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EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

Professora: Nutricionista Gláucia .


RELAÇÕES ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO:
O PAPEL EDUCATIVO DO PROFISSIONAL DE NUTRIÇÃO
O que é educação: Em sentido amplo é tudo aquilo que
poderá ser feito para o desenvolvimento do ser humano e,
no sentido exato representa a instrução e o
desenvolvimento das competências e habilidades.

COMPETÊNCIA PROFISSIONAL NA ÁREA DE SAÚDE: é o uso


habitual e criterioso de COMUNICAÇÃO, CONHECIMENTO,
HABILIDADES TÉCNICAS, RACIOCÍNIO CLÍNICO, DAS
EMOÇÕES, VALORES E REFLEXÃO na prática diária para o
benefício do indivíduo e da comunidade que esta sendo
atendida.
RELAÇÕES ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO:
O PAPEL EDUCATIVO DO PROFISSIONAL DE NUTRIÇÃO
O nutricionista tem que se preparar para um método
educativo que se baseie na participação social, através da
sua prática profissional.
COMO ISSO AÇÕES
PODE SER FEITO? EDUCATIVAS
RELAÇÕES ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO:
O PAPEL EDUCATIVO DO PROFISSIONAL DE NUTRIÇÃO
Ações educativas – objetivo:

 Despertar a população para o real valor da saúde,


estimulando as pessoas a serem corresponsáveis pelo
processo saúde-doença.

A todo momento e em todo lugar é hora de educar.

Não é transferir conhecimentos e sim criar


possibilidades para a sua construção!
PROJETOS DE EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
• Promover uma alimentação saudável;
• Incentivar a autonomia na decisão da escolha de práticas alimentares e de vida
saudáveis;
• Preservar a identidade cultural das populações;
• Estimular uma dieta mais saudável, atendendo às questões de quantidade,
qualidade, prazer e saciedade;
• Atender os atributos de acessibilidade física e financeira, sabor, variedade, cor,
harmonia e segurança sanitária;
• Auxiliar na prevenção de doenças relacionadas ao consumo alimentar
inadequado como a desnutrição, a obesidade e a anemia entre os outros. 
• (Brasil, 2004; Brasil, 2005).
PLANEJAMENTO DE PROGRAMAS DE
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
POR QUE É IMPORTANTE PLANEJAR?

• O planejamento favorece um resultado satisfatório;


• É possível prever possíveis problemas;
• Somente com o planejamento é possível obter resultados
satisfatórios
PLANEJAMENTO DE PROGRAMAS DE
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
ETAPAS DO PLANEJAMENTO

1. Identificação do público-alvo:
Para quem será destinada a intervenção?

Diferenciar:
Grupo de risco – Ex.: Crianças com risco de desnutrição (menores de 5
anos)

Grupo objetivo – Ex.: mães ou pessoas que cuidam dessas crianças.


PLANEJAMENTO DE PROGRAMAS DE
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
ETAPAS DO PLANEJAMENTO

2. Diagnóstico das necessidades educativas

Adequar o conteúdo à população a que se destina.


- Pessoas da área rural, com baixa escolaridade
- Pessoas das periferias das grandes cidades
- Pessoas com nível superior.

- Escolha dos temas de acordo com a realidade nutricional


PLANEJAMENTO DE PROGRAMAS DE
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
ETAPAS DO PLANEJAMENTO

3. Escolha dos métodos utilizados na intervenção

Devem variar de acordo com sexo, idade, grau de instrução.


- Crianças e adolescentes: - Jovens, adultos, idosos
- Jogos - Palestras;
- Brincadeiras - Filmes;
- Teatro - Dinâmicas;
- Fantoche - Debates;
- Filmes de animação - Rodas de conversa.
RELAÇÕES ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO:
O PAPEL EDUCATIVO DO PROFISSIONAL DE NUTRIÇÃO
Todo profissional de nutrição é educador e deve saber se
comunicar de acordo com o seu público-alvo.

Diferença entre comunicação e informação:

COMUNICAR: é o ato que estabelece uma relação com o


outro, de transmitir algo a alguém (conversar, gesticular
com as mãos, enviar mensagem pela internet).
COMUNICAÇÃO: envolve a troca de informações e utiliza os
sistemas simbólicos para este fim.
INFORMAÇÃO: São fatos conhecidos ou comunicados
acerca de alguém ou algo.
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
O QUE É EDUCAÇÃO NUTRICIONAL?
A educação nutricional se constitui na variedade de experiências
planejadas para facilitar a adoção voluntária de hábitos alimentares
ou de qualquer comportamento relacionado à alimentação que
conduza à saúde e ao bem estar (FAGIOLI, 2006).

Conhecimentos e Conhecimentos e
experiências do experiências do
educador educando
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
Um indicador é uma medida numérica ou não que aponta
certa condição, característica, atributo, permitindo o
registro, a compilação (reunião) e a análise de dados e
informações sobre um evento, tornando possível a
mensuração de conceitos mais complexos.

A partir desses indicadores é possível verificar que tipo de


abordagem uma população necessita e a partir disso
elaborar ações de educação nutricional.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
INDICADORES QUANTITATIVOS PARA A PRÁTICA DE
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL – DADOS DE PESQUISAS
GOVERNAMENTAIS
• POF (PESQUISA DE ORÇAMENTOS FAMILIARES),
realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) que é subordinado ao Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão.

• Objetivo: Mensurar quanto o brasileiro ganha e gasta,


possibilitando traçar, portanto, um perfil das condições
de vida da população brasileira a partir das análises de
seus orçamentos domésticos.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
As principais aplicações da POF, são:
 Índices de gastos;
 Contas nacionais;
 Estudos sobre pobreza;
 Condições de vida a partir do consumo e rendimento das
famílias;
 Segurança alimentar e nutricional;
 Seus dados fazem parte do SIPD (Sistema Integrado de
Pesquisas Domiciliares)
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
Os resultados da POF 2008-2009 revelam que (IBGE,2011)
 O teor proteico das dietas continua adequado em todas as
regiões e em todas as classes de rendimento;
 A presença de frutas, legumes e verduras é insuficiente, assim
como o consumo excessivo de calorias provenientes de
açúcares livre e de gorduras saturadas;
 Houve aumento na disponibilidade relativa de alimentos
ultraprocessados, a exemplo do pão francês, biscoitos
refrigerantes, bebidas alcoólicas e refeições prontas e
misturas industrializadas;
 Diminuição na disponibilidade de alimentos minimamente
processados e de ingredientes utilizados na preparação desses
alimentos, como o arroz, feijão, leite, farinha de trigo, óleo de
soja e açúcar em comparação com a POF 2002-2003.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
Os resultados da POF 2008-2009 revelam que (IBGE,2011)
 Em crianças entre 5 e 9 anos de idade e entre adolescentes, a
frequência do excesso de peso, que vinha aumentando
modestamente até o final da década de 1980 praticamente
triplica nos últimos 20 anos alcançando entre um quinto e um
terço dos jovens.

 Em adultos o excesso de peso vem aumentando


continuamente desde meados da década de 1970, e, no
momento é encontrado em cerca de metade dos brasileiros.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) é realizada pelo
Ministério da Saúde - Implantada desde 2006 em todas as
capitais e no Distrito Federal
Objetivo: Monitorar a frequência e a distribuição dos
principais determinantes das doenças crônicas não
transmissíveis por inquérito telefônico.

 Obesidade: 52,5% da população brasileira (2014) e 43% (2006)


 As pessoas com sobrepeso se caracterizam por serem do sexo
masculino (56,5%), terem entre 45 e 64 anos (61,7%) e
apresentarem menos níveis de escolaridade (58,9%)
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
 Em relação a prevalência de doenças crônicas, como
hipercolestorolemia, destacam-se índices elevados entre as
mulheres (22,2%) e pessoas entre 55 e 64 anos (35,5%), fato
preocupante uma vez que as doenças crônicas são responsáveis por
72% dos óbitos no país.
 Aumento significativo de 18% nos níveis de atividade física entre os
brasileiros: 42% homens e 47,8% com mais anos de escolaridade
 25% da população assiste excessivamente à televisão.
Alimentação:
 42,5% das mulheres consomem frutas e hortaliças regularmente;
 O feijão está presente no prato de 66,1% da população;
 15,6% das pessoas relataram consumir excesso de sal;
 18,8% substituem o almoço e/ou jantar por lanche
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
INDICADORES QUALITATIVOS PARA A PRÁTICA DE EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
Comportamento alimentar: Conjunto de ações relacionadas ao
alimento, iniciando-se com a decisão, a disponibilidade, modo de
preparo, utensílios, horários e divisão da alimentação nas refeições do
dia, encerrando-se com a ingestão do alimento.

• Construído desde a infância, mas pode sofrer modificações ao longo


da vida, advindas de diversos fatores: familiares, sociais,
econômicos, conhecimento adquirido, doenças.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
COMPORTAMENTO ALIMENTAR NA ALIMENTAÇÃO INFANTIL:
Crianças desde muito cedo têm preferência pelo sabor adocicado (leite
materno) e salgado.
A exposição frequente da criança a determinados sabores
farão com que ela tenha maior preferência pelos mesmos.

• 0-6meses: aleitamento materno exclusivo


• A partir dos 6 meses: introdução alimentar: papa de fruta, papa
salgada - momento privilegiado para construção de hábitos
alimentares saudáveis – total dependência do cuidador.
• 01 ano: criança estará recebendo a mesma alimentação da família.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
COMPORTAMENTO ALIMENTAR DO PRÉ-ESCOLAR – 02 A 06 ANOS:

• Processo de desmame
• Consolidação da introdução alimentar
• A criança participa integralmente do consumo de alimentos
preparados para a família
• Papel dos pais: compra e preparo de alimentos – controle de
qualidade dos alimentos ingeridos
• As crianças são influenciadas pelas preferências dos pais
• Ponto importante: os pais se preocupam mais com a quantidade do
que com a qualidade do alimento ingerido.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
COMPORTAMENTO ALIMENTAR
DO ESCOLAR – 07 A 11 ANOS:
• A criança participa de
momentos fora de casa
(aniversários, passeios,
shoppings, etc) surgindo uma
gama de variedade e
oportunidade de experimentar
novos alimentos;
• Influência da mídia
(propagandas, promoções
utilizando brinquedos nos fast-
foods)
• Nesta idade a criança
apresenta grande autonomia
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
COMPORTAMENTO ALIMENTAR NA ADOLESCÊNCIA – 12 AOS 21 ANOS

 Fase caracterizada por transformações fisiológicas,


psicológicas e cognitivas, durante as quais uma criança se
torna adulta.
 Exagero de ingestão de fast-foods, refrigerantes,
salgadinhos e baixo consumo de frutas e verduras.
 Epidemia precoce de obesidade e doenças crônicas não
transmissíveis.
 Adolescentes hoje são mais sedentários: violência
urbana, televisão, internet.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
COMPORTAMENTO ALIMENTAR DO ADULTO

 Os hábitos alimentares estão formados;


 Consequência de um comportamento alimentar
inadequado irá aparecer caso não tenha surgido na
infância e adolescência podendo apresentar
consequências drásticas na terceira idade.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
COMPORTAMENTO ALIMENTAR DO IDOSO

 Transformações fisiológicas, bioquímicas, morfológicas e


psicológicas
 Processo de envelhecimento pode ser acelerado por doenças,
condições socioeconômicas e culturais
 Alteração do comportamento alimentar: perda da vontade de
comer:
• paladar doce e salgado diminuído;
• Alteração da consistência da dieta (caso dificuldade de mastigação,
deglutição)
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
FATORES DETERMINANTES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR:

• Econômicos
• Sociais
• Religiosos
• Culturais
• Tabus e crenças alimentares
• Hábitos e preferências;
• Mídia e propaganda;
• Peso e imagem corporal.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
QUAL O PAPEL DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL?

O papel da educação alimentar está vinculado à produção de


informações que atuam como subsídios para auxiliar a tomada de
decisão dos indivíduos.
PRECISA SER:

• Realista;
• Maleável;
• Aberta a discussões

O indivíduo aprenderá a realizar suas novas escolhas


nas mais diferentes situações.
INDICADORES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
CONCLUSÃO DA ANÁLISE DE INDICADORES QUALITATIVOS E
QUANTITATIVOS:

As práticas de educação nutricional devem estar pautadas atualmente


nas características nutricionais da população (antropométricas e de
comportamento alimentar), que especificamente se apresentam com
excesso de peso e consequentemente com aumento das doenças
crônicas não degenerativas.
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E


DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

• Forma: modo de apresentação ou divulgação de uma mensagem.


• É a dinâmica propriamente dita de um processo de comunicação.
• Conteúdo: assunto da mensagem – conjunto de temas que devem
ser abordados.
FORMA E CONTEÚDO SÃO TERMOS QUE CAMINHAM JUNTOS.

Na elaboração de programas é importante primeiramente


determinar o conteúdo a ser apresentado e, posteriormente, a
forma com que ele será tratado.
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

Conteúdo:
É importante ter cuidado na escolha do tema – tratar de temas que
sejam de interesse dos participantes.
É importante que o profissional seja natural, tenha empatia e muito
respeito pelos participantes envolvidos.

Forma:
Depois de definido o conteúdo, deve-se decidir de que forma/maneira
ele será transmitido e quais meios de comunicação serão utilizados.
Deve-se levar sempre em consideração o perfil do público (idade,
sexo, escolaridade, condições socioeconômicas.
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

SELEÇÃO DE CONTEÚDOS NO DESENVOLVIMENTO


DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
Está ligada diretamente à escolha de quais assuntos são considerados
mais importantes e significativos para serem trabalhados em qualquer
programa de educação.
Deve ser realizada levando em consideração:

• Objetivos
• Perfil do público alvo
• Interesse e necessidade do público alvo
• Temas abordados
• Conhecimento do educador
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

• Objetivos: devem compreender as mudanças de


comportamento que se pretende promover nos
indivíduos ou grupos após o programa de educação
nutricional.
• Ex: Promover mudanças de hábitos no que diz
respeito a alimentação
• Estimular a redução do consumo de sódio;
• Incentivar o consumo de frutas e hortaliças;
• Conscientizar quanto a redução do consumo de
gorduras.
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

• Perfil do Público: Deve-se verificar durante o


planejamento do programa qual será o público
atendido e considerar o seu perfil na decisão de todo
o conteúdo e abordagem.

• Idade do público alvo


• Grau de instrução
• Localização
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

• Interesses e necessidade do público alvo: definido o


público atendido, deve-se verificar qual o seu
interesse e necessidade.

• Conhecimento do educador: conhecimento, clareza,


preparo e segurança sobre o tema.

• Temas abordados: temas relevantes, motivacionais e


informativos, despertando o interesse e consciência
sobre a importância dos assuntos tratados, além de
demonstrar as vantagens de coloca-los em prática.
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

Formas de transmissão de conteúdos em programas de


educação nutricional

• Após estruturar todo o conteúdo é hora de definir as


formas como ele será transmitido.

• As formas de transmissão podem ser: interpessoais,


sociais o de massa.
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

FORMAS DE TRANSMISSÃO DE CONTEÚDO


Interpessoais: a comunicação acontece por meio do
educador.

1. Interpessoal cara a cara: quando o educador orienta


o participante de forma direta, individual - consultas
individuais.
2. Grupal cara a cara: quando o educador conduz a
ação educativa para um grupo determinado de
pessoas – roda de conversa, dinâmicas, quiz.
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

FORMAS DE TRANSMISSÃO DE CONTEÚDO

Sociais: A comunicação acontece por meio do educador.


O conteúdo é direcionado para grupos de pessoas
específicos: diabéticos, hipertensos, gestantes, idosos.

Pode-se realizar a transmissão de conteúdo através de


• Slides
• Vídeo
• Teatro
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

FORMAS DE TRANSMISSÃO DE CONTEÚDO

De massa: a comunicação acontece por meio de uma


imagem visual, impressa ou combinação destes
elementos, onde o educador não tem contato direto
com os participantes:
• Conferências;
• Palestras;
• Debates;
• Televisão;
• Rádionovelas

A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

O que deve-se levar em consideração antes de definir o


meio que será utilizado?

• Recursos financeiros;
• Tipo de mensagem a ser veiculada
• Material humano disponível;
• Objetivos da estratégia de comunicação;
• Características do público-alvo
• Tipo de mensagem a ser veiculada
• Espaço de tempo disponível.
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

Alguns exemplos de meios de comunicação que podem


ser utilizados

• Demonstração prática;
• Slides;
• Gravação;
• Contato pessoal;
• Flanelógrafo;
• Álbum seriado ;
• Folhetos;
• Boletim informativo;
• Peças teatrais.
A RELAÇÃO CONTEÚDO-FORMA NA ELABORAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

Alguns exemplos de meios de comunicação que podem


ser utilizados
QUESTÕES METODOLÓGICAS: O PLANEJAMENTO ENQUANTO
INSTRUMENTO METODOLÓGICO DA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL

• Planejamento é a etapa que consiste na previsão


antecipada do objeto almejado, nos caminhos
traçados para alcançá-los. É a tomada antecipada de
decisões sobre o que fazer, antes da ação ser
necessária.
• FASES DE UM PROGRAMA EDUCATIVO:
 DIAGNÓSTICO EDUCATIVO
 OBJETIVOS
 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 ESTRATÉGIAS (métodos, recursos)
 AVALIAÇÃO.
QUESTÕES METODOLÓGICAS: O PLANEJAMENTO ENQUANTO
INSTRUMENTO METODOLÓGICO DA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
• FASES DE UM PROGRAMA EDUCATIVO:
 DIAGNÓSTICO EDUCATIVO – Qual é o problema?

Deve-se estudar e analisar os problemas alimentares e


nutricionais da comunidade na qual se pretende atuar,
identificando os fatores causais que serão considerados pela
intervenção.
Coleta de dados;
• Anamnese clínica;
• Anamnese nutricional;
• Entrevistas;
• Questionários com questões abertas e fechadas;
• Inquéritos alimentares
(Recordatório 24h, Registro alimentar, questionário de frequência alimentar)
QUESTÕES METODOLÓGICAS: O PLANEJAMENTO ENQUANTO
INSTRUMENTO METODOLÓGICO DA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
• FASES DE UM PROGRAMA EDUCATIVO:
 DIAGNÓSTICO EDUCATIVO – Qual é o problema?
Exemplo: Nutrizes com dificuldade de amamentar devido a mitos
– bico da mama plano ou invertido, leite fraco, pouca produção
de leite, questões estéticas, etc.
QUESTÕES METODOLÓGICAS: O PLANEJAMENTO ENQUANTO
INSTRUMENTO METODOLÓGICO DA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
• FASES DE UM PROGRAMA EDUCATIVO:
 OBJETIVOS – O que deve ser mudado? Etapa fundamental
Objetivo geral: é aquele que remete a visão final da meta do
programa
Ex.: Contribuir para que nutrizes amamentem exclusivamente até os 6 meses
e complementarmente até o 2 anos ou mais.

Objetivos específicos: São aqueles que devem ser


executados para alcançar o objetivo geral.
Ex.: Conscientizar sobre a importância nutricional da amamentação;
• Diminuir o oferecimento de fórmulas as bebês
• Desmistificar questões referentes ao aleitamento materno;
• Treinar as nutrizes quanto a pega correta da mama.
• Incentivar as mulheres a continuarem amamentando após a volta ao trabalho.
QUESTÕES METODOLÓGICAS: O PLANEJAMENTO ENQUANTO
INSTRUMENTO METODOLÓGICO DA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
• FASES DE UM PROGRAMA EDUCATIVO:
 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO – o que fazer para que aconteçam
as mudanças?

Esta etapa consiste em descrever os temas, ou seja, os


conhecimentos fundamentados cientificamente que devem
ser transmitidos para atingir os objetivos propostos.

• Benefícios da amamentação para mãe e bebê


• Como armazenar, congelar e usar o leite materno
• Como fazer a pega correta
• Mitos sobre amamentação
QUESTÕES METODOLÓGICAS: O PLANEJAMENTO ENQUANTO
INSTRUMENTO METODOLÓGICO DA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
• FASES DE UM PROGRAMA EDUCATIVO:
 ESTRATÉGIAS (métodos, técnicas, recursos) – Como fazer?
Método é o caminho e a técnica é a forma como percorrer esse
caminho:
Métodos:
• Aula expositiva – aula expositiva com apresentação verbal utilizando-se
Datashow
• Painel;
• Simpósio;
• Palestras;
• Estudo de caso;
• Seminário;
• Dramatização;
• Demonstração;
• brainstorming
QUESTÕES METODOLÓGICAS: O PLANEJAMENTO ENQUANTO
INSTRUMENTO METODOLÓGICO DA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
• FASES DE UM PROGRAMA EDUCATIVO:
 AVALIAÇÃO (O que e como analisar para determinar se os
objetivos estão sendo atingidos?)
 Instrumento de feedback para eventuais reformulações.
A avaliação deverá responder às seguintes questões:
• Os objetivos foram alcançados?
• A implementação do processo satisfez as expectativas das
diversas pessoas envolvidas e, principalmente, as do público-
alvo?
Pode ser feita através de:
 Estudos dirigidos;
 Jogos de memória
 quiz
NUTRIÇÃO E SAÚDE

CONCEITOS INICIAIS
ALIMENTAÇÃO:
Processo biológico e cultural que se traduz na escolha, preparação e
consumo de um ou vários alimentos.
NUTRIÇÃO:
 Estado fisiológico que resulta do consumo e da utilização biológica
de energia e nutrientes em nível celular;
 Combinação de processos pelos quais o organismo recebe e utiliza
os elementos necessários para obtenção de energia, para a
manutenção de suas funções físicas, biológicas, mentais, para a
formação, desenvolvimento e regeneração dos tecidos;
 É o estudo dos alimentos e dos mecanismos pelos quais o
organismo ingere, assimila e utiliza os nutrientes que fornecem a
energia necessária para o ser humano se manter vivo.
NUTRIÇÃO E SAÚDE

CONCEITOS INICIAIS
SAÚDE:
Resulta das condições de alimentação, habitação, transporte,
emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso aos
serviços de saúde. (CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 1987)
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
CAFÉ DA MANHÃ
ALMOÇO
JANTAR
LANCHES

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