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Controle do Crescimento Microbiano

Microbiologia
Aula T6 – Controle do Crescimento Microbiano

Profa. Dra. Aline Teixeira Amorim

2021
Controle do Crescimento Microbiano

Antissepsia
Uso de ATM em tecidos vivos com o objetivo de
reduzir a população microbiana no sítio anatômico

Assepsia
Medidas adotadas em processos clínico-laboratoriais
com o objetivo de reduzir o risco de contaminação ou
infecção
Ignaz Semmelweis
Controle do Crescimento Microbiano

Desinfetantes de uso
Desinfetante doméstico

ATM utilizado em objetos inanimados capaz de


eliminar microrganismos patogênicos. Mas não todos!

Antisséptico Enxaguante bucal

ATM, suficientemente atóxicos, para serem aplicados em


tecidos vivos

Sanitizante Sanitização de utensílios


de cozinha industrial

Tipo particular de desinfetante que reduz o número de


contaminantes bacterianos em níveis relativamente
seguros.
Controle do Crescimento Microbiano

Esterilização
Remoção/Destruição de TODAS as formas de vida
microbiana

Aquecimento Agentes químicos Filtração

Método mais Líquidos ou


Poucos agentes
comum gases
Ácido peracético?
Glutaraldeído?
Controle do Crescimento Microbiano

Desinfecção
Remoção/Destruição microrganismos patogênicos
MOs na forma vegetativa

Água fervente
Substâncias químicas Radiação UV
(Vapor)
Controle do Crescimento Microbiano

Controle Microbiano

Métodos Físicos

Métodos Químicos
Controle do Crescimento Microbiano

Mecanismos de ação
Alteração da permeabilidade da membrana

Danos aos lipídeos ou proteínas

Extravasamento do conteúdo celular no meio


circundante e interferência no crescimento da célula
Controle do Crescimento Microbiano

Mecanismos de ação
Danos a proteínas e enzimas Produtos
Calor
Desnaturação de Químicos
proteínas
Rompimento de Pontes Formação de
de Hidrogênio Pontes dissulfeto
Controle do Crescimento Microbiano

Mecanismos de ação
Danos a ácidos nucléicos

Calor Produtos Radiação


Químicos

Impede bactéria de crescer

Impede bactéria de realizar funções metabólicas


Controle do Crescimento Microbiano

Controle Antimicrobiano
Métodos Físicos
Controle do Crescimento Microbiano

FÍSICOS
PRESSÃO
OSMÓTICA DESSECAÇÃO

RADIAÇÃO
RADIAÇÃO CALOR
CALOR

BAIXAS
TEMPERATURAS
ALTA PRESSÃO FILTRAÇÃO
Controle do Crescimento Microbiano

Métodos Físicos: Calor


• Mata MO pela desnaturação de suas enzimas

• Resistência ao calor varia entre diferentes MO

• Dois tipos:
• Esterilização por Calor Úmido
• Esterilização por Calor Seco

Proteína ativa (Funcional) Proteína Desnaturada


MO = Microrganismo
Controle do Crescimento Microbiano

Métodos Físicos: Calor úmido

• Mata os MO pela coagulação proteica (desnaturação)


• Fervura

• Esterilização com Autoclave

Ruptura de ligações de hidrogênio que mantém as proteínas em sua estrutura tridimensional


Controle do Crescimento Microbiano

Métodos Físicos: Calor úmido


Fervura
• Mata Bactérias (vegetativa), vírus, fungos ~ 10 min

• Vírus da Hepatite: > 30 min Nem sempre é um


procedimento confiável de
• Endosporos: > 20 h esterilização
Controle do Crescimento Microbiano

Métodos Físicos: Calor úmido


Autoclave
• > Pressão → > Temperatura

• 121 ºC, > 1 ATM, ≥ 15 minutos

• Mais eficaz:

• Vapor em contato direto com MO

• MO contidos em solução aquosa

• Meios de cultura, Instrumentais metálicos, Vestimentas, Equipamentos de Transfusão...

• Mata TODOS os MO – Inclusive endosporos


Controle do Crescimento Microbiano

Métodos Físicos: Calor úmido

Esterilização de sólidos requer que o vapor realmente entre em contato


Deve-se ter o cuidado de assegurar que o vapor entre em contato com TODAS as superfícies
Controle do Crescimento Microbiano
Controle do Crescimento Microbiano

Métodos Físicos: Calor seco

• Mata por efeitos de oxidação


• Chama direta

Incineração
• Incineração

• Esterilização em Ar Quente

Flambagem

Estufa de esterilização
Controle do Crescimento Microbiano

Métodos Físicos: Calor seco

Estufa de esterilização
Controle do Crescimento Microbiano

Pasteurização
• Louis Pasteur (1864)
• Método de prevenção da perda de qualidade dos Louis Pasteur
vinhos, destruindo, pelo CALOR, bactérias capazes
de deteriorar esta bebida.
• Aquecimento  Resfriamento
• Leite (~75°C, 15 s, Resfriado)
• HTST – High-temperature short-time
• Reduz o número de MO
• NÃO assegura esterilização!!

Louis Pasteur e produtores de vinhos


Controle do Crescimento Microbiano

Tratamento de temperatura elevada


• Leite esterilizado

• Armazenado sem refrigeração por vários meses

• Aquecido por vapor 140°C (4s)

• Resfriado – 5º C

• Embalado hermeticamente em embalagem pré-


esterilizada
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Filtração
Passagem de líquido ou gás através de material
semelhante a um tela, com poros pequenos o suficiente
para reter microrganismos

HEPA – High-efficiency particulate air

Remove MO > 0,3 µm

Salas de cirurgia
Controle do Crescimento Microbiano

Filtração

0,45 µm , 0,22 µm, 0,01 µm

Filtração com auxílio de bomba de vácuo


Controle do Crescimento Microbiano
Controle do Crescimento Microbiano

Baixas temperaturas
• Depende do MO e intensidade da aplicação

• T °C de Refrigerador (0° a 7° C)
• Taxa metabólica maioria das bactérias reduz
• Refrigeração → Efeito Bacteriostático.
• Exceção: Psicrotróficas

• T °C abaixo do congelamento
• MO dormentes, mas não os mata!
• Congelamento rápido→ cristais de gelo que se formam
rompem a estrutura celular e molecular bacteriana
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Dessecação
• Ausência de água
• MO não reproduzem

• Podem permanecer viáveis por anos

• Com presença de água podem retomar seu crescimento

• LIOFILIZAÇÃO
• Processo utilizado em laboratórios para preservação de MO
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Pressão osmótica
Uso de altas concentrações de sais e açúcares para
conservar o alimento (Ambiente hipertônico)

Fungos e bolores são muito mais capazes que as


bactérias de crescer em materiais com baixa
umidade ou altas pressões osmóticas.
Controle do Crescimento Microbiano

Radiação

• Efeitos depende: comprimento de onda, intensidade e duração

• Dois tipos que matam MO:

• Ionizante (Penetrante)

• Não-ionizante
Controle do Crescimento Microbiano

Usada na esterilização de
produtos farmacêuticos e
Radiação ionizante materiais
dentários e médicos
descartáveis

(seringas, luvas, cateteres)


• Raios γ (gama), Raios X ou Feixes de Elétrons de alta
energia Usada contra o bioterrorismo
pelos correios americanos!
• Comprimento de onda mais curto: < 1 nm

Ionização da água

Formação de Radicais hidroxila altamente reativos

Reagem com os componentes orgânicos celulares


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Radiação não-ionizante
• Luz UV
• Comprimento de onda maior: > 1 nm
• Causa DANOS ao DNA das células
• Dímeros de pirimidina: normalmente timinas
• Inibem a replicação correta do DNA durante a
reprodução

Desvantagem:
Radiação não é muito penetrante, pode lesionar olhos e
exposição prolongada causa queimadura e câncer de pele!
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Controle Microbiano

Métodos Químicos
Controle do Crescimento Microbiano

QUÍMICOS

AGENTES
QUÍMICOS

DESINFETANTES ESTERILIZANTES
Controle do Crescimento Microbiano

Níveis de desinfecção
Alto nível Médio nível Baixo nível
Capaz de destruir Elimina bactérias Elimina maioria das
todos MO com vegetativas, a bactérias, alguns
exceção a alto maioria dos vírus, vírus e fungos,
número de esporos fungos e mas não elimina
micobactérias micobactérias

Ex.: Glutaraldeído Ex.: Hipoclorito de Ex.: Hipoclorito de


2% (20 – 30 min.) sódio 1% (30 min.) sódio 0,025%
Controle do Crescimento Microbiano

Características Ideais:
Desinfetantes e Antissépticos
• Possuir alta eficácia germicida DESINFETANTES
• Efeito rápido
• Capacidade de penetração nas
• Amplo Espectro Antimicrobiano
camadas de matéria orgânica sem
perder sua ação germicida
• Apresentar estabilidade química
• Ser solúvel em água e nos líquidos orgânicos • Ausência de ação corrosiva

• Ser inodoro ou ter odor agradável ANTISSÉPTICOS


• Não ser irritante
• Ser incolor • Não interferir no processo de
cicatrização
• Não produzir manchas • Não ser absorvido pela pele
Controle do Crescimento Microbiano

Agentes químicos: Principais grupos


• Álcoois • Agentes de Superfície

• Aldeídos e Derivados • Biguanidas

• Fenóis e Derivados • Metais Pesados e Derivados

• Halogênios e Derivados • Agentes Oxidantes

• Ácidos Inorgânicos

• Ácidos Orgânicos
Controle do Crescimento Microbiano

Na ausência de água, as proteínas não


Álcoois são desnaturadas tão rapidamente
quanto na sua presença.
Isso explica porque álcool etílico absoluto
• Baratos é menos ativo do que as misturas de
álcool e água.

• Bactericidas diante de formas vegetativas

• Mecanismo de Ação
• DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS
• SOLUBILIZAÇÃO DE LIPÍDEOS

• Álcool Etílico: antisséptico mais empregado

• Álcool 70% - 5 min – inativa todas as formas vegetativas


Controle do Crescimento Microbiano

Halogênios e derivados

• Iodo
• Sobre a forma de tintura: Solução em álcool aquoso

• Um dos antissépticos mais utilizados na prática cirúrgica

• Bactericida, fungicida e esporicida

• Solução alcóolica a 2% - ação imediata

• Mecanismo de ação:
• Inibe função de proteínas

• Forte agente oxidante


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Biguanidas

• Clorexidina
• Excelentes resultados na antissepsia de pele

• Lavagem de mãos de cirurgiões, preparação de pacientes antes da cirurgia

• Urologia obstetrícia e ginecologia, queimados e na prevenção e tratamento de doenças orais

• 0,5% - bacteriostático/ > a 4% - bactericida

• Mecanismo de ação
• Adsorve-se a parte externa dos MO ligando-se aos grupos fosfatos da parede. Provoca
danos à membrana - ocorre liberação de conteúdo citoplasmático
Controle do Crescimento Microbiano

Ordem decrescente de resistência a germicidas


químicos
Alto nível (aldeídos)

Nível intermediário
(álcool, hipoclorito de sódio a 1%,cloro orgânico, fenol
sintético, monopersulfato
de potássio e associações)

Baixo nível
(quaternário de amônio e hipoclorito
de sódio 0,2%)
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Microbiologia
Aula T7 – Antibióticos e Resistência

Profa. Dra. Aline Teixeira Amorim

2021
Controle do Crescimento Microbiano

Antibiótico: descoberta por acaso

Penicilina - 1928 Purificação - 1940

Penicillium notatum Uso larga escala na


Tortora, Funke, Case. Microbiologia. 10ª Ed. Cap. 1 guerra
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Classificação

Quanto aos seus efeitos

Bactericida Bacteriostático

Mata os MO diretamente Impede o crescimento


de MO

Tortora, Funke, Case. Microbiologia. 10ª Ed. Cap. 20


Controle do Crescimento Microbiano

Classificação

Fonte: https://goo.gl/IpTqkh
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Classificação

Bactericida Bacteriostáticos

Cloranfenicol Aminoglicosídeos
Eritromicina Beta-lactâmicos
Clindamicina Vancomicina
Sulfonamidas Quinolonas
Trimetoprim Rifampicina
Tetraciclinas Metronidazol
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Classificação

Quanto espectro de ação

Estreito Estendido Amplo


Agem sobre número Agem sobre ampla faixa de
limitado de MO em doses Ação intermediária
MO em doses terapêuticas
terapêuticas

Eficazes contra MO G+ ou Eficazes contra MO G+ e Eficazes contra MO G+ ou


G-, mas NÃO contra significativo número de G-, além de outros
ambos espécies G-

Ex.: Isoniazida Ex.: Ampicilina Ex.: Tetraciclina


Controle do Crescimento Microbiano
Controle do Crescimento Microbiano

Mecanismos de ação

Síntese da parede celular

Inibição da síntese de proteínas

Inibição da síntese de ácidos


Nucléicos

Dano à membrana plasmática

Síntese de metabólitos
essenciais
Controle do Crescimento Microbiano

Mecanismos de ação
Controle do Crescimento Microbiano

•Inibição da síntese da parede celular


Controle do Crescimento Microbiano
Controle do Crescimento Microbiano
Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores da síntese da parede celular

Anel
Anel Betalactâmico
Betalactâmico
C C
Alvo: transpeptidases (Protein Binding Penicilin -
PBPs)
Inibem a síntese da parede
C N Ligam às PBPs  inibem montagem das cadeias de
peptideoglicano
O
Controle do Crescimento Microbiano
Controle do Crescimento Microbiano
Controle do Crescimento Microbiano
Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores da síntese da parede celular

Glicopeptídeos

Streptomyces orientalis
Interrupção da síntese da cadeia de peptídeoglicano

Vancomicina
Interação com terminações D-Alanina D-Alanina

X
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Inibidores da síntese da parede celular

Glicopeptídeos

Sensível
Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores que agem na membrana plasmática


Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores – Membrana Plasmática


• Grupos lipossolúveis e hidrossolúveis dos antibióticos

• Na membrana, induzem mudanças na permeabilidade

• Podem causar ou morte ou inibição do crescimento


Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores Síntese da Membrana Plasmatica


Lipopeptídeos Polipeptídeos

 Daptomicina  Polimixina
 Bacitracina
 Etionamida
 Etambutol
 Cicloserina
Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores – Membrana Plasmática

LIPOPEPTÍDEOS
(Daptomicina)
• Polipetídeo cíclico

• Produzido por Streptomyces roseosporus

• Liga-se irreversivelmente à membrana


citoplasmática
• Despolariza e membrana
Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores – Membrana Plasmática

POLIPEPTÍDEOS
(Polimixina)

• Insere-se nas membranas como detergentes

• Interage com polissacarídeos e fosfolipídios na


memb. ext.

• Aumentam a permeabilidade celular


Fonte: http://miud.in/1Hde
• Eventualmente, provoca morte.
Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores da síntese protéica


Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores da síntese protéica


Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores da Síntese Proteica


Tetraciclinas
Glicilciclinas

• Ligação reversível à unidade 30S do


ribossomo
• Impede ligação aminoacil-RNA entre
RNAt e 30S-RNAm
Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores da Síntese Proteica

Aminoglicosídeos
• Exige coadministração de inibidor de parede para penetrar
• Ligam-se à subunidade 30S do ribossomo
• Produção de proteínas defeituosas
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Inibidores da Síntese Proteica

Cloranfenicol

Transferase
• Lig. reversível a peptidiltransferase da
subunidade 50S
• Impede alongamento da cadeia X
polipeptídica
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Inibidores da Síntese Proteica


Macrolídeos
(Eritromicina)
• Ligação reversível à região 23S (50S) do RNAr
• Bloqueia extensão do polipeptídeo
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Inibidores da Síntese Proteica


OXAZOLIDINONAS
(Linezolida)
• Liga-se à subunidade 50S
• Distorce sítio de ligação do RNAt  inibe a formação do complexo
70S

Fonte: http://miud.in/1Hdh (Animação)


Controle do Crescimento Microbiano

Inibidores da síntese de ácidos nucléicos


Controle do Crescimento Microbiano

Inibição síntese Ácido Nucleico

Quinolonas

• Inibem topoisomerase II (Girase) ou Topoisomerase IV


• G - : subunidade A da DNA girase
• G +: Topoisomerase IV
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Inibição da síntese de metabólitos essenciais


Controle do Crescimento Microbiano

Inibição Síntese Metabólitos

Trimetoprim Sulfonamidas

• Interfere no metabolismo do ácido • Interfere no metabolismo do ácido


fólico, precursor para formação do fólico, precursor para formação do
DNA/RNA DNA/RNA
• Análogo do ácido di-hidrofólico, • Análogo do ácido-p-
competição aminobenzoico (PABA),
• Se liga à diidrofolato-redutase competição
• Se liga à diidropteroato-sintetase
• Eficientes contra MO G+, G-
• Indicada para infeção aguda do
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Principais classes de antibióticos


Controle do Crescimento Microbiano

Resistência Bacteriana
Controle do Crescimento Microbiano

Resistência: preocupação mundial

Entre 2000 e 2010 – Consumo de ATBs – 76% em BRICS

Era Pós Antibiótico – Superbactérias + doenças infecciosas

2050 – 4,7 milhões na Ásia, 4,1 milhões na África e 392 mil na América Latina

16 a 12 de novembro: Semana Mundial de Conscientização da Resistência Microbiana

Fonte: https://www.bio.fiocruz.br
Controle do Crescimento Microbiano

Tipos de resistência

Intrínseca Adquirida Cruzada Múltipla

Resistência Genética, Bactéria


natural Subpopulações Grupo de drogas resistente a
Transferência quimicamente múltiplos
Sem alvo de relacionadas
ação do ATB vertical compostos

Resistência de Mutacional Bombas de efluxo: Uso intenso de ATM


Micoplasmas às contra todas as
penicilinas Transmissível de amplo espectro
tetraciclinas

*ATM = Antimicrobianos
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Resistência Bacteriana
Mecanismos
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Inativação Enzimática
Controle do Crescimento Microbiano

Inativação enzimática 𝜷− 𝒍𝒂𝒄𝒕𝒂𝒎𝒂𝒔𝒆


 

• Afetam antibióticos que são produtos naturais


 
Anelβ−lact âmico
• Penicilinas, Cefalosporinas, Carbapenêmicos

• ~200 variações de β-lactamases

• Ex.: MRSA*, Streptococcus pneumoniae


*MRSA = Methicillin-Resistant Staphylococcus aureus


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Inativação enzimática
O
S CH
CH33

R
R11 C
C NH
NH CH
CH CH
CH C CH
CH33

O
O C
C N
N CHCOOH

Betalactamases ou Penicilinase
Inativação da maioria das penicilinas
Especialmente por estafilococos
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MRSA – Resistência e Importância

• Causa mais frequente de infecção: pele e tecidos moles

• Amoxicilina + Ácido Clavulônico - inibidor de β-lactamase

• HA-MRSA e CA-MRSA

*MRSA = Methicillin-Resistant Staphylococcus aureus


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Bloqueio da entrada
(Impermeabilidade)
Controle do Crescimento Microbiano

Bloqueio entrada: Impermeabilidade


• Gram-negativas são mais resistentes

• Porinas

• Modificação da abertura das porinas

Menor
captação do
antibiótico
Controle do Crescimento Microbiano

Alteração do Sítio-alvo
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Alteração do Sítio-alvo

• Modificação no sítio dos ribossomos

• Redução da afinidade do receptor bacteriano ao antibiótico

• Modificação do aa no sítio alvo da bactéria


 MRSA→PBP2a (penicillin-binding protein 2a)
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Alteração do Sítio-Alvo

Produção de PBPs modificadas


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Alteração do Sítio-Alvo

Fonte: FEMS Microbiolol Ver 32 (2008) 234-258

Mutação

PBP2a: S. aureus
Produção de PBPs modificadas
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Resistência
(Vancomicina)
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Alteração do Sítio-alvo
Resistência
(Vancomicina)

Sensível

Resistente
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Bombas de Efluxo
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Bombas de Efluxo

• Proteínas bacterianas (G neg.) agem como


bombas que expelem os antibióticos

• Resistência a praticamente todas as principais


classes de antibióticos

• Bactérias normalmente apresentam muitas


dessas bombas
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Mutações
Únicas Múltiplas
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Modificações genéticas

Conjugação
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Modificações genéticas

Transdução
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Modificações genéticas
Transformação
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Modificações genéticas

• Transformação
• Conjugação
• Transdução
• Mutação
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Modificações genéticas
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Mecanismos de Resistência - Resumo


Impermeabilidade Bombas de Efluxo

Mutação

e Aquisição de
Inativação Enzimática
genes “R”

Fonte: Nature Reviews Microbiology 8, 251-259, 2010


Controle do Crescimento Microbiano
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Resistência: estratégias para prevenção

Microrganismo
Microrganismosusceptível
resistente
Patógeno
Prevenir a Prevenir
transmissão Infecção

Resistência Infecção
microbiana
Diagnóstico
Saber Tratamento
utilizar efetivos
ATB
Uso de
antimicrobianos
Controle do Crescimento Microbiano

Testes para orientar a


quimioterapia
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Resistência: Métodos e Tipos


• Perfil de sensibilidade: Guidelines CLSI, EUCAST, BrCAST
• “S”: Sensível
• “I”: Intermediário
• “R”: Resistente
• Métodos de testes:
• Disco-difusão
• Macro e Microdiluição em caldo
• E-Test
• Diluição em ágar
• Métodos automatizados de turbidimetria, colorimetria e fotometria
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Método Kirby-Bauer/Teste de Disco-difusão: Difusão em


ágar

 Sensível
 Intermediário
 Resistente
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Teste de Diluição em Meio Líquido

Bactericida ou Bacteriostática? CIM e CBM (Concentração Bactericida Mínima)


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Resistência: Métodos de determinação

Macrodiluição em caldo Microdiluição em caldo Diluição em ágar

Antibiograma automatizado Disco-Difusão (Kirby-Bauer) Fita E-Test


Controle do Crescimento Microbiano

Bibliografia
Controle do Crescimento Microbiano

Bibliografia
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Obrigada!!

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