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Semiologia da

Laringe
Luiz Flávio de Azevedo Villela
Fisiologia

• Fonação
• Respiração
• Deglutição
• Valsalva
Fisiologia
 Fonação:produção de tom vocal no nível das
cordas vocais.

 Proteçãode vias aéreas na respiração e


deglutição.

 Valsalva:aumento da pressão contra uma glote


fechada. Tosse, limpeza da faringe, evacuação.
Patência da Via aerea
 Deglutição:

Elevação laríngea

Deflecção posterior da epiglote.

Inibição da respiração.

Fechamento das cordas vocais.


Deglutição
Anatomia
 Nove cartilagens:
 Tireoide
 Cricóide
 Aritenóides (2)
 Corniculadas (2)
 Cuneiformes (2)
 Epiglote
Anatomia
 Musculatura adutora
(fonação)
 Cricoaritenóideos
laterais
Anatomia
 Musculatura
tensora(fonação)
 Tireoaritenóideos

 Cricotireoideos
Anatomia
 Musculatura abdutora.
 Respiração.
 Cricoaritenóideos
posteriores.
Fonação
Anatomia - Inervação
 Laríngeo recorrente
 Musculatura geral.

 Laríngeo superior
 Sensibilidade
 Cricotireóideo

Obs: Nervo vago recebe informação sensitiva do meato acústico externo


bem como da hipofaringe. Tosse ao limpar o ouvido ou otalgia por lesões de
hipofaringe.
Anatomia
• Supraglote

• Glote

• Subglote
Fisiologia
 Condução respiratória
 Esfincteriana
 Respiração/deglutição.
 Tosse, Valsalva, peso com MMSS.
 Fonação:
 Produção: fole pulmonar.
 Vibração: laringe, adução na linha média.
 Ressonância: laringe, faringe, nariz e seios paranasais.
 Articulação: língua, lábios, dentes, véu palatino.
Fisiologia da fonação
• Adução das cordas vocais na linha média.
• Oscilação 100-300 Hz por segundo.
• Soprano 1000 Hz.
• Pitch: frequência percebida pelo ouvido. Depende da tensão
e comprimento das ccvv (cricotireoideo).
• Lesões de CCVV alteram o pitch.
• Tom vocal: glote, ressonância na faringe, articulação pela
língua e lábio.
Anamnese
 Sexo, idade, profissão.:
 Pediatria: rouquidão e dispneia progressiva:
papilomatose.
 Puberdade: mudança de voz
 >40 anos: neoplasia.
Anamnese
 Profissão: expectoração mucocatarral
matinal, profissionais da voz
 Ambiente: poeira, produtos químicos,
manufatura de tabaco, mudanças bruscas de
temperatura.
 Questionar “caroço no pescoço?”
Sinais e Sintomas
• Dor
• Dispneia
• Disfonia
• Tosse
• Disfagia
• Pigarro
Sinais e Sintomas

 Dor
 Laringites .
 Espontânea ou à
deglutição.
 Lancinante: artrite
cricoaritenóidea.
Sinais e sintomas
 Dispnéia
 Laringites agudas
 Laringomalácia
 Papilomatose infantil
 Câncer
 Trauma
Sinais e sintomas - disfonia
 Causas funcionais ou orgânicas.
 Disfonia persistente necessita de avaliação.
 Disfonia maior que 2 semanas sem sinais de
infecção de vias aéreas – avaliação especializada.
 Considerar fatores de risco e sintomas coexistentes:
hemoptise, dor unilateral, otalgia unilateral, disfagia,
perda ponderal.
Disfonia – causas:
 Laringite aguda
 Laringite crônica
 Lesão benigna de cora vocal.
 Malignidade
 Disfunção neurológica
 Distúrbios funcionais
 Doenças sistêmicas
Sinais e sintomas - Tosse
 Mucosa laríngea:
área tussígena –
ineraritenóidea.
 Tosse rouca nas
laringites.
 Doença do refluxo
faringo –laríngeo.
Sinais e sintomas - Disfagia
 Neoplasias
 Laringites agudas
 Artrite
Cricoaritenóideos
 Psicogênicos: globus
histericus.
Sinais e sintomas - Pigarro
 Hipersecreção de muco.
 Adesão posterior.
 Tabagistas, refluxo.
 Pior pela manhã.
Exame físico
• Avaliar ouvidos, mucosa aérea superior, cavidade
oral, mobilidade da língua.

• Doenças sistêmicas: hipotireoidismo, tremores


(Parkinson), esclerose múltipla.
Exame Físico
 Laringoscopia
 Direta: laringoscópio no
interior da faringe,
valécula. Anestesia.
 Indireta: espelho de
laringe, 45 graus.
Emissão de vogal “i”.
 Suspensão.
 TC não substitui
laringoscopia.
Exame físico – Inspeção e palpação
 Alterações de volume

 Neoplasia de laringe

 Artrite cricotireóidea.
Exame Físico
 Pulsações laringotraqueais
 Sinal de Oliver-Cardarelli: mediastinite ou em casos de
aneurisma da crossa da aorta. Movimentos rítmicos da
laringe e da traqueia sincrónicos com as pulsações
cardíacas

 Descida inspiratória
 Asma
 Dispneia intensa
Laringite aguda
• Auto- limitada: menor que
3 semanas
• Crônica: maior que 3
semanas.
• Normalmente associada a
IVAS.
• Viral: maioria.
• Rouquidão associada a
rinorreia, tosse e dor de
garganta leve.
Laringite crônica
 Persistência > 3 semanas.
 Irritantes:
 Toxinas inalantes
 Refluxo gastroesofágico:
 Sinusite crônica com descarga posterior.
 Álcool.
 Tabaco: CEC, queratose e cordite polipoide.
Lesões benignas de cordas vocais
 Cordite polipoide:
 Conhecida como edema de Reinke
 Acúmulo viscoso no espaço de Reinke.
 Secundário a irritação crônica e tabaco.
 Comum em mulheres de meia idade com voz grave.

Pólipos e nódulos:
 Manifestações de irritação crônica.
 Geralmente unilaterais
 Mais comum em homens no 1/3 anterior de CCVV.
 Nódulos : bilaterais, simétricos. Associados a abuso vocal
Lesões benignas de cordas vocais
Câncer de laringe
• CEC: 80 -95%.
• Fatores de risco: tabaco
e abuso de álcool.
• Risco associado a
intensidade e duração.
• Álcool: lesões supra
glóticas.
• Tabaco: lesões glóticas
Câncer de laringe
Radioterapia e Quimioterapia

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