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Nutrição de monogástricos

 O estudo da nutrição depende da fisiologia nutricional ( exigências e metabolismo) e da avaliação de alimentos


( composição e digestibilidade)

composição em nutrientes
Avaliação do alimento fatores antinutricionais
digestibilidade de alimentos

Exigência nutricional do animal: importante para evitar sobras ou deficiências no fornecimento.


 dependendo se o animal é carnívoro, onívoro ou herbívoro, podem apresentar diferentes hábitos alimentares, além de
que seus sistemas digestórios apresentam grande diversidade estrutural e funcional.

carnívoros:
ruminantes:
a digestão é principalmente enzimática, a fermentação
microbiana é grande
sendo a digestão microbiana mínima. E ocorre
antes da enzimática

cavalos:
suínos:
a fermentação microbiana ocorre tem digestão
principalmente
na parte distal do trato digestivo de natureza
enzimática.

Estomâg Intestino ceco Cólon e


o delgado reto
Cão 63 23 1 13
Gato 69 15 -_ 16
Porco 29 33 6 32
Homem 17 67 - 17

 Dessa forma, elabora-se tabelas com exigências de aminoácidos, energia, proteína, minerais e vitaminas. Facilitando
o uso para o cálculo de rações.

Programação linear
 Ferramenta para formulação de dietas para animais
 Permite otimizar a composição da dieta de forma a atender às necessidades nutricionais do animal e minimizar os custos dos
ingredientes.
 O objetivo é encontrar a combinação ideal de ingredientes que atenda às necessidades nutricionais do animal, ao mesmo tempo
que minimize o custo total da dieta
 A programação linear pode ajudar a alcançar esse objetivo, permitindo que os nutricionistas otimizem a composição da dieta de
forma eficiente.
 Existem softwares especializados em formulação de dietas que utilizam programação linear. Eles levam em consideração:

1. Os requisitos nutricionais específicos de cada animal


2. Os custos dos ingredientes
3. As restrições físicas e quimicas dos ingredientes utilizados
Principais nutrientes:

 Proteinas e aminoácidos
 Carboidratos
 Lipídeos
 Vitaminas
 Minerais
 Água
termos definição
alimento Qualquer produto ou subproduto, natural ou artificial, que
possa fazer parte de uma dieta devido a alguma propriedade
nutritiva.
ingredientes Componentes de qualquer combinação ou mistura que
constitui um alimento
alimentação É o processo de fornecimento de alimento ao animal na forma
mais adaptada às suas preferências e condições fisiológicas.
Consiste no ato de os animais ingerirem, transformarem,
assimilarem e utilizarem materiais de composição e
propriedades definidas.
ração Quantidade de alimento fornecido e consumido por um animal
no período de 24 horas.
dieta Indica os componentes de uma ração, ou seja, é o ingrediente
alimentício ou mistura de ingredientes, incluindo água, a qual
é ingerida pelos animais. A dieta refere-se ao conjunto de
alimentos consumidos por um animal em particular
ração balanceada  mistura de alimentos convenientemente equilibrada para
fornecer todos os nutrientes exigidos pelos animais
nutrientes Substãncias presentes nos alimentos em diferentes quantidades
com diferentes funções no organismo, que entram em
metabolismo e concorrem para a vida do organismo.
nutrição Ciência que estuda os alimentos, nutrientes, suas
ações,interação e balanço em relação a saúde e à doença, além
de processos pelos quais o organismo ingere, absorve,
transporta, utiliza e excreta nutrientes.
exigência nutricional Quantidade de cada nutriente, exigida por determinada espécie
e categoria animal, para sua boa manutenção, produção e
reprodução eficientes
nrc Nutrient requirement compendium sistema de exigências
nutricionais elaborado pela academia nacional de ciências e
conselho nacional de pesquisa dos eua.

Ingrediente ou matéria prima:

 É o componente ou constituinte de qualquer combinação ou mistura utilizado na alimentação animal, que tenha ou não valor
nutricional.
 Pode ser de origem vegetal, animal,mineral, além de outras substâncias orgânicas e inorgânicas
Ração:

 É a mistura composta por ingredientes e aditivos


 Destinada à alimentação de animais de produção, que constitua um produto de pronto fornecimento e capaz de atender às
exigências nutricionais dos animais a que se destine.
Aditivo:

 Substância, microrganismo ou produto formulado,adicionado intencionalmente aos produtos, que não é utilizada
normalmente como ingrediente, tenha ou não valor nutritivo e que melhore as caracteristicas dos produtos destinados à
alimentação animal ou dos produtos animais, mehore o desempenho dos animais sadios ou atenda às necessidades
nutricionais. Ex: vitaminas, minerais, aminoácidos, probióticos, enzimas, antioxidantes, acidificantes.
Premix:

 É a pré-mistura de aditivos com um veículo ou excipiente, que facilite a dispersão em grandes misturas, que não pode ser
fornecida diretamente aos animais.
 O veiculo ou excipiente tambem pode proteger os aditivos contra a deterioração, oxidação ou interações indesejadas com
outros componentes da ração
 Premix é interessante ser usado quando usa-se aditivos em pequenas quantidades, onde é essencial garantir uma distribuição
homogênea na ração
 Nem todos os aditivos são misturados em um premix, depende do aditivo

Veiculo ou excipiente:

 Ingrediente ou substância que adicionado a outro, facilita a sua dispersão, mistura, diluição e que não possui função
nutricional ou função específica dentro do produto ou sobre o animal;
Ex: carbonato de cálcio, fosfato dicálcico, celulose microcristalina, amido de milho, óleos vegetais, lactose...
Núcleo:

 É a pré-mistura composta por aditivos e macro minerais ( como cálcio, fósforo, magnésio, potássio e sódio)
 Contendo ou não veiculo excipiente, que facilita a dispersão em grandes misturas, que não pode ser fornecido diretamente
aos animais
Concentrado:

 É a mistura composta por macro minerais, ingredientes ou aditivos que, quando associada a outros ingredientes, em proporções
adequadas e devidamente especificadas pelo seu fabricante, constitua uma ração.
Ex: supra gema concentrado.
É um produto concentrado para ser misturado com o milho, fornece à ração : proteina, aminoácidos, vitaminas e minerais para
produção de ovos.
Mistura 64% de milho, 28% de supra gema concentrado e 8% de calcário calcítico (totalizando 100%)

Alimento:

 É a mistura composta por ingredientes destinada exclusivamente à alimentação de animais de companhia, que constitua um
produto de pronto fornecimento e capaz de atender integralmente ou em parte às suas exigências nutricionais.

Alimento completo:

 É um produto composto por ingredientes ou matérias-primas e aditivos destinado exclusivamente à alimentação de animais de
companhia, capaz de atender integralmente suas exigências nutricionais, podendo possuir propriedades específicas ou funcionais

Alimento coadjuvante:
 É um produto composto por ingredientes ou matérias-primas e aditivos destinados exclusivamente à alimentação de animais de
companhia com distúrbios fisiológicos ou metabólicos, cuja formulação é incondicionalmente privada de qualquer agente
farmacológico ativo
Alimento específico:
 É um produto composto por ingredientes ou matérias-primas ou aditivos destinado exclusivamente à alimentação de animais de
companhia com finalidade de agrado, prêmio ou recompensa, não se caracteriza como alimento completo, podendo possuir
propriedades específicas.

Produto mastigável:
É um produto à base de subprodutos de origem animal, podendo conter ingredientes de origem vegetal, destinado exclusivamente
aos animais de companhia, com objetivo de diversão ou agrado, com valor nutricional desprezível

Produto funcional:
 Além das funções nutritivas básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos
e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica ( rico em fibras, minerais, vitaminas,
antioxidantes.)
 Seus efeitos fisiológicos devem ser constatados nas quantidades normalmente consumidas pelos indivíduos num padrão alimentar
normal, como parte de uma dieta regular, variada e equilibrada.

Alimento nutracêutico:
 São produtos que contem um ou mais ingredientes biologicamente ativos ( isolados ou purificados de alimentos e utilizados para
suplementar a dieta)
Ex: tomate x licopeno ; acerola x vitamina c; iogurte x probiótico

Fases da nutrição
Fase pré-inicial 1
Estágio inicial após o nascimento do animal.
Os animais têm um sistema digestivo imaturo.
Requerem uma nutrição especializada para promover um bom desenvolvimento.
São formuladas para serem altamente digestíveis, com proteinas de akta qualidade, lipidios, vitaminas e minerais facilmente absorvíveis
Fase pré-inicial 2
 As dietas são formuladas para fornecer uma nutrição balanceada com níveis adequados de proteínas, energia, vitaminas e minerais para
suportar o crescimento contínuo e o desenvolvimento continuo do sistema digestivo.

fase inicial
 Nessa fase, os animais já possuem um sistema digestivo mais desenvolvido e estão prontos para uma transição gradual para uma
dieta de crescimento convencional.

Medidas de desempenho animal


 Consumo de alimento
 Ganho de peso
 Conversão alimentar
 Eficiência alimentar

1. Conversão alimentar
 Capacidade de um alimento se converter em uma unidade de produto animal.
CONSUMO DE ALIMENTO
Conversão alimentar =
GANHO DE PESO

2. Eficiência alimentar
 Quantidade de produto animal obtida por uma quantidade unitária de alimento.
GANHO DE PESO
Eficiência alimentor = x 100
CONSUMO DO ALIMENTO

Energia
 Capacidade que um corpo, uma substância ou um sistema físico tem de realizar trabalho. Na nutrição, a capacidade máxima de
realizar trabalho, pode ser entendida como capacidade de produção. ( ganho de peso, carne, leite, ovos...) E aproveitamento do
alimento
 A energia é utilizada para: manutenção das funções vitais e temperatura corporal, energia armazenada disponível para o
trabalho.
 Nas plantas, a energia provém da fotossíntese e elas a armazenam em compostos quimicos. Os animais ingerem as plantas e
usam esses compostos quimicos, gerando energia
 Essa energia quimica é mantida nas ligações de alta energia, gerando atp.

A energia vem de :
 Carboidratos
 Lipídeos
 Proteínas
O valor energético dos alimentos, é estimado via ensaios de digestibilidade/metabolismo utilizando:

 Gaiolas de metabolismo ( suinos)


 Baterias metálicas ( aves)

energia no alimento x consumo


 Deve-se conhecer o teor de energia no alimento, para equacionar o consumo de todos os nutrientes.

Relação nutriente/caloria: deve ser considerada nas rações de monogástricos para garantir o consumo adequado de nutrientes.

 Monogástricos consomem para satisfazer as exigências energéticas


 Consumo é para atender primeiramente a necessidade emenergia
 Com a elevação do nivel de energia da dieta, ocorre diminuição no consumo de alimento. Ou seja, quando altera o nível de energia, o animal
muda seu consumo. Assim, deve-se ajustar os nutrientes aos conteúdos de energia da dieta.

Energia metabolizável: é uma medida da quantidade de energia contida em um alimento que um animal pode utilizar para suas necessidades
energéticas.

Caloria = 4,1868 joules  1j= 0,239 cal  kcal = 1000 cal = 1 cal ( com c maiúsculo)

 A caloria é quantidade de energia necessária para elevar em 1º c a temperatura de 1 ml de água.

Ex: um cão consome uma ração que possui 3000 kcal de em/ kg e 25% de proteina bruta para atender sua exigência diária. Se eu reformular essa
ração para que tenha 4000 kcal de em/ kg, quanto de proteina terei de utilizar? Qual deve ser a quantidade de proteina para manter a relação
nutriente/caloria?

relação nutriente/caloria para a ração de 3000 kcal.

NUTRIENTE
r = CALORIA

25
r = 3000

r = 0,0084
mantendo agora a relação nutriente/caloria para a ração de 4.000 kcal
NUTRIENTE
r=
CALORIA
PROTEíNA
0,0084 =
4000
proteína = 0,0084 x 4000
Proteina = 33,6 %
33,6% de proteina = 336 g de proteina/kg de ração
Ex2: uma ração com 4.500 kcal, 310g de proteina; 1,10g de ácido linoléico e 0,8g de cálcio. Se alterarmos a energia para 3.200
kcal, como deverão ficar os demais nutrientes:
4500 kcal  310g de proteína
3200 kcal  x
310 x 3200
X= = 220,44 g
4500

4500 kcal  1,10g de ácido linoleico


3200 kcal  x
1,10 X 3200
X= = 0,782g
4500
4.500 kcal 0,8g de cálcio
3200 kcal  x
0,8 X 3.200
X= = 0,57g
4.500

Metabolismo energético

Valores energéticos dos alimentos


Valor da energia total do alimento é determinado medindo-se a quantidade de calor produzida pela sua oxidação completa.

Bomba calorimétrica
Também chamada de calorímetro. Isolada contra perda de calor e o calor produzido é medido pela mudança na temperatura de
um volume conhecido de água.

Valores energéticos fisiológicos

 Os valores determinados por meio do calorímetro são modificados no organismo devido a perdas e a oxidações incompletas
ocorridas nele.
 Devido as perdas e oxidações incompletas ocorridas no organismo, o animal possui aproximadamente uma eficiência
energética de 40%
 para chegar às kcal de um alimento, multiplica-se a quantidade de gramas de carboidratos por 4, a de gorduras por 9 e
a de proteínas por 4.

energia bruta
 É a energia liberada na combustão de um alimento ou ração. É determinanda em um calorímetro e indica a energia potencial de
um alimento, mas não necessariamente a quantidade de energia que será usada

Energia digestível
 É a energia na alimentação depois de subtrair a energia perdida nas fezes. ( energia – fezes)

energia metabolizável
 É a energia na alimentação depois de subtrair a energia perdida nas fezes, urina, e emissões gasosas.

energia liquida
 É o valor determinado pela subtração do incremento calórico ( calor produzido durante a ingestão, digestão e metabolismo do
alimento)
 está mais intimamente relacionada com a energia disponível para a produção.

Balanço de energia
 Os estudos do balanço de energia são importantes para definir o uso da energia ingerida
 O organismo distribui a energia da dieta de forma diferente com as necessidades orgânicas
 A eficiência energética difere em função da espécie e finalidade fisiológica
Ex: cadelas em lactação tem alta exigência para a produção de leite
Calorias boas:

 Geralmente se referem a alimentos que fornecem não apenas energia, mas tambem nutrientes essenciais e benefícios à saúde.
Calorias ruins:

 Referem-se a alimentos que fornecem energia, mas têm poucos ou nenhum valor nutricional além disso.

estimativa da energia metabolizável ( kcal/g)


EM( ENERGIA METABOLIZÁVEL) = 5,65 PB (PROTEINA BRUTA) + 9,4 EE( EXTRATO ETÉREO) + 4,15
ENNde(CARBOIDRATO)
exemplo estimativa de energia:

proteina bruta: 30%

Considere os valores: extrato etéreo: 15%

carboidratos: 34%

E= [ (pb x 5,65) + ( ee x 9,4) + (enn x 4,15) ]


E = [ (30 x 5,65) + (15 x 9,4) + ( 34 x 4,15)]
E= 169,2 + 141 + 141,1é
E= 4513 kcal/ kg

 Geralmente, o valor da energia metabolizável vem no rótulo da ração, mas se não vier, tem que calcular.

energia de mantença
 A energia de mantença é a quantidade de energia necessária para um animal manter suas funções vitais e realizar atividades
básicas do dia a dia.

ENERGIA DE MANTENÇA = 132 X PV0,75


Pv= peso do animal
Ex: necessidade de energia de mantença do cão de 28 kg
E. Mantença = 132 pv 0,75
E. Mantença = 132 x 280,75
E mantença = 1607 kcal/dia

Coeficiente de metabolização (cm)


 É calculado dividindo a energia metabolizável (em) pela energia bruta (eb) da dieta e multiplicando o resultado por 100

EM
Cm = EB x 100

 Cálculo da quantidade diária de ração:

1° passo: informações da ração


Umidade 10%
Proteina bruta 22%
Extrato etéreo 12%
Matéria mineral 8%

Fibra bruta 5%

2° passo: cálculo da fração de carboidrato do alimento (enn)


 Soma todas as porcentagens e vê o que falta para 100%
Enn= 100 – ( umidade + pb+ ee+ mm + fb)
Enn = 100 – (10+22+12+8+5)
Enn= 100 – 57
Enn = 43% carboidratos

3° passo: calcular a estimativa da energia


 Eb = [( ptn x 5,65) + (lip x 9,4) + ( cho x 4,15)]
Eb = [(22 x 5,65) + (12 x 9,4) + (43 x 4,15)]
Eb = 124,3 + 112,8 + 178,45
Eb = 415,55 ( em 100 g)
Eb= 4155,5 kcal/ kg

4° passo: determinar a necessidade energética do cão. Através da energia de mantença.


 Dado do cão: 28 kg
Nem = 132 x pv0,75
Nem = 132 x 280,75
Nem = 132 x 12,172
Nem = 1607 kcal / dia

5° passo: calcular a quantidade teórica de ração/ dia


415,55 kcal  100g
1607 kcal  x
X = 387g de ração/dia
X= 0,387 kg de ração/dia
Ração dos cachorros daqui de casa

1° passo: informaçãoes da ração


Umidade 10%
Proteina bruta 25%
Extrato etéreo 11%
Materia mineral 8,5%
Fibra bruta 4,5 %

2° passo: cálculo da fração de carboidrato do alimento (enn)


 Soma todas as porcentagens e vê o que falta para 100%
Enn= 100 – ( umidade + pb+ ee+ mm + fb)
Enn = 100 – (10 + 25+ 11+ 8,5+ 4,5)
Enn= 100 – 59
Enn = 41 % carboidratos

3° passo: calcular a estimativa da energia


 Eb = [( ptn x 5,65) + (lip x 9,4) + ( cho x 4,15)]
Eb = [(25 x 5,65) + (11 x 9,4) + (41 x 4,15)]
Eb = 141,25 + 103,4 + 170,15
Eb = 414,8 ( em 100 g)
Eb= 4148 kcal/ kg

4° passo: determinar a necessidade energética do cão. Através da energia de mantença.


 Dado do cão: 10,6 kg dado do cão: 5,5
Nem = 132 x pv0,75 nem = 132 x pv0,75
Nem = 132 x 10,6 0,75 nem = 132 x 5,50,75
Nem = 132 x 5,874 nem = 132 x 3,591
nem = 775,3 kcal/dia nem = 474,012

5° passo: calcular a quantidade teórica de ração/ dia


414,8 kcal  100g 414,8  100 g
775,3 kcal  x 474,012  x
X = 186,9 g de ração/dia x = 114,27 g de ração / dia
X= 0,186 kg de ração/dia x = 0,1142 kg de ração/ dia

Estimativa do valor de energia metabolizável

1º passo: determinar a energia bruta

 Eb = [( ptn x 5,65) + (lip x 9,4) + ( cho x 4,15)]


Eb = [(25 x 5,65) + (11 x 9,4) + (41 x 4,15)]
Eb = 141,25 + 103,4 + 170,15
Eb = 414,8 ( em 100 g)
Eb= 4148 kcal/ kg

2º passo: determinar o coeficiente de digestibilidade da energia (cde)

Cde = 91,2 – (1,43 x porcentagem de fb, na matéria seca)

A matéria seca é apenas 90%, porque 10% é umidade.


Logo, fb é 4,5/90 = 0,05

Cde = 91,2 – (1,43 x (4,5/90 x 100)


Cde = 91,2 – (1,43 x 5)
Cde = 91,2 – 7,15
Cde = 84,05 %

3º passo: determinar a energia digestível

Ed (kcal/g) = eb(g) x (cde/100)


Ed (kcal/g) = 4,148 x (84,05/100)
Ed = 3,48 kcal/g

4º passo: determinar a energia metabolizável

Em (kcal/g) = ed (g) – (1,04 x g pb)


Em (kcal/g) = 3,48 - (1,04 x 0,25)
Em = 3,22 kcal/ g
Em = 3220kcal/ kg

Água
 Nutriente indispensável
 Nutriente essencial mais importante depois do o2
 70% do corpo animal adulto

Privação de água
 É suportada por poucos dias.
 O animal pode perder praticamente toda a sua gordura, metade da sua proteina e 40% de seu peso e ainda se manter vivo,
perder 10% de água leva a morte.
 Economicamente, representa o nutriente de “mais baixo custo”

Propriedades e funções
 Participa dos processos de digestão, absorção e excreção
 Composição de liquidos corporais
 Termorregulação corporal ( 575 cal para vaporizar 1g de água)
 Manutenção da pressao osmótica intracelular
 Equilíbrio ácido-básico
 Facilita reações enzimáticas

De forma geral, a água participa de:


 Reações biológicas
 Interações moleculares
 Transporte de nutrientes
 Reações de transferência de energia
 Reações metabólicas ( ocorrem principalmente no meio aquoso)

Distribuição da água corporal


 A maior parte da água no corpo animal está dentro das células
 O conteudo da agua corporal, varia conforme a idade, espécie, sexo, estado nutricional.
Feto: 100% de água
Bebe: 80% de água
Adulto: 70% de agua
Idoso: 50% de água

 Quanto maior a idade menor a quantidade de água no corpo e maior a gordura orgânica
 Distribuição heterogênea da água : intracelular corresponde a + de 50% do peso vivo e a extracelular 15% nos espaços intersticiais
e 5% no plasma sanguineo

Origem da água
 Bebida ingerida
 Metabólica
 Coloidal (alimentos)

ÁGUA INGERIDA
 Principal fonte para os animais
 Deve ser livre de contaminações
 Consumo de ração se relaciona ao consumo de água

ÁGUA COLOIDAL
 Representa a água presa nos alimentos
 Vegetação verde e suculenta pode conter 75% a 90% de água

ÁGUA METABÓLICA
 Água formada durante o processo de oxidação dos H2 contidos nas proteínas, carboidratos e gorduras.

EXIGÊNCIA INGESTÃO
FUNÇÃO FISIOLÓGICA TEMPERATURA AMBIENTE
ESPÉCIE UMIDADE DO AR
IDADE TEMPERATURA DA ÁGUA
NIVEL DE CONSUMO DO
ALIMENTO
TEOR DE SAL DO
ALIMENTO
TEOR DE PROTEINA
CONSUMIDO
TIPO DE BEBEDOURO E
SUA REGULAGEM

EXIGÊNCIA
 FUNÇÃO FISIOLÓGICA:
EX: PORCAS EM LACTAÇÃO EXIGEM MAIS AGUA QUE AS GESTANTES. PORCAS GESTANTES EXIGEM MAIS AGUA DO QUE OS
ANIMAIS EM CRESCIMENTO.
LACTAÇÃO  GESTAÇÃO  ANIMAIS EM CRESCIMENTO
EX2: POEDEIRAS FORA DE POSTURA INGEREM EM CONDIÇÕES NORMAIS 166 mL DE AGUA, QUANDO EM POSTURA, INGEREM 306
mL

ESPÉCIE ANIMAL:
Aves exigem menos agua do que mamíferos, em % de peso vivo.
Excreção de ácido úrico necessita de menor quantidade de agua para excreção, enquanto que nos
mamíferos a eliminação da uréia exige mais água.

IDADE DO ANIMAL:
 Animais jovens exigem mais água por kg de PV, do que os animais mais velhos
 O consumo se eleva com a idade

1.INGESTÃO:
TEMPERATURA AMBIENTE E UMIDADE RELATIVA
 AUMENTO DA TEMPERATURA AMBIENTE = AUMENTO DO CONSUMO DE ÁGUA
 AUMENTO DO CALOR AMBIENTE = AUMENTO DO INCREMENTO DA TRANSPIRAÇÃO
 AUMENTO DO INCREMENTO DA TRANSPIRAÇÃO = AUMENTO DA NECESSIDADE DE ÁGUA.

TEMPERATURA DA ÁGUA
 NO FRIO, A ÁGUA ESTÁ MAIS FRIA E O ANIMAL BEBE MENOS
 A UMA TEMPERATURA AMBIENTE DE 35° C, O ANIMAL BEBE MAIS A ÁGUA MAIS FRIA.

TEMPERATURA DA ÁGUA TEMPERATURA AMBIENTE

FRIO (22°C) QUENTE ( 32/35° C)

11° C 3,3 L 10,6 L

30° C 3,9 L 6,6 L

NÍVEL DE CONSUMO:

ALIMENTAÇÃO AD LIBITUM:
Consome mais alimento do que água
O animal tem acesso continuo e ilimitado aos alimentos
Disponibilidade de comida

ALIMENTAÇÃO RESTRITA:
 Animal tende a consumir mais água
 Quantidade ou o tempo de acesso aos alimentos é controlado
 Ao limitar a quantidade de alimentos, o animal pode buscar uma satisfação volumétrica, compensando a falta de alimentos com
um maior consumo de água.

TEOR DE SAL CONSUMIDO:


 Para reestabelecer o equilíbrio, os animais tendem a aumentar a digestão de água para diluir e excretar o excesso de sal. A
água auxilia na eliminação dos eletrólitos através da urina, regulando os níveis dessas substâncias no organismo

TEOR DE PROTEINA CONSUMIDO:


 A INGESTÃO DE PROTEINA ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADA À PRODUÇÃO DE RESÍDUOS NITROGENADOS, COMO URÉIA, QUE
PRECISAM SER ELIMINADOS DO ORGANISMO POR MEIO DA URINA. A EXCREÇÃO DE UREIA REQUER UMA QUANTIDADE
ADEQUADA DE ÁGUA PARA DILUIR ESSES RESÍDUOS E PERMITIR SUA ELIMINAÇÃO ADEQUADA.

BEBEDOUROS:
 SISTEMA DE FORNECIMENTO DE ÁGUA
 A INGESTÃO DE ÁGUA DEPENDE DO NÚMERO DE BEBDOUROS, DISPOSIÇÃO E REGULAGEM.

EXISTEM:
 BEBEDOUROS EM TANQUES OU COCHOS
 BEBEDOUROS TIPO CONCHA
 BEBEDOUROS TIPO NIPPLE
 BEBEDOUROS TIPOS BITE BALL

CARACTERISTICAS QUE AFETAM A QUALIDADE DA ÁGUA:


 MINERAIS TRAÇOS: PRESENÇA DE ELEMENTOS COMO FLÚOR, SELÊNIO, FERRO E MOLIBIDÊNIO EM EXCESSO ,SÃO TÓXICOS
 NITROGÊNIO: PRESENÇA DE NITROGÊNIO INDICA DECOMPOSIÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA, CONTAMINAÇÃO FECAL OU
NITRATOS.
 COLORAÇÃO: INCOLOR, INODORA E SEM GOSTO
 PH: IDEAL ENTRE 7 E 7,2
 DUREZA: EXCESSO DE SAIS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO TORNAM A ÁGUA IMPRÓPRIA PARA CONSUMO
 SALINIDADE DA ÁGUA: SALINIDADE É DETERMINADA PELA QUANTIDADE DE CLORETO DE SÓDIO ( SAL COMUM) PRESENTE NA
ÁGUA, MAS OUTROS SAIS TAMBEM PODEM CONTRIBUIR PARA ESSA MEDIDA.

CONSUMO VOLUNTÁRIO:
 CONSUMO VOLUNTÁRIO E FATORES FISIOLÓGICOS QUE AFETAM O CONSUMO.
 O CONSUMO VOLUNTÁRIO DE ALIMENTO, DETERMINA O NÍVEL DE NUTRIENTES CONSUMIDOS PELO ANIMAL E TEM UM
IMPACTO SIGNIFICATIVO NA EFICIÊNCIA PRODUTIVA.
 QUANTO MAIOR O CONSUMO DIÁRIO, MAIOR POSSIBILIDADE DE AUMENTO DE PRODUÇÃO

EX: SUINO COM ALTO POTENCIAL DE GANHO.


A CAPACIDADE GENÉTICA PARA DEPOSIÇÃO DE PROTEINA É SUPERIOR AO LIMITE DO APETITE DOS ANIMAIS. TORNOU O
CONSUMO DE ENERGIA LIMITANTE À EXPRESSÃO DO MÁXIMO POTENCIAL PARA DEPOSIÇÃO DE CARNE MAGRA. APRESENTAM
CRESCIMENTO RÁPIDO E EFICIENTE, COM UMA MAIOR TAXA DE DEPOSIÇÃO DE TECIDO MUSCULAR MAGRO. NO ENTANTO, A
CAPACIDADE DO TRATO GASTROINTESTINAL DESSES ANIMAIS PARA DIGERIR E ABSORVER ENERGIA DOS ALIMENTOS É LIMITADA.
ISSO SIGNIFICA QUE ELES NÃO CONSEGUEM CONSUMIR A QUANTIDADE DE ENERGIA NECESSÁRIA PARA ATINGIR SEU MÁXIMO
POTENCIAL DE GANHO DE PESO E DEPOSIÇÃO DE PROTEINA.
PARA ISSO, DEVE-SE EMPREGRAR DIETAS PARA FORNECER OS NUTRIENTES NECESSÁRIOS PARA A MÁXIMA EXPRESSÃO DO
POTENCIAL GENÉTICO DOS SUÍNOS DE ALTO GANHO.

 CONHECER O CONSUMO VOLUNTÁRIO E OS FATORES QUE O INFLUENCIAM PARA REALIZAR MUDANÇAS NAS FORMULAÇÕES

FATORES QUE INFLUENCIAM O CONSUMO VOLUNTÁRIO


 AMBIENTE TÉRMICO
 MEIO AMBIENTE SOCIAL
 DENSIDADE DE ALOJAMENTO, TAMANHO DO GRUPO, PROTOCOLOS, REAGRUPAMENTO...)
 AMBIENTE FÍSICO
 SAÚDE
 GENÓTIPO
 DIETA

A INGESTÃO VOLUNTÁRIA DE ALIMENTOS SE RELACIONA COM:


 FATORES INTRÍNSECOS
 FATORES EXTRINSECOS
 INTERAÇÃO ENTRE OS FATORES INTRINSECO E EXTRINSECO

TERMOS:
 FOME: SENSAÇÃO FISIOLÓGICA E NATURAL QUE INDICA A NECESSIDADE DO CORPO POR ALIMENTOS
 SACIEDADE: SATISFAÇÃO APÓS A REFEIÇÃO
 APETITE: DESEJO OU VONTADE DE COMER, INFLUENCIADO POR FATORES PSICOLÓGICOS, EMOCIONAIS, AMBIENTAIS, NÃO É
FISIOLÓGICO COMO A FOME
 CONSUMO VOLUNTÁRIO: QUANTIDADE DE ALIMENTOS QUE O ANIMAL CONSOME DE FORMA CONSCIENTE, LEVANDO EM
CONSIDERAÇÃO SUA FOME, APETITE E OUTROS FATORES.

Regulação nutricional ( longo prazo)


 Permite manter de forma constante as reservas de nutrientes nos tecidos, evitando que fiquem excessivamente altas ou baixas.
 Controle a longo prazo do balanço energético do corpo
 Manutenção de um equilíbrio entre a energia consumida do alimento e a energia gasta pelo organismo
 Informa ao SNC sobre o estado nutricional e a reserva energética do organismo ( leptina)

Metabolismo adaptativo
 O organismo interpreta a redução de peso como uma ameaça a sua saúde e sobrevivência.
 Ocorre mecanismos para reduzir a perda de peso e recuperar o peso perdido
 O metabolismo desacelera para conservar energia.
 O corpo queima menos calorias em repouso, para assim, estarem aptos para suportar um novo período de escassez de
alimentos.
 Explica o motivo da maioria dos animais conseguir manter o peso meio que constante quando alimentado ad libitum

Obesidade
 Incapacidade de compensar os desequilíbrios entre gasto e consumo de energia
 O organismo adapta o gasto energético conforme sua situação e, com isso, deve ocorrer ajuste proporcional na ingestão de
energia para conseguir que o peso se mantenha estável.

REGULAÇÃO ALIMENTAR ( CURTO PRAZO)


 Tamanho e frequência das refeições
 Enchimento do trato gastrointestinal ( TGI)
 Controle imediato da ingestão de alimentos , e à resposta do organismo às mudanças da disponibilidade de alimentos.
 Envolve a regulação do apetite, dos sinais sensoriais e sensações de fome e saciedade.

 Incluem: Estímulos sensoriais ( paladar e olfato)


 Sinais oriundos do TGI ( quimio e mecanorreceptores no estômago)
 Concentração sérica de insulina e glicose
 Hormônios ( colecistocinina, grelina)

GRELINA
 Hormônio da fome, estimula o apetite e aumenta a ingestão de alimentos. A sua produção é estimulada pelo estômago vazio e
diminui após as refeições. Produzida pelo estômago e pelo pâncreas.

COLECISTOCININA ( CCK)
 Promove a sensação de saciedade, reduzindo o apetite e a ingestão de alimentos. Liberado em resposta à presença de alimentos
no intestino delgado. Estimulada pela distensão intestinal e presença de nutrientes.
 Estimula a liberação de enzimas digestivas do pâncreas, como a amilase, lipase e tripsina, além da vesícula biliar, que libera bile
para ajudar na digestão de gorduras.

 Baixa energia  Hipoglicemia  estômago vazio  hormônio (grelina)  fome


 Mastigação, deglutição, produção de saliva  distensão gástrica  Hormônio ( cKK)  saciedade.

MECANISMOS FISIOLÓGICOS DO CONTROLE DA INGESTÃO DE ALIMENTOS


1. HIPOTÁLAMO
 Controle quantitativo da ingestão de alimentos
 Se assemelha a um transdutor
 Ele integra os múltiplos sinais sensoriais que dão conta do meio interno, então ativa e desativa o comportamento de busca do
alimento
NVM: núcleo hipotalâmico ventromedial ( é o centro da saciedade )
 A destruição do NVM causa hiperfagia ( aumento anormal do apetite), consumo excessivo e obesidade
 Estimulação elétrica do NVM, causa afagia ( dificuldade ou incapacidade de engolir alimentos)

AHL: Área hipotalâmica lateral ( é o centro da fome)


 A destruição do AHL causa afagia até a morte ( em gatos e ratos)
 A estimulação do AHL causa hiperfagia.

Diante dos estímulos periféricos de natureza química e física, o hipotálamo pode inibir ou ativar o NVM ou o AHL

2. SINAIS QUIMIOSTÁTICOS
 As concentrações plasmáticas de nutrientes fornecem direta ou indiretamente sinais ao centro de saciedade ou fome

3. TEORIA GLICOSTÁTICA
 Sugere que a regulação do apetite e da ingestão de alimentos é controlada pela concentração de glicose ( açúcar) no sangue.
 Quando os níveis de glicose no sangue caem abaixo de um certo ponto, ocorre uma sensação de fome e quando os níveis de
glicose sobem, ocorre uma sensação de saciedade.
 A presença de glicoreceptores no hipotálamo sugere que a glicose esteja envolvida no controle da alimentação

 Glicose plasmática refere-se aos níveis de glicose do sangue


 Glicose baixa  Glucagon é liberado, estimulando a liberação de glicose no fígado, aumentando a glicose no sangue.
 Glicose alta  Insulina é liberada, permitindo que as células absorvam a glicose e reduz o nível de glicose no sangue.
Os glicoreceptores centrais estão localizados no hipotálamo e também são sensíveis ao nível de glicose no sangue. O GH atua em
conjunto com a insulina e o glucagon, para regular o metabolismo e o equilíbrio energético.
Ele pode afetar a sensibilidade à insulina e a utilização de glicose pelos tecidos.
TEORIA AMINOSTÁTICA

 Sugere que a concentração de aminoácidos no sangue regula o apetite. Níveis mais elevados de aminoácidos no sangue levam à
saciedade e redução do apetite
 Os aminoácidos podem ser inibitórios ou excitatórios ( Ácido glutâmico tem atividade neural excitatória e GABA e glicina, em
geral, tem atividade inibitória)
EM AVES:
 VIA DO TRIPTOFANO E SEROTONINA
 O triptofano é um aminoácido essencial que é convertido em serotonina.
 A serotonina é um neurotransmissor que desempenha um papel importante no apetite
 A serotonina atua no VHM ( núcleo ventromedial do hipotálamo) para promover a saciedade. ( inibe a ingestão de alimentos)
Nos leitões:

 Triptofano também estimula a concentração plasmática e a expressão no duodeno e no estômago da grelina ( hormônio da fome)
Nos leitões, o aumento desse hormônio está relacionado ao aumento do consumo

VIA DA TIROSINA E CATECOLAMINAS


 A tirosina é um aminoácido essencial que atua como precursor para a síntese de neurotransmissores ( catecolaminas). Essas
catecolaminas desempenham um papel importante na regulação do apetite.
 Aumento dos níveis de catecolamina, pode desencadear a ativação do núcleo do hipotálamo lateral ( ALH), promovendo fome.

TEORIA LIPOSTÁTICA
 Regulação de longo prazo. Sugere que os depósitos de gordura no corpo são monitorados e regulam o apetite. Quando os níveis
de gordura corporal diminuem, ocorre uma sensação de fome para estimular a ingestão de alimentos e restaurar as reservas de
gordura.

EM CASO DE SUPERÁVIT CALÓRICO:


 Diante de um balanço energético positivo ( consumo maior que o gasto de energia), ocorre deposição de gordura.
 Ocorre secreção do hormônio leptina pelo tecido adiposo, pois ela é secretada proporcionalmente à quantidade de gordura
corporal
 Ocorre aumento da leptina plasmática
 A leptina desempenha papel importante na regulação do peso corporal e do apetite, atua como um sinal de saciedade e informa ao
hipotálamo, que promove a diminuição do consumo e aumento da taxa metabólica
 Objetivo de inibir do superavit calórico: Aumenta o gasto de energia e reduz a ingestão de alimentos. Assim, equilibra o balanço
energético do organismo
 A leptina promove: Aumento de POMP/CART que são substâncias anorexígenas ( capacidade de suprimir o apetite, reduzir a
ingestão de alimentos e promover a perda de peso)
 A diminuição de NPY/AgRP que são substâncias orexígenas ( capacidade de estimular o apetite, aumentar a ingestão de
alimentos e promover ganho de peso)

EM CASO DE DÉFICIT CALÓRICO:


 Diante de um balanço energético negativo, há queda na concentração de leptina, aumento das substâncias orexígenas, diminuição
das anorexígenas, promovendo o aumento da ingestão de alimentos e diminuindo o gasto de energia, objetivando inibir o déficit
calórico

TEORIA IONOSTÁTICA
 Sugere que o equilíbrio iônico do corpo desempenha um papel na regulação do apetite.

TEORIA DA DISTENSÃO DO TRATO DIGESTIVO


 É uma explicação proposta para a regulação da saciedade e do apetite com base na distensão física do trato gastrointestinal
 Sugere que a sensação de plenitude e saciedade é desencadeada pela distensão do estomago e dos órgãos digestivos adjacentes,
que são detectados por receptores de estiramento presentes nas paredes desses órgãos.
 Dietas com elevado volume e baixa densidade energética pode promover saciedade.
 O volume induziu uma supressão da fome e aumento da plenitude gástrica.
EXEMPLO: O CONSUMO DE ALIMENTO ( BEBIDA LÁCTEA) COM DIFERENTES DENSIDADES (1,5 ; 1,1 E 0,8) E
DIFERENTES VOLUMES ( 300,450 E 600) RESPECTIVAMENTE, MAS COM A MESMA QUANTIDADE DE ENERGIA
( 499 KCAL) AFETARIA A SACIEDADE?

 1,5 DE DENSIDADE E 300 mL


 1,1 DE DENSIDADE E 450 mL
 0,8 DE DENSIDADE E 600 mL
Dietas com elevado volume e baixa densidade energética pode promover a saciedade. Então, no caso, o que mais promoveria
saciedade seria a bebida de 600 mL. Mesmo sendo mais leve, ocupa mais espaço no estômago, promovendo maior distensão.
VARIAÇÕES NA QUANTIDADE DE ALIMENTO INGERIDO
FATORES LIGADOS AO ALIMENTO:

 Clima/ temperatura
 Teoria termostática: os animais consomem o alimento para manter a temperatura corporal e param de comer para prevenir
hipertermia
 A homeotermia é a capacidade de manter uma temperatura corporal interna relativamente constante, independentemente das
variações na temperatura ambiente.
 Os animais homeotérmicos apresentam um consumo inversamente proporcional à temperatura do meio ambiente
 Quanto menor a temperatura ( frio), mais come.
 Quanto maior a temperatura ( calor), menos come... Ou seja, a alteração no consumo é um mecanismo de homeotermia
( estratégia para manter a temperatura constante)
 O calor reduz a atividade de hormônios t3 e t4 que são hormônios tireoidianos

Fatores ligados ao ambiente físico e social:

 Densidade do alojamento
 Tamanho dos grupos
 Tipo de comedouros
 Área do comedouro
 Condições higiênico-sanitárias
Carboidratos
Hidratos de carbono, glicídios, açúcares, são compostos orgânicos constituídos de carbono, hidrogênio e oxigênio.
C N ( H2O) N
 Os carboidratos são classificados em: Poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas, ou como substâncias que podem ser
hidrolisadas para produzir esses compostos
Ex: Glicose é um poli-hidroxialdeído e a frutose é uma poli-hidroxicetona.

 Sacarose não tem a estrutura de poli-hidroxialdeído ou poli-hidroxicetona, mas podem ser hidrolisadas em seus monossacarídeos
constituintes ( glicose+ frutose).
FOTOSSÍNTESE

 Base da nutrição animal, devido à síntese de carboidratos e produção de energia.


FUNÇÕES DOS CARBOIDRATOS NO ORGANISMO

 Fornecimento de glicose
 Biossíntese de lipídeos no tecido adiposo
 Poupar proteínas
 Função estrutural
 Receptores de membranas ( reconhecimento celular)
 Biossíntese de aminoácidos não essenciais
 Biossíntese de vitamina C
 Fonte de energia para os processos metabólicos
 Mesmo sendo proporcionalmente os maiores constituintes da dieta, não existe uma exigência por carboidratos.
 Não são considerados nutrientes essenciais em termos de exigência absoluta
 Não há uma quantidade mínima absoluta de carboidratos que precise ser consumida para manter as funções fisiológicas básicas
do organismo.

CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS


AÇÚCARES
 Baixo peso molecular
 Moléculas relativamente simples
 Solúveis em água
Ex: Monossacarídeos ( hexoses) e oligossacarídeos ( Di, Tri ou Tetrassacarídeos)

NÃO AÇÚCARES
 Alto peso molecular
 Moléculas complexas
 Insolúveis em água
EX: homopolissacarídeos ( amido + glicogênio) e heteropolissacarídeos (hemiceluloses)

MONOSSACARÍDEOS
 Açúcares simples ou monoses
 Classificados de acordo com a quantidade de carbonos
 Intermediários no metabolismo de carboidratos
 Geradores de energia para homeostase do organismo
 Não aparecem em forma de monossacarídeo na natureza, apenas nas células.

DISSACARÍDEOS
 Combinação de dois monossacarídeos com perda de molécula de água

SACAROSE GLICOSE + FRUTOSE MAIS ABUNDANTE


( 1 A 10 % NAS
RAÇÕES)
LACTOSE GLICOSE + LEITE
GALACTOSE
MALTOSE GLICOSE + GLICOSE AMIDO

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