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Universidade Federal Rural de Pernambuco

Programa de Pós Graduação em Zootecnia

Suplementação a Pasto

Aluno: Janerson José Coêlho


Disciplina: Forragem I
Prof: Mércia V.F dos Santos
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Introdução

Brasil: Bovinos de corte e leite


baseados em sistemas de
pastagens (Macedo, 2009)

200 milhões de hectares de pastagens

Meio mais barato de alimentação dos rebanhos

Cadeia Produtivas
 Economia de escala globalizada;
 Altos índices produtivos;
 Sistemas de produção eficientes;
 Constante oferta de produtos.
Introdução
Sazonalidade produção de forragens

 Produção de MS;
 Qualidade (Composição bromatológica);
 Período seco e chuvoso;
 Balanço de minerias dieta.
Euclides et al (1998) sazonalidade é a principal causa da baixa produção
bovina nos trópicos, promovendo inadequação das exigências nutricionais
dos animais.

Como manter a produção do rebanho quando a


forragem produzida não atende as demandas
deste?

Suplementação a pasto
Objetivo

Estacionalidade da produção forrageiras, exigências


nutricionais, tipos de suplementação, estratégias de
suplementação para bovinos de corte, bovinos de leite e
ovinos de corte em sistemas de pastagens.
Estacionalidade da produção e qualidade das forrageiras
Espécies forrageiras em regiões tropicais

 Pastagens perenes;
 Consumidas ao longo do ano;
 Capacidade de suporte (variação);
 Qualidade da forragem (NDT, PB,
FDN, FDA...);
 Influências: Clima e ciclo fenológico.
Estacionalidade da produção e qualidade das forrageiras
Paciullo et al (2005) disponibilidade de matéria seca e composição química de
uma pastagem de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum), em sistema
Variação quadrática:
de lotação rotacionada na Zona da Mata de Minas Gerais
Dezembro,
558kg/ha foientre
de MS de 3.402kg/ha
os meses dede
junho eMS
julho.
.

Estacionalidade resultado das baixas taxas de acúmulo diário de MS,


influenciadas
Figura 1. Regressão negativamente pelas
da disponibilidade de matériabaixas
seca (MS)temperaturas
em função do mêsedo anopela
disponibilidade
(números de 1 a 12hídrica
representam os meses de janeiro a dezembro). Paciullo et al (2005).
Estacionalidade da produção e qualidade das forrageiras

Tabela 1. Teores de proteína bruta (% da matéria seca) do capim-elefante, em


função do ano e da estação do ano. Paciullo et al (2005).

Ano Verão Outono Inverno Primavera

1999 14,2Ba 15,4Aa 12,2Ab 15,2Aa

2000 16,3Aa 16,6Aa 12,8Ab 15,1Aba

2001 14,8Bab 15,6Aa 11,4Ac 13,6Bb


Médias seguidas por letras diferentes, minúsculas na linha e maiúscula na coluna,
diferem (P<0,05) entre si.
Estacionalidade da produção e qualidade das forrageiras
Aroeira et al (2005) disponibilidade e composição bromatológica em pastagem
consorciada de Brachiaria decumbens com Stylosanthes guianensis, variação
estacional de produção de MS da braquiária e percentual de estilosantes
Estacionalidade da produção e qualidade das forrageiras
Tabela 2. Teores de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em
detergente ácido (FDA) e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) da extrusa, de
acordo com o mês do ano(1).

Mês PB FDN FDA DIVMS


  (g kg-1) (g kg-1) (g kg-1) (%)

Janeiro/2001 77b 762ab 439 a 42,1b

Maio/2001 84b 702c 353 b 47,3 a

Dezembro/2001 105a 712c 453 a 45,8 a

Janeiro/2002 79b 794a 465 a 46,5 a

Maio/2002 86b 745b 427 a 46,4 a

Novembro/2002 80b 739b 413 a 48,0 a

Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a
5% de probabilidade.
Exigências nutricionais animal
Exigências nutricionais dos animais de
produção

 Espécie e Raça (Holandesa x Zebu);


 Peso metabólico (peso vivo elevado à
potência 0,75 – PV0,75);
 Fase e estagio produtivo ou reprodutivo;
 entre outros fatores que se relacionam
com as variáveis ambientais.
 Tabelas especificas

National Reserch Council (NRC)


Exigências nutricionais animal
Tabela 3. Estimativa da ingestão de matéria seca (kg/cab/dia) para animais inteiros da raça
Nelore, em pastejo, com diferentes pesos e diferentes ganhos diários de peso. Considerando
Composição Corporal = 5 Grau de Estrutura Corporal = 4, Temperatura previa= 20 e Nutrientes
Digestíveis Totais da Forragem= 60% e Disponibilidade da Forragem = 3t/ha de matéria seca.
            Peso           Fator de correção
GDP 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 Fêmea Castrado
0 2,8 3,6 4,4 5,2 6,0 6,8 7,7 8,5 9,4 10,3 11,2 12,2 0,9 0,90
0,1 3,1 3,9 4,7 5,6 6,4 7,3 8,2 9,1 10 10,9 11,9 12,9 0,93 0,92
0,2 3,3 4,2 5,1 6,0 6,9 7,8 8,8 9,7 10,7 11,7 12,7 13,7 0,96 0,93
0,3 3,6 4,6 5,5 6,5 7,4 8,4 9,4 10,4 11,4 12,4 13,5 14,6 0,99 0,95
0,4 3,9 4,9 5,9 6,9 8 9 10 11,1 12,2 13,2 14,4 15,5 1,01 0,96
0,5 4,2 5,3 6,3 7,4 8,5 9,6 10,7 11,8 12,9 14,1 15,2 16,4 1,04 0,97
0,6 4,5 5,6 6,8 4,9 9,1 10,2 11,4 12,5 13,7 14,9 16,1 17,3 1,05 0,98
0,7 4,8 6,0 7,2 8,4 9,6 10,8 12 13,3 14,5 15,7 17 18,3 1,07 0,99
0,8 5,1 6,4 7,7 8,9 10,2 11,5 12,7 14,0 15,3 16,6 17,9 19,3 1,09 1
0,9 5,4 6,8 8,1 9,5 10,8 12,1 13,4 14,8 16,1 17,5 18,8 20,2 1,10 1,01
1 5,7 7,1 8,6 10,0 11,4 12,7 14,1 15,5 16,9 18,3 19,8 21,2 1,12 1,02
1,1 6,0 7,5 9,0 10,5 12 13,4 14,8 16,3 17,8 19,2 20,7 22,2 1,13 1,02
1,2 6,3 7,9 9,5 11,0 12,6 14,1 15,6 17,1 18,6 20,1 21,7 23,2 1,14 1,03
1,3 6,6 8,3 10.0 11,6 13,2 14,7 16,3 17,9 19,4 21 22,6 24,2 1,15 1,04
1,4 6,9 8,7 10,4 12,1 13,8 15,4 17 18,7 20,3 21,9 23,6 25,2 1,16 1,04
1,5 7,3 9,1 10,9 12,7 14,4 16,1 17,8 19,5 21,1 22,8 24,6 26,3 1,17 1,04
Exigências nutricionais animal
Tabela 4. Exigências de proteína bruta (PB), expressas em g/dia, de bovinos Nelore de
diferentes classes sexuais, pesos e taxas de ganho de peso.
Ganho de peso       Peso Corporal    
(kg/dia)  
  200   250 300 350 400 450
        Machos Inteiros    
0,50 546,52   619,38 690,82 763,37 810,22 854,80
0,75 652,90   730,47 810,24 890,17 934,95 978,31
1,00 758,02   844,09 929,82 1018,90 1059,09 1099,39
1,25 865,49   954,36 1047,55 1147,91 1183,00 1220,25
1,50 972,26   1067,33 1167,52 1271,58 1308,00 1342,51
        Machos castrados    
0,50 502,80   576,27 649,23 721,16 773,96 825,19
0,75 589,17   669,50 748,88 832,85 884,47 936,04
1,00 675,96   763,79 852,31 943,43 996,25 1047,46
1,25 763,67   856,77 952,41 1055,04 1109,54 1161,37
1,50 852,33   951,41 1055,91 1168,63 1219,23 1270,19
        Fêmeas    
0,50 503,84   577,12 648,81 722,43 774,72 826,07
0,75 591,16   669,62 751,97 833,70 887,32 937,43
1,00 679,25   765,70 853,82 945,67 997,14 1048,73
1,25 766,05   861,93 957,21 1056,51 1110,53 1162,61
1,50 855,64   957,96 1061,76 1169,99 1223,43 1275,65
Suplementação a pasto
Produção animal a pasto
 Produzir grande quantidade de forragem
de bom valor nutritivo, cuja distribuição
estacional deve coincidir com a curva de
exigências nutricionais dos animais;
 Uma grande proporção dessa forragem
deve ser colhida pelos próprios animais
(consumo);
 Eficiência de conversão dos animais deve
ser elevada.
(Simão Neto, 1994).
Suplementação de bovinos de corte a pasto
Aldelhadi et al (2005) efeitos da suplementação, com silagem de
milho e do milho com alto teor de umidade, em novilhas cruzadas de
Angus X Hereford, pastejando pastagens temperadas, obteve os
seguintes resultados apresentados em tabela 5.
Suplementação de bovinos de corte a pasto
Tabela 5. MS total de novilhas de corte em pastagem temperada sem suplementação (T0),
suplementada com silagem de milho (T1) ou suplementadas com milho de alta umidade (T2).
Adaptada de Aldelhadi et al (2005).

Tratame
Item nto     P a
Erro.P.
  T0 T1 T2    
           
Cons. Forragem (kg
MS/dia) 7.2a 3.8c 5.8b 0.01 0.2

Cons. MS Total (kg/dia) 7.2b 6.7b 8.5a 0.01 0.2

Cons. EM Total (MJ/dia) 71.9b 63.6b 93.3a 0.01 2.5

CMS/ GP 7.7b 7.6b 9.1a 0.01 0.3

Cons. EM /GP (MJ kg−1 ) 76.3b 72.1b 100.7a 0.01 2.9


Médias com letras diferentes nas linhas diferem (P<0.05).
Suplementação de bovinos de corte a pasto
Ortiz et al (2002) efeitos da suplementação de ureia e
concentrados comerciais, no desempenho de novilhos Zebu sob
pastejo, em pastagem de Capim estrela (Cynodon nlemfuensis) e
em pastagem de Braquiarão (Brachiaria brinzantha)

Uréia: Opção frente aos


concentrados proteícos
Suplementação de bovinos de corte a pasto
Tabela 6. Consumo voluntário de MS (CVMS) Ganho de Peso (GP) de novilhos Zebu em
pastagem de Capim-estrela (Cynodon nlemfuensis) ou Braquiarão (Brachiaria brizanta)
suplementados com Ureia (U) ou concentrado comercial (CC). Adaptada de Ortiz et al (2002).

% Cons.
Trataementos Peso Final Ganho Peso CVMS P.V
    (kg) (g / day) (kg)  
         
A1 C.Estrela + U 31767 851615a 7.9a 3.0
A2 C.Estrela + CC 31465 819629a 7.2a 2.7
Erro Padrão 7.5 11.5 0.4 –
B1 C. Braqui + U 32465 910621a 8.6a 3.2
B2 C. Braqui + CC 32064 843632b 7.7b 2.8
Erro Padrão 4.5 13.5 0.5  

Médias com a letras diferentes na coluna diferem significativamente (P<0.05).


Suplementação de bovinos de corte a pasto

Suplementação mineral

 Deficiências da forrageira;
 Indispensáveis animais em pastejo;
 Aumentar a performance de animais
em crescimento e reprodução;
 Brasil: Fosforo (P);
 Variação estacional dos mineiras na
forragem.
Suplementação de bovinos de corte a pasto
Peixoto et al (2003) eficiência reprodutiva de matrizes bovinas de
corte, submetidas a três tipo de suplementação mineral

 Mistura A (Mistura mineral completa);


 B (50% de NaCl e 50% de fosfato
bicálcico);
 Mistura C (apenas NaCl).

Pesq. Vet. Bras. vol.23. 2003


Suplementação de bovinos de corte a pasto
Tabela 7. Média de parâmetros reprodutivos obtidos de matrizes bovinas de corte na Fazenda
Palmital, submetidas a 3 combinações de suplemento mineral. Adaptada de Peixoto et al (2003).
   
Estação de
Parâmetros     monta
  1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02
Mistura utilizada A A BeC C C
Total de matrizes 1017 1223 1234 1209 1205
Inseminadas 941 1127 892 1144 1165
Doses de sêmen /
prenhes 1,57 ª 1,55 ª 1,56 ª 1,48 ª 1,50 ª
Matrizes prenhes (%
total) 78,2 b 80,5 b 60,9 c 85,6 ª 89,7 ª
Matrizes prenhes 84,4 b 87,3 ab 84,3 b 90,6 ab 92,8 ª

Matrizes inseminadas
(% total) 92,5 ª 92,1 ª 72,2 b 94,6 ª 96,7 ª
% matrizes prenhes c/
1 dose 62,7 ª 63,8 ª 63,9 ª 65,7 ª 69,1 ª
% matrizes prenhes c/
2 doses 17,5 ª 16,8 a 16,4 ª 20,1 a 19,3 ª
% matrizes prenhes c/
3 doses 4,25 a 6,57 ª 3,92 ª 4,72 ª 4,12 ª
Médias na mesma linha, seguida de letras iguais, não diferem pelo teste T (P<0.05).
Suplementação de bovinos de corte a pasto
Knorr et al (2005) efeitos do sal proteínado no desempenho de
novilhos mestiços taurinos, criados em sistema de pastagem nativa
no Rio Grande do Sul.

Tratamentos
 Sal proteinado com uréia (SPU);
 Sal proteinado com amiréia (SPA);
 Sal proteinado com amiréia e
levedura (SPAL);
 Sal mineral (SM).

AMIRÉIA (produto da extrusão amido/uréia)


Suplementação de bovinos de corte a pasto
Tabela 8. Peso vivo inicial (PVI), ganho médio diário (GMD), ganho de peso vivo por hectare
(GPVHA), peso vivo final (PVF) e consumo de suplemento (CSUPL) em novilhos manti-dos em
campo nativo, suplementados com sal proteinado com uréia (SPU), sal proteinado com amiréia
(SPA), sal proteinado com amiréia e levedura (SPAL), e sal mineral (SM)(1). Knorr et al (2005).

Variável SPU SPA SPAL SM

PVI (Kg) 263,25 254,25 257,75 251,25

GMD (Kg) 0,159ab 0,124ab 0,287a 0,019b

GPVHA (Kg) 14,05ab 11,36ab 27,93a 1,08b

PVF (Kg) 277,44ab 264,94ab 284,13 a 252,25b

CSUPL (Kg dia-1) 0,391a 0,412a 0,418a 0,038b

Médias na mesma linha, com letras iguais, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%
de probabilidade.
Suplementação de bovinos de leite a pasto

Suplementação de vacas leiteiras


a pasto
 Adesão de produtores cadeias
tecnificadas;
 Custo concentrados e mão de
obra;
 Variações sazonais e diárias :
Prejuízos na produção;
 Sensibilidade bovinos leiteiros;
 Composição do leite: gordura %.
Suplementação de bovinos de leite a pasto
Reis & Combs (2000) efeitos dos níveis de suplementação
concentrada com milho moído no desempenho de lactação de vacas
Holandesas em pastagem consorciada de gramíneas e leguminosas.

50% de gramíneas (Dactylis glomerata L, 50% de leguminosas (Medicago sativa,


Bromus inermis L) Trifolium pratense L).
Suplementação de bovinos de leite a pasto
Tabela 9. Efeito da suplementação com milho na produção e composição do leite de vacas
Holandesas em pastagem consorciadas com gramíneas e leguminosas.
      Tratamento1         P<  

    C0 C5 C10   Erro P. Trt Linear2 Quadratica2


Leite Prod,
kg/d   21.8c 26.8b 30.4a 0.65 0.01 0.01 0.23
4% Corrigido
gordura, kg/d 21.9 23.2 23.4   0.75 0.22 0.11 0.51
Solidos
corrigidos no
leite, kg/d   21.2b 22.2b 26.7a 0.89 0.01 0.01 0.06
EM3, Mcal/d   28.5b 29.8b 36.7a 1.21 0.01 0.01 0.09
Gordura, %   3.89a 3.50b 3.08c 0.10 0.01 0.01 0.87
Gordura, kg/d   0.88a 0.83ab 0.75b 0.04 0.04 0.01 0.96
Proteina, %   2.85c 2.95b 3.05a 0.03 0.01 0.01 0.94
Proteina, kg/d   0.62c 0.79b 0.93a 0.02 0.01 0.01 0.25
Leite/Cons MS   1,60 1,54 1,54 0.06 0.75 0.55 0.66
a,b,c
Médias nas linhas com diferentes letras diferem (P <0.05).  
1
C0 = sem suplementação ; C5 = 5 kg de concentrado; C10 = 10 kg de concentrado  
2
Contrastes                  

EM Mcal/d = Saída de energia do leite corrigida pelo peso corporal  


3
   
Suplementação de bovinos de leite a pasto
Fike et al (2003) efeito da suplementação concentrada na performance de vacas
leiteiras Holandesas, em dois tipos de pastagem, sendo uma pastagem de solteira
de gramíneas do gênero (Cynodon) e uma pastagem solteira de leguminosa do
gênero (Arachis).

 Suplemento em mistura completa:


milho, torta de soja, farelo de soja,
caroço de algodão, e melaço de cana
mais premix mineral.

 composição bromatologica, MS % 91,4,


PB 18 %.

 Suplementação dois níveis 0.33 (low) e


0.55 (high) kg/leite produzido/dia
Suplementação de bovinos de leite a pasto
Incrementos percentuais na produção mais elevados em pastagem de Cynodon,
aumentaram mais do que o dobro (21.9 vs. 10.6%) do que em pastagem de
Arachis.
Produção de Leite Kg/d

Cynodon Arachis

Figura 3. Produção de leite de vacas holandesas, em pastagem de gramínea (Cynodon) ou


leguminosa (Arachis), submetidas a dois níveis de suplementação concentrada. Adaptado Fike et
al (2003).
Suplementação de bovinos de leite a pasto

Vacas leiteiras no início da lactação não são capazes de consumir


energia suficiente para dar suporte a produções elevadas de leite

Mobilização de reservas corporais na


tentativa de suprir o déficit energético

Período inicial da lactação considerado crítico

Vilela et al (2002) estudou a suplementação de gordura


protegida para vacas Holandesas em pastagem de coast-cross
em Minas Gerais.
Suplementação de bovinos de leite a pasto
Vacas que receberam gordura protegida
foram maiores (17,5 kg/vaca/dia), em
comparação com as vacas-testemunhas (15,7
kg/vaca/dia), (P<0,05)

Figura 4. Produção de leite de vacas Holandesas em pas-tagem de coast-cross-1,


durante 273 dias de lactação, em razão do não-fornecimento ( ) e do
fornecimento ( ) de gordura protegida nos primeiros 90 dias de lactação.
Suplementação de ovinos de corte a pasto

Suplementação de ovinos a pasto

Ganho de peso médio diário e terminação

 Ciclo de produção com duração média de


5-6 meses;
 Programar com períodos para a
produção e qualidade da forrageira.
 Mercado / demanda.
Suplementação de ovinos de corte a pasto
Dantas et al (2008) níveis de suplementação na terminação de ovinos
de corte Santa Inês em sistema de pastagem nativa enriquecida com
capim-buffel (Cencrhus ciliares L cv. Biloela) na Paraíba.

Suplemento: concentrado constituído


de 40,4% de milho moído, 56,6% de
farelo de soja e 3% de sal mineral
Suplementação de ovinos de corte a pasto
Tabela 10. Médias e coeficientes de variação (CV) para peso ao abate, peso do conteúdo
gastrintestinal, peso e rendimento da carcaça quente e da carcaça fria, peso de corpo vazio,
rendimento biológico, perda pelo resfriamento, e área de olho de lombo (AOL) de ovinos Santa
Inês, terminado em pastagem nativa com diferentes níveis de suplementação. Dantas et al
(2008).
Nível de Suplementação (% do PV)  

     
Variável CV (%)  

  0,0 1,0 1,5    

           

Peso ao abate (kg) 20,54c 23,63b 27,09a 9,75  

Peso do conteúdo gastrintestinal (kg) 5,84a 6,07a 5,86a 14,36  

Peso da carcaça quente (kg) 7,66c 9,55b 11,80a 12,89  

Peso da carcaça fria (kg) 6,95c 8,70b 10,90a 12,44  

Peso do corpo vazio (kg) 14,70c 17,55b 21,22a 10,25  

Perda pelo resfriamento (kg) 4,18a 3,33ab 2,88b 24,84  

Rendimento de carcaça quente (%) 37,11c 40,39b 43,60a 6,25  

Rendimento de carcaça fria (%) 33,68c 36,68b 40,25a 6,24  

Rendimento biológico (%) 51,92a 54,37a 55,62a 5,48  

Área de olho de lombo (cm 2) 7,51c 9,16b 10,81a 14,23  

Médias com letras diferentes na mesma linha diferem (p<0,05), pelo teste de Tukey.
Suplementação de ovinos de corte a pasto
Karnezos (1993) estou os efeitos da suplementação de milho com ovinos em
pastagem de alfafa (Medicago sativa), observando três níveis de suplementação
0, 123 e 247g/dia/animal
Ganho de peso cumulativo Kg/ovino

Dias de pastejo
Após 85 dias de experimento ovinos sem suplementação atingiram o peso médio de
11,9
FiguraKg, enquanto
5. Ganho ovinos
de peso suplementos
culmulativo com 123
Kg/por ovino, em e 247g/dia,
pastejo, atingiram
submetidos peso
a três dede13.1 e
níveis
suplementação
14.4 kg. com milho 0, 123 2 247g/ ovino/dia.
Considerações finais

 Pastagens períodos de estacionalidade de produção e


qualidade, necessidade de suplementação;
 Exigência animal fator determinante nos níveis de
suplementação a ser fornecido;
 A suplementação mineral: indispensável em animais em
sistema de pastejo;
 Benefícios da suplementação se expressam mesmo em
pastagens com bons índices de produção e qualidade
nutricional.

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