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Demonstração do fluxo de caixa

Contabilidade Intermediaria II

Docente: Me. Rodrigo Wiesner


Discente: Ana Clara Vieira; Bárbara Rosária O. Silva;
Karolayne F. Oliveira; Lary Stefany C. F. Ferreira; Matheus S.
Conceito de DFC
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é um relatório contábil;
Tem por finalidade evidenciar as operações ocorridas em determinado
período que provocam modificações no saldo de Caixa e Equivalentes de Caixa;
Além disso, possibilita o reconhecimento do montante de dinheiro que sai
do montante de dinheiro que ingressa e do montante de dinheiro que permanece
na entidade no final do período observado.
É possível também extrais como: a diferença entre o saldo existente no
final e o existente no início do período, os detalhes do montante que
ingressaram na entidade e o que a entidade fez com os montantes que não
permaneceram.
Conceito de Caixa e equivalentes de caixa
Conceito de caixa
de acordo com a
CPC 03:
“Caixa compreende
numerário em espécie e
depósitos bancários
disponíveis. ”
O que são
equivalentes de
caixa?
Requisitos para serem considerados
Equivalentes de caixa

01 Tem que ser de alta liquidez;

02 Curto prazo;

03 Que estejam sujeitas a um baixo rico


de mudança de valor durante a sua
conversão.
Estrutura da DFC
Sua Estrutura é dividida em três
atividades:
Atividades
operacionais

Atividades de investimentos

Atividades de
financiamentos
Classificação das entradas e saídas de
Caixa por atividades
Segundo as normas contábeis as transações relativas às
entradas e saídas de Caixa são selecionadas em três grupos
de atividade:

Atividades de investimentos:
Está vinculada na saída e no consumo de Caixa
Atividades operacionais:
São as receitas geradas pela entidade e todas as
operações que nela consiste.
Atividade de financiamento:
São aquelas que financiam a empresa.
Transações que devem integrar a
DFC
Segundo as normas Contábeis, o ideal é que as transações
de saída e entrada de Caixa sejam divididas em três
grupos;
São elas: atividades operacionais, atividades de
investimentos e atividades de financiamento.
Atividades
Operacionais
São as principais fontes de receitas das
entidades;
Pode ser recebendo o dinheiro de uma venda,
pagando fornecedores e funcionários;
Atividades Operacionais
A norma brasileira de contabilidade NBC TG 03 apresenta em seu
item 14 alguns exemplos de fluxo de caixa que decorrem de
atividades operacionais:
● Recebimento de caixa pela venda de mercadorias e pela
prestação de serviços;
● Recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários,
comissários e outras receitas;
● Pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
● Pagamentos de caixa a empregados ou por conta dos
empregados.
Atividades de
Investimentos
São referentes a compra e venda de ativo a
longo prazo (ativo não circulante) e de
outros investimentos.
Atividades de Investimentos
Segundo a norma brasileira de contabilidade NBC TG 03, em seu item 16,
apresenta os seguintes exemplos de Fluxos de Caixa advindos das atividades
de investimento:
● Pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis, e
outras ativos a longo prazo. Recebimentos de caixa resultantes da venda
de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos a longo prazo;
● Pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou
instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias
em joint ventures;
● Recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos;
● Adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros;
Atividades de
Financiamentos
São aquelas que mudam o tamanho do
capital da empresa;
Captam recursos com os sócios,
acionistas e os retornam em forma de
lucro ou dividendos;
Atividades de Financiamentos
A NBC 03, em seu item17, apresenta os seguintes exemplos de fluxos
de caixas advindos das atividades de financiamentos:
● Caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos
patrimoniais;
● Pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar
ações da entidade;
● Caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas
promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas, e outros
empréstimos de curtos e longo prazos;
● Amortização de empréstimos e financiamentos;
Transações que não devem
integrar a DFC
Transações de investimento e financiamento que não
envolvem o uso de caixa ou equivalentes de caixa devem ser
excluídas da demonstração dos fluxos de caixa;

Elas devem ser divulgadas nas notas explicativas às


demonstrações contábeis
Transações que não devem integrar a
DFC
Muitas atividades de investimento e de financiamento não têm impacto direto sobre
os fluxos de caixa, embora afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade.
Exemplos de demonstrações que não devem conter na DFC:

● A aquisição de ativos, que seja pela assunção direta do passivo respectivo;


● A aquisição de entidade por meio de emissão de instrumentos patrimoniais;
● A conversão de dívida em instrumentos patrimoniais;
● A movimentação de saldo bancário para aplicações;
● Depreciação;
● Amortização e exaustão;
● Provisão para devedores duvidosos;
● Correção monetária de balanço.
Métodos de Estruturação da DFC
● Existem dois métodos o
Indireto e Direto;
● Os dois diferem apenas em
relação à forma de
apresentação do Fluxo de
Caixa derivados das
atividades operacionais
Métodos de Estruturação da DFC
Método indireto
● Depende de informações contábeis;
● Ele não determina o capital da empresa que
entra e sai mais sim sua variação de caixa;
● Permite diferenciar o que foi gerado em
todas as ações.
Métodos de Estruturação da DFC
Método indireto
● O Resultado do Exercício é realizado antes da
tributação;

● Ele é iniciado adicionando despesas é excluindo


receitas;

● É retirado receitas que foram pagas no período


anterior, receitas que foram recebidas e não
consideradas, receitas pagas adiantada.
Exemplo de estruturação pelo método
indireto:
Exemplo de estruturação pelo método indireto:
Métodos de Estruturação da DFC
Método direto
● Indicados a partir do recebimento e pagamento
efetuados durante o período;

● Ele evidência de forma mais objetiva o resultado


bruto do financeiro da instituição;

● Possui uma aplicação mais complicada do que o


método indireto.
Exemplo de estruturação pelo método direto:
A DFC é obrigatória?
A partir da Lei n. 11.638/2007, a DFC passou a ser
obrigatória para todas as companhias de capital aberto
e para todas as empresas que declaram um patrimônio
líquido superior a R$ 2 milhões;
Isso porque ela retrata a capacidade que a empresa
possui em gerar caixa, portanto é fundamental para
acionistas e sócios que as empresas de capital aberto
faça essa demonstração.
Vantagens e desvantagens da DFC
Vantagens
● Esse demonstrativo funciona como um espelho,
que reflete a saúde financeira do negócio e auxilia
na tomada de decisões;

● Permite identificar se, em um dado período, o


resultado do caixa da empresa foi positivo ou
negativo;

● Permite a identificação de possíveis fraudes


contábeis.
Vantagens e desvantagens da DFC
Desvantagens

● Como desvantagem pode-se citar o


fato de que a DFC consome um
tempo considerável em sua
elaboração.
DFC VERSUS DRE
Ambos são demonstrativos contábeis de suma importância;
A principal diferença entre os dois é o tipo de registro contábil;
A DFC apresenta os registros de entradas e saídas de dinheiro no
caixa da companhia;
Já a DRE traz em seu bojo os registros de custos, rendimentos,
perdas e despesas de uma companhia, independentemente de sua
realização em moeda.
Como elaborar a DFC
Para a elaboração da DFC, seja pelo Método Direto ou pelo Indireto, os dados são coletados dos
Balanços do exercício (atual e anterior) e da DRP (ou DRE) do exercício atual, além de
consultas em fichas de Razão de algumas contas. Também deve conter as atividades
operacionais dos três grupos fundamentais.
Os principais passos são:
● É necessário analisar alguns pontos, como, o período ao qual ela vai se referir e todos os
itens que precisam ser incluídos nesse documento;
● Identificar quais são as despesas e receitas fixas que sempre ocorrem dentro do período e
depois dessa avaliação, localizar as variáveis;
● Coletar os dados e a organizar os mesmos;
● Identificação de investimentos e financiamentos;
● Chegar ao saldo periódico disponível no caixa da empresa;
● Depois de identificar e lançar todos essas informações, será necessário analisá-las.
Exemplo de elaboração - método indireto:
Exemplo de elaboração - método direto:
Análise da DFC
Se comparada à DRE, a DFC é mais simples de ser analisada. Isso porque ela
traz apenas as movimentações financeiras que já ocorreram, sem considerar
eventuais previsões.
Dessa forma, a análise do resultado final da DFC pode ser feita com base na
seguinte equação:
Receitas – Despesas = Fluxo de caixa
Ao fazer essa conta, o resultado deve ser positivo para que ela possa ser
considerada saudável financeiramente.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
RIBEIRO, O. M. Noções de demonstrações contábeis: fundamentos de
contabilidade. 1. ed. São Paulo: Érica, 2020.

BARROS, R. Guia rápido para você fazer sua Demonstração de Fluxo de Caixa
(DFC). Weel, 2018. Disponível em: https://weel.com.br/blog/como-fazer-
demonstracao-de-fluxo-de-caixa. Acesso em: 05 dez. 2021.
Obrigada pela atenção!

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