Você está na página 1de 40

BIOINFORMÁTICA

Discente: Euzanyr Silva

Crato - CE
2021
INTRODUÇÃO

 O arroz (Oryza sativa L.) é um dos


principais alimentos básicos do
mundo e é produzido principalmente
em países asiáticos.
INTRODUÇÃO

 Brasil
INTRODUÇÃO

 Dentre as várias doenças que afetam o arroz,


aquelas causadas por fungos micotoxigênicos são
mais importantes, devido ao risco à segurança
alimentar, pela contaminação do grão de arroz por
micotoxinas.

Fusarium
INTRODUÇÃO

 As espécies do complexo de
espécies F. fujikuroi (FFSC) são
frequentemente encontradas em
grãos de arroz, especialmente F.
fujikuroi , F. proliferatum e F.
verticillioides.
INTRODUÇÃO

 As espécies FFSC produzem uma ampla


gama de micotoxinas, incluindo:

• Fumonisinas;
• Moniliformin;
• Beauvericina;
• Enniatinas;
• Desoxinivalenol;
• Nivalenol;
INTRODUÇÃO

 No entanto, desde 2010, devido à grande diversidade


de espécies de Fusarium no arroz, várias ocorrências de
micotoxinas de vários tipos de toxicidade têm sido relatadas,
aumentando o risco para os consumidores
OBJETIVOS

i) identificar as espécies de FFSC com uma abordagem


molecular; 

ii) estudar sua diversidade genética e sua relação filogenética;

iii) analisar o perfil de micotoxinas de FFSC em nível de espécie;


MATERIAIS E MÉTODOS

 Procedimentos de amostragem, coleta de cepas e isolamento

• 100 cepas do complexo de espécies Fusarium fujikuroi utilizadas;

• Obtidas a partir de levantamentos realizados nas principais regiões produtoras


de arroz do Brasil;

• Durante três épocas diferentes;


MATERIAIS E MÉTODOS

 Procedimentos de amostragem, coleta de cepas e isolamento

• As cepas foram originadas de três diferentes coleções:

a) amostra histórica (2012 a 2019) de 10 cepas do tipo FFSC isoladas de grãos maduros
produzidos no estado do Rio Grande do Sul (RS);

b) amostra contemporânea (safras 2014/15 e 2015/16) de 47 cepas isoladas de grãos


colhidos em lavouras de sete estados: RS, Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Tocantins
(TO), Maranhão (MA ), Roraima (RR) e São Paulo (SP);

c) uma amostra contemporânea de campo (safra 2015/16) de 42 cepas isoladas de


panículas coletadas aleatoriamente, durante a colheita, em arrozais nos estados de
Santa Catarina (SC), RS e TO
MATERIAIS E MÉTODOS

 Procedimentos de amostragem, coleta de cepas e isolamento

• No total, mais de seiscentas amostras foram analisadas.

Para cada um, duzentos grãos foram semeados em papéis de filtro embebidos em solução
salina estéril em caixas de germinação (Gerbox) e incubados em temperatura ambiente (25
± 3 ° C) por 12 dias (Leslie e Summerrel,2006).

• Colônias com características do  FFSC foram isoladas em cultura pura. 

As análises foram feitas usando microscópio;


E uma cepa por amostra de grão foi isolada em MA2%;
MATERIAIS E MÉTODOS

 Procedimentos de amostragem, coleta de cepas e isolamento

• A identificação preliminar das cepas foi baseada em caracteres:

• Morfológicos dos conidiósforos;

• Células conidiogênicas;

• Presença ou ausência de polifialídeos;

• Cadeias de conídios;
MATERIAIS E MÉTODOS

 Extração de DNA, ensaios de PCR e sequenciamento

• O DNA foi extraído e purificado de micélio


fresco usando o kit “Wizard® Magnetic DNA
Purification System for Food” (Promega) de
acordo com o protocolo do fabricante.
MATERIAIS E MÉTODOS

 Extração de DNA, ensaios de PCR e sequenciamento

• As relações filogenéticas foram investigadas amplificando e sequenciando o


fator de alongamento da tradução dos genes:

Primers EF1 e EF2 ( O'Donnell et al., 1998).


• 1-α (TEF);

Primers CL1 e CL2 (O'Donnell et al., 2000) 


• Calmodulina (CAL);

Iniciadores Bt2a e Bt2b (Glass e Donaldson, 1995)


• β-tubulina (TUB).
MATERIAIS E MÉTODOS

 Alinhamento de sequência e análise filogenética

• As sequências de DNA foram alinhadas pela plataforma de software

BioNumerics Seven (Applied Maths) e comparadas com aquelas do GenBank

usando a pesquisa BLASTn;

• Sequências de cepas FFSC foram alinhadas com sequências de cepas de

referência usando o alinhamento com o algoritmo Clustal W no software

MEGA 7.0;
MATERIAIS E MÉTODOS

 Alinhamento de sequência e análise filogenética

• As análises de Parcimônia Máxima foram implementadas no software MEGA


7.0 e a estabilidade dos clados foi avaliada usando 1000 réplicas de bootstrap
de parcimônia. 

• Fusarium oxysporum e Fusarium inflexum foram usados ​como grupo externo.

• As sequências geradas foram depositadas na base de dados GenBank sob os


números de acesso LS423127-LS423234 (TEF), LS423343-LS423450 (CAL) e
LS423235-LS423342 (TUB)
MATERIAIS E MÉTODOS

 Análise de micotoxinas

• Um subconjunto de 61 cepas representativas de todas as espécies filogenéticas


foram selecionadas para determinar sua capacidade de produzir:

• Beauvericina (BEA);

• Fumonisinas (FB1 e FB2);

• Moniliformin (MON);

• Enniatina A (ENNA; ENNA1; ENNB e a


ENNB1);
RESULTADOS

 Análise filogenética
Fig. 1 . Árvore filogenética inferida dos conjuntos
de dados combinados (TEF, TUB e CAL) de
membros do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi analisados ​neste estudo. A história
evolutiva foi inferida usando o método da
Parcimônia Máxima. Os números nas
ramificações são valores de bootstrap baseados
em 1000 réplicas.
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz.

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz.

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz. Fusarium Begoniae

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz. Fusarium Begoniae

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz.

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz.

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz.

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz.

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz.

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz.

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
RESULTADOS

 Produção de micotoxinas
Tabela 1 . Beauvericina, moniliformina, fumonisinas e enniatinas produzidas por cepas do complexo de espécies Fusarium
fujikuroi cultivadas na cultura do arroz.

a
Micotoxinas analisadas: BEA = beauvericina; MON = moniliformin; FB 1  = Fumonisina B 1 ; FB 2  = Fumonisina B 2 ; FB 3  = Fumonisina B 3 ; ENNA = enniatina A; ENNA1 = enniatina
A1; ENNB = enniatina B; ENNB1 = enniatina B1;
b
Espécies de Fusarium : F. ver  =  F. verticillioides ; F. pro  =  F. proliferatum ; F. fuj  =  F. fujikuroi ; F. sp. = Fusarium sp .; F. vol  =  F. volátil ; F ant  =  F. anthophilum ; F. pse  =  F.
pseudocircinatum ; F. ste  =  F. sterilihyphosum ; F. beg  =  F. begoniae ;
c
Número de cepas analisadas de cada espécie (concentração mínima de micotoxina produzida por um isolado / concentração máxima de micotoxina produzida por um isolado);
DISCUSSÃO

 Primeiro estudo abrangente da diversidade e potencial toxigênico de


FFSC isolado das regiões de cultivo de arroz tropicais e subtropicais
mais importantes do Brasil. 

 As nove espécies de FFSC relatadas aqui é o maior número de espécies


relatadas até agora para fungos isolados de panículas ou grãos. 

 Entre eles, F. fujikuroi, F. proliferatum e F. verticillioides foram


dominantes, confirmando relatórios anteriores em todo o mundo (Carter
et al., 2008; Wulff et al., 2010).
DISCUSSÃO

 F. fujikuroi é conhecido por dominar em grãos de arroz e não em


muitas outras culturas (Sunani et al., 2020);

 Confirmando achados anteriores, esta espécie dominante foi


capaz de produzir, dependendo do isolado, uma quantidade
relativamente alta de beauvericina e moniliformin, mas F.
fujikuroi foi capaz de produzir todas as quatro classes . 
DISCUSSÃO

 Outro patógeno, F. proliferatum é um patógeno comum do milho, mas também


é relatado em um grande conjunto de outros hospedeiros de plantas, incluindo
sementes de arroz e plantas de arroz. 

 No Brasil, essa espécie foi recentemente relatada em grãos de arroz (Savi et


al., 2018). 

 Filogeneticamente, F. proliferatum e F. fujikuroi são espécies toxigênicas


intimamente relacionadas (espécies irmãs) (Leslie et al., 2004). 

 As altas quantidades de BEA, MON e FBs produzidos por nosso F. proliferatum


os isolados confirmam seu alto potencial toxigênico e presença no arroz. 
DISCUSSÃO

 Como F. verticillioides é a espécie produtora de fumonisinas mais conhecida no

mundo, sua ampla ocorrência em sementes de arroz no Brasil é preocupante,

dado seu alto potencial para produzir FB 1, confirmado por nossos resultados.
DISCUSSÃO

 A nova espécie de Fusarium é um clado irmão de F. andiyazi, um patógeno de


sorgo conhecido na África (Marasas et al., 2001), mas também do arroz na
África, Ásia e Califórnia (Wulff et al., 2010).

 Este isolados são filogeneticamente idênticos aos isolados de uma linhagem


filogenética recentemente isolada de plantas de cana-de-açúcar exibindo sintomas de
pokkah boeng no Brasil, onde F. sacchari e F. proliferatum também foram detectados
(Costa et al., 2019). 
DISCUSSÃO

 Esse Fusarium sp. isolados foram capazes de produzir FB 1 , MON,


BEA e ENNs, o que aumenta sua importância como contaminante
do arroz.

 O conhecimento desta diversidade aumentada de Fusarium no


arroz é essencial para a avaliação de risco e estratégias de gestão
para mitigação de risco.
CONCLUSÃO

 Nesse estudo aumenta consideravelmente o conhecimento da


diversidade de espécies de Fusarium que infectam o arroz.

 A legislação atual para limites máximos tolerados para


micotoxinas, considera apenas desoxinivalenol e a zearalenona
em grãos de arroz brasileiro (ANVISA, 2017).
CONCLUSÃO

 A importância do arroz como principal alimento básico para o


consumo doméstico e a presença de várias espécies de FFSC
produtoras de micotoxinas, reforçam a necessidade de expandir a
análise de micotoxinas no arroz para além das consideradas pela
legislação atual.
OBRIGADA!

Você também pode gostar