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- NR – 31 -

NORMA REGULAMENTADORA DE
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
NA AGRICULTURA, PECUÁRIA,
SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO
FLORESTAL E AQÜICULTURA
- NR – 31 -

NORMA
REGULAMENTADORA
DEFINIÇÕES GERAIS
Agricultura

 Agricultura natural - suas práticas


estão baseadas em conceitos ecológicos e
trata de manter os sistemas de produção
iguais aos encontrados na natureza.

 Agricultura biológica - destaca-se pelo


controle biológico, do Manejo Integrado
de pragas e doenças e pela Teoria da
Trofobiose (efeito dos agroquímicos na
resistência das plantas).
 Permacultura - pode ser definida como
uma agricultura integrada com o
ambiente, que envolve plantas semi-
permanentes e permanentes, incluindo a
atividade produtiva dos animais. Ela se
diferencia das demais atividades
produtivas porque no planejamento leva-
se em conta os aspectos paisagísticos e
energéticos.
 Agricultura atual - agricultura
convencional. Adota-se o emprego de
sementes manipuladas geneticamente
para o aumento da produtividade,
associado ao emprego de agroquímicos
(agrotóxicos e fertilizantes) e da
maquinaria agrícola. O agricultor é
dependente por tecnologias / recursos /
capital do setor industrial, que devido seu
fluxo unidirecional leva à degradação do
ambiente e à descapitalização, criando
uma situação insustentável à longo prazo.
 Agricultura orgânica - é um sistema de
gerenciamento total da produção agrícola com
vistas a promover e realçar a saúde do meio
ambiente, preservar a biodiversidade, os ciclos e
as atividades biológicas do solo. Nesse sentido,
a agricultura orgânica enfatiza o uso de práticas
de manejo em oposição ao uso de elementos
estranhos ao meio rural. Isso abrange, sempre
que possível, a administração de conhecimentos
agronômicos, biológicos e até mesmo
mecânicos. Mas exclui a adoção de substâncias
químicas ou outros materiais sintéticos que
desempenhem no solo funções estranhas às
desempenhadas pelo ecossistema.
Pecuária

Pecuária é a arte ou o conjunto de


processos técnicos usados na
domesticação e produção de animais com
objetivos econômicos, feita no campo.
Assim, a pecuária é uma parte específica da
agricultura. Também conhecida com
criação animal, a prática de produzir e
reproduzir gado é uma habilidade vital
para muitos agricultores.
Tipos:

 Pecuária de Corte: criação de bovinos


para fornecimento de carne.

 Pecuária de Leite: criação de bovinos


para fornecimento de leite.
Silvicultura

 Ato de criar e desenvolver povoamentos


florestais, satisfazendo as necessidades de
mercado. A silvicultura brasileira pode ser
considerada uma das mais ricas em
todo o planeta, tendo em vista a
biodiversidade encontrada, as variações
dos fatores climáticos e a boa adaptação
de materiais genéticos introduzidos.
Exploração florestal

 Conjunto de trabalhos executados para a


colheita da madeira, compreendendo o
corte ou a derrubada, a extração, o
desgalhamento, o descascamento, o
carregamento e o conseqüente transporte.
 Pela necessidade de um número
significativo de pessoas na operação e
pelo alto custo, que chega a 70% dos
custos da madeira no pátio das empresas,
a exploração e o transporte florestal
tornam-se grandes beneficiados no
processo da evolução tecnológica.
Aqüicultura

A aquacultura (também se usa aqüicultura)


é parte da zootecnia especial que trata
do estudo e da criação ou cultivo
controlado de produtos aquáticos tais
como: peixes, moluscos e plantas
aquáticas.
A Maricultura refere-se especificamente à
aquacultura marinha e é, assim, um
subconjunto especializado da aquacultura.
A Piscicultura refere-se ao cultivo de
peixes.
Alguns exemplos de aquacultura incluem a
criação de dourado em charcos de água
doce , o cultivo de ostras perlíferas e a
criação de salmão em redes oceânicas
fechadas.
Objetivo da NR-31

 estabelecer os preceitos a serem


observados na organização e no ambiente
de trabalho, de forma a tornar
compatível o planejamento e o
desenvolvimento das atividades com a
segurança e saúde e meio ambiente do
trabalho.
Campo de Aplicação

 quaisquer atividades da agricultura,


pecuária, silvicultura, exploração florestal
e aqüicultura, verificadas as formas de
relações de trabalho e emprego e o local
das atividades, e também às atividades de
exploração industrial desenvolvidas em
estabelecimentos agrários.
Responsabilidades

 Compete à Secretaria de Inspeção do


Trabalho – SIT, através do Departamento
de Segurança e Saúde no Trabalho –
DSST, definir, coordenar, orientar e
implementar a política nacional em
segurança e saúde no trabalho rural.
Cabe ao empregador rural:

a) garantir adequadas condições de


trabalho, higiene e conforto, para todos
os trabalhadores;

b) realizar avaliações dos riscos, adotar


medidas de prevenção e proteção;
c) Elaboração, revisão periódica e
divulgação de instruções gerais e ordens
de serviço específicas sobre segurança
e saúde;

d) Coleta de assinaturas em ficha de


controle de treinamento, comprovando
que as informações adequadas sobre
segurança e saúde foram transmitidas
aos trabalhadores, etc.
 Na hipótese de não cumprimento das
regras estabelecidas ou acidentes de
trabalho envolvendo terceiros em
atividade “intra muro” ou em empresas do
mesmo grupo econômico, responderão
solidariamente o infrator e o
contratante, ou líder do grupo.
 Prestadores de Serviço devem adotar em
favor de seus empregados as mesmas
medidas de segurança praticadas em
benefício dos trabalhadores do
estabelecimento do tomador de serviço,
mediante prática de intercâmbio de
informação, por exemplo.
Cabe ao trabalhador:

a) cumprir as determinações sobre as


formas seguras de desenvolver suas
atividades, especialmente quanto
às Ordens de Serviço para esse
fim;
b) adotar as medidas de proteção
determinadas pelo empregador, em
conformidade com esta Norma
Regulamentadora, sob pena de constituir
ato faltoso a recusa injustificada;
Comissões Permanentes de
Segurança e Saúde no Trabalho Rural

Composição paritária mínima:

 três representantes do governo;


 três representantes dos trabalhadores;
 três representantes dos empregadores.
A CPRR (Comissão Permanente Regional
Rural) deve ser entendida como a
instância mais próxima dos atingidos pela
NR 31. Assim, sempre que os
Empregadores ou os Trabalhadores
entenderem ser oportuno opinar, sugerir
ajustes ou mudanças necessárias à
correção de problemas decorrentes da
aplicação da Norma, deverão encaminhar
suas reivindicações à CPRR através de
suas representações de classe.
Serviço Especializado em Segurança
e Saúde no Trabalho Rural – SESTR

 Composto por profissionais especializados;

 Tem como principal objetivo tornar o


ambiente de trabalho compatível com a
promoção da segurança e saúde e a
preservação da integridade física do
trabalhador rural.
Modalidades do SESTR:

 Próprio – quando os profissionais


especializados mantiverem vínculo;
 Externo – quando o empregador rural ou
equiparado contar com consultoria
especializados;
 Coletivo – quando um segmento
empresarial ou econômico coletivizar
especializados.
O número de profissionais do SESTR é
determinado pelo número de
empregados existente no
estabelecimento, independente de o
contrato ser por tempo determinado ou
indeterminado. Pode ser:
Dimensionamento do SESTR:

 Até 9 trabalhadores: Dispensada a


obrigatoriedade de constituir o SESTR;

 De 10 a 50 trabalhadores: Dispensada
a obrigatoriedade de constituir o SESTR,
porém exigida uma das duas alternativas:
a) O Empregador ou preposto tem a
formação exigida, ou;

b) O empregador contrata 1 Técnico de


Segurança ou SESTR Externo;
 De 51 trabalhadores em diante:
Obrigatória a constituição do SESTR, na
proporção do Quadro I, se Próprio, ou
Quadro II, se Externo ou Coletivo.
Quadro I
Quadro II
 Como o número de profissionais exigido
para o caso de SESTR Externo ou Coletivo
é fixo até 500 trabalhadores, está claro
que para o caso de um estabelecimento
com até 50 trabalhadores é mais
vantajosa a contratação de um Técnico de
Segurança.
 Comparativamente, na tabela a seguir, é
apresentado o número de profissionais
exigido para as duas opções - SESTR
PRÓPRIO ou EXTERNO E COLETIVO.
Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho Rural –
CIPATR

Obrigatoriedade:

 O empregador rural ou equiparado que


mantenha vinte ou mais empregados
contratados por prazo indeterminado,
fica obrigado a manter em funcionamento,
por estabelecimento, uma CIPATR.
O dimensionamento da CIPATR é definido
na Tabela 1 e é feito com base no número
de empregados contratados por
prazo indeterminado.
Quadro 1
 Nos estabelecimentos com número de
onze a dezenove empregados, nos
períodos de safra ou de elevada
concentração de empregados por prazo
determinado, a assistência em
matéria de segurança e saúde no
trabalho será garantida pelo
empregador:
 Até 10 trabalhadores: Dispensada a
obrigatoriedade de constituir CIPATR;

 De 11 a 19 trabalhadores: Dispensada
a obrigatoriedade de constituir a
CIPATR, porém exigida uma das duas
alternativas:
a) O Empregador ou preposto tem a
formação exigida, ou;
b) O empregador contrata 1 Técnico de
Segurança ou SESTR Externo;

 De 20 trabalhadores em diante:
Obrigatória a constituição da CIPATR, de
acordo com a tabela 1.
 O coordenador da CIPATR será escolhido
pela representação do empregador, no
primeiro ano do mandato, e pela
representação dos trabalhadores, no
segundo ano do mandato, dentre seus
membros.

 O mandato dos membros da CIPATR terá


duração de dois anos, permitida uma
recondução.
 Quando o empregador rural ou
equiparado contratar empreiteiras, a
CIPATR da empresa contratante deve, em
conjunto com a contratada, definir
mecanismos de integração e participação
de todos os trabalhadores em relação às
decisões da referida comissão.
PRINCIPAIS PRODUTOS
QUÍMICOS UTILIZADOS E OS
CUIDADOS À SUA EXPOSIÇÃO
Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos
Afins

Trabalhadores em exposição direta:

 os que manipulam os agrotóxicos e


produtos afins, em qualquer uma das
etapas de armazenamento, transporte,
preparo, aplicação, descarte, e
descontaminação de equipamentos e
vestimentas.
Trabalhadores em exposição indireta:

 os que não manipulam diretamente os


agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins,
mas circulam e desempenham suas
atividade de trabalho em áreas vizinhas
aos locais onde se faz a manipulação dos
agrotóxicos em qualquer uma de suas
etapas e, ou ainda os que desempenham
atividades de trabalho em áreas recém-
tratadas.
 É vedada a manipulação de quaisquer
agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins
que não estejam registrados e autorizados
pelos órgãos governamentais
competentes.
 Para saber se o produto é registrado e
tem seu uso autorizado, pode ser
consultada a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária - ANVISA no seguinte
endereço:
www.anvisa.gov.br/toxicologia/sia.htm
 É vedada a manipulação de quaisquer
agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins
por menores de dezoito anos,
maiores de sessenta anos e por
gestantes.

 É obrigatória a obtenção de “Receita


Agronômica”, cuja cópia deve ficar
arquivada, de preferência, junto com a
nota fiscal de compra do produto. A
receita é emitida por profissional
habilitado, normalmente Engenheiro
Agrônomo.
 É vedada a entrada e permanência de
qualquer pessoa na área a ser tratada
durante a pulverização aérea.
Geralmente utiliza-se uma pessoa no solo
para “balizar” a faixa em que a aeronave
deve pulverizar.
O empregador rural ou equiparado
deve disponibilizar a todos os
trabalhadores informações sobre o uso
de agrotóxicos no estabelecimento,
abordando os seguintes aspectos:

 área tratada: descrição das


características gerais da área da
localização, e do tipo de aplicação a ser
feita, incluindo o equipamento a ser
utilizado;
 nome comercial do produto utilizado;

 classificação toxicológica;

 data e hora da aplicação;

 intervalo de reentrada;
 intervalo de segurança / período de
carência;

 medidas de proteção necessárias aos


trabalhadores em exposição direta e
indireta;

 medidas a serem adotadas em caso de


intoxicação.
 A limpeza dos equipamentos de aplicação
dos agrotóxicos será executada de
forma a não contaminar poços, rios,
córregos e quaisquer outras coleções de
água.

 Os produtos devem ser mantidos em suas


embalagens originais, com seus
rótulos e bulas, sendo vedada a
reutilização das embalagens após o
término do produto.
 As embalagens retornáveis, como
“bulks”, devem receber o tratamento
especificado pelo fabricante ou
fornecedor.

 As não-retornáveis devem ser


lavadas imediatamente depois de
esvaziadas, para evitar o ressecamento
do produto. Após a lavagem, as
embalagens devem ser inutilizadas e
guardadas.
 Quando o número de embalagens lavadas
e inutilizadas atingir volume significativo,
deve ser feita a remessa para uma das
entidades credenciadas para o
recebimento na região.
www.abnt.org.br

 É vedada a armazenagem de agrotóxicos,


adjuvantes e produtos afins a céu
aberto.
O transporte de agrotóxicos deve
obedecer as regras aplicáveis ao
transporte de produtos perigosos
contidas no Decreto Federal Nº 96.044,
de 18 de maio de 1.988 e Resolução
Nº 420/04 da Agência Nacional de
Transportes Terrestres – ANTT.
Meio Ambiente e resíduos

 Cada resíduo deve ter a destinação


estabelecida em legislações e regras
próprias de meio ambiente em
níveis federal e estadual.
 Especialmente para o caso de emissões de
queimadas, cada região possui regras
próprias que devem ser observadas –
comunicação, publicação de editas,
tomada de providências preliminares etc.
 Para o caso dos resíduos orgânicos, como
alimentos, palha, dejetos de animais etc,
onde é comum a formação de gases
combustíveis e/ou asfixiantes, devem ser
tomados cuidados especiais contra
incêndio, explosão e asfixia de pessoas.
Ergonomia

 Deve ser exigido do médico que realiza os


exames admissional e periódicos que
ateste a aptidão do trabalhador para
levantamento e transporte manual de
cargas, nos pesos especificados.
 Todo trabalhador designado para o
transporte manual regular de cargas deve
receber treinamento ou instruções
quanto aos métodos de trabalho que
deverá utilizar.

OBS.: Embora não sendo mandatório para o


meio rural, o roteiro do “Manual de
Aplicação da Norma Regulamentadora Nº
17”, é um bom guia.
Ferramentas Manuais

 O empregador deve disponibilizar,


gratuitamente, ferramentas adequadas
ao trabalho e às características físicas do
trabalhador, seguras e em bom estado de
uso, substituindo-as sempre que
necessário gerando, ainda, documentos
contendo a descrição do material
fornecido, datas e assinaturas dos
usuários, similar ao sistema de controle de
EPI.
Máquinas, equipamentos e
implementos

As máquinas, equipamentos e implementos,


devem atender aos seguintes requisitos:

 utilizados unicamente para os fins


concebidos, segundo as especificações
técnicas do fabricante;
 operados somente por trabalhadores
capacitados e qualificados para tais
funções;

 utilizados dentro dos limites operacionais e


restrições indicados pelos fabricantes.
 Só devem ser utilizadas máquinas e
equipamentos móveis motorizados que
tenham estrutura de proteção do operador
em caso de tombamento e dispor de cinto
de segurança.
As cabines podem aparecer com as
seguintes denominações:

 ROPS = Rollover Protective Structure


(estrutura protetora contra acidentes na
capotagem - EPCC);

 FOPS = Falling Object Protective Structure


(estrutura protetora contra objetos
cadentes);
 OPS = Operator protective structure
(estrutura protetora do operador);

 TOPS = Tip-over protective structure


(estrutura protetora contra tombamento);

 FOG = Falling Object Guard (guarda de


proteção contra objetos cadentes);

 OROPS = Omited ROPS (Não tem a


Estrutura protetora contra acidentes na
capotagem).
Secadores

 Os secadores devem possuir


revestimentos com material refratário e
anteparos adequados de forma a não
gerar riscos à segurança e saúde dos
trabalhadores.
 O processo de secagem é utilizado para
reduzir o teor de umidade de produtos
agrícolas.

 Para as condições brasileiras, o teor de


umidade ideal para a armazenagem de
grãos e sementes é de 13%. Este valor
inviabiliza o desenvolvimento de fungos e
bactérias.
Modalidades de secagem:

 Secagem natural: radiação solar (café,


cacau, milho e feijão – pequenos
agricultores);

 Secagem artificial: uso de secadores. Em


baixas temperaturas (ar natural ou
levemente aquecido), em altas
temperaturas (provocados por fluxos de
aquecimentos artificiais)
Secadores artificiais:

 Sistemas de aquecimento do ar: fornalhas


à lenha ou queimadores de gás.

 Sistema de movimentação do ar:


ventiladores.

 Sistema de movimentação dos grãos:


elevadores de caçamba, transportadores
helicoidais.
Secagem a baixa temperatura
Características:

 Fundo perfurado;
 Capacidade estática máxima de 300 t ou
5.000 sacas;
 Altura de cilindro máxima de 6 metros.

A secagem pode durar de 15 a 30 dias. O ar


é aquecido em, no máximo, 10 graus
acima da temp. ambiente. Usada
principalmente na secagem de arroz.
Tipos de secagem à alta temperatura:

 Secadores de Leito fixo: a carga de


grãos permanece estática durante a
secagem; revolvimento dos grãos a cada 3
horas; tempo de secagem estimado em 5
horas; secagem de milho em espigas,
café em ramas, café e arroz.
Secador de leito fixo
Sistema de revolvimento de grãos
Figura:

 fornalha à lenha;
 Ventilador e;
 Câmara de secagem com capacidade
estática para 5 t.
Conjunto secador e silo armazenador
 Secadores de fluxos cruzados: os
fluxos de grão e ar de secagem cruzam
sob um ângulo de 90 graus na câmara de
secagem. É o mais difundido
mundialmente.
 Secador de fluxos mistos ou Secador
do tipo Cascata: modelo mais utilizado
no Brasil. Capacidade horária de secagem
de 15 a 250 t/horas. Estruturalmente
esses secadores possuem uma torre
central montada pela superposição vertical
de caixas dutos. Uma caixa dutos é
formada por dutos montados em uma
fileira horizontal. Temperatura do ar entre
80 e 100 graus.
Silos

 É obrigatória a prevenção dos riscos de


explosões, incêndios, acidentes
mecânicos, asfixia e dos decorrentes da
exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos em todas as fases da operação
do silo.
 Não deve ser permitida a entrada de
trabalhadores no silo durante a sua
operação, se não houver meios seguros
de saída ou resgate.

 Nos silos hermeticamente fechados, só


será permitida a entrada de trabalhadores
após renovação do ar ou com proteção
respiratória adequada.
 Antes da entrada de trabalhadores na fase de
abertura dos silos deve ser medida a
concentração de oxigênio e o limite de
explosividade relacionado ao tipo de material
estocado.

 Os trabalhos em silos devem ser realizados com


no mínimo dois trabalhadores, devendo um
deles permanecer no exterior e, com a utilização
de cinto de segurança e cabo vida. (Trabalhos
em Espaços Confinados)
 Todas as instalações elétricas e de
iluminação no interior dos silos devem ser
apropriados à área classificada.

 Serviços de manutenção por processos de


soldagem, operações de corte ou que
gerem eletricidade estática devem ser
precedidas de uma permissão especial
onde serão analisados os riscos e os
controles necessários.
Riscos no trabalho em silos e armazéns

Por serem os silos locais fechados,


enclausurados e perigosos, são
conhecidos como espaços confinados.

Na Agricultura, existem ainda os chamados


espaços confinados móveis: os tanques
que são levados para o campo, onde são
armazenados os agrotóxicos usados
na lavoura; e os caminhões-tanque
transportadores de combustível ou de
água (carros-pipa).
Outros exemplos de espaços confinados que
podem ser encontrados nas diversas
atividades ligadas à agroindústria são:

 tonéis (de vinho / aguardente),


 reatores,
 colunas de destilação,
 vasos, cubas, tinas,
 misturadores, secadores, moinhos,
depósitos e outros.
Um espaço confinado apresenta sérios riscos
com danos à saúde, seqüelas e morte.
Alguns dos riscos dos acidentes em Silos e
Armazéns agrícolas:
 explosões;
 problemas ergonômicos;

lesões do trato respiratório (poeiras) e
do globo ocular;

riscos físicos (ruído, iluminação,
umidade, vibrações, etc.); e

acidentes em geral
(quedas, sufocamento,
etc.).
1. Risco de explosões:

A decomposição de grãos pode gerar


vapores inflamáveis. Se a umidade
do grão for superior a 20%,
poderá gerar metanol (álcool
metílico: líquido inflamável e muito
venenoso; quando queima, não
emite chamas), Propanol (álcool:
líquido inflamável) ou Butanol
(álcool: líquido inflamável).
Os gases metano (gás inodoro e
incolor e, quando adicionado ao ar se
transforma em mistura de alto teor
explosivo) e etano (gás sem cor e
sem cheiro), também são produzidos
pela decomposição de grãos e são
igualmente inflamáveis, podendo
gerar explosões.
No caso de explosões, a maior parte dos
acidentes ocorre nas regiões em que a
umidade relativa do ar atinge valores
inferiores a 50% (ar mais seco), e onde se
armazenam produtos de risco como:
trigo, milho e soja, ricos em óleos
inflamáveis.
2. Problemas
ergonômicos
Os problemas ergonômicos, normalmente,
estão associados às reduzidas dimensões
do acesso ao espaço confinado
(exigindo contorsões do corpo, o uso
das mãos e dificultando o resgate em
caso de acidente) e ao transporte de
grãos ensacados. São eles:
portinhola de acesso;
 agressões à coluna vertebral;
 lombalgias;
 torções; e
 esmagamento de discos da vértebra.
A figura abaixo mostra um operário
entrando num espaço confinado.
Observe que ele leva, pendurado no
pescoço, um instrumento para
verificar a existência e a concentração
de gases perigosos no interior do
recinto. O aparelhinho é mostrado em
detalhes, à direita. Porta, também, o
indispensável capacete e luvas.
3. Problemas com os pulmões e os
olhos

Alguns grãos armazenados, como o


arroz emcasca, desprendem uma
poeira que pode causar lesão aos
olhos ou dificuldades respiratórias.
A soja, por ser uma planta de porte
baixo, ao ser colhida com
colheitadeira, leva consigo muita
terra. Assim, ao ser armazenada, ao
movimentar-se, desprende essa
poeira, que pode provocar uma
doença terrível chamada silicose ou o
empedramento dos pulmões.
Os Equipamentos de Proteção
Individual - EPI's recomendados
são:

a) máscaras contra poeiras; e

b) óculos de segurança.
4. Riscos físicos

Além dos riscos físicos já relacionados


anteriormente, juntam-se: a falta de
aterramento de motores, o uso de
lâmpadas inadequadas e a temível
eletricidade estática.
Os EPI's recomendados são:

a) protetores auriculares;

b) óculos ray-ban (para raios


ultravioletas) nas fornalhas à lenha;
e

c) capacete de segurança.
Eletricidade estática:

A eletricidade estática é a carga


elétrica num corpo cujos átomos
apresentam um desequilíbrio em sua
neutralidade. O fenômeno da
eletricidade estática ocorre quando a
quantidade de elétrons gera cargas
positivas ou negativas em relação à
carga elétrica dos núcleos dos
átomos.
 Quando existe um excesso de elétrons em
relação aos prótons, diz-se que o corpo
está carregado negativamente.
 Quando existem menos elétrons que
prótons, o corpo está carregado
positivamente.
 Se o número total de prótons e elétrons é
equivalente, o corpo está num estado
eletricamente neutro.
 A eletrização pode ocorrer por indução,
contato e posterior separação
entre dois materiais, ou atrito.

 Casualmente podemos gerar eletricidade


estática ao atritar um cobertor, roupa de
lã, etc ao nosso corpo, também no
caminhar, sendo que o contato e
separação da sola de nossos calçados com
o piso gera eletricidade estática.
Tipos:

 Eletrização por Atrito: Pode-se eletrizar


um corpo atritando-o à outro. Um
exemplo é quando passamos um pente
várias vezes no cabelo.

 Eletrização por Contato: na eletrização


por contato, basta apenas um corpo
eletrizado tocar em outro neutro, por
exemplo, e parte de sua carga elétrica
passa para ele.
 Eletrização por Indução: Aproximando
um corpo eletrizado de um corpo neutro,
as cargas de mesmo sinal na área
eletrizada se afastarão e o corpo ficará
com suas cargas separadas pela sua área.
O corpo fica neutro, porém se analisada
cada área separadamente elas estarão
com predominância de uma carga
enquanto o corpo eletrizado estiver
próximo.
Geração da eletricidade estática

 Um exemplo típico de geração casual de


eletricidade estática em nosso corpo
ocorre quando vestimos roupas de lã, etc.
Um fator importante na geração de
eletricidade estática é a umidade, pois
quanto mais seco estiver o ar, mais
facilmente a carga se desenvolve.
Influência em máquinas e equipamentos:

 Na aviação, a eletricidade estática é fator


relevante à segurança das aeronaves. Um
avião, por exemplo, após aterrissar
necessita ser descarregado estaticamente,
pois a tensão desenvolvida pode
facilmente ultrapassar 250.000 Volts.
 Nos automóveis também ocorre a
eletrização quando estes são submetidos a
grandes velocidades ao ar seco, podendo
seus ocupantes ao sair ou entrar no
veículo tomarem uma descarga elétrica.
5. Acidentes em
geral
 Vários tipos de acidentes podem acontecer
com os trabalhadores de silos e
armazéns. Nos silos grandes, como o do
croqui abaixo, quando o operário entrar
sozinho no seu interior e tentar andar
sem o cinto de segurança sobre a
superfície dos grãos, aparentemente
firmes.
Antes de entrar num silo para executar
qualquer tarefa, recomenda-se que:

 O operário nunca entre sozinho num


silo;
 Use equipamento de descida;
 Tenha permissão prévia do seu
superior;
 Verifique se há gases e poeiras
perigosas;
Sempre que houver necessidade, pode-
se lançar mão de aparelhos de
comunicação, seja para transmitir
orientações por alguém que esteja do
lado de fora do silo, como quando
obstáculos físicos impeçam a
sinalização visual entre parceiros.
Tipos de silos

 Silos horizontais: são grandes depósitos


horizontais cobertos de formato cônico. O
depósito de material é realizado ao longo
do cume da cobertura e os grãos são
acumulados em forma de pirâmide. A
descarga do silo é feita por um sistema de
transportadores situados ao nível do piso.
Silos Cúpula
 Silos semi-esféricos: são grandes
depósitos horizontais cobertos no formato
de calota. O piso e a parte da construção
lateral situa-se abaixo do nível do solo
para aproveitar o talude como reforço.
Proporciona uma capacidade de
estocagem de 45000 toneladas de soja.
Silos Horizontais
“Graneleiros”
 Silos verticais: são silos cilíndricos,
construídos em concreto ou em chapas de
aço. A área ocupada é relativamente
pequena porque as dimensões de altura
são muitas vezes maiores que as de seu
diâmetro. Possuem capacidade de
armazenar de 4 a 6 mil toneladas de
grãos. São recomendados para grãos de
soja que escoam facilmente e sementes
de algodão ou amendoim são
adequadamente estocadas em silos
verticais.
Transporte de cargas

 Baseado na lei nº 9.503, de 23 de


setembro de 1.997 – Código de Trânsito
Brasileiro – artigos 105, 117 e 140 a
160.

 Resolução CONTRAN Nº 91/99, que


dispõe sobre “Cursos de Treinamento
Específico e Complementar para
Condutores de Veículos Rodoviários
Transportadores de Produtos Perigosos”.
 Noscaminhões graneleiros abertos
deve ser proibido que os
trabalhadores subam sobre a carga
em descarregamento.
Trabalho com Animais

 As doenças mais comumente


transmitidas por animais e seus
fluidos corpóreos ou insetos comuns
nos locais de trato destes animais são
a brucelose, tuberculose,
histoplasmose, leishmaniose, doença
de lyme e raiva.
 Para as doenças para as quais existem
vacinas para humanos, o empregador
deve encaminhar os trabalhadores para
vacinação e manter documentação de
comprovação.

 No transporte com tração animal devem


ser utilizados animais adestrados e
treinados por trabalhador preparado para
este fim. (curso de “doma racional”
promovido pelo SENAR)
Medidas de Proteção Pessoal

É obrigatório o fornecimento aos


trabalhadores, gratuitamente, de
equipamentos de proteção individual
(EPI), adequados aos riscos e
mantidos em perfeito estado de
conservação e funcionamento.
Proteção da cabeça, olhos e face:

 chapéu ou outra proteção contra o sol,


chuva e salpicos;
 protetores impermeáveis e resistentes
para trabalhos com produtos químicos;
 óculos contra a ação da poeira e do
pólen;
 óculos contra a ação de líquidos
agressivos.
Proteção auditiva:

 protetores auriculares

Proteção das vias respiratórias:

 respiradores com filtros mecânicos para


trabalhos com exposição a poeira
orgânica;
 respiradores com filtros químicos, para
trabalhos com produtos químicos;

Proteção dos membros superiores:

 luvas e mangas de proteção contra:


produtos químicos tóxicos, picadas de
animais peçonhentos.
Proteção dos membros inferiores:

 botas impermeáveis e antiderrapantes


para trabalhos em terrenos úmidos,
lamacentos, encharcados ou com dejetos
de animais;

 calçados impermeáveis e resistentes em


trabalhos com produtos químicos.
Proteção do corpo inteiro nos
trabalhos que haja perigo de lesões
provocadas por agentes de origem
térmica, biológica, mecânica,
meteorológica e química:

 aventais;
 jaquetas e capas;
 Macacões.
ESTUDOS
COMPLEMENTARES
PRINCIPAIS ATIVIDADES RURAIS POR
REGIÃO
REGIÃO NORTE
REGIÃO NORDESTE
REGIÃO SUDESTE
REGIÃO SUL
REGIÃO CENTRO-OESTE
CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR
FASES DA CULTURA
1. Preparo do solo;
2. Calagem, nutrição e adubação;
3. Preparo das mudas;
4. Plantio;
5. Controle de plantas daninhas;
6. Controle de pragas;
7. Aplicação de maturadores;
8. Colheita;
9. Readubação;
10. Destruição das soqueiras.
1. PREPARO DO SOLO

 Período: janeiro (plantio de dezoito


meses).

 Descrição: Fase basicamente mecanizada


com utilização de pouca mão-de-obra.
Consiste em aração (revolvimento do
solo), gradação (quebra de blocos de
terra), confecção de terraços,
demarcação de curvas de nível e de
carreadores.
 Riscos: ergonômicos, acidentes com
máquinas e equipamentos, exposição
solar, ruído, gases, vibração e poeiras.

 Máquinas e equipamentos: tratores,


arados, grades, sulcadores,
motoniveladoras.
2. CALAGEM, NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO

 Período: realizado imediatamente após a


primeira fase

 Descrição: Fase basicamente


mecanizada. Consiste na correção da
acidez do solo (calagem) e adubação do
seu estado nutricional. São utilizados
produtos ricos em cálcio, magnésio,
fósforo, nitrogênio e potássio.
 Riscos: além dos citados anteriormente,
exposição a esses produtos químicos.

 Máquinas e equipamentos: trator, grade,


adubadeira
3. PREPARO DAS MUDAS

 Período: concomitantemente ao período de


preparo do solo. Fase de grande utilização de
mão de obra.

 Descrição: é feito o corte manual da cana em


uma área já plantada. O trabalhador vai
formando feixes de cana, amarrando-os com a
própria palha. Os feixes são colocados em cima
do caminhão adaptado para o plantio e
encaminhado para as áreas já preparadas.
 Riscos: cortes nas mãos e nos membros
inferiores, acidentes com animais
peçonhentos, ferimentos nos olhos e pele
com a palha da cana, exposição solar,
poeiras, ergonômicos e quedas.

 Máquinas e equipamentos: trator,


carregadeira, facão (machete).
4. PLANTIO

 Período: janeiro a abril. Fase de grande


utilização de mão de obra.

 Descrição: com um trator, são feitos os sulcos


em que serão jogados os feixes de cana.
Concomitantemente à abertura dos sulcos é
feita a adubação com produtos a base de NPK.
Os trabalhadores vão em cima dos caminhões
desfazendo os feixes de cana e atirando-as nas
trilhas sulcadas. Outros trabalhadores vão a
pé, atrás dos caminhões, ajeitando as canas
nos sulcos e cortando-as em pedaços com o
facão.
Logo após, vem um outro trator para
realizar o processo denominado de
cobertura e que consiste em jogar a terra
que está em torno do sulco por cima das
mudas, enterrando-as. Neste processo, ao
mesmo tempo, são colocados mais
fertilizantes e inseticidas,
principalmente a base de Fipronil. Atrás
deste trator vai um grupo de
trabalhadores com enxada para enterrar
as mudas que, porventura tenham ficado
descobertas (recobertura manual).
 Riscos: quedas, intoxicação com produtos
químicos, acidentes com máquinas e
equipamentos, ergonômicos, poeiras,
ruído, vibração, animais peçonhentos,
exposição solar.

 Máquinas e equipamentos: trator,


plantadeiras, facão (machete), enxadas,
caminhões.
5. CONTROLE DAS PLANTAS
DANINHAS

 Período: 10 a 15 dias após o plantio.

 Descrição: aplicação de herbicidas


(manual e mecanizada) de pré e pós
emergência (Combire, Velper,
Gesapax, entre outros) para
erradicação de plantas que possam
competir com a cana.
 Riscos: máquinas e equipamentos,
intoxicações por agrotóxicos.

 Máquinas e equipamentos: trator,


pulverizador.
6. CONTROLE DE PRAGAS

 Período: toda a fase da cultura após o


plantio

 Descrição: combate à broca da cana com


malathion ou através de controle
biológico com a vespa Cotesia flavips
que são introduzidas na cultura.
Também se faz o combate de formigas com
formicidas granulados (iscas) a base de
sulfuramidas.

 Riscos: intoxicações, exposição solar,


animais peçonhentos.
7. APLICAÇÃO DE MATURADORES

 Período: um a dois meses antes da


colheita

 Descrição: aplicação de produtos para


anteciparem e facilitarem a colheita. É
feita através de pulverizações por aviões
agrícolas. Produtos mais usados: Ethel,
Modus, Randap e Curavial.
 Riscos: intoxicações do trabalhador
(bandeirinha) que sinaliza o local de
aplicação de agrotóxico pelo avião e no
caso de trabalhadores que entram na área
no período de carência.
8. COLHEITA

 Período: de abril a novembro. Fase de


grande utilização de mão-de-obra.

 Descrição: pode ser totalmente


mecanizada ou manual. Na colheita
manual, cerca de 24 a 48 horas antes, é
feita a queimada do canavial, para
reduzir a folhagem e diminuir o risco de
acidente com animais peçonhentos.
 A partir daí, os trabalhadores cortam a
cana com facões e vão fazendo feixes
para a medição da produtividade. Na
colheita mecanizada, são utilizadas
máquinas específicas para o corte da
cana. Em seguida, são utilizadas máquinas
para o carregamento de caminhões
transportadores.
 Riscos: cortes nas mãos e nos membros
inferiores, acidentes com animais
peçonhentos, ferimentos nos olhos e pele
com a palha da cana, exposição solar,
poeiras, ergonômicos e quedas.

 Máquinas e equipamentos: colheitadeiras,


carregadeiras, caminhões, facões.
9. READUBAÇÃO

 Período: logo após a colheita.

 Descrição: após a primeira colheita faz-


se a adubação das linhas com produtos a
base de NPK e aplicação de herbicida
nas entrelinhas, preparando para a
próxima safra. É uma fase mecanizada.
 Riscos: acidentes com máquinas e
equipamentos e intoxicações.

 Máquinas e equipamentos: trator,


pulverizador.
10. DESTRUIÇÃO DAS SOQUEIRAS

 Período: após a colheita.

 Descrição: após 4 a 5 colheitas, é feita a


reforma da área com escarificação do
solo e gradeação para a destruição das
soqueiras de cana, fazendo-se também a
adubação, visando um novo plantio. É
uma fase mecanizada.
 Riscos: acidentes com máquinas e
equipamentos e intoxicações.
AGROTÓXICOS

O termo agrotóxico, segundo a Lei Federal


no. 7.802, de 11/07/1989, é definido
como:
 O conjunto dos produtos e agentes de
processos físicos, químicos ou biológicos
destinados ao uso nos setores de
produção, armazenamento,
beneficiamento de produtos agrícolas, nas
pastagens, na proteção de florestas
nativas ou implantadas e de outros
ecossistemas.
 Os pesticidas ou praguicidas são
substâncias químicas destinadas a matar,
repelir, atrair, regular ou interromper o
crescimento de pragas, que são
organismos incluindo insetos, fungos,
ervas, pássaros, mamíferos, peixes,
micróbios, nematóides, que competem
com os humanos pela obtenção de
alimentos, destruindo as semeaduras e
propagando enfermidades. Os pesticidas
não são necessariamente venenos, porém
quase sempre são tóxicos.
 Os pesticidas são classificados de acordo
com a praga que eles atacam:
 Inseticidas: insetos.
 Fungicidas: fungos.
 Herbicidas: ervas.
 Raticidas: ratos.
 Bactericidas: bactérias.
 Acaricidas: ácaros.
 Nematicidas: nematóides.
 Vermífugos: vermes.
 Diante da diversidade de agrotóxicos e
estudo em questão, vamos no ater
apenas aos seguintes pesticidas:

1. Inseticidas;

2. Herbicidas;

3. Fungicidas.
1. Inseticidas: são agentes, ou
formulações, destinados a destruir os
insetos. Podem ser aplicados como
névoa, se forem líquidos, ou em
suspensão, como uma poeira, ou na
forma de gás.
Riscos à saúde: Os organofosforados são os
mais utilizados na agricultura. Por serem
altamente lipossolúveis, são absorvidos
rapidamente por vias dérmica, respiratória
e trato digestivo, quando da aplicação
por técnica de pulverização.
2. Herbicidas: utilizado na agricultura
para o controle de ervas classificadas
como daninhas. As vantagens da
utilização deste produto é a rapidez de
ação, custo reduzido, efeito residual e
não revolvimento do solo.
Riscos à saúde: Os problemas decorrentes
da utilização de herbicidas são a
contaminação ambiental e o surgimento
de ervas resistentes. Todos os herbicidas
são tóxicos para os seres humanos em
alguma medida. Existem também
herbicidas naturais.
Herbicidas mais usados atualmente:

 Imazetapir
 Imazapic
 glifosato
 paraquat
 2,4D
 clopiralida
 metolacloro
 dicamba
 picloram
 atrazina
3. Fungicidas: a maioria das culturas é
susceptível a sérias doenças causadas
por fungos. Um dos primeiros fungicidas
foi a "mistura de Bordeaux", à base de
cobre, que foi primeiramente usada no
século XIX, principalmente para o
controle de fungo felpudo de videiras. A
primeira geração de fungicidas exercia
apenas um efeito protetor, em vez de
reparador.
Entretanto, no início dos anos 70,
apareceram os primeiros fungicidas
sistêmicos, ou seja, compostos como
carboxina, etirimol, ebenomil, que são
transportados dentro da planta e
exercem efeito curativo.
 Definição: Fungicida é um pesticida que
destrói ou inibe a ação dos fungos que
geralmente atacam as plantas. A utilização
de fungicidas sintéticos é muito comum
na agricultura convencional, e representa
um sério risco ao homem e ao meio-
ambiente, por se tratar de um produto
muito tóxico e perigoso.
 No caso da agricultura alternativa, mais
conhecida como agricultura orgânica,
o controle dos fungos é realizado com
produtos naturais e com técnicas de
manejo alternativas.
"As grandes oportunidades de
ajudar os outros
raramente
masacontecem,
as pequenas surgem todos os
dias."

"Comece fazendo o que é


necessário, depois o que é
possível, e de repente você
estará fazendo o impossível ."

(São Francisco de
Assis)
 Elaboração: Everaldo Mota
 Engenheiro Mecânico/Pós-Graduação em
Engenharia de Segurança do Trabalho e
Gestão Ambiental.
 Email: everaldomota@yahoo.com.br

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