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Paleontologia

Fossilização e Estratigrafia

Profº Msc. José Vidigal Júnior

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2. Fossilização
1. Definição
Atuação de fatores químicos, físicos e biológicos
que levam a preservação de seres; suas partes e
vestígios

2. Caracterização do processo
 Ausência de decomposição
 Evento extremamente raro

3. Condições favoráveis
 Composição química e estrutural do organismo
 Sedimentação
 Soterramento rápido
 Condições adversas aos decompositores
 Condições químicas do meio 3
Reciclagem da matéria orgânica Fossilização

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4. Tafonomia

Tafos= sepultamento; nomos= lei

Estudos das leis e processos de fossilização


 Bioestratinomia

 Estudo dos processos da morte ao


soterramento

 Diagênese
 Estudo dos processos pós-soterramento

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Fossilização

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CURTA = BIOESTRATINOMIA

LONGA = DIAGÊNESE 7
5. Tipos de Fósseis
 Restos – organismos ou partes preservados

 Vestígios – evidências indiretas dos organismos

6. Restos
 Partes Moles

 Tecidos (pele, músculos, orgãos etc)


 Partes Duras

 Ossos, conchas, dentes, etc.

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6.1. Preservação das Partes Moles
Evento extremamente raro
Âmbar
 resina fóssil – Terpenóides => preservação de insetos e

microrganismos (Sul do Báltico e República Dominicana)


Congelamento
 mamutes lanosos e rinocerontes (Sibéria)

Mumificação
 desidratação – preguiças (Patagônia)

Turfa e Alcatrão
 mamíferos pleistocênicos (EUA)

Águas ricas em cálcio


 alcalinidade do meio => baixa atividade bacteriana (Calcário

litográfico na Alemanha; formação Santana, Brasil)


Ambientes Estagnados
 Ausência de oxigênio => baixa atividade bacteriana (Folhelho de

Burgess no Canadá) 9
Nódulos em Âmbar

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RESTOS INALTERADOS
MUMIFICAÇÃO

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Preservação das Partes Duras
Incrustação
 cristalização superficial de minerais transportados pela água (calcita,
pirita, limonita, sílica)
Permineralização
 preenchimento de poros, canais e cavidades internas por minerais
(carbonato de cálcio e sílica)
Recristalização
 modificação na estrutura cristalina do mineral original tornando-o mais
resistente. Ocorre perda das microestruturas. (aragonita => calcita
em conchas de moluscos; opala => calcedônia em frústulas de
diatomáceas)
Carbonificação
 perda gradual de elementos da matéria orgânica restando apenas
película de carbono. Normalmente há conservação de microestruturas.
(estruturas contendo lignina, celulose, quitina)
Substituição
 troca de minerais por outros mais resistentes. Formação de réplicas.
Quando processo é lento há conservação das microestruturas.
(carbonato de cálcio => sílica em conchas) 12
Incrustação: Concreções Calcárias

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Carbonificação

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Substituição

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Substituição

Piritização

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6. Vestígios
Evidências indiretas da existência dos organismos ou de suas
atividades
Moldes
 Conchas – formação do molde externo => formação do molde

externo => decomposição da concha => formação do


contramolde (réplica)
 asas e carapaças de insetos (quitina), folhas e caules (celulose)

Icnofósseis
 Vestígios das atividades vitais dos organismos
 Tubos, sulcos, pegadas.
 Coprólitos – excrementos fossilizados
 Gastrólitos – pedras auxiliares da digestão de aves e alguns répteis
 Ovos
 Marcas de dentadas em ossos
 Ninhos

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Moldes : Interno Contra-molde
Externo

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Moldes internos e externos

Molde externo e modelo


Molde interno 19
Impressões

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Icnofósseis: Pistas e Pegadas

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Coprólitos

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Ovos

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Outras considerações

Predominância da conservação em rochas sedimentares


Fósseis – anteriores ao Holoceno
Sub-fósseis – holoceno
Organismos fósseis não são necessariamente extintos
atualmente
Fósseis-vivos: Ginkgo biloba; Latimemeria chalumna
(celacanto)
Pseudo-fósseis: estruturas inorgânicas semelhantes à
organismos (pirolusita)
Fósseis humanos e de seus ancestrais são estudados pela
Paleoantropologia que é um ramo da Antropologia e
os vestígios das atividades e cultura pré-históricas são
estudadas pela Arqueologia que é um ramo da História
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Fóssil vivo

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Estratigrafia

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3. Estratigrafia
Datação estratigráfica (paleontológica)
 Baseada no surgimento e extinção de espécies ao longo
do tempo e sua conservação fóssil.

 Deu origem a datação relativa conhecida como Tempo


Geológico que é baseado na mudança da composição
fossilífera nos extratos rochosos sedimentares com
correspondência global.

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Tempo Geológico

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Ciclo Geológico
Conjunto de fatores e processos que atuam na formação da
crosta terrestre
Magmatismo => Rochas Ígneas (granito, basalto, diabásio)
Metamorfismo (temperatura; pressão) => Rochas
Metamórficas (gnaisse; mármore, quartzito)
Intemperismo – erosão – transporte – sedimentação –
diagênese => Rochas Sedimentares (siltito, arenito,
calcário)

Bacias Sedimentares
Regiões correspondentes à áreas de deposição antigas ou atuais
No Brasil:
Interiores - continentais
Marginais – litorâneas (separação Brasil - África)

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CICLO DAS ROCHAS

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Ambientes de Sedimentação

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Rochas Sedimentares

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Rochas sedimentares: calcário e folhelho

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Proporção das rochas na crosta

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Pedologia

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Litologia Brasileira

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Bacias Sedimentares do Brasil

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Fácies
 Determinada rocha com suas características.

(litofácies, biofácies)
Estrato
 Segmento horizontal de uma fácies com características

definidas representando um período de deposição


Estratigrafia
 Parte da geologia que estuda os estratos das rochas

sedimentares, incluindo o componente paleontológico


e sua associação com o tempo geológico.

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Estratos em afloramento

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Princípio da Sobreposição (Steno)
 “Em qualquer empinhamento de estratos a

camada inferior é mais antiga e as camadas


sucessivamente mais altas são sucessivamente
mais jovens”

Correlação Estratigráfica (Smith)


 “Existe correspondência entre a estratificação de

diferentes locais nos aspectos do conteúdo


fossilífero, das litologias e dos tipos de solos,
sugerindo antiga continuidade”

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Correlação estratigráfica

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Horizontes Cronoestratigráficos
 Estratos com características fossilíferas típicas que estão

associados a determinada época.

Fósseis-Guias
 Fósseis com pequena amplitude vertical.

 Espécies que existiram durante períodos definidos e

apresentaram distribuição cosmopolita, rápida evolução e


ou rápida extinção.

Litoestratigrafia
 Classificação dos estratos tendo como referência as rochas

 Membros => formação => grupo

 Membro Jaguariaíva, Formação Ponta Grossa, Grupo

Paraná
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Bioestratigrafia
 Classificação dos estratos por critérios paleontológicos

 Sub-zona => zona => super-zona

 Zona Australocolelia tourteloti

 Critérios: aparecimento, abundância, desaparecimento,

combinação entre taxa

Geocronologia
 Classificação das unidades geológicas (fósseis, rochas,

montanhas, etc.) por idade


 Tempo absoluto:

 Ma => milhões de anos; Ba ou Ga => bilhões de anos


(Método radiométrico )
 Tempo Relativo:

 Tabela de Tempo Geológico


 Idades => épocas => períodos => eras => éons 48
Cronoestratigrafia
 Classificação dos estratos por idade

 Andares => séries => sistemas => eratemas =>

eonotemas
 Correspondência à Tabela de Tempo Geológico:

 Idades => épocas => períodos => eras => éons

Cronozonas: menor unidade cronoestratigráfica

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 Biozona conhecida em escala mundial

 Horizontes isócronos: ideal

 Correlações diácronas: não ideais - inexatas


 utilização de fósseis de organismos com adaptação
ecológica estrita e que ocorrem esporadicamente
 utilização de fósseis retrabalhados: erodidos e
redepositados

 Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS) da União


Internacional de Ciências Geológicas (IUGS)
 Escala estratigráfica padrão => definições de “pontos
de mudança de padrões da biota” – aparecimentos e
extinções

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Coluna estratigráfica internacional

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Estratigrafia de Seqüências
 Parte da estratigrafia que trata da intensidade e

freqüência da formação de camadas sedimentares


 Variação na deposição:
 Ausência de erosão (secas)

 Erosão e não deposição (tempestades)

 Mudança do depocentro (elevações tectônicas)

 Transgressões e regressões marinhas

 => Hiatos no registro fossilífero

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