na polpa
do 3º ou 4º dedo da mão ou do grande artelho. Em adultos, utiliza-se a face lateral
externa da polpa do 3º ou 4º dedo da mão esquerda, onde a pele é mais macia. Podem
ser usados outros locais de coleta tanto para crianças como para adultos, como, por
exemplo, o lobo da orelha. Nunca devemos colher sangue capilar de um local edematoso
(inchado). O edema contamina a amostra, diluindo o soro ou plasma, adicionando ainda
líquidos que podem não estar normalmente presentes. A assepsia do local é feita com
álcool a 70%. O álcool deve secar completamente, para evitar hemólise. Não se deve
colher amostra para contagem hematológica da mesma punção feita para determinação
de tempo de sangramento ou de coagulação, pois a presença de qualquer coagulação,
mesmo na intimidade dos tecidos, altera os resultados das contagens. As coletas são
feitas gota a gota em tubo de ensaio, em tubos capilares ou mesmo em papel de filtro,
dependendo do tipo de exame. Quando necessário o uso de anticoagulante, geralmente
é empregado a heparina.
COLETA DE SANGUE
Sangue venoso
Sangue venoso é usado para a maioria dos exames de laboratório. A coleta é feita por
meio de seringas de plástico estéril adaptado a agulhas estéreis, com ou sem
anticoagulante. O sangue venoso geralmente é colhido da veia cubital, na dobra do
antebraço, em adultos e em crianças menores, ou então da veia jugular, no caso de
crianças pequenas. Os passos para a coleta de sangue da veia cubital são:
• Retirar a seringa da embalagem estéril, acoplar a agulha estéril e deixar a seringa
envolvida na própria embalagem estéril, pronta para ser usada,
• Colocar um garrote ao redor do braço do paciente, acima da dobra do cotovelo. Verificar
o batimento do pulso para garantir que a circulação arterial não foi interrompida;
• Pela inspeção e pela palpação, determinar a veia a ser puncionada, que deve ser
calibrosa e bem firme. É muito importante que se aprenda a sentir, pela palpação, a
presença da veia. Muitas vezes, em crianças ou em pacientes obesos, uma boa
sensibilidade à palpação localiza veias que não são visíveis. Deve-se tomar cuidado com
pacientes freqüentemente sangrados e com pessoas idosas, pois as veias escolhidas
podem estar obstruídas total ou parcialmente, de onde não se consegue colher material;
• Desinfetar a pele sobre a veia selecionada com álcool 70% e deixar secar antes de
puncionar;
• Não tocar o local que vai ser puncionado e não deixar que o paciente dobre o braço;
COLETA DE SANGUE
Sangue venoso
• Pedir ao paciente que mantenha a mão fechada;
• Pegar a seringa e colocar o dedo sobre o mandril da agulha, para guiá-la durante a
introdução da veia;
• Esticar a pele da dobra do cotovelo com o dedo indicador da outra mão, a uns 5 cm
abaixo do local da punção, mas sem tocá-lo
• Introduzir a agulha na pele ao lado da veia que vai ser puncionada, paralelamente a ela
e, lentamente, penetrar em seu interior. Um ligeiro afrouxamento da resistência à
penetração da agulha indica que houve introdução na veia. Entretanto, nem sempre esse
afrouxamento é percebido;
• O sangue fluirá para dentro da agulha espontaneamente. Se o embolo do seringa estiver
muito preso, como acontece com a maioria das seringas de plástico ou, se a pressão do
sangue na veia puncionada for baixa, devemos puxar levemente o êmbolo, para verificar
se a agulha está na veia e, em seguida, para retirar o sangue necessário. Cuidado para
não transfixar a veia. Se a veia for transfixada ou se agulha for puxada para fora dela,
não conseguimos o volume de sangue necessário, há extravasamento de sangue para os
tecidos e a formação de hematoma. O sangue do hematoma não pode ser utilizado, pois
irá se apresentar hemolisado. Havendo hematoma, pedir ao paciente que abra e mão,
retirar imediatamente o garrote, retirar a agulha, colocar um algodão seco no local da
perfuração, fazer o paciente dobrar o braço e procurar outra veia, se possível, no outro
braço;
COLETA DE SANGUE
Sangue venoso
• Na coleta normal, após a retirada a quantidade de sangue necessária, soltar o garrote,
retirar a agulha e colocar um pedaço de algodão seco no local. O paciente, com o braço
esticado segura o algodão no local, com a outra mão. Depois vedar o local com blood
film ou similar;
• Retirar a agulha da seringa e transferir o sangue colhido para tubos ou frascos com ou
sem anticoagulante, de acordo com o exame solicitado. Escorrer lentamente o sangue
pelas paredes dos frascos ou tubos, sem provocar a formação de espuma;
• Tampar os frascos e tubos, para evitar evaporação ou contaminações. Os recipientes
com anticoagulante devem ser invertidos várias vezes lentamente pois uma agitação
violenta causa hemólise.
COLETA DE SANGUE
Veias do dorso da mão
Em pacientes obesos pode ser mais fácil o acesso às veias do dorso da mão. Essas veias
são por vezes mais calibrosas do que as veias da dobra do cotovelo, porém são
extremamente móveis em relação aos tecidos circujacentes, o que dificulta a penetração
da agulha em seu interior.
Além disso, a perfuração da pele do dorso da mão é bem mais dolorosa do que a da
prega do cotovelo.
Após a punção do dorso da mão a hemostasia deve ser bem mais demorada.
Freqüentemente há extravasamento de sangue e formação de hematomas.
COLETA DE SANGUE
Veias jugulares
Quando não se consegue sangue das veias do antebraço, especialmente em crianças,
prefere se a utilização da veia jugular externa.
COLETA DE SANGUE
Jugular externa
Consegue-se sangue da veia jugular externa imobilizando-se bem o cliente
(principalmente crianças), enfaixando-o com um lençol, colocando-o em posição
inclinada, com a cabeça em nível inferior ao tronco. Roda-se a cabeça para o lado oposto
da punção, o que permite visualizar a veia. Provoca-se o choro da criança, para que
aumente a estase venosa. Se adulto, o cliente deverá ficar sentado e fazer esforço
respiratório, assoprando com o boca e nariz fechados. A agulha deve penetrar
diretamente sobre a veia, que nessa região é bem superficial. Após a punção deve-se
manter o paciente sentado e fazer uma compressão demorada, com algodão ou gaze,
secos, e depois vedar o local com blood film ou similar.
COLETA DE SANGUE
Sangue total, plasma e soro
O sangue colhido, se adicionado de anticoagulante não coagula, permanece líquido e se
chama sangue total. Tem uma parte líquida, o plasma e uma parte sólida, constituída
de partículas isoladas e que são as hemácias, as plaquetas e os leucócitos. Se esse
sangue total for centrifugado ou mesmo deixado em repouso, a parte sólida, mais
pesada, vai para o fundo do recipiente e a porção líquida (plasma), transparente e
amarela, fica na parte superior.
Sem a adição de anticoagulante, todo o sangue colhido coagula rapidamente, entre 5 e
15 minutos (a não ser em raros casos patológicos). O coágulo pode aderir à parede do
tubo. Por isso, logo após a coagulação passamos um palito de madeira ou um bastão de
vidro, com cuidado, ao redor do coágulo e uma só vez. O coágulo se retrai, entre 1 e 3
horas e expulsa de seu interior um líquido, chamado de soro. A retração do coágulo é
acelerada se o tubo contendo sangue for colocado em banho-maria a 37ºC. A
coagulação é mais lenta em recipientes plásticos ou siliconizados. Como sempre sobram
hemácias soltas no plasma, que não prenderam ao coágulo, é necessário que o tubo seja
centrifugado, para que todas as hemácias se depositem e se obtenha um sobrenadante
límpido, amarelado e transparente. Para se obter maior volume de soro e se evitar ao
máximo a hemólise, esperamos que o coágulo se retraia, antes de centrifugar a amostra.
Quando necessitamos de sangue total ou de plasma, usamos anticoagulantes. Não
existe um anticoagulante ideal para todos os exames de laboratório. Em geral eles
interferem no mecanismo da coagulação “in vitro”, inibindo a formação da protrombina
ou da trombina.
COLETA DE SANGUE
Hemograma
Para realização do hemograma, o sangue total é colhido preferentemente pela manhã,
com o paciente em jejum e em repouso de pelo menos 30 minutos. Geralmente é
utilizado sangue venoso, colhido em frasco com EDTA. Usar o garrote o menor tempo
possível (1 minuto, no máximo) e soltá-lo logo que a agulha penetre na veia. Colhido o
sangue, retirar a agulha da seringa e transferir o volume de fixado pelo laboratório para
o frasco de coleta contendo EDTA. Rodar várias o frasco, sem agitá-lo, para evitar
hemólise. A amostra de sangue é enviada ao laboratório, os esfregaços são preparadas
no momento da coleta.
COLETA DE SANGUE
Hemoculturas
• Tempo e número de coletas: A presença de bactérias no sangue é freqüentemente
contínua, em casos de infecções intravasculares como na endocardites e na fase aguda
das infecções não tratadas. Nesses casos, a possibilidade de encontro do agente
causador da infecção no sangue é grande, durante as 24 horas do dia. Não importa se
são feitas várias coletas, uma hora após a outra ou se essas levam maior intervalo de
tempo entre si (de 2 a 3 horas). Outras vezes, a bacteremia é intermitente e pode vir
depois de uma hora do aparecimento de calafrios. Nesses casos, as coletas devem
coincidir com os primeiros sinais da febre. O que determina a freqüência e as horas das
hemoculturas, no entanto, é o pedido médico. Se o pedido não especificar várias
hemoculturas, o laboratório tem de se restringir a uma só. É muito importante que esta
seja colhida na hora mais favorável. Em casos urgentes e na iminência do início de uma
terapêutica antimicrobiana, a hemocultura é feita a qualquer hora. No caso de coletas
múltiplas, não há necessidade de mais de 3 a 4 hemoculturas, nas 24 horas, para
adultos. Em pacientes submetidos à terapêutica antimicrobiana, poderão ser necessárias
outras amostras, sendo algumas delas quando o nível do quimioterápico ou antibiótico
estiver em seu nível sangüíneo mais baixo. No caso de crianças, em geral são suficientes
2 amostras espaçadas de 2 a 3 horas, nas 24 horas, para o diagnóstico de bacteremia
em recém nascidos.
COLETA DE SANGUE
Hemoculturas
• Preparo da pele e coleta do sangue: A hemocultura é o exame que mais necessita
de uma assepsia do paciente, pois o isolamento de um germe é, em geral, significativo.
Sendo feito preferencialmente antes da aplicação antibacteriana, a repetição do exame,
caso haja crescimento de contaminantes, não encontrará o cliente nas mesmas
condições. O exame pode se mostrar negativo, mesmo que o problema exista. A pele
humana, altamente contaminada, determina as principais causas das contaminações de
hemoculturas: a primeira causa é a preparação inadequada da pele do paciente, de onde
se vai colher a amostra. A Segunda causa, é a palpação da pele já desinfetada, com os
dedos (não protegidos por luva estéril) de quem está colhendo o sangue.
COLETA DE SANGUE
Hemoculturas
• Semeadura: Antes de introduzir a agulha no cliente, preparar o frasco de cultura com
rolha perfurável e, sem abri-lo, colocar um algodão com iodo a 1% em cima da rolha e
limpar em seguida, com álcool a 70%. Cobrir a rolha com um gaze estéril. Retirar 1 ml,
tanto de adultos como de crianças. Afrouxar o garrote, retirar a seringa e fazer a
hemostasia. Retirar a gaze estéril que estava cobrindo a rolha do frasco e verificar se
todo o álcool que tínhamos passado na rolha está evaporado. Perfurar a rolha com a
agulha da seringa contendo o sangue colhido e injetar imediatamente o sangue no
frasco, nas quantidades apropriada. Quando o pedido do exame especifica cultura para
germes aeróbios e anaeróbios, são utilizados dois frascos de cultura. Para que o sangue
colhido não coagule e para que a ação dos leucócitos e de macrófagos seja neutralizada,
os meios para hemocultura contêm SPS como anticoagulante, na concentração de 0025
a 0,05%. A proporção de sangue, nos meios de cultura, deve ser sempre entre 1:10 e
1:20. Logo depois de colhidos os frascos de hemocultura devem ser rotulados e enviados
ao setor de microbiologia ou imediatamente colocados em estufa a 37º, aguardando sua
remessa ao laboratório. Nunca devem ser colocados em geladeira.
EXAMES DE URINA
Instruções ao cliente
Instruir ao paciente de que a urina deve ser obtida, o quanto possível, não contaminada
por secreção vaginal, smegma, pêlos púbicos, pós, óleos, loções e outros materiais
estranhos
As seguintes instruções devem ser observadas:
• Instruir o paciente sobre lavagem e higiene das mãos e do pênis ou vagina;
• As mulheres menstruadas devem ser instruídas para introduzir um tampão na vagina
antes da higiene local e da micção;
• As instruções para a coleta podem ser oral ou escritas e em linguagem acessível;
• Deve ser dado ao paciente um frasco com rótulo, para proceder a coleta da urina e
colocar o seu nome no rótulo;
• O paciente deve ser instruído para fechar o frasco.
EXAMES DE URINA
Espécimes de urina
• Primeira da manhã (ou espécime de 8 horas);
• Urina de 12 horas;
• Urina de 24 horas;
• Urina de 24 horas conservada;
• Urina de início ou final de jornada;
• Urina para exame citológico.
EXAMES DE URINA
Primeira da manhã (ou espécime de 8 horas)
É normalmente coletado imediatamente após o paciente levantar-se da cama, após um
noite de aproximadamente 8 horas de sono. Outros períodos de 8 horas podem também
ser usados para os trabalhadores noturnos, indivíduos insônicos e em certas situações
pediátricas. Espécimens para verificar proteinúria ortostáticas são coletados após um
período de 8 horas deitado.
• Técnica:
· antes de deitar, esvaziar completamente a bexiga;
· logo ao levantar urinar no frasco de coleta;
• observação: qualquer urina emitida durante a noite deve ser colocada no frasco
e misturada com o espécime emitido pela manhã.
· após a coleta, anotar na etiqueta do frasco o nome, data e horário da coleta, e
depois enviar a urina para o laboratório o mais rápido possível. Caso isto não seja
possível, guardá-la na geladeira até o seu envio para o laboratório.
EXAMES DE URINA
Primeira da manhã (ou espécime de 8 horas)
Observações:
• São obtidos melhores resultados se o teste for realizado dentro de 2 horas;
• As amostras da primeira urina da manhã fornecem o reflexo mais preciso da presença da
bactérias e de elementos formados, tais como cilindros e cristais;
• Um retardo no exame, após a coleta, pode causar valores falsamente reduzidos de
glicose, cetona, bilirrubina e urobilinogênio. Se houver interesse específico para estes 2
últimos analitos, o frasco de amostra deve ser envolvida em folha de alumínio, porque
são pigmentos muito instáveis se expostos à luz;
• O exame tardio com a amostra permanecendo à temperatura ambiente, pode causar
níveis falsamente elevados de bactérias, em virtude de crescimento bacteriano podendo
diminuir a glicose e cetona e alterar o pH pela conversão da uréia em amônia. O retardo
também perturba a microscopia, em virtude de formação de cristais de uratos e fosfatos;
• Para a preservação da urina, além da geladeira, às vezes é necessário a adição de
preservativos
EXAMES DE URINA
Primeira da manhã - preservativos
• Formalina: A formalina é usada em sua forma comercial, concentrada (40%),
formaldeído, na proporção de 1 gota para cada 5 a 10 ml de urina ou de 1 ml por litro
de urina. A principal aplicação e a preservação dos elementos figurados, sendo
recomendada para a preservação de urina destinada a contagem de Addis. Se a
proporção de formalina for maior do que a indicada acima, podem surgir falsas reações
positivas para glicose quando são usadas fitas para glicose-oxidase;
• Ácido Bórico: O ácido bórico é um preservativo muito usado, sempre na proporção de
0,8 g por litro de urina;
• Timol: Timol na proporção de 6 ml por litro, é usado na preservação de urina para
algumas determinações, como, por exemplo, de mucopolissacarídeos;
• Ácido clorídrico: É usado para preservar urina para algumas determinações, em
concentrações diferentes: Concentrado, na quantidade de 15 ml por litro, é usado na
determinação do ácido vanilmandélico (VMA);
• Fluoreto de sódio: Fluoreto de sódio, na quantidade de 10 g por litro, é acrescentado
na urina para preservação de açúcares
EXAMES DE URINA
Urina de 12 horas
A coleta de urina de 12 horas deve obedecer rigorosamente o horário. Clientes com
problema renal, que urinam pouco, devem tomar bastante líquido durante a coleta.
• Coleta (homens e mulheres):
· Desprezar a 1ª urina de manhã e marcar o horário;
· Coletar a partir daí, para um frasco, todas as urinas até completar as 12 horas;
· Todas as micções devem ser coletadas e não apenas parte, nenhuma urina pode ser
perdida. É importante o volume total de 12 horas;
• Conservação e transporte:
O frasco com as micções deve ser conservado na geladeira o tempo todo;
Após a última micção levar o mais rápido possível para o Laboratório.
EXAMES DE URINA
Urina de 24 horas (sem conservante)
Os volumes deverão ser coletados rigorosamente, sem nenhuma perda material;
Evitar coletas nos finais de semana, para que não haja alteração provocadas pelas
mudanças de hábitos dos finais de semana (Ex. dieta, exercício físico, stress, etc);
O material não deve ser coletado durante episódios de cólica (aguardar 10 dias) ou em
uso de medicamentos que causem interferência nos exames. Relacionar o uso de
medicamentos em caso da impossibilidade de suspensão;
Os frascos devem ter etiquetas que informem sobre o conteúdo e permita a identificação
clara do cliente. As etiquetas devem conter nome completo, peso e altura do cliente e o
seu nº de registro no laboratório;
Quando indicado, especialmente para clientes do sexo feminino, deve-se orientar para a
realização de cuidadosa higiene íntima antes de cada coleta. Sempre que possível, deve-
se evitar a coleta de urina durante o período menstrual e nos dias imediatamente
anterior e posterior, com objetivo de se reduzir eventuais contaminações por fluídos
genitais. O uso de absorvente interno pode ser uma alternativa em situações urgentes;
As urinas devem ser coletadas em frasco plástico liso, tipo água mineral. Não usar
recipientes de refrigerantes, medicamentos, etc., pois poderá ocasionar contaminação da
urina.
EXAMES DE URINA
Urina de 24 horas (sem conservante)
• Coleta (homens e mulheres):
· Desprezar a 1ª urina de manhã, e marcar o horário;
· Coletar para um frasco grande (tipo água mineral) todas as urinas do dia e da noite,
se tiver;
· Coletar também para o frasco a primeira urina do dia seguinte à mesma hora em
que jogou fora a 1ª urina da manhã do dia anterior.
• observação: misturar todas as urinas, não sendo necessário separar qualquer
micção, e levar para o Laboratório todo o volume da urina.
• Conservação e Transporte:
· O frasco com as micções deve ser conservado na geladeira o tempo todo.
· Após a última micção levar o mais rápido possível para o Laboratório
• Exames:
· Clearance de creatinina;
· Clearance de ácido úrico;
· Microalbuminuria;
· Proteinúria;
· Analitos: cálcio, fósforo, magnésio, cloretos;
· Ácido delta aminolevulínico (ALA-U).
EXAMES DE URINA
Urina de 24 horas (sem conservante)
Observações:
• A urina de 24 horas é requerida para compensar as variações diurnas;
• As mais baixas concentrações de catecolaminas, 17-hidroxiesteróides e eletrolitos
ocorrem cedo na manhã; enquanto as maiores concentrações ocorrem no meio do dia ou
logo após;
• É fundamental que toda a urina seja entregue ao laboratório. Qualquer erro na coleta,
implicará em erro nos resultados.
EXAMES DE URINA
Urina de 24 horas (com conservante)
Nos casos em que houver a necessidade de se usar conservante, proceder do seguinte
modo:

Exame Ácido Clorídrico Observação Refrigerar


6N – HCL 50%

Ácido cítrico 20 mL/L - Não

Ácido homovanílico Adultos: 20 mL/L Com dieta Não


Criança: 6,5 mL/L

Ácido 5 OH Adultos: 20 mL/L Com dieta Não


indolacético Criança: 6,5 mL/L

Ácido oxálico 20 mL/L Com dieta Não

AMP cíclico 20 mL/L Com dieta Sim

Cálcio 20 mL/L (facultativo) Com dieta Não


EXAMES DE URINA
Urina de 24 horas (com conservante)
Nos casos em que houver a necessidade de se usar conservante, proceder do seguinte
modo:

Exame Ácido Clorídrico Observação Refrigerar


6N – HCL 50%

Catecolaminas Adultos: 20 mL/L Com dieta Não


Criança: 6,5 mL/L

Creatinina 20 mL/L (facultativo) - Não


Creatinina, clearence

Deoxipiridinolina 25 mL/L Frasco âmbar Não

Fósforo 20 mL/L - Não

Hidroxiprolina 20 mL/L Com dieta Sim

Magnésio 20 mL/L (facultativo) Frasco plástico Não


EXAMES DE URINA
Urina de 24 horas (com conservante)
Nos casos em que houver a necessidade de se usar conservante, proceder do seguinte
modo:

Exame Ácido Clorídrico Observação Refrigerar


6N – HCL 50%

Metanefrinas Adultos: 20 mL/L Interferentes Não


Criança: 6,5 mL/L

Piridinolina 25 mL/L Frasco âmbar Não

Potássio 20 mL/L (facultativo) - Sim

Proteínas 20 mL/L (facultativo) - Sim

Sódio 20 mL/L (facultativo) - Sim

VMA Adultos: 20 mL/L Com dieta Não


Criança: 6,5 mL/L
EXAMES DE URINA
Urina de 24 horas (com conservante)
Nos casos em que houver a necessidade de se usar conservante, proceder do seguinte
modo:

Exame Bicarbonato Observação Refrigerar


de Sódio

Ácido úrico 5 g/L - Não

Coproporfirinas 5 g/L Frasco âmbar Sim

Porfirinas 5 g/L Frasco âmbar Sim

Protoporfirinas 5 g/L Frasco âmbar Sim

Uroporfirinas 5 g/L Frasco âmbar Sim


EXAMES DE URINA
Urina de 24 horas (com conservante)
Evitar a coleta em dias nos quais haja mudança de hábitos (ex. dieta, exercício físico,
stress, etc).
Nos casos em que houver a necessidade de se usar conservante, proceder do seguinte
modo:

Exame Ácido Acético – 8 M Observação Refrigerar

Ala-U 10 ml/L Frasco âmbar Não

Aldosterona 20 ml/L - Sim

Cistina 20 ml/L (facultativo) - Sim

Exame Fluoreto Observação Refrigerar

Acetona 100 mg p/ 100 mL - Congelar

Aldosterona 100 mg p/ 100 mL - Congelar

Exame Fluoreto Observação Refrigerar

Aminoácidos 20 ml/L - Não


Cromatografia
EXAMES DE URINA
Urina início ou final de jornada
Coletar urina após período de exposição ou antes do período de exposição, conforme
orientação médica (ou seja, após a jornada de trabalho ou início);
Coletar a urina em um frasco. São necessários pelo menos 50 ml de urina.

• Exames:
De medicina ocupacional (chumbo, cobre, cromo, zinco, mercúrio, níquel, ácido hipúrico,
ácido metil-hipúrico, cálcio, ácido mandélico, ALA-U, cadmio, fluoreto, organofosforados,
metanol, etanol, carboxiemoglobina, etc).
EXAMES DE URINA
Urina para Exame Citopatológico
• Ao levantar pela manhã, urinar normalmente e fazer a higiene local, com água e sabão
neutro;
• Tomar 4 copos de líquido (água, suco, mate, chá etc.). Se não conseguir tomar tudo de
uma só vez, dar um intervalo entre os copos;
• Se o cliente estiver em boas condições físicas, um pouco de ginástica (ou caminhada)
aumentará na urina o número de células e o material ficará mais representativo;
• Não coletar a urina logo que sentir necessidade de urinar. Esperar mais um pouco para
aumentar o volume urinário;
• Cliente do sexo feminino deverá evitar o contato da urina com o material vaginal através
de um tampão (chumaço) de algodão na entrada da vagina;
• Ao urinar coletar todo o volume da urina emitido. A urina pode ser também coletada por
catéter ou punção suprapúbica;
• Identificar o frasco com o nome do cliente, data, horário e tipo de coleta.

Observações:
Acondicionar bem o recipiente para que não derrame. Colocar o recipiente protegido
dentro de um saco plástico com gelo. Levar imediatamente ao Laboratório. O tempo
máximo entre a coleta e a chegada do material ou laboratório não deve ser superior a 2
horas.
EXAMES DE FEZES
Exames parasitológicos - comum
• Coletar as fezes em urinol, bacia ou bidê, com o cuidado de não misturar com a urina
(urinar fora);
• Colocar no frasco, comprado na farmácia ou fornecido pelo Laboratório, uma pequena
quantidade de fezes (5 pazinhas);
• Identificar, o frasco com as fezes, apondo na etiqueta colada ao frasco o nome do cliente
e depois levar ao Laboratório no mesmo dia;
• No caso de cliente que tenha hábito de evacuação à tarde ou à noite, o frasco deve ser
embrulhado em papel e conservado na geladeira até a hora de entrega ao laboratório,
no dia seguinte.
EXAMES DE FEZES
Exames parasitológicos - MIF
• O cliente deve coletar no frasco com conservante, fornecido pelo Laboratório, uma
pequena quantidade de fezes (1 pazinha) a cada dia, durante 3 dias seguidos;
• Manter o frasco em temperatura ambiente;
• É conveniente de que coleta inicial seja feita em urinol, bacia ou bidê, e sem misturá-la
com a urina (urinar fora);
• No terceiro dia coletar também a mesma medida (1 pazinha) em um outro frasco sem
conservante para o caso de exame à fresco;
• Identificar o(s) frasco(s) com as fezes, apondo na(s) etiqueta(s) do(s) frasco(s) o nome
do cliente, e depois levar ao laboratório no mesmo dia.
EXAMES DE FEZES
Exames parasitológicos - Pesquisa de Oxiurus (Enterobius vermicularis)
• Instruções:
· Instruir o cliente a fazer a coleta pela manhã antes de defecar ou tomar banho, a
fim de evitar a remoção dos ovos de parasitos, pois as fêmeas do parasito
normalmente vem à noite para as bordas do ânus para depositar os ovos;
· Fornecer ao cliente uma lâmina limpa e desengordurada tendo uma tira de fita
gomada (durex) colada à sua superfície e embrulhada em papel, a fim dele proceder
a coleta em casa.

• Coleta:
· O cliente deve afastar as nádegas expondo o ânus. Descolar a fita gomada da
lâmina e aplicá-la várias vezes na região anal e perianal. Após isto, colar novamente
a fita gomada na lâmina e tornar a embrulhar em papel.

• Conservação e Transporte:
· A lâmina embrulhada pode ser conservada à temperatura ambiente. Levar para o
laboratório.
EXAMES DE FEZES
Coprologia Funcional de Fezes
Suspender toda medicação durante e fazer dieta durante 2 dias, conforme
orientação médica.
• A orientação mais comum é a seguinte:
Às 08h da manhã, tomar: 1 copo de leite com pouco de café, 2 torradas com muita
manteiga;
Às 10h da manhã, tomar: 1 copo de leite com pouco café, 2 torradas com muita
manteiga;
Almoço: 1 bife médio mal passado, 1 ovo frito mal passado, arroz, caldo de feijão, batata
cozida (ou purê de batata) à vontade;
À tarde: 1 copo de leite com pouco café, 2 torradas com muita manteiga;
Jantar: Igual ao almoço, acrescentando macarrão e 1 cenoura.
• Coleta:
No 3º dia coletar toda a primeira evacuação da manhã e levar ao Laboratório
imediatamente ou então conservar na geladeira por no máximo 24 horas;
Usar recipiente limpo e seco;
Evitar contaminação por urina, água, gordura ou outro elemento;
Não usar laxantes para obtenção de fezes;
Suspender dieta para crianças até 12 anos de idade;
Evitar o uso de medicamentos, bebidas gasosas, alcoólicas, conforme orientação médica.
EXAMES DE FEZES
Pesquisa de sangue oculto
• Instruções:
· Alimentos permitidos (3 dias antes do teste):Carnes: frango, peru (somente
pequenas quantidades), vegetais: milho verde, cenoura, aipo (à vontade), frutas:
maçã, ameixa (à vontade), cereais: moderada quantidade de cereais;
· Alimentos a serem evitados (3 dias antes do teste):Carnes vermelhas, nabo, tomate,
couve-flor, rabanete, beterraba, banana e vegetais clorofilados em geral, tais como:
bertalha, espinafre, brocólis, etc;
· Medicação a interromper (3 dias antes do teste):Aspirina, indometacina,
fenilbutazona, reserpina, corticóides ou preparados que contenham ferro, vitamina C
ou complexo B;
· Interromper ingestão de bebidas alcoólicas.

• Coleta:
Coletar após a dieta uma amostra de fezes em frasco plástico limpo e seco, com o
cuidado de não misturá-la com a urina, e entregar o mais rápido possível ao laboratório.
EXAMES DE FEZES
Pesquisa de sangue oculto
• Observações:
Não coletar fezes por ocasião de sangramento de hemorróidas, e caso tenha
sangramento gengival, durante o período da dieta, não escoves os dentes e faça sua
higiene busca através de bochechos;
É indispensável que a coleta de fezes para a pesquisa de sangue oculto seja bem feita,
para que os resultados obtidos, tanto positivos como negativos, tenham significação
clínica. Pessoas normais perdem até 3 ml de sangue por dia nas fezes, devido a
pequenas escoriações em mucosas (boca, nasofaringe, trato gastrintestinal gástrico ou
duodenal), que quando ultrapassa 50 ml de sangue, as fezes ficam enegrecidas
(melena). Têm-se observado casos de pacientes que emitem fezes negras em
putrefações intestinais, sem a presença de sangue. A própria presença de melena não
indica hemorragia ativa, atual. Uma única hemorragia pequena no estômago pode
resultar em fezes semelhantes à borra de café ou de cor de breu. As provas para sangue
oculto podem permanecer positivas por várias semanas, mesmo em presença de fezes
com aspecto normal. É necessário que a pesquisa de sangue oculto seja precedida de
dieta rigorosa por 3 dias, sem ingestão de carnes vermelhas, vegetais verdes (devido à
clorofila) e de medicamentos a base de ferro ou aspirina. Recomenda-se ainda que nos 3
dias o paciente não escove os dentes para evitar sangramentos gengivais. A pesquisa
deve ser feita em fezes recentemente emitidas, sem preservativos.
ESPERMA

A coleta de esperma é solicitada para realização de exames citoquímicos ou para


culturas. Para o exame citoquímico o paciente deve estar em abstinência sexual de 72 a
96 horas. Já para a cultura, dispensa-se o prazo. A coleta deve ser feita pela manhã. Em
primeiro lugar, o funcionário do laboratório instrui o paciente sobre a finalidade do
exame e orienta para lavar o pênis, a glande e as próprias mãos com água e sabão.
Entrega ao paciente um frasco de vidro e encaminha o paciente para o sanitário. Depois
de se lavar, o paciente entra em orgasmo por manipulação auto-erótica e segura a
ejaculação, apertando o pênis com a mão, mantendo o prepúcio distendido, de modo a
ficar com o meato completamente livre. Com a outra mão, abre a placa de Petri ou vidro
de boca larga e, soltando os dedos que apertam o pênis, despeja o esperma diretamente
na placa de Petri, fechando-a em seguida. O paciente se recompõe e leva a placa ao
funcionário do laboratório, que além da identificação do paciente e do número do
exame, marca a hora exata da coleta.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Abscessos – Lesões fechadas
Esta coleta é realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do recebimento do
material, se as instruções de coleta foram seguidas.

• Coleta:
A quantidade ideal é de 3,0 a 5,0 ml de material. No caso de cultura para anaeróbios, a
ponta da agulha deve estar vedada com rolha de borracha para evitar a entrada de ar.
Muitas vezes um fragmento da parede do abscesso é também entregue em frasco estéril
ou frasco com salina estéril.

• Conservação e Transporte:
Não refrigerar. O material deve ser entregue ao Laboratório em um período não superior
a 1 hora. Se for superior a esse período, o transporte deve ser feito em meio líquido
apropriado. Para isso, injetar aproximadamente 2,0 ml da amostra em meio líquido
(tioglicolato) fornecido pelo Laboratório.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Abscessos – Lesões fechadas
• Bacterioscopia:
As lâminas são embrulhadas em papel ou colocadas em envelope próprio. Se for enviado
fragmento do abscesso ou aspirado em seringa, não é necessário preparar a lâmina
previamente. Esta será preparada no Laboratório, desde que o material seja enviado
sem meio de conservação ou seja enviado em salina estéril.

• Exames:
Microscopia por Coloração de Gram
Pesquisa de Bacilos álcool-ácido resistentes
Microscopia para Fungos
Cultura para Aeróbios
Cultura para Micobactérias
Cultura para Fungos
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Aspirado brônquico
Esta coleta é realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do recebimento do
material, se as instruções de coleta foram seguidas e se o material foi obtido através de
catéter intratraqueal, por punção tricotireoidiana ou por broncoscopia (lavado
brônquico).
Pesquisa de Bordetella pertussis: avisar ao Laboratório na véspera da data de envio do
material a fim de que o setor de microbiologia possa previamente a preparar o meio de
cultura próprio. (Bordet e Gengou ou Agar Carvão).

• Preparo do cliente:
A coleta deve ser feita antes da ingestão de alimentos líquidos e/ou sólidos.

• Coleta :
Proceder a técnica específica para a coleta do material, com rigorosa assepsia. O
material obtido pode ser mandado na seringa, tendo-se o cuidado de retirar as bolhas de
ar e vedar a ponta da agulha com rolha de borracha (esta vedação é importante na
pesquisa de anaeróbios). A amostra também pode ser colocada em frasco estéril ou
meio de cultura líquido (Tioglicolato) onde devemos colocar aproximadamente 2,0 ml do
material.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Aspirado brônquico
• Conservação e Transporte:
O material deve ser entregue no prazo de 1 hora ao laboratório. Caso não seja possível,
o transporte deve ser feito em meio líquido conforme descrito acima.

• Exames:
Microscopia por Coloração de Gram
Pesquisa de Bacilos álcool-ácido resistentes
Microscopia para Fungos
Cultura para Aeróbios
Cultura para Micobactérias
Cultura para Fungos
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Escarro
• Preparo do cliente:
A coleta deve ser feita, preferencialmente, pela manhã, hora em que freqüentemente o
material é mais abundante. Deve-se frisar a importância de se colher escarro e não
saliva para obter-se um resultado útil. Colher o material antes da ingestão de alimentos
sólidos ou líquidos. Em pacientes com expectoração escassa recomenda-se o aumento
da ingestão líquida no dia anterior ao exame. Nos acamados ou pouco cooperativos, usar
a tapotagem da face dorsal do tórax buscando facilitar a eliminação do material.

• Coleta :
Deve ser feita ao acordar pela manhã e antes de se alimentar. Retirar próteses
dentárias. Fazer higiene oral por bochechos e gargarejos com solução fisiológica estéril
(cerca de 200 ml). Em seguida, colocar tampões de algodão de uso odontológico entre a
bochecha e a gengiva, bem como sob a língua, nos orifícios de saída das glândulas
salivares. A expectoração deve ser obtida após a mobilização das secreções brônquicas
por uma série de tapotagens. Inspirar profundamente algumas vezes e recolher o
escarro diretamente em frasco estéril preferentemente de boca larga. Tampar o frasco
imediatamente.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Escarro
• Conservação e Transporte:
O material deve ser entregue no Laboratório no prazo de 2 horas. O material pode ser
refrigerado por algumas horas, caso não seja possível manter o prazo de entrega.
Cultura para Bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis): recomendamos a coleta pela
manhã de 3 amostras em dias consecutivos. Seguir a orientação anterior quanto ao
preparo, coleta, conservação e transporte.

• Exames:
Microscopia por Coloração de Gram
Pesquisa de Bacilos álcool-ácido resistentes - BAAR
Microscopia para Fungos
Cultura para Aeróbios
Cultura para Micobactérias
Cultura para Fungos
Antibiograma.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Escarro para exame citopatológico
Ao acordar pela manhã, escovar bem os dentes e gargarejar para eliminar qualquer
resíduo alimentar, o que prejudica o exame. Colher o escarro através da tosse, de modo
que o material venha “do peito” e não da garganta, em frasco limpo, de boca larga (toda
secreção). Levar o mais rápido possível ao Laboratório para evitar a deterioração do
material, o que prejudica o exame.

Observação:
No caso de haver dificuldade em obter o escarro por falta de secreção, recomendamos
fazer inalação com vapor de água quente, ou vaporização, para estimular a secreção.
Lembramos que a secreção adequada para a realização do exame deve ser proveniente
do tórax, e não da garganta.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Esfregaço Nasal – Pesquisa de M. Leprae
• Preparo do cliente:
Se houver muita secreção nasal, solicite que o cliente assoe o nariz suavemente sobre
um papel celofane ou plástico. Este material poderá ser encaminhado para o exame.
Colocar o cliente sentado de modo que os septos nasais fiquem bem visíveis.

• Coleta:
Com auxílio de um estilete envolto em algodão, fazer movimentos giratórios com a parte
do algodão na mucosa de ambos os septos nasais. Se a amostra obtida não for
suficiente, deve-se umedecer o algodão com solução salina e repetir a operação. Fazer
esfregaço do material obtido, fazendo movimentos circulares em 2 lâminas limpas.
Deixar secar. Embalar em papel ou colocá-las em envelope próprio.

• Conservação e Transporte:
As lâminas embaladas devem ser remetidas ao Laboratório. Podem ser conservadas à
temperatura ambiente.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Esperma
• Preparo do cliente:
Orientar o cliente para urinar antes da higiene. Em seguida, fazer a higiene das mãos e
da área genital com água e sabão neutro (lavar toda a região peniana tendo o cuidado
de retirar toda a secreção existente na glande e no prepúcio). Enxugar com toalha limpa
ou gaze. Não usar saliva, água ou qualquer outro tipo de lubrificante durante o ato de
masturbação.

• Coleta:
A coleta do esperma deve ser feita em frasco estéril, que deve permanecer semi-aberto.
Só deve ser aberto no momento da ejaculação e deve ser fechado logo após a coleta.
Deve-se ter o cuidado de não tocar a parte interna do frasco. Anotar a hora da coleta na
etiqueta do frasco.

• Conservação e Transporte:
A coleta deve ser realizada, preferencialmente, no Laboratório. O material colhido em
outro local deve ser entregue em até 30 minutos após a coleta. O material não deve ser
refrigerado. A temperatura baixa inviabiliza a sobrevivência de alguns agentes
microbianos. (Ex. Neisseria gonorrohoeae).
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Esperma
• Para bacterioscopia, exame à fresco e pesquisa de trichomonas vaginalis;
As lâminas serão feitas no laboratório

• Exames:
Microscopia por Coloração de Gram
Pesquisa de Bacilos álcool-ácido resistentes - BAAR
Espermocultura com Contagem de Colônias
Microscopia para Trichomonas vaginalis
Cultura para Anaeróbios
Microscopia para Fungos
Cultura para Micobactérias
Microscopia à Fresco
Cultura para Fungos Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Espécimes Cirúrgicas – biópsias e secreções
• Secreções:
Esta coleta é realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do recebimento do
material, se as instruções de coleta foram seguidas.

• Preparo do cliente:
Técnica de coleta asséptica.

• Coleta:
A coleta da biópsia deve ser feita pelo médico assistente. Para as secreções, colher o
material por aspiração com seringa. Vedar a ponta da agulha com rolha de borracha,
retirando antes o excesso de ar (importante na pesquisa de anaeróbios). As amostras
também podem ser colocadas em meio de conservação líquido, aproximadamente 2,0ml
do material. Não sendo possível colher o material por aspiração, colher com um swab
estéril. Colocar o swab com o material dentro do tubo contendo o meio de transporte
(Cary Blair ou Stuart) e introduzir o swab na geléia até o fundo do tubo.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Espécimes Cirúrgicas – biópsias e secreções
• Conservação e Transporte:
O material em meio de conservação deve ser remetido ao laboratório o mais rápido
possível.

• Bacterioscopia:
Para bacteriologia colher um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço
imediatamente em duas lâminas, depois embrulhá-las em papel ou colocá-las em
envelope próprio. Lâminas preparadas após 20 minutos da coleta podem alterar
significativamente a qualidade do material (com morte da bactéria e destruição celular)
e, conseqüentemente, o resultado.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Fezes

• Coleta:
A coleta de fezes tem recomendações especiais, segundo as finalidades do exame a que
se destinam. Utilize uma bacia, urinol ou comadre, previamente limpo e seco, para
coletar as fezes no momento da evacuação. É de fundamental importância que se evite a
contaminação com sistêmicos ou 4 dias após o uso de contrastes radiológicos.
• Preparo do cliente:
O material deve ser colhido, preferencialmente, antes do uso de anti-microbianos orais
ou urina, água ou outro elemento. É absolutamente contra-indicada a coleta na água do
vaso sanitário. Admite-se a coleta sobre fralda descartável nova. Pode ser colhida
qualquer evacuação do dia. Procurar porções que contenham muco, pus ou sangue.
Transferir algumas colheres do material para frasco fornecido pelo Laboratório contendo
líquido de conservação (salina glicerinada tamponada ou possuir um swab nas fezes e
transferir para o meio de Cary-Blair ou Stuart). As fezes deverão ficar sempre imersas no
líquido. Para a pesquisa de Vibrio cholerae e Campylobacter sp., passar o swab nas fezes
e introduzi-lo até o fundo do tubo com geléia (meio de transporte de Cary-Blair). A
pesquisa não podendo ser realizada quando colhidas em salina glicerinada.
Fezes para a pesquisa de leucócitos, hemácias, muco, Rotavírus e Clostridium difficile
não devem ser colocadas em líquido de conservação, devendo ser recolhidas somente
em frasco estéril. Fezes para a pesquisa de Clostridium difficile deve ser coletada
somente no laboratório
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Fezes
• Conservação e Transporte:
Material sem solução de conservação deve ser processado num período não superior a 1
hora. Material em solução de conservação, juntamente com swab no meio de transporte,
ficam preservados por um período máximo de 24 horas. Para a pesquisa de Shigella sp a
amostra não deve ser refrigerada.

• Exames:
Microscopia pela Coloração de Gram
Cultura para Clostridium difficile
Microscopia para Fungos
Cultura para Micobactérias
Coprocultura
Cultura para Fungos (Candida sp.)
Cultura para Vibrio cholerae
Pesquisa de E. coli enteropatogênica clássica
Cultura para Campylobacter sp.
Pesquisa de E. coli enterohemorrágica
Cultura para Yersinia enterocolítica
Pesquisa de E. coli invasora
Cultura para Aeromonas sp.
Plesiomonas sp.
Pesquisa de Rotavírus
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Fezes – Swab retal
O material deve ser colhido no laboratório ou pelo médico assistente. Verificar, no
momento do recebimento do material, se as instruções de coleta foram seguidas.
Quando houver dificuldade na coleta das fezes, este método pode ser usado,
apresentando, entretanto, menor sensibilidade. O método oferece algum auxílio
diagnóstico em infecções intestinais por Shigella sp. e Escherichia coli enteroinvasora.
Também pode ser usado para pesquisa de Vibrio cholerae.
• Preparo do cliente:
Colher o material antes do uso de medicação oral.
• Coleta:
Introduzir o swab através do orifício anal com movimento rotatório. Retirar o swab e
colocá-lo no tubo suporte com meio de transporte (Cary Blair ou Stuart). Introduzir o
swab na geléia até o fundo do tubo.
• Conservação e Transporte:
O material em meio de conservação deve ser remetido ao laboratório o mais rápido
possível. No prazo de 4 a 6 horas não refrigerar para a pesquisa de Shigella sp
• Bacterioscopia:
Colher um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar
secar. Enviar as lâminas embrulhadas em papel ou colocá-las em envelope próprio.
Lâminas preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a
qualidade do material (com morte da bactéria e destruição celular) e,
conseqüentemente, do resultado.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Fístula
Esta coleta é realizada pelo médico assistente ou no laboratório. Verificar, no momento
do recebimento do material, se as instruções de coleta foram seguidas.

• Preparo do cliente:
Fazer a anti-sepsia da pele com álcool iodado, removendo o excesso de iodo com álcool
a 70%. Se houver crostas, removê-las com gaze estéril embebida em salina. Se a
superfície da lesão estiver ressecada umedecer o swab previamente em salina estéril.

• Coleta:
Fazer o raspado da parte mais profunda da fístula com auxílio de um swab bem fino.
Retirar, girando lentamente. Colocar o swab dentro do tubo com meio de transporte
(Cary Blair ou Stuart) introduzindo-o na geléia até o fundo. É recomendável a coleta de
uma amostra da parede da lesão. Colocar o material em frasco estéril contendo 2,0 ml
de salina.

• Conservação e Transporte:
O material deve ser refrigerado. Todo material que não for semeado imediatamente após
a coleta (até 15 minutos) deve ser conservado em meio de transporte.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Fístula
• Bacterioscopia:
Colher um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar
secar. Embrulhar as lâminas em papel ou colocá-las em envelope próprio. Lâminas
preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a qualidade do
material (com morte da bactéria e destruição celular) e, consequentemente, o resultado.

• Exames:
Microscopia por Coloração de Gram
Cultura para Aeróbios
Pesquisa de Bacilos álcool-ácido resistentes-BAAR
Cultura para Micobactérias
Microscopia para Fungos
Cultura para Fungos
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Fragmentos ósseo ou tecido
Esta coleta é realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do recebimento do
material, se as instruções de coleta foram seguidas

• Preparo do Cliente:
Técnica de coleta asséptica

• Coleta:
Colocar o material em frasco estéril ou em frasco contendo salina estéril

• Conservação e Transporte:
O material sem meio de conservação deve ser entregue ao Laboratório no prazo máximo
de 1 hora

• Exames:
Microscopia por Coloração de Gram
Cultura para Aeróbios
Pesquisa de Bacilos álcool-ácido resistentes-BAAR
Cultura para Micobactérias
Microscopia para Fungos
Cultura para Fungos
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Lesão Peniana
Bacterioscopia para Haemophilus ducreyi.

• Preparo do Cliente:
Não é necessário a limpeza prévia da lesão.

• Coleta:
Coletar o material da base da úlcera ou do gânglio inguinal com auxílio de um swab sem
meio de transporte. Fazer o esfregaço imediatamente em duas lâminas de vidro limpas,
esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar secar. Embrulhar as lâminas
em papel ou colocá-las em envelope próprio. Lâminas preparadas após 15 minutos da
coleta podem alterar significativamente a qualidade do material (com morte da bactéria
e destruição celular) e, consequentemente, o resultado.

• Conservação e Transporte:
O material deve ser enviado logo que possível ao laboratório.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Lesão Peniana
Pesquisa de Treponema pallidum (Campo escuro).

• Preparo do Cliente:
Limpar a superfície da lesão com gaze umedecida em soro fisiológico.

• Coleta:
Flambar a alça de platina. Esperar esfriar. Raspar suavemente a superfície da lesão até
começar a sair líquido (serosidade). Depositar algumas alçadas sobre duas lâminas
limpas para microscopia. Cobrir com lamínula. Colocar em câmara úmida.

• Conservação e Transporte:
O material deve ser coletado no Laboratório. Encaminhar para exame imediatamente.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Lesões abertas úmidas e úlceras
Esta coleta é realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do recebimento do
material, se as instruções de coleta foram seguidas.

• Preparo do Cliente:
A área ao redor da lesão deve ser limpa com gaze embebida em álcool a 70%. Remover
crostas e excesso de secreção com salina e gaze estéril.

• Coleta:
Passar o swab na base e nas bordas da lesão, friccionando suavemente. No material
para fungos colher de 2 a 3 swabs procurando obter a maior quantidade de secreção.
Recolocar o swab no tubo com meio de transporte (Cary Blair ou Stuart) e introduzi-lo na
geléia até o fundo. Em lesões úmidas, eritematosas e dolorosas, quando não for possível
fazer o raspado, tentar coletar escamas secas, soltas sobre a lesão com auxílio de uma
pinça estéril. Colocar o material obtido dentro de uma placa de Petri estéril.

• Conservação e Transporte:
O material em meio de conservação deve ser remetido ao Laboratório o mais rápido
possível. Não refrigerar.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Lesões abertas úmidas e úlceras
• Bacterioscopia:
Coletar um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar
secar. Embrulhar as lâminas em papel ou colocá-las em envelope próprio. Lâminas
preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a qualidade do
material (com morte da bactéria e destruição celular) e, consequentemente, o resultado.

• Exames:
Microscopia por Coloração de Gram
Cultura para Aeróbios
Pesquisa de Bacilos álcool-ácido resistentes-BAAR
Cultura para Micobactérias
Microscopia para Fungos
Cultura para Fungos
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Lesões Cutâneas
Pesquisa de Mycobaterium leprae:
leprae
• Preparo do cliente:
Selecionar o local e limpar com algodão embebido em éter. Nos pacientes com lesões
cutâneas visíveis, os esfregaços devem ser feitos a partir de lesões em atividade
(elevadas e eritematosas). Quando todas as lesões forem planas (manchas), os
esfregaços devem ser feitos a partir do centro e dos bordos das lesões. Quando houver
evidência de involução, o material deve ser coletado do bordo interno da lesão.

• Coleta:
Preguear a pele em que o material será coletado entre o polegar e o indicador, fazendo
pressão até que o sangue desapareça. Manter a pressão até o final da coleta. Com o
auxílio de um bisturi com lâmina estéril, fazer um corte na pele de aproximadamente 5
mm de extensão e 2 à 3mm de profundidade. Se sair sangue, enxugar com o algodão
mantido na mão esquerda. Colocar a lâmina do bisturi em ângulo reto com o corte,
raspar quantidade adequada e visível de material das bordas e do fundo da incisão. A
seguir, desfazer a pressão. Distribuir o material coletado sobre uma lâmina de vidro,
fazendo movimentos circulares com a parte romba da lâmina do bisturi. Os esfregaços
não devem conter sangue. Deixar secar. Embrulhar em papel ou colocar em envelope
próprio.

• Conservação e Transporte:
As lâminas devem ser remetidas ao Laboratório. Podem ser conservadas à temperatura
ambiente.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Líquidos pleural, peritoneal, de diálise peritoneal, pericárdio e sinovial
Esta coleta é realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do recebimento do
material, se as instruções de coleta foram seguidas.

• Preparo do cliente:
Coletar antes da administração de antimicrobianos. Fazer limpeza prévia do local com
álcool a 70%, para remover substâncias gordurosas da superfície da pele e poros. Passar
algodão embebido em solução de iodo a 2% fazendo movimentos circulares de dentro
para fora, não retornando com o algodão usado para o mesmo ponto já friccionado.
Deixar secar. Remover o resíduo do iodo da pele com uma segunda aplicação de álcool a
70%, seguindo a mesma regra anterior. Repetir a manobra por duas a três vezes. Usar
luvas esterilizadas para efetuar a punção.

• Coleta:
O material pode ser colocado em frasco estéril ou ser enviado ao Laboratório na própria
seringa. Na suspeita de anaeróbios, retirar o excesso de ar da seringa e vedar a ponta
da agulha com rolha de borracha.

Em clientes com catéter (por ex.: pleural) desprezar o primeiro efluente do catéter, que
corresponde ao esvaziamento do mesmo. Coletar então, com auxílio de uma seringa, o
segundo efluente. Nunca coletar por punção de catéter. A melhor hora de coleta é na
troca de catéter, quando da introdução de um novo catéter supera esta dificuldade.
O uso de Heparina com o objetivo de evitar a coagulação do material pode inibir alguns
microorganismos.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Líquidos pleural, peritoneal, de diálise peritoneal, pericárdio e sinovial
• Conservação e Transporte:
O material deve ser enviado ao Laboratório imediatamente. Se o tempo para transporte
ultrapassar 1 hora, colocar o material em meio líquido de transporte fornecido pelo
Laboratório. Não refrigerar.

• Bacterioscopia:
As lâminas devem ser feitas no Laboratório somente a partir de materiais sem meio de
transporteevitar a coagulação do material pode inibir alguns microorganismos.

• Exames:
Microscopia por Coloração de Gram
Cultura para Aeróbios
Pesquisa de Bacilos álcool-ácido Resistentes
Cultura para Micobactérias
Microscopia para Fungos
Cultura para Fungos
Cultura para Aeróbios
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Líquor
• Coleta:
Esta coleta deve ser realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do
recebimento do material, se as instruções de coleta foram seguidas.
Coletar aproximadamente 5 – 10ml de líquor em 2 tubos estéreis por junção ventricular
ou lombar, após minuciosa desinfecção da pele.

• Conservação e Transporte:
As espécimes coletadas devem ser levadas ao laboratório imediatamente a fim de serem
imediatamente processadas um dos tubos é usado para exames citológicos.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Lóbulos Auriculares – Pesquisa de M. Leprae
• Preparo do cliente:
Limpar o local com algodão embebido em éter.

• Coleta:
Com os dedos polegar e indicador, segurar firmemente o lóbulo da orelha, mantendo-o
pressionado. Fazer movimentos giratórios do polegar contra o indicador, isto auxilia a
reduzir o afluxo de sangue na pele a ser incisada. Com o auxílio de um bisturi com
lâmina estéril, fazer uma incisão de 5mm de comprimento e 2 a 3mm de profundidade.
Com a lâmina do bisturi em ângulo reto em relação à incisão, escarificar o cone para
obter o material. As amostras devem ser colocadas sobre a lâmina, fazendo movimentos
circulares com a ponta romba da lâmina do bisturi. Deixar secar. Embrulhar as lâminas
em papel ou colocá-las em envelope próprio.

• Conservação e Transporte:
As lâminas devem ser remetidas ao Laboratório.

• Exames:
Bacterioscopia pela Coloração de Ziehl-Neelsen – BAAR
Pesquisa de Bacilos Álcool – Ácido Resistente – BAAR
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Medula Óssea
Esta coleta é realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do recebimento do
material, se as instruções de coleta foram seguidas.

• Preparo do cliente:
Fazer limpeza prévia do local com álcool a 70%, para remover substâncias gordurosas
da superfície da pele e poros. Passar algodão embebido a solução de iodo a 2% fazendo
movimentos circulares de dentro para fora, não retornando com o algodão usado para o
mesmo ponto já friccionado. Deixar secar. Remover o resíduo do iodo da pele com uma
segunda aplicação de álcool a 70% seguindo a mesma regra anterior. Repetir a manobra
por duas a três vezes. Usar luvas esterilizadas para efetuar a punção.

• Coleta:
Proceder o aspirado de medula óssea. Coletar em torno de 1,0 ml para realização de
cultura. O ideal é colocar o material diretamente sobre o meio de cultura (Sabouraud
para fungos e Löwestein-Jensen para Micobactérias). O material pode ser transportado
dentro da seringa ou em tubo estéril contendo Heparina (o uso de Heparina com
objetivo de impedir a coagulação do material pode inibir alguns microorganismos).
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Medula Óssea
• Conservação e Transporte:
O material deve ser remetido ao laboratório o mais rápido possível. Se a cultura imediata
não for possível o material poderá ser refrigerado por no máximo 12 horas.

• Exames:
Microscopia pela Coloração do Gram
Cultura para Aeróbios
Pesq Bacilos álcool-ácido resistentes–BAAR
Cultura para Micobactérias
Microscopia para Fungos
Cultura para Fungos
Cultura para Aeróbios
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Punção Lombar
• Preparo do cliente:
Fazer limpeza prévia do local com álcool a 70%, para remover substâncias gordurosas
da superfície da pele e poros. Passar algodão embebido em solução de iodo a 2%
fazendo movimentos circulares de dentro para fora, não retornando com o algodão
usado para o mesmo ponto já friccionado. Deixar secar. Remover o resíduo do iodo da
pele com uma segunda aplicação de álcool a 70%, seguindo a mesma regra anterior.
Repetir a manobra por duas a três vezes. Usar luvas esterilizadas para efetuar a punção.

• Coleta:
Proceder a punção com técnica rigorosamente asséptica. Coletar o líquor em 3 tubos
para: microbiologia (tubo estéril bem vedado), hematologia e bioquímica. O primeiro
tubo coletado não deve ser para microbiologia. O ideal é coletar o líquor para cultura
diretamente sobre o meio de cultura (ágar sangue chocolatado) deixando pingar 3 a 5
gotas na superfície do meio, Isto garante uma maior chance de isolar o agente
etiológico. Alguns microrganismos como Haemophilus influenzae e Neisseria meningitis
podem sofrer lise quando ficam por um tempo maior do que 15 minutos fora do meio de
cultura.

• Conservação e Transporte:
Os tubos coletados, inclusive aqueles com meio de cultura, devem ser imediatamente
enviados ao Laboratório. O líquor fora do meio de cultura deve ser processado o mais
rápido possível. Não refrigerar. O líquor pode ser conservado em geladeira para detecção
de antígenos por reações imunológicas (aglutinação – látex). A maioria dos agentes de
meningoencefalites epidêmicas sofrem com a ação do frio. A conservação do material
fora do meio de cultura em estufa (35º C) e/ou a temperatura ambiente também
inviabiliza alguns agentes.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Punção Ventricular
Veja orientação anterior quanto a preparo, coleta, conservação e transporte.

• Exames:
Microscopia pela Coloração de Gram
Pesq. Bacilos álcool-ácido Resist.–BAAR
Pesquisa de Cryptococcus neoformans
Microscopia para Fungos
Pesquisa de Cryptosporidium
Cultura para Aeróbios
Cultura para Anaeróbios
Cultura para Micobactérias
Cultura para Fungos
Antibiograma
Pesquisa de Cryptococcus neoformans (Látex)
Haemophilus influenzae (aglutin.-Látex)
Pesquisa de antígeno bacteriano de:
· Neisseria meningitidis (aglutin. – Látex)
· Streptoc. pneumoniae (aglutin. – Látex)
· Streptococcus agalactiae (aglut. – Látex)
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Raspado Uretral
• Preparo do cliente:
Fazer a higiene da região peniana com água e sabão neutro. Secar com gaze ou toalha
limpa.

• Coleta:
Coletar de preferência pela manhã antes de urinar. O cliente deve deixar de urinar no
mínimo 1 hora antes da coleta. Retirar o excesso de muco e secreção, solicitando ao
cliente que comprima o canal longitudinalmente no sentido de expelir o material contido
no interior do mesmo. Introduzir um swab fino, de haste de metal 2 a 4 cm na uretra
fazendo movimento rotatório por um a dois segundos, assegurando o contato com toda
a superfície da uretra. Retirar o swab e introduzi-lo no tubo com meio de transporte
(Cary Blair ou Stuart) até o fundo da geléia.

• Conservação e Transporte:
O material sem meio de transporte deve ser processado o mais rápido possível. Se a
demora for maior que 15 minutos, usar meio de transporte (Stuart ou Cary Blair)
fornecido pelo Laboratório. Este meio garante a conservação do material por um período
médio de 8 horas. Não deve ser refrigerado. A tentativa de manutenção de swab seco
leva a rápida eliminação de patógenos importantes.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Raspado Uretral
• Bacterioscopia:
Coletar um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar
secar. Embrulhar as lâminas em papel ou colocá-las em envelope próprio. Lâminas
preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a qualidade do
material (com morte da bactéria e destruição celular) e, consequentemente, o resultado.

• Exame à Fresco:
Usar um swab sem meio de transporte. Após a coleta, colocar o swab no tubo suporte e
acrescentar 5 gotas de salina estéril. Realizar o exame imediatamente.

• Exames:
Microscopia pela Col. de Gram
Microscopia para Trichomonas vaginalis
Microscopia para Fungos
Microscopia para Clamídia
Cultura com contagem de colônias
Cultura para Anaeróbios
Cultura para Micobactérias
Cultura para Fungos
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Sangue para hemocultura
A coleta deve ser realizada, se possível, antes da administração de antimicrobianos.

• Preparo do Cliente:
Fazer limpeza prévia do local com álcool a 70%, para remover substâncias gordurosas
da superfície da pele e poros. Passar algodão embebido em solução de iodo a 2%
fazendo movimentos circulares de dentro para fora, não retornando com o algodão
usado para o mesmo ponto já friccionado. Deixar secar. Remover o resíduo do iodo da
pele com uma segunda aplicação de álcool a 70%, seguindo a mesma regra anterior.
Repetir a manobra por duas a três vezes. Usar luvas esterilizadas para efetuar a punção.

• Coleta:
Devem ser coletados 8 a 10,0 ml de sangue em adultos e 1,5 a 5,0 ml de sangue em
crianças. O volume de sangue não deve ser superior a 10% do volume final da mistura
de sangue com meio de cultura (por ex.: 5,0 ml de sangue para 45,0 ml de meio e 1,0
ml de sangue para 9,0 ml de meio – frasco pediátrico)
Proceder a punção venosa. Após a punção, limpar a tampa de borracha do frasco de
meio de cultura com álcool a 70%. É recomendável também a troca da agulha utilizada
na punção por outra estéril antes da introdução no frasco, injetar através da borracha o
sangue dentro do meio. Evitar a entrada de ar no frasco. A coleta deve seguir a
solicitação médica (cultura para aeróbios ou anaeróbios) e colocar em frascos
adequados.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Sangue para hemocultura
• Conservação e Transporte:
O material deve ser enviado ao laboratório o mais breve possível. Havendo alguma
demora conservar o frasco com meio dentro de estufa a 35ºC.

• Exames:
Hemocultura para Aeróbios
Hemocultura para Micobactérias
Hemocultura para Anaeróbios
Hemocultura para Fungos
Hemocultura para Brucella sp.
Hemocultura para Listeria sp.
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Sangue menstrual
O material deve ser coletado pelo médico assistente. Verificar, no momento do
recebimento do material, se as instruções de coleta foram seguidas.
• Preparo do Cliente:
O material deve ser coletado nos primeiros dias onde o fluxo menstrual é mais
abundante.
• Coleta:
Colocar o cliente em decúbito dorsal com as pernas afastadas. Introduzir o espéculo e
fixar. Visualizar o colo uterino. Coletar o material diretamente em frasco estéril a partir
do colo uterino ou aspirar com seringa de tuberculina retirando, previamente, a agulha.
Recolocar a agulha, retirar o excesso de ar e vedar a ponta com rolha de borracha.
• Conservação e Transporte:
O material deve ser processado o mais rápido possível. Não deve ser refrigerado.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Sangue menstrual
• Bacterioscopia:
A lâmina deve ser feita no laboratório quando houver solicitação de bacterioscopia.
• Cultura para Bacilo Koch:
Observar orientação anterior quanto a coleta e transporte.
• Exames:
Microscopia pela Coloração de Gram
Pesq. Bacilos álcool-ácido Resistentes – BAAR
Microscopia para Trichomonas vaginalis
Microscopia para Fungos
Microscopia a Fresco
Cultura para Anaeróbios
Cultura para Micobactérias
Cultura para Fungos
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreções de Acne e Pústulas
• Preparo do Cliente
Escolher a área onde haja uma lesão integra e com material purulento. Fazer assepsia
com álcool a 70%, friccionando levemente.
• Coleta
Romper a lesão com auxílio de uma agulha estéril. Coletar o material do fundo da lesão
com auxílio de um swab. Recolocar o swab no tubo com meio de transporte (Cary Blair
ou Stuart) introduzindo-o na geléia até o fundo do tubo.
• Conservação e Transporte:
O material em meio de conservação deve ser remetido ao laboratório o mais rápido
possível.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreções de Acne e Pústulas
• Bacterioscopia:
Coletar um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar
secar. Embrulhar as lâminas em papel ou colocá-las em envelope próprio. Lâminas
preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a qualidade do
material (com morte da bactéria e destruição celular) e, conseqüentemente, o resultado.

• Exames:
Microscopia por Coloração de Gram
Pesq. Bacilos álcool-ácido Resistentes – BAAR
Microscopia para fungos
Cultura para Fungos
Cultura para Aeróbios
Cultura para Micobactérias
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção conjuntival
• Preparo do Cliente:
A coleta deve ser realizada antes do uso de qualquer produto tópico.

• Coleta:
Retirar o excesso de secreção purulenta com gaze estéril devido à presença de
substâncias inibidoras que prejudicam a sobrevivência microbiana. Com uma das mãos
afastar as pálpebras superior e inferior. Com a outra passar o swab na mucosa
conjuntival e no ângulo nasal friccionando suavemente. O swab deve tocar toda a
extensão da mucosa. Recolocar o swab dentro do tubo com meio de transporte (Cary
Blair ou Stuart) e introduzi-lo na geléia até o fundo.

• Conservação e Transporte:
O material em meio de conservação deve ser remetido ao laboratório o mais rápido
possível.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção conjuntival
• Bacterioscopia:
Coletar um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar
secar. Embrulhar as lâminas em papel ou colocá-las em envelope próprio. Lâminas
preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a qualidade do
material (com morte da bactéria e destruição celular) e, conseqüentemente, o resultado.

• Exame à Fresco:
Usar um swab sem meio de transporte. Após a coleta, colocar o swab no tubo suporte e
acrescentar 5 gotas de salina estéril. Realizar o exame imediatamente.

• Exames:
Microscopia por Coloração de Gram
Microscopia para Fungos
Cultura para Aeróbios
Cultura para Fungos
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção endocervical
• Preparo do Cliente:
Retirar o excesso de secreção existente ao redor do intróito vaginal com auxílio de uma
gaze.

• Coleta:
Colocar a cliente em decúbito dorsal com as pernas afastadas. Após a colocação do
espéculo e visualização do colo uterino introduzir o swab no canal cervical e girá-lo
lentamente. Se houver muita secreção retirar este swab e desprezar. Reintroduzir novo
swab e repetir a manobra, girando por 30 a 60 segundos, procurando pressioná-lo
contra as paredes do canal cervical. Retirar o swab evitando que o mesmo toque em
qualquer área ao redor. Colocar o swab dentro do tubo com meio de transporte e
introduzí-lo na geléia até o fundo.

• Conservação e Transporte:
O material coletado sem meio de transporte deve ser processado em 30 minutos. Se a
demora for superior a este período usar meio de transporte (Cary Blair ou Stuart)
fornecido pelo laboratório que garantirá a conservação por um período médio de 8
horas. Não deve ser refrigerado.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção endocervical
• Bacterioscopia:
Coletar um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar
secar. Enviar as lâminas embrulhadas em papel ou colocá-las em envelope próprio.
Lâminas preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a
qualidade do material (com morte da bactéria e destruição celular) e,
consequentemente, o resultado.
• Exame à Fresco:
Usar um swab sem meio de transporte. Após a coleta, colocar o swab no tubo suporte e
acrescentar 5 gotas de salina estéril. Realizar o exame imediatamente.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção endocervical
• Pesquisa de Candida sp. (levedura ou monília):
Seguir a mesma orientação descrita anteriormente para exame à fresco ou
bacterioscopia.
• Pesquisa de Trichomonas vaginalis:
Seguir a mesma orientação descrita anteriormente para exame à fresco ou
bacterioscopia.
• Exames:
Microscopia pela Col. de Gram
Espermocultura com Contagem de Colônias
Pesq Bacilos álcool-ácido Resistentes – BAAR
Microscopia p/ Trich. Vaginalis
Microscopia p/ Fungos
Microscopia a Fresco
Cultura para Anaeróbios
Cultura para Micobactérias
Cultura para Fungos
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção de Feridas Cirúrgicas
A coleta é realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do recebimento, se as
instruções de coleta foram seguidas.
Fazer a anti-sepsia da pele integra ao redor da lesão com álcool iodado. Retirar o
excesso de iodo com álcool a 70%.
• Coleta:
Não deve ser coletado material da superfície da lesão. Na suspeita de anaeróbios, coletar
amostra em tecido profundo. Retirar a secreção inicial e desprezar. Em seguida, coletar
secreção por aspiração com seringa ou com swab estéril. Retirar o excesso de ar da
seringa e vedar a ponta da agulha com uma rolha de borracha para evitar a de ar
(importante na pesquisa de anaeróbios). Colocar o swab dentro do tubo com meio de
transporte (Cary Blair ou Stuart) e introduzi-lo na geléia até o fundo do tubo.
• Conservação e Transporte:
O material em meio de conservação deve ser remetido ao laboratório o mais rápido
possível.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção de Feridas Cirúrgicas
• Bacterioscopia:
Coletar um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada uma. Esperar
secar. Embrulhar as lâminas em papel ou colocá-las em envelope próprio. Lâminas
preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a qualidade do
material (com morte da bactéria e destruição celular) e o resultado.

• Exames:
Microscopia pela Coloração de Gram
Pesq. Bacilos álcool-ácido Resistentes – BAAR
Microscopia para Fungos
Cultura para Anaeróbios
Cultura para Micobactérias
Cultura para Fungos
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção Lacrimal ou Mucosa Ocular
• Preparo do Cliente:
Retirar qualquer secreção purulenta superficial existente com gaze umedecida em soro
fisiológico estéril.

• Coleta:
Proceder à técnica específica para obtenção do material. O material obtido deve ser
enviado ao laboratório dentro da seringa utilizada para a aspiração ou ser colocado em
tubo estéril. Se for usado o swab, coletar o máximo de material possível e recolocar o
swab no tubo com meio de transporte (Cary Blair ou Stuart) introduzindo o swab na
geléia até o fundo do tubo. Sempre que possível, coletar um swab para um esfregaço
para bacterioscopia.

• Conservação e Transporte:
O material em meio de conservação deve ser remetido ao laboratório o mais rápido
possível. Não deve ser refrigerado. Quando a secreção for escassa, semear direto nos
meios de cultura.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção Lacrimal ou Mucosa Ocular
• Bacterioscopia:
Colocar uma gota do material sobre lâmina de vidro limpa. Fazer um esfregaço com
auxílio de um swab estéril. O ideal é fazer dois esfregaços de cada material. Deixar
secar. Embrulhar as lâminas em papel ou colocá-las em envelope próprio.

• Exames:
Microscopia pela Coloração de Gram
Microscopia para Fungos
Cultura para Fungos
Antibiograma
Cultura para bactérias (aeróbios e anaeróbios)
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção de Nasofaringe ou Nasal
• Conservação e Transporte:
O material que não for semeado dentro do período de 15 minutos, deve ser mantido em
meio de transporte adequado (Cary Blair ou Stuart), fornecido pelo laboratório. Não deve
ser refrigerado.

• Bacterioscopia:
Coletar um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar
secar. Embrulhar as lâminas em papel ou colocá-las em envelope próprio. Lâminas
preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a qualidade do
material (com morte da bactéria e destruição celular) e, consequentemente, o resultado.

• Pesquisa de Bacilo Diftérico:


Quando o pedido médico não indicar o sítio para a coleta do material, coletar sempre
material da oro e nasofaringe. Seguir a orientação anterior quanto ao preparo, coleta,
conservação e transporte.

• Pesquisa de Streptococcus Beta-Hemolítico do Grupo A (Cultura):


Quando o pedido médico não incluir o sítio para a coleta, coletar o material do naso e
orofaringe. Seguir a orientação anterior quanto ao preparo, coleta, conservação e
transporte.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção de Nasofaringe ou Nasal
• Pesquisa de Bordetella Pertussis:
Avisar ao Laboratório na véspera da data de envio do material para o setor de
microbiologia preparar o meio de cultura próprio.
• Preparo do Cliente:
Observar orientação anterior.
• Coleta:
Introduzir um swab estéril pelo meato nasal, paralelo ao palato superior, buscando
atingir o orifício posterior das fossas nasais, tentando evitar tocar o swab na mucosa da
narina. Ao sentir o obstáculo da parece posterior da nasofaringe (neste momento o
paciente lacrimeja) fazer um discreto movimento circular e retirar o swab.
Não colocar o material em meio de conservação. Solicitar ao paciente para tossir sobre
uma placa com meio de Bordet Gengou sem antibiótico e em outra placa com antibiótico.
O ideal é semear o material no local da coleta.
• Conservação e Transporte:
O material pode ser coletado no consultório, porém deve ser enviado para o laboratório
no período máximo de 30 minutos. Não deve ser refrigerado.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção de Nasofaringe ou Nasal
• Exames:
Microscopia pela Coloração de Gram
Pesq Bacilos álcool-ácido Resist–BAAR
Pesquisa de Bacilo Diftérico
Microscopia para Fungos
Cultura para Neisseria meningitidis
Cultura para Corynebacterium diphtheriae
Cultura para Bordetella pertussis
Cultura para Aeróbios
Cultura para Fungos
Cultura para Neisseria gonorrhoeae
Cultura para Anaeróbios
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção de Orofaringe
• Preparo do Cliente:
A coleta deve ser feita preferencialmente pela manhã, antes da ingestão de alimentos
líquidos e/ou sólidos, antes do uso de qualquer produto tópico, e preferencialmente
antes da administração de anti-microbianos sistêmicos.
• Coleta:
Orientar a coleta para as áreas hiperemiadas, sem pus ou material necrótico, pois a
coleta realizada nestas áreas inviabiliza o isolamento de germes patogênicos. Nesses
materiais a presença de substâncias tóxicas inibidoras e a restrição nutritiva impedem a
sobrevivência de microorganismos mais exigentes. Outro cuidado importante é evitar
que o swab toque a língua ou bochechas, a saliva é rica em micróbios da flora normal,
que prejudicam o isolamento dos patogênicos.
Com iluminação adequada, abaixar a língua do cliente com uma espátula. Passar o swab
nos locais hiperemiados (faringe posterior, pilares direito e esquerdo e amígdalas) ou
nos locais após a remoção de placas e/ou membranas. Recolocar o swab no tubo com
meio de transporte (Cary Blair ou Stuart) introduzindo-o na geléia até o fundo do tubo.
• Conservação e Transporte:
O material que não for semeado em 15 minutos, deve ser mantido em meio de
transporte adequado (Cary Blair ou Stuart). Não deve ser refrigerado.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção de Orofaringe
• Bacterioscopia:
Coletar um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar
secar. Embrulhar as lâminas em papel ou colocá-las em envelope próprio. Lâminas
preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a qualidade do
material (com morte da bactéria e destruição celular) e, consequentemente, o resultado.
• Exame à Fresco:
Usar um swab sem meio de transporte. Após a coleta, colocar o swab no tubo suporte e
acrescentar 5 gotas de salina estéril. Realizar o exame imediatamente.
• Exames:
Microscopia pela Coloração de Gram
Pesquisa de Bacilos álcool-ácido Resistentes – BAAR
Microscopia para Fungos
Cultura para Micobactérias
Cultura para Fungos
Cultura para Anaeróbios
Cultura para Aeróbios
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção de ouvido externo
A coleta deve ser realizada antes do uso de qualquer produto típico.
• Coleta:
Inicialmente retirar e desprezar o excesso de secreção existente e coletar o material do
ouvido com o auxílio de um swab estéril. Se houver indicação, coletar um swab para
cada ouvido. Se houver indicação, coletar um swab para cada ouvido (e marcar a
amostra) recolocar o swab dentro do tubo com meio de transporte (Cary Blair ou Stuart)
introduzindo-o na geléia até o fundo do tubo.
• Conservação e Transporte:
O material em meio de transporte deve ser remetido ao laboratório o mais rápido
possível. Não deve ser refrigerado.
• Bacterioscopia:
Coletar um outro swab sem meio de transporte, e fazer o esfregaço imediatamente em
duas lâminas limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar secar.
Embrulhar as lâminas em papel. Lâminas preparadas após 15 minutos de coleta podem
alterar segnificativamente a qualidade do material (com a morte da bactéria e destruição
celular) e, consequentemente, o resultado.
• Exame à fresco:
Usar um swab sem meio de transporte. Após a coleta, colocar o swab no tubo suporte e
acrescentar 5 gotas de salina estéril. Realizar o exame imediatamente.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção de ouvido médio
A amostra de ouvido médio deve ser obtida por timpanocentese, realizada pelo médico
assistente. Verificar, no momento do recebimento do material, se as instruções de coleta
foram seguidas.
• Preparo do Cliente:
Observar as instruções para secreção de ouvido externo.
• Coleta:
No caso de pesquisa de anaeróbios, retirar o excesso de ar da seringa, vedar a ponta da
agulha com rolha de borracha para evitar a entrada de ar.
• Conservação e Transporte:
O material deve ser entregue ao laboratório em 1 hora, ou então deve ser colocado em
meio líquido de transporte (Tioglicolato) fornecido pelo laboratório. Injetar
aproximadamente 2,0 ml da amostra, se possível. Não deve ser refrigerado. No caso de
Swab colocá-la em meio de transporte (Cary Blair ou Stuart)
• Exames:
Microscopia pela Coloração de Gram
Cultura para Micobactérias
Pesq. Bacilos álcool-ácido Resistentes – BAAR
Cultura para Fungos
Microscopia para Fungos
Cultura para Anaeróbios
Cultura para Aeróbios
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção prostática
Esta coleta é realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do recebimento do
material, se as instruções de coleta foram seguidas.
• Preparo do Cliente:
Antes da coleta o cliente deve esvaziar a bexiga. A higiene do pênis deve ser feita com
água e sabão neutro (retirar toda a secreção existente na região da glande e do
prepúcio). Secar com gaze estéril.
• Coleta:
É feita com auxílio de massagem prostática. A secreção obtida deve ser coletado em
frasco estéril. Se após a massagem não houver secreção, orientar o cliente para que
urine uma pequena quantidade (cerca de 5,0 ml) em um frasco estéril.
• Conservação e Transporte:
Coletar o material no laboratório ou quando coletar no consultório enviar no prazo de 30
minutos para o laboratório.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção prostática
• Bacterioscopia:
Exame à fresco, pesquisa de Trichomonas vaginalis, pesquisa de Neisseria gonorrhoeae
e pesquisa de Cândida sp. (monília ou levedura): Este exame é realizado no laboratório,
quando solicitado.
• Exames:
Microscopia pela Coloração de Gram
Cultura para Anaeróbios
Pesq de Bacilos álcool-ácido Resistentes – BAAR
Cultura para Micobactérias
Microscopia para Trichomonas vaginalis
Cultura para Fungos
Microscopia para Fungos
Antibiograma
Microscopia a Fresco
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção sinusal
Esta coleta é realizada pelo médico assistente. Verificar, no momento do recebimento do
material, se as instruções de coleta foram seguidas.
• Preparo do Cliente:
A coleta deve ser feita antes do uso de anti-microbianos.
• Coleta:
Puncionar o local com técnica rigorosamente asséptica. Proceder a técnica específica
para punção dos seios da face. Aspirar o material com seringa. Retirar bolhas de ar de
dentro da seringa. Vedar a ponta da agulha com uma rolha de borracha para evitar a
entrada de ar (importante na pesquisa de anaeróbios).
• Conservação e Transporte:
O material deve ser enviado até 1 hora após a coleta. Se isto não for possível, o material
pode ser colocado em meio líquido para conservação (Tioglicolato). Neste caso, injetar
aproximadamente 2,0 ml do material obtido em frasco com meio líquido fornecido pelo
laboratório.
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção sinusal
• Bacterioscopia:
É realizada no laboratório somente em material sem meio de conservação.
• Exames:
Microscopia pela Coloração de Gram
Pesq. de Bacilos álcool-ácido Resistentes – BAAR
Pesquisa de Bacilo Diftérico
Microscopia para Fungos
Cultura para Aeróbios
Cultura para Fungos
Cultura para Anaeróbios
Antibiograma
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção vaginal
• Preparo do Cliente:
Retirar o excesso de secreção existente ao redor do intróito vaginal com auxílio de uma
gaze.
• Coleta:
Introduzir o swab no intróito vaginal e girá-lo suavemente procurando friccioná-lo nas
pareces da vagina por 30 a 60 segundos. Retirar o swab e introduzí-lo no tubo com meio
de transporte (Cary Blair ou Stuart) até o fundo da geléia.
• Conservação e Transporte:
O material coletado sem meio de transporte deve ser processado em 30 minutos. Se a
demora for superior a este período, usar meio de transporte (Cary Blair ou Stuart)
fornecido pelo laboratório.
• Bacterioscopia:
Coletar um swab sem meio de transporte e fazer o esfregaço imediatamente em duas
lâminas de vidro limpas, esfregando o swab duas vezes sobre cada lâmina. Esperar
secar. Enviar as lâminas embrulhadas em papel ou colocá-las em envelope próprio.
Lâminas preparadas após 15 minutos da coleta podem alterar significativamente a
qualidade do material (com morte da bactéria e destruição celular) e,
consequentemente, o resultado.
• Exame à Fresco:
Usar um swab sem meio de transporte. Após a coleta, colocar o swab no tubo suporte e
acrescentar 5 gotas de salina estéril. Realizar o exame imediatamente
EXAMES MICROBIOLÓGICOS
Secreção vaginal
• Pesquisa de Trichomonas vaginalis:
para exame à fresco: seguir a orientação anterior.
• Pesquisa de Candida sp. (monília ou levedura):
seguir a mesma orientação anterior para exame à fresco ou bacterioscopia.
• Conservação e Transporte:
O material deve ser encaminhado à seção de microbiologia imediatamente. O
ressecamento do swab inviabiliza o material por morte da bactéria.
• Exames:
Microscopia pela Col. Gram
Pesq Bacilos álcool-ácido Resistentes–BAAR
Microscopia p/ Trich. Vaginalis
Microscopia para Fungos
Microscopia a Fresco
Espermocultura c/ Contagem de Colônias
Cultura para Anaeróbios
Cultura para Micobactérias
Cultura para Fungos
Antibiograma
EXAME DE COLPOCITOLOGIA (PREVENTIVO)
Colpocitologia (preventivo)
• A coleta do material é realizada pelo médico assistente do paciente.
• Verificar no momento do material se as instruções de coleta foram seguidas:
• No mínimo 3 dias ante da coleta se foi evitado:
· relações sexuais, o uso de duchas higiênicas, o uso de tampão vaginal e o uso de
desinfetantes locais;
• Observar o tipo de material recebido:
· esfregaço de mucosa vaginal, raspado de ectocérvice ou escovado endocervical.

• Anotar a idade e o período menstrual do paciente.


EXAME DE COLPOCITOLOGIA (PREVENTIVO)
Coletas especiais - curvas
• Curva de triglicerídeos:
Para cada quilo de peso, administra-se 1.0 g de manteiga, diluída em leite morno. Colhe-
se Basal, 60’, 120’ (jejum de 12h).
• Curva de lactose:
Para cada quilo de peso, administra-se 1.0g de lactose. Colhe-se Basal, 15’, 30’, 45’, 60’
(jejum de 12h),
• Curva de glicose:
Para cada quilo de peso, administra-se 1.75 g/kg de peso de dextrose. No máximo de
75g. colhe-se Basal, 30’, 60’, 90’, 120’; ou a critério médico, a amostra deve ser iniciada
em no máximo 5 minutos, lembrando-se de coletar uma amostra de urina para glicosúria
para cada amostra sangüínea. (12h de jejum).
• Curva de glicose O’ Sullivan:
Após coletar a Basal o paciente deverá ingerir 100g de glicose (dextrose) dissolvido em
água. Horários: Basal, 60’, 120’, 180’.
• Curvas hormonais:
Observar sempre o estímulo que deve ser descrito pelo médico, e os tempos também
determinados pelo clínico. Colhe-se sempre um Basal e os tempos pedidos,
cronometrados. Sugere-se um jejum mínimo de duas horas e repouso de 10 a 15
minutos para estas coletas, com exceção do exames PROLACTINA, este exige 30
minutos.
• Observação:
Em casos de crianças inquietas que não suportam jejum, ou desnutridas, recomenda-se
sempre o maior jejum possível (consultar sempre o responsável para exceções).
EXAME DE COLPOCITOLOGIA (PREVENTIVO)
Coletas especiais - curvas
• Teste de tolerância a glicose ou teste de tolerância a glicose oral (TTG – TTGO):
Coletar amostra em jejum (BASAL) anotar hora e em no máximo 5 minutos o paciente
deve ingerir a carga de GLICOSE. Após a coleta marcar 1 hora e coletar a amostra.
Encaminhar para o setor de bioquímica BASAL e 60 minutos.
• Observação:
Nunca deixar perder a hora de coleta. Lembre-se que a interpretação do teste é de
acordo com o tempo de coleta. É importante observar se o cliente apresenta SUDORESE,
NAUSEAS, caso necessário comunicar o responsável para suspender o teste.
• Curva de D’xilose (cálculo para dosagem sérica):
Administrar 0.5 g de D’xilose por quilo de peso.
• Soro:
Colhe-se Basal e 90’ (jejum de 12h).
• Urina:
Jejum 8 horas ou o maior tempo possível em caso de lactentes;
Esvaziar a bexiga;
Imediatamente após o paciente Ter urinado, administrar oralmente 0,58g de D’xilose,
por quilo de peso corpóreo até no máximo 25g dissolvido em 250ml de H 2O;
Durante cinco horas coletar toda urina inclusive a quinta hora.
REJEIÇÃO DE AMOSTRAS

Amostra A amostra é rejeitada quando:

Urina Não for coletado no laboratório ou sem as normas de coleta;


Apresentar volume insuficiente para a análise para a qual se destina;
Apresentar contaminação fecal e/ou de conteúdo vaginal;
O tempo de armazenagem for superior ao permitido para a análise;
O frasco for inadequado para a amostra.

Sangue For realizada a coleta em frasco inadequado;


Não forem observados os cuidados com a amostra;
Apresentar volume insuficiente para a análise a qual se destina;
O tempo de armazenagem for superior ao permitido para a análise;
O preparo do paciente for inadequado;
A qualidade da amostra for desfavorável.

Fezes For colhido em frascos não padronizados;


O tempo de armazenagem for superior ao permitido para a análise;
O preparo do paciente for inadequado;
Houver contaminação com urina.

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