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DIREITOS HUMANOS

Desafios para a pós-modernidade, à luz da


Doutrina Social da Igreja
Motivações para a escolha do tema

• 1ª Motivação: a
percepção de uma
ausência
• 2ª Motivação: o papel da
Doutrina Social da Igreja
na luta pelo
reconhecimento dos
Direitos Humanos
• 3ª Motivação: análise de
conjuntura
Estrutura do artigo
- Breve introdução;
- Ser humano: sujeito de direitos;
- O fenômeno da pós-modernidade
- Doutrina Social: a Igreja na militância
pelos Direitos Humanos
- Considerações finais
DIREITOS HUMANOS: BASTA “SER”
PARA “TER”
Definição:
O conjunto dos direitos fundamentais, inalienáveis e
universais que visam garantir a todos os seres
humanos, entre outros, o respeito ao seu direito à
vida, à liberdade, à igualdade e à dignidade; bem
como ao seu pleno desenvolvimento. Sua proteção
deve ser reconhecida positivamente pelos
ordenamentos jurídicos nacionais e internacionais
A ORIGEM DO “DIREITO DE TER
DIREITOS”
• Direito constitutivo do ser;

• Sua amplitude é meta


institucional;

• “A realidade da vida
humana é condição universal
de possibilidade do agir. O
agir implica, portanto,
providenciar condições de
realização [...] da vida de
todos os seres” (CARBONARI,
2007, p. 175).
Sob o ponto de vista teológico...
“A Igreja vê no homem, em cada
homem, a imagem viva do próprio
Deus: imagem que encontra e é
chamada a encontrar, sempre
mais profundamente a plena
explicação de si mesma no
mistério de Cristo [...]. A este
homem, que recebeu do próprio
Deus uma incomparável e
inalienável dignidade, a Igreja se
volta e lhe presta o serviço mais
alto e singular, chamando-o
constantemente à sua altíssima
vocação, para que dela seja mais
cônscio e digno”. (PONTIFÍCIO CONSELHO
DE JUSTIÇA E PAZ, 2005, p. 71).
A FUNCIONALIDADE DESSES DIREITOS
NA PÓS-MODERNIDADE
Inicialmente: o que é um conceito?
Conceitos são mediações
necessárias para tocar a
realidade.

CONCEITO DE PÓS-MODERNIDADE
A pós-modernidade sugere um novo estilo de vida
que emerge com as transformações das velhas
sociedades industriais em sociedades de
conhecimento e serviço, pondo fim aos
universalismos, substituindo-os pelo fragmento.
““[...]um passo em frente no mesmo
caminho [...] um vetor de alargamento
do individualismo” (RAUPP, 2008, p. 273). O
hedonismo e a liberdade de escolha se
tornaram os propulsores dessa nova
emancipação. E com o fim das grandes
utopias, o individualismo tornou-se sem
precedentes”
“Tempos de Narciso”...

Tempos em que o mais profundo do ser humano tem


sido a sua própria pele, onde o sentido dá lugar à
sensação
-Passagem da ética à
estética;

-Radicalização da
subjetividade e do
narcisismo;

-Crepúsculo da razão;

-Cultura do prazer;

-Fé imediatista e intimista;

-Universalidade dos valores


humanos questionada
LOCALIZANDO A IGREJA NESSE PROCESSO
1 . Ela também é
vítima dos efeitos da
pós-modernidade;

2. Ela tem o
compromisso moral
de se lançar na
denúncia, mas
também na reflexão
“práxica” sobre a
construção de uma
nova mentalidade.
CARTA ENCÍCLICA
CARITAS IN VERITATE

• “A Igreja não tem soluções técnicas para


oferecer” (CV, 9);

• “[a Igreja] está a serviço da verdade em


todo tempo e contingência, a favor de uma
sociedade è medida do homem, das sua
dignidade, da sua vocação” (CV, 9).
“A Igreja crê no método
evangélico do Amor,
da Verdade na
Caridade, e no
método democrático
da pressão sem
violência, tanto mais
forte quanto mais
serena e contida...”

Dom Helder Câmara


Vigília de 11 de novembro de
1965

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