Universidade Federal Rural de Pernambuco

Programa de Pós Graduação em Zootecnia

Metodologia
Índice de Área Foliar (IAF)
Aluno: Janerson José Coelho
Disciplina: Solo – Planta - Animal
Prof: José Carlos Batista Dubeux Júnior
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Introdução
Manejo adequado das pastagens

Avaliação de características da
pastagem

Produtividade e potencialidade das forrageiras

Proporcionar condições ideais para o estabelecimento,

crescimento, produção e rebrota das forrageiras
Introdução

Fitomassa fotossínteticamente ativa

 Fração dos componentes teciduais da planta
capazes de realizar fotossíntese, convertendo
a energia proveniente da radiação solar em
energia química pela produção de
carboidratos.
Lâminas foliares, Folhas
Tecidos clorofilados
Introdução
Pearce et al. (1967) a capacidade final de uma comunidade de
plantas para produzir matéria seca depende do grau de utilização
da radiação solar emitida no ambiente:

 Fotossíntese líquida valores máximos: cobertura vegetal é densa

para evitar que a radiação solar direta atinja o solo;

 Porém é adequado que não ocorra o sombreamento das folhas

basais.

Como quantificar os tecidos

fotossínteticamente ativos
e a utilização da radiação
emitida pelo sol????
Introdução

Índice de Área Foliar (IAF)

Watson (1947) a razão entre a área foliar do dossel e a unidade de
superfície projetada no solo (m²/m²) considerando apenas uma
das duas superfícies das faces da folha.
Introdução

Interceptação Luminosa (IL)

Quantidade da radiação que é interceptada pela estrutura do

dossel ou revaldo antes de atingir o solo, é a etapa inicial da
fotossíntese seguida da absorção dos fótons

Fagundes et al (1999) dossel

forrageiro interceptando 95% da luz
fotossintéticamente ativa incidente
(IAF crítico).
Introdução
• Manejo: Importância da Interceptação luminosa e IAF

IAF ótimo o qual o dossel forrageiro atinge a máxima taxa de acúmulo,

indicando assim o ponto ideal de corte ou inicio do pastejo.

Valores de IAF ótimo e crítico são próximos, mas não são

necessariamente o mesmo valor (Brown e Blaser, 1968).

(Davies, 1971) IAF acima do ótimo a taxa de crescimento da planta declina.

Objetivo

Essa revisão abordará as diferentes metodologias

utilizadas para obter estimativas de IAF.
Métodos diretos de estimação do IAF
Métodos diretos de estimativa do IAF

 Mais precisos;
 Mais trabalhosos e lentos;
 Destrutivo;
 Experimentos: bastante material a
ser coletado;
 Utilizados para aferição de
métodos indiretos.
Métodos diretos de estimação do IAF

Método Direto
 Medida da área foliar por meio de uma
subamostra relacionada à massa seca
folhas / densidade de perfilhos ;
 Área foliar específica (AFE, cm² g-1).

 Pesadas;
 Subamostradas e fracionadas em lâminas
foliares, colmos (colmo + bainha foliar) e
material morto (perfilhos e folhas mortos);
 Laminas F (subamostra) Ex: Medidor de área
(Delta T Devices, Ltda).
Métodos diretos de estimação do IAF

Métodos Indiretos:
- Menos precisos;
- Mais práticos;
- Maior investimento;
- Precisam de aferição;
- Utilização de equipamentos;
- Mais utilizados.
Métodos diretos de estimação do IAF

Sbrissia & Silva (2008) estudo com capim-Marandú (Brachiaria

brizantha Hochst. ex A. Rich cv. Marandu)

Comparação de metodologias de estimativa de IAF

 Método destrutivo direto (IAFMD);

 Método destrutivo indireto (densidade populacional de
perfilhos) e na área foliar média por perfilho (IAFDDP);
 Método não-destrutivo indireto utilizando o aparelho LAI 2000
LICOOR (IAFLICOR);
 4 alturas (10,20,30 e 40 cm).
 Tabela 1 - Índice de área foliar estimado por meio de três métodos em pastos
de capim-Marandú Sbrissia & Silva (2008)

Valores superestimados
Diferenças em
IAF entre todas alturas
    Método de estimação1 comparação   a IAFMD 
(Precisão)

    IAFMD IAFD P P IAF

LICOR Média
Altura (cm)              
10     1,7Db 2,7Ba 1,9Cb 2,1C
20     3,1Cb 5,0Aa 5,6Ba 4,6B
30     3,8Bc 5,0Ab 6,6Aa 5,1
40     4,7Ab 4,8Ab 6,9Aa 5,5A
      e.p.d. da interação = 0,36  
Média     3,3c 4,4b 5,3a e . p . d*.=0,21

IAFMD = Índice de área foliar obtido pelo método direto destrutivo

IAFDDP= método destrutivo indireto baseado na densidade populacional de perfilhos e na área foliar média
por perfilho
IAFLICOR= método não-destrutivo indireto utilizando o aparelho LAI 2000 LICOOR
E.P.D = Erro padrão da diferença
Médias seguidas da mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não diferem entre si (P>0,10).
Métodos diretos de estimação do IAF
Wilhelm et al (2000) eficiência de três metodologias (AccuPAR, LAI-2000 e
SunScan) estimativas do IAF milho (Zea mays), referência o IAF pelo método
direto.

Figura 1. Posições dos sensores abaixo do dossel. IAF do milho (LI-COR LAI
2000, Decagon AccuPAR, Delta T Devices SunScan, 1998.
Estimativa do IAF através
Figura 2. Estimativas dosmilho
do IAF do equipamentos
(LI-COR LAIdiferiram significativamente
2000, Decagon AccuPAR, Delta(P < 0,0001)
T Devices
valores
SunScan)decomparadas
IAF subestimados quando
com o método comparados
destrutivo, ao método
1998. Wilhelm et aldestrutivo,
(2000) o que contraria a
hipótese em que os métodos indiretos superestimam os valores de IAF.
LAI-2000 (LI-COR))

LAI-2000 mensura a probabilidade de visualização do

céu por debaixo de um dossel, em diferentes
posições.

A folhagem é escura: não incluem radiação refletida ou

transmitida pela folhagem. Rejeição da radiação acima
de 490 nm;

A folhagem é distribuída aleatoriamente;

A folhagem é curta: quando comparada a área de visão

do equipamento:

A folhagem é aleatoriamente orientada em seus

azimutes: estão inclinadas, essas não estão apontando
para mesma direção.
LAI-2000 (LI-COR))
T(θ, Ø) = exp (-G (θ, Ø) µ S (θ, Ø) )
 
G (θ, Ø) = fração da folhagem projetada em um direção X;
µ = Densidade da folhagem (m² folhagem por m³ do dossel);
S (θ, Ø) = O comprimento do caminho da luz através do dossel.

LAI-2000 mensura a atenuação da radiação difusa de 5 ângulos simultaneamente Figura 3

Figura 3. Sensor ótico projetando a imagem de sua visão hemisférica dentro de 5 sensores “anéis”
arranjados concentricamente.
LAI-2000 (LI-COR))

Ângulo Zenital

2 3 4
LAI-2000 (LI-COR))

LAI-2000 calcula a quantidade de folhagem, (IAF) e o ângulo médio foliar

(AMF)

LAI-2000 calcula a Interceptação luminosa (IL) através da “Gap Fraction”

fração do céu não coberta pela folhagem, este valor varia

de 0 (sem céu visível pelo sensor) a 1 ( sem folhagem visível
para o sensor)
AccuPAR LP-80
O sistema AcuuPAR usa diversas variáveis para calcular o
índice de área foliar

PAR ou RFA (Radiação fotossínteticamente ativa)

Radiação entre 400 e 700 nm, fração do espectro no qual as plantas

utilizam para realizar a fotossíntese.

Abaixo do dossel o nível de radiação pode variar de 0 até 100 num espaço de
poucos centímetros, varias mensurações (abaixo) aumenta acurácia.
AccuPAR LP-80
TAU (T) variável utilizada na equação de inversão do IAF, é
definida como a relação entre medidas de PAR abaixo do
dossel com as medidas simultâneas de PAR acima do
dossel
Sensor externo: medidas simultâneas

Ângulo zenital definido como o ângulo que o sol faz em direção reta, variando de 0
a 90° (horizonte), é utilizado no calculo do IAF, neste utiliza-se a posição global e o
tempo do dia, sendo utilizado os valores de longitude, latitude e a data correta.
AccuPAR LP-80
Fração dos feixes de radiação é a relação da
radiação direta advinda do sol mais a radiação
proveniente de vários ambientes como a atmosfera
e superfícies terrestres.

Este valor comparando as mensurações do PAR

acima do dossel com o valor potencial da radiação
local pelo ângulo zenital;

Parâmetros de distribuição foliar (também conhecido

como Chi, ou x) refere-se à distribuição dos ângulos das
folhas dentro do dossel.
AccuPAR LP-80
 
Monteith (1977) produção de matéria seca está diretamente relacionada
com a quantidade de radiação fotossintéticamente ativa interceptado pelo
dossel

P = efS
P= Quantidade de matéria seca produzida
S = a densidade do fluxo de radiação interceptada pela planta;
f = é a fração incidente de radiação interceptada pela planta;
e = Eficiência de conversão.

A eficiência de conversão (e) e a fração interceptada (f) são

determinadas pela fisiologia da planta e manejo
CI-110/120 (Plant Canopy Analyzer) CID Bioscience

A CI-110 e CI-120 realizam várias medidas ao mesmo tempo, fornecendo imagens

do dossel em tempo real com a radiação fotossintéticamente ativa (PAR)
instantânea e índice de área foliar (IAF)

não sendo necessário medir a radiação acima do dossel

CI-110/120 é ideal para a medição de vários tipos de

dossel indo de pequeno porte até florestas

 Índice de área foliar;

 Ângulo médio foliar;
 Radiação fotossínteticamente ativa (PAR);
 Coeficiente de transmissão do dossel;
 GPS e dados do compasso.
CI-110/120 (Plant Canopy Analyzer) CID Bioscience

O software CI-110 calcula os coeficientes de transmissão de raios solares, ou a

fracção do céu visível debaixo do dossel da planta usando o procedimento de
inversão Gap-Fraction descrito por (Norman e Campbell, 1989).
CI-110/120 (Plant Canopy Analyzer) CID Bioscience
Imagens do dossel das plantas são fracionadas em divisões de zênite e azimute Figura 4. A
fração de céu (coeficiente de transmissão dos feixes de energia solar) visível em cada
divisão é analisados ​através da contagem dos pixels da imagem.

Figura 4. Distribuição dos ângulos zenitais e azimutais da imagem CID-110

plant canopy imager.
CI-110/120 (Plant Canopy Analyzer) CID Bioscience
Considerações finais

 O Índice de Área Foliar (IAF) mensurado pelo método direto

e destrutivo apresenta valores mais acurados;
 Métodos indiretos não destrutivos, menor acurácia quando
comparados ao método direto;
 A utilização de equipamentos para obtenção do IAF
proporcionam outros benefícios obtenção de variáveis como:
interceptação luminosa, ângulo médio foliar e radiação
fotossínteticamente ativa.