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Ritmos de Parada Cardiaca

Niterói,RJ.
Quinta-Feira, 13 Junho de 2019

Luiz Baptista Neto


Cirurgião Vascular
Mestrando (Aluno Ouvinte)

Pós-Graduação Ciências Cardiovasculares

Prof. Dalmo Machado


Bioestatística
Ritmos de Parada Cardiaca

Introdução

Parada Cardiorrespiratória:

Cessação súbita e inesperada da circulação

Inconsciência

Respiração Agônica ou apneia

Ausência de pulso nas grandes artérias


Ritmos de Parada Cardiaca
Ritmos de Parada Cardiaca

BLS - Suporte Básico de Vida

Avaliação Primária

Reconhecimento da PCR

RCP suporte hemodinâmico e respiratório


Ritmos de Parada Cardiaca

ACLS – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia


Dispositivos invasivos de vias aéreas

Acesso Venoso
Drogas
Desfibrilação elétrica
Estabilização com vasopressores
Ritmos de Parada Cardiaca

ABCD PRIMÁRIO - BLS para profissionais de saúde

C – Circulação – Pulso carotídeo? Se não, inicie compressão cardíaca.

A – Abrir vias aéreas – aberta? Se não, hiperestenda o pescoço


(considere antes o trauma cervical?)

B – Boca – movimento de ar? Esta adequada? Se não, inicie ventilação.

D – Desfibrilação – Use o DEA (cheque por FV/TV sem pulso), se presente choque
automático!
Ritmos de Parada Cardiaca

RCP com Qualidade


• Frequência:100/min

Profundidade: 2polegadas (5cm, adultos e crianças); 1,5 polegadas (4 cm

em bebês).

Retorno total do tórax após compressão

Minimizar interrupções

Evitar ventilação excessiva

30:2

Quando via estabelecida: 8 a 10 por min (a cada 6 a 8 segundos).


Ritmos de Parada Cardiaca

RCP ou Choque primeiro?

PCR extra-hospitalar - DEA prontamente disponível no


local, o socorrista deverá iniciar a RCP com compressões
torácicas e usar o DEA/ DAE o quanto antes.

Profissionais de saúde – PCR em hospitais ou outras


instituições com DEA ou Desfibriladores no local -
devem aplicar a RCP imediatamente e usar o
DEA/Desfibrilador tão logo o equipamento esteja
disponível.
Ritmos de Parada Cardiaca

RCP ou Choque primeiro?

PCR Extra-hospitalar não-presenciada: Profissional de saúde poderá iniciar a RCP enquanto

verifica o ritmo com o DEA/DAE ou no ECG e se prepara para a desfibrilação (considerar de

1,5 a 3 minutos de RCP antes da tentativa de desfibrilação).

PCR Hospitalar: tempo entre FV e Choque deve ser inferior a 3 minutos. Realizar RCP

durante o preparo.
Ritmos de Parada Cardiaca

RCP ou Choque primeiro?

FV por mais de alguns minutos leva a depleção de oxigênio e energia no miocárdio.

Breve período de compressões torácicas pode fornecer oxigênio e energia ao coração,

aumentando a probabilidade de um choque eliminar a FV

e promover Retorno de Circulação Espontânea (RCE).

Caso não haja reversão com o primeiro choque, retorno para a RCP para posterior
reavaliação.

Evitar choques consecutivos.


Ritmos de Parada Cardiaca

Ritmos Letais
Fibrilação ventricular (FV)
Taquicardia ventricular (TV)
Assistolia
Atividade elétrica sem pulso (AESP)

Ritmos não letais


Lentos: FC < 60 bpm
Rápidos: FC > 120 bpm
Ritmos de Parada Cardiaca

Avaliação do paciente

Estável ou instável?

O ritmo é responsável pela instabilidade? O ritmo causa sinais e sintomas?

Sinais de instabilidade
Ritmos de Parada Cardiaca

Distúrbio Hemodinâmico

Volume Bomba Frequência

Ausculta Pulmonar Limpa Prioridade 1


Protocolo de Arritmias
Taquicardia ou Bradicardia
Bolus de Solução Salina 500ml, reavaliar
Repetir se necessário

PA e Pulso melhor Intolerância a Volume


Repetir Salina Congestão pulmonar

Sinais de Choque - Adrenalina Sem Sinais de Choque - Dobuta


Ritmos de Parada Cardiaca

Análise do ECG
Existe complexo QRS?
A aparência dos QRS são normais?
Todos os complexos QRS são iguais? Quanto mede
o complexo QRS?
Ritmos de Parada Cardiaca

Ritmos Letais

Fibrilação ventricular (FV)

Taquicardia ventricular (TV)

Assistolia

Atividade elétrica sem pulso


Ritmos de Parada Cardiaca

Ritmos Letais - “Não Chocáveis” - RCP

Assistolia

Atividade elétrica sem pulso


Ritmos de Parada Cardiaca

Ritmos Letais - “Chocáveis” - Desfibrilação

Fibrilação ventricular (FV)

Taquicardia ventricular (TV)


Ritmos de Parada Cardiaca

Fibrilação Ventricular

Arritmia mais importante = PCR.

Ausência: QRS, P, ST e T.

Freqüência: impossível de ser avaliada.

Ritmo: irregular com ondas de tamanho e forma variáveis.


Ritmos de Parada Cardiaca

Taquicardia ventricular

Para fins do ACLS qualquer taquicardia com QRS alargado é ventricular.


3 ou mais batimentos ventriculares em sucessão com FC > 100/min.
Pode ser instável (letal) ou estável (não letal).
Pode ser sustentada (sintomática ou > 30 s) ou não sustentada.
Ritmos de Parada Cardiaca

Taquicardia Ventricular
Ritmo: geralmente regular.
Freqüência: 150 -180/min
QRS bizarro e alargado ( = ou > 0,12 s), a onda T e segmento ST tem polaridade
oposta ao QRS.
Onda P: geralmente ausente
Ritmos de Parada Cardiaca

Ritmos Letais - “Chocáveis” - Desfibrilação

Fibrilação ventricular (FV)

Taquicardia ventricular (TV)

Desfibrilação – PCR em TV s/ pulso e FV


Monofásico: 360J ou Bifásico: 120 a 200J
Dois minutos de RCP (5 ciclos de 30:2)
Avaliar novamente o ritmo
Caso persista FV/TV sem pulso:
Acesso Venoso periférico ou Intra- ósseo – para
administração de drogas
Via aérea definitiva
Monitorização cardíaca
Ritmos de Parada Cardiaca

Assistolia

Ausência de atividade elétrica ventricular.

Ausência de complexos QRS, mas podem aparecer ondas P e batimentos ventriculares

de escape.

Verificar o monitor – protocolo linha reta.


Ritmos de Parada Cardiaca

Assistolia - Protocolo Linha Reta


Checar a conexão dos eletrodos
Aumentar o ganho do monitor cardíaco
Checar o ritmo em duas derivações
Ritmos de Parada Cardiaca

Atividade elétrica sem pulso

Ritmo elétrico que deveria estar associado a pulso central: existe atividade elétrica organizada, porém há uma

dissociação, impedindo a contração muscular efetiva, sem resposta mecânica que gere débito suficiente para pulso

arterial central.

Mau Prognóstico.
Ritmos de Parada Cardiaca

AESP/Assistolia
Ritmos de Parada Cardiaca

RCP - Ressuscitação Cardiopulmonar


Ritmos de Parada Cardiaca

RCP - Ressuscitação Cardiopulmonar


Via Aérea

-Intubação Orotraqueal

-Via supra-glótica: máscara laríngea, tubo laríngeo, tubo esofago-tranqueal

-Confirmar: exame físico + capnografia quantitativa em forma de onda (ou capnografia

colorimétrica sem forma de onda)

-8 a 10 vezes/min em assincronia com compressões torácicas, evitar hiperventilação.

- Via de administração alternativa de fármacos: aumentar dose em 2 ou 2,5x (exceção


Ritmos de Parada Cardiaca

RCP - Ressuscitação Cardiopulmonar

Vasopressores

–Epinefrina: 1mg a cada 3 a 5 min EV ou IO (ou equivalente ET)

–Vasopressina: dose única de 40U EV, IO, ET (substituindo a primeira ou segunda

dose de epinefrina)
Ritmos de Parada Cardiaca

RCP - Ressuscitação Cardiopulmonar

Antiarrítmico

-Amiodarona 300 mg EV em bolus + 150mg; manutenção (após retorno do

ritmo) 1mg/min por 6h, 0,5mg/min por mais 18h.

-Alternativa: lidocaína 1 a 1,5mg/kg de peso.

-Sulfato de magnésio: Intervalo QT longo 1 a 2g EV


Ritmos de Parada Cardiaca

ECG - Ritmo Sinusal


Ritmos de Parada Cardiaca

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