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Alfred Marshall

(1842-1924)
Escola Neoclássica
• Tomada de decisão e a determinação dos preços na margem
• Diferença dos primeiros marginalistas: O pensamento neoclássico
salienta a oferta E a demanda na determinação dos preços dos
bens.
• Marshall é a mais importante figura dessa escola.
• Matemático e economista britânico.
• Livro: “Princípios de ECONOMIA” (1890)
Tornou-se o principal manual da disciplina, substitundo o livro de Mill.
Procurou combinar o melhor da economia clássica com o marginalismo.
“A economia política ou economia é um estudo da humanidade na
atividade comum da vida; ela examina a parte da ação individual e
social que está mais intimamente ligada aos resultados e ao uso dos
requisitos materiais do bem-estar”
Contribuições
• Teoria do Consumidor e Teoria da Firma (concorrência perfeita –
informação perfeita e livre entrada)
• Por ser matemático, contribuiu com a formalização da ciência e
criou conceitos usados até hoje.
• O sistema econômico é formado por 2 grupos de agentes:
famílias e firmas. Estes agentes estão interligados através de
fluxos circulares de bens (lado real) e moeda. Lembra Quesnay.
• Famílias: maximizam utilidade através do consumo. São o centro
do fluxo real (fluxo de produção).
• Firmas: maximizam utilidade do dinheiro através do lucro. São o
centro do fluxo monetário (circulação de moeda).
• O comportamento maximizador é o mesmo para famílias e
firmas, logo suas análises são parecidas.
Contribuições para a Teoria do
Consumidor (lado real)
• Partiu de duas hipóteses:
1. Preferências e gostos são constantes no tempo. A função de
utilidade individual é “estática”.
2. A utilidade marginal do dinheiro é fixa no tempo.
• Utilizando essas hipóteses, Marshall estabeleceu sua Lei de
Demanda: “Toda queda, por menor que seja, do preço de
uma mercadoria de uso geral (bem normal) aumentará suas
vendas totais, mantendo-se inalteradas as outras coisas
(ceteris paribus)”.
• Outras coisas: renda da sociedade, quantidade disponível de bens
substitutos e complementares, gostos, número de compradores e
de vendedores, tecnologia, etc.
• Análise de equilíbrio parcial: olha a demanda por um bem sem se
preocupar com as interações entre mercados
• “Definiu” conceitos como : elasticidade-preço da demanda
(sensibilidade ao preço), excedente do consumidor (benefício
ao pagar um preço menor por todas às unidades consumidas do
que a disposição à pagar), excedente do produtor (receita
adicional ao receber um preço maior por todas as unidades
vendidas do que a disposição à receber), e como que algumas
políticas poderiam gerar “peso morto” para a sociedade (perda
social de bem-estar geral).
• Em relação à maximização da utilidade, as famílias
deveriam considerar em seu cálculo o prazer do consumo e
a renda dos fatores de produção (venda do trabalho –
salários; adiar consumo/alugar capital – lucro).
• Da maximização da utilidade através do consumo sujeita a
renda dos fatores advém as DEMANDAS MARSHALIANAS
(consumo ótimo de um bem é função do preço do bem e da
renda real do indivíduo).
• Maximização em termos de cestas de consumo (se o custo
de uma mercadoria torna-se maior que a UMG obtida com
ela, o consumidor pode – até certo ponto – substituir
aquele bem por outro dentro de sua cesta de consumo).
TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO
Contribuições para a Teoria da
Firma (lado monetário)
• Marshall “introduziu” dois conceitos fundamentais, dos
quais depende toda a teoria da firma:
1. A proporção usada de cada fator de produção não é fixa;
assim como bens de consumo podem ser substituídos, os
fatores de produção (K,L) também podem ser combinados
de acordo com seus preços. TAXA MARGINAL DE
SUBSTITUIÇÃO TÉCNICA. Produção é função de capital e
trabalho.
2. Retornos/Produtividade marginal decrescente dos fatores
de produção. Conceito análogo à UMG decrescente.
“A noção do emprego marginal de qualquer agente de
produção implica...uma tendência de haver um retorno
decrescente de seu maior emprego”
• A teoria da firma de Marshall é baseada em mercados de
concorrência perfeita.
• P de mercado/equilíbrio é determinado pela oferta e demanda
• A firma toma o preço como dado (fixo) e ajusta sua produção de
modo a maximizar lucros
• Milhares de firmas que produzem um mesmo produto (nenhuma
consegue alterar o preço de equilíbrio). FIRMA REPRESENTATIVA.
• A análise é dividida em CURTO PRAZO e LONGO PRAZO.
• CP: a quantidade de capital que a firma usa é fixa (prédio,
máquinas) e a tecnologia é dada (constante).
• LP: capital e trabalho são variáveis e a tecnologia de produção pode
ser alterada
• No curto prazo a firma maximiza os seus lucros atingindo um
nível de produção em que o preço deve ser igual ao custo
marginal de produção.
• A curva de custo marginal individual mostra as quantidades
que uma firma ofertará a vários preços.
• Inicialmente ela é decrescente (por causa do aumento da
escala de produção), depois passa a ser crescente como
resultado da produtividade marginal decrescente dos fatores
de produção.
• No CP a firma deve ao menos cobrir os seus custos variáveis de
produção para se manter operando. O lucro passa a ocorrer no
ponto em que o preço supera o custo médio de produção.
• O sistema de concorrência perfeita tem como característica,
em equilíbrio, empurrar o preço de mercado para o custo
médio de produção, de forma que, em equilíbrio de longo
prazo, o lucro econômico é nulo.
• No Longo Prazo todos os fatores de produção podem variar
(não há custo fixo). Neste caso estamos preocupados com os
RETORNOS DE ESCALA (dizem respeito ao que acontece com a
produção quando todos os insumos variam na mesma
proporção – retornos constantes, crescentes ou decrescentes).

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