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Sistema

nervoso
Noções gerais sobre o sistema
6568 neurológico, endócrino e órgãos
dos
  sentidos
Sistema
nervoso
Sistemas nervoso e hormonal

Têm a função conjunta de coordenar o funcionamento dos


diferentes órgãos para a manutenção do equilíbrio do
organismo (homeostasia).

SISTEMA
NERVOSO

Recebe e envia SISTEMA


impulsos HORMONAL
nervosos a
diversos Envia
órgãos através mensageiros
dos nervos. químicos, as
hormonas,
através do
sangue.
Sistema nervoso: constituição

SISTEMA
NERVOSO

SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO


CENTRAL PERIFÉRICO

Encéfalo Espinal medula Sistema


Nervos Sistema
Gânglios
nervoso nervoso
autónomo somático

Sistema nervoso Sistema nervoso


simpático parassimpático
Neurónios

São as células
stituem
nervosas. Con Dendrites
rutural e
a unidade est
sistema
funcional do
sentam
nervoso. Apre Núcleo
3 regiões:

Corpo celular
Corpo
celular
Dendrites

Axónio Axónio Bainha de Arborização


mielina terminal
Nervo

Estrutura que O nervo é


permite o formado por
transporte do vários feixes
oso.
impulso nerv nervosos,
Gânglio que por sua
nervoso
vez são
conjuntos de
várias fibras
Fibra
nervosa nervosas.

Vasos As fibras
sanguíneos
nervosas são
formadas
pelos axónios
e a bainha de
Feixe mielina que
nervoso
os envolve
Impulso nervoso

Estímulo
SENTIDO DO IMPULSO NERVOSO

Neurónio
pré- Neurónio
sináptico pós-
sináptico

Vesículas

Os impulsos
nervosos têm Recetores

uma natureza
.
eletroquímica SINAPSE Neurotransmissores
Fenda
sináptica
Sistema nervoso central

o pe l os c e ntros
É constituíd Encéfalo
o s r e sp o n sáveis pela
nervos
ç ã o de r e s postas
produ Espinal medula
e rv o s a s a dequadas:
n

ESTRUTURAS PROTETORAS DO
ENCÉFALO

Osso (crânio)
Meninges
Sistema nervoso central
 Cérebro
Encéfalo  Cerebelo
 Bulbo raquidiano

Cérebro

Cerebelo
Bulbo
raquidiano
Sistema nervoso central

Espinal medula
ESTRUTURAS PROTETORAS DA
ESPINAL MEDULA

Espinal medula

Meninges
Vértebra
Sistema nervoso periférico

l p e la c o n dução
v e
É responsá DIVIDE-S
pu ls o n e r voso de e E EM :
do im
c e nt r os nervosos.
para os
Inclui:
S.N. SOMÁTICO

Nervos  Respostas
voluntárias
 Cranianos/
Raquidianos
 Sensitivos/ S.N. AUTÓNOMO
Motores
 Respostas
Gânglios involuntárias
Atos voluntários e involuntários

 TIRAR RAPIDAMENTE A MÃO DEVIDO A UMA PICADA NUM DEDO

ATO VOL
Estímulo Picada UNTÁRIO
OU INVO
LUNTÁR
IO?
Neurónios
Órgão sensitivos
recetor
Neurónios de
Pele associação

Centro
Resposta Músculos nervoso
Neurónios Espinal
Movimento motores medula
do braço/
mão

ATO REFLEXO E
Órgão efetor ARCO REFLEXO
Atos voluntários e involuntários

 AVANÇAR NA PASSADEIRA AO VER O SINAL VERDE PARA OS PEÕES

ATO VOL
UNTÁRIO
OU INVO
LUNTÁR
IO?

Estímulo Luz verde do semáforo

Órgão recetor Olhos

Centro nervoso Cérebro

Músculos responsáveis
Órgão efetor
pela marcha

Resposta Avançar
Sistema nervoso autónomo
S. NERVOSO S. NERVOSO
PARASSIMPÁTICO SIMPÁTICO

É responsável Situações de repouso e


Situações de
conservação de
emergência.
pela regulação energia.

das ações
involuntárias
essenciais à
manutenção do
equilíbrio do
organismo. É
coordenado por
centros
localizados na
espinal medula e
no hipotálamo.
Sistema nervoso e homeostasia

O sistema nervoso contribui para a manutenção da


homeostasia, garantindo a manutenção de certos

MECANISMOS DE TERMORREGULAÇÃO
parâmetros internos dentro de certos limites, por exemplo:

Temperatura

pH

Concentração de glicose

Concentração de sais minerais


Saúde do sistema nervoso
Esclerose múltipla

espinal medula
Lesões na
Meningite
Não esquecer a
importância da
AVC
prevenção:
•Manter um estilo de vida
saudável.
•Manter-se intelectualmente
ativo.
•Reduzir o stresse.
•Descansar o suficiente.
Sistema
nervoso
Sistema hormonal: funcionamento

Função: coordenação do funcionamento dos diferentes


Recetores
órgãos para a manutenção da homeostasia.
Hormonas
SISTEMA
HORMONAL

é constituído por CÉLULA-ALVO

Glândulas endócrinas
Célula Capilares
endócrina sanguíneos Hormonas
produzem

CÉLULA SEM
Hormonas RECETORES
ADEQUADOS

viajam no sangue até


às respetivas

Células
Células-alvo endócrinas
Principais glândulas endócrinas

Glândula
Hipófise
pineal

Hipotálamo
Glândulas
suprarrenais

Tiroide

Ilhéus de
Langerhans
Placenta

Testículos
Ovários
Hormonas e suas funções

Glândula
pineal
GLÂNDULA PINEAL

•HORMONA: Melatonina.
•FUNÇÃO: Regulação dos
Hipotálamo ritmos biológicos, nomeadamente
os ciclos de atividade/repouso e de
sono/vigília.

Tiroide
HIPOTÁLAMO

•HORMONAS: Ex: estimuladoras


ou inibidoras da hipófise.
Placenta •FUNÇÃO: Regulação da hipófise.

TIROIDE
Ovários
•HORMONA: Ex: Calcitocina.
•FUNÇÃO: Regulação do cálcio no
sangue e a sua fixação nos ossos.
Hormonas e suas funções

Glândula
pineal
PLACENTA

•HORMONAS: Ex:
estrogénios, progesterona, HCG.
Hipotálamo •FUNÇÃO: Regulação das
alterações morfofisiológicas
necessárias ao prosseguimento da
gravidez.
Tiroide

OVÁRIOS

Placenta • HORMONAS: estrogénios e


progesterona.
• FUNÇÕES: Responsáveis pelos
caracteres sexuais femininos e
Ovários pela regulação do ciclo sexual
feminino.
Hormonas e suas funções

HIPÓFISE Hipófise

•HORMONA: Ex: hormona do


crescimento
•FUNÇÃO: Acelera a divisão das
Glândulas
células e o seu crescimento. suprarrenais

GL. SUPRARRENAIS Ilhéus de


Langerhans
•HORMONA: Ex: adrenalina
•FUNÇÃO: Preparação do
organismo para situações de stresse e
Testículos
emergência.
Hormonas e suas funções

ILHÉUS DE LANGERHANS Hipófise

•HORMONA: insulina.
•FUNÇÃO: Regulação da
concentração de glicose no sangue. Glândulas
suprarrenais

TESTÍCULOS Ilhéus de
Langerhans
•HORMONA: testosterona.
•FUNÇÕES: Responsável pelos
caracteres sexuais masculinos e pela
estimulação da produção de Testículos
espermatozoides.
Saúde do sistema hormonal
Diabetes tipo 1 ou insulinodependente

Glicose Sintomas m
ais frequentes:
Glicose •Sede exces
armazenada siv a.
e/ou utilizada •Fadiga.
pelos órgãos
•Poliúria (u
rin ar frequente
mente).

Nível normal de
Insulina glicose no sangue

SAUDÁVEL

Glicose

Menos glicose
armazenada
e/ou utilizada
pelos órgãos

Pouca Aumento do nível de


insulina glicose no sangue
DIABETES TIPO 1
Saúde do sistema hormonal
Hipotiroidismo
Hipofunção e hiperfunção
hipofisária

Não esquecer a importância da


prevenção:
•Manter um estilo de vida saudável (alimentação
saudável e exercício físico regular).
•Reduzir o stresse.
•Descansar o suficiente.
•Fazer rastreios.
Hiposecreção de STH
O hormona do crescimento, somatotrofina ou GH ( “growth hormone” ) é uma
proteína e um hormona sintetizada e secretada pela hipófise anterior.

Uma baixa concentração de STH no plasma, quando a concentração das outras


hormonas hipofisárias é normal, resulta, provavelmente, da falta da hormona
hipotalâmica (SRH) que normalmente estimula a secreção da STH.

A falta total da STH em crianças conduz a um atraso no crescimento do


esqueleto.
Esse atraso começa entre os 2 e os 3 anos de idade, mostrando o paciente uma
síndroma conhecido por nanismo hipofisário.

Trata-se de uma alteração de origem genética e deve-se a um gene autossómico


recessivo. Os indivíduos femininos não atingem mais de 1,20 m e os masculinos
mais de 1,30 m.
Hipersecreção da
STH
• A STH em excesso tem diferentes efeitos conforme se trate de uma criança ou de
um adulto:

• a. Na criança, o excesso de STH atua sobre as cartilagens de crescimento dos


ossos longos e ativa o crescimento originando o gigantismo.

• b. No adulto, o excesso de STH não vai aumentar o comprimento dos ossos


longos, uma vez que as cartilagens de conjugação se encontram já totalmente
ossificadas.

O que ocorre é o engrossamento dos ossos e o crescimento dos tecidos moles


resultando um síndroma conhecido por acromegalia.
Rx do punho e da mão de paciente com acromegalia Rx do punho e da mãe de paciente normal

Engrossamento das falanges


Acromegalia
A progressão da acromegalia

A - Com 20 anos, normal.

B - Aos 24 anos, primeiros sinais da


doença.

C - Aos 40 anos, a acromegalia é bem


evidente, com alargamento do queixo e
do nariz.

Acromegalia: (Do Gr: acron extremidade + megas = grande) extremidades muito


desenvolvidas.
A progressão da acromegalia
numa mulher
Androgénios adrenais

• Várias hormonas sexuais masculinas, chamadas androgénios adrenais, são


continuamente segregadas pelo córtex adrenal, especialmente durante a vida
fetal, em ambos os sexos.

• São os androgénios adrenais que são responsáveis pelo impulso no crescimento


das raparigas durante a puberdade.

• Numa situação de excesso de androgénios adrenais em pacientes do sexo


feminino pode ocorrer a sua masculinização.
Androgénios adrenais

• Segundo a lenda, era uma princesa de Santa com barba

Portugal cujo pai a queria casar com um


pretendente que ela não amava; suplicou a
Deus que lhe tirasse todos os encantos e as
suas orações foram escutadas.

• Provalmente teve um tumor nas glândulas


adrenais, com produção excessiva de
androgénios.
Androgénios adrenais
• A síntese proteica e o aparecimento dos caracteres sexuais secundários.

• Todos os efeitos que a testosterona exerce sobre várias células do corpo parecem
ser o resultado do incremento da síntese proteica, como é o caso do
desenvolvimento da musculatura dos rapazes a seguir à puberdade.

• Também as alterações na pele são devidas à deposição de proteínas.

• Até mesmo a alteração na voz parece ser devida à deposição de proteínas na


laringe.

• Durante o Renascimento, com o fim de se arranjarem «meninos de coro»


castravam-se alguns rapazes para que a puberdade, através da testosterona, não
estragasse as suas vozes.
Crescimento na puberdade

• Nas raparigas, o começo da atividade dos ovários produz um rápido crescimento dos
ossos, mas, depois desse avanço inicial, o crescimento para.

• Nos rapazes a testosterona é mais potente e tem uma ação mais dilatada no tempo;
por isso, os rapazes podem continuar crescendo 5 ou mais anos após o início da
puberdade enquanto as raparigas só crescem até alguns meses após o início das
menstruações.

• Os estrogénios podem ser usados para deter o crescimento de jovens raparigas que
ameaçam ser demasiado altas, visto que contribuem para a ossificação das
cartilagens de conjugação e, portanto, para a paragem do crescimento.
Experiência de Arnold Adolph Berthold (1849)

1. Que pretendeu Berthold testar com esta experiência?

2. Qual a fundão do galo do grupo 3?

3. Por que razão não se transformaram os frangos do grupo 1 em


galos normais?

4. Se os testículos implantados no segundo grupo de frangos não tivessem ficado ligados ao


aparelho circulatório, quais seriam os resultados esperados? Justifique.
Hipotiroidismo
• Diz-se que há hipotiroidismo quando o nível das hormonas
T3 e T4 é inferior ao normal.

• No caso de mixedema, típico do hipotiroidismo, os pacientes


mostram um aspeto edematoso com as faces e os olhos
inchados.
• Há três tipos de hipotiroidismo:

• a. Hipotiroidismo primário, provocado pela falta de T3 e

de T4. Trata-se de uma doença hereditária que pode resultar

de um defeito em qualquer dos passos do metabolismo do

iodo. Pode ser tratado fornecendo ao paciente aquelas

hormonas.
• b. Hipotiroidismo secundário, resultante da falta de TSH,
logo, com T3 e T4 abaixo do normal.
• c. Hipotiroidismo terciário, derivado da falta de TSH.
Hipertiroidismo

• Diz-se que há hipertiroidismo quando os níveis de


T3 e T4 no sangue são superiores aos normais.

• Uma forma grave de hipertiroidismo é a doença


de Graves (ou de Basedow) que se caracteriza
pela exoftalmia, isto é, por o doente ter os
«olhos esbugalhados».

• A exoftalmia resulta da presença de tecidos


inflamados e de gordura na órbita , atrás do
globo ocular.
Regulação da
glicemia

A — Corte histológico de pâncreas

Ilhotas de Langerhans

Glicemia: (Do grego glycys = doce+ haima= sangue).

É a taxa de glicose no sangue, isto é, a quantidade de glicose (em mg) por cada 100 ml de
sangue.

Insulina: (Do grego Insulina= ilha) = substância produzida nos ilhéus de Langerhans (células
beta).
1. Quais as principais
hormonas envolvidas na
Regulação da glicemia regulação da glicemia?
Onde são produzidas?

2. Que fenómenos
desencadeia uma
situação de:
a) hipoglicemia?

b) hiperglicemia
c) stresse?

3. Explique a ocorrência
da hiperglicemia que
surge muitas vezes
associada à diabetes.

4. Isole uma das


situações representadas
na figura e demonstre
que na sua regulação
está envolvido um
mecanismo de feed-back
negativo.
A hormona adrenocorticotrófica 

• É produzida pelo lobo anterior da hipófise.

• Atua, principalmente, sobre o córtex suprarrenal que estimula o


crescimento e a síntese de secreção de corticosteroides.

• A produção de ACTH está aumentada em período de stresse.


Algumas principais
hormonas humanas
Glândula

Hipófise
Hormona antidiurética (ADH)
(lobo posterior)

Promove a reabsorção da água na porção termi­nal dos tubos uriníferos.


Estimula a contração do músculo uterino.

Hipófise Adrenocorticotrópica (ACTH)


(lobo anterior)
Estimula a secreção de cortisol pelo córtex das suprarrenais.

Tiroide Tiroxina (T3)


Atua ao nível do meta­bolismo celular da gene­ralidade das células.
Insulina (células beta)
Glândula

Pâncreas
Glucagon (células
Favorece a captação da glicose pela generalidade das células e a
(Ilhotas formação de glicogénio a nível do fígado.
de

alfa)
Langerhans)

Favorece o desdobra­mento do glicogénio a nível do fígado.

Paratiroide Paratormona (PTH)


Atua na manutenção dos níveis de cálcio do plasma.
Suprarrenais
(Medula)
Adrenalina
Hiperglicemiante.
Provoca vasoconstrição a nível da pele.

Suprarrenais
(córtex) Cortisol
Atua no metabolismo dos
glícidos aumen­tando a
glicemia.
Glândula
Estrogénios
Ovário Favorecem o apareci­mento e a manutenção dos caracteres
(folículo)
sexuais secundários.
Atuam na parede uterina.

Ovário
(corpo amarelo)
Progesterona
Atua na parede do útero.

Testículos Testosterona
Atua na espermatogénese.
Estimula o aparecimento e a manutenção dos caracteres
sexuais secundários.
Glândula

Timo Timosina
Estimula o desenvolvimento de linfócitos T.

Pineal Melatonina
Controla biorritmos.
Eixo de coordenação hipotálamo-hipófise

No hipotálamo podem distinguir-se dois tipos de células


neurossecretoras:

- um grupo produz hormonas que são acumuladas na hipófise


posterior ou neuro-hipófise, as neurormonas (B).

- outro grupo produz fatores de libertação que são neurossecreções


que vão atuar na hipófise anterior ou adeno-hipófise,
desencadeando esta as respostas hormonais mais apropriadas (A).
Comparação entre os sistemas
nervoso e endócrino
  Sistema Sistema
nervoso endócrino
Natureza da
mensagem
Eletroquímica Química
Velocidade
Alta Baixa
Gasto de energia
Alto Baixo
Via de
distribuição
Neurónios Sangue
Células
excitadas
Em geral, Muitas

poucas simultaneamente
Órgãos dos
sentidos
Para que o sistema nervoso possa exercer as
funções de integração e coordenação, é necessário
que cheguem até este informações provenientes
dos meios interno e externo.

Estas informações são originadas por estímulos que


são captados por órgãos específicos, denominados
recetores sensoriais.
Recetores sensoriais
Dispositivos sensitivos e órgãos dos sentidos num protista e em vários tipos de animais.

A entrada de informações no
sistema nervoso é feita através dos
recetores sensoriais que, de acordo
com o tipo de estímulos que
recebem, são classificados em: Euglena Medusa

1)fotorrecetores
2)fonorrecetores

3)termorrecetores

4)mecanorrecetores
Dugesia
Estrela-do-
5) quimiorrecetores mar
Recetores sensoriais
A entrada de informações no
sistema nervoso é feita através dos
recetores sensoriais que, de acordo
com o tipo de estímulos que
recebem, são classificados em: Caracol terrestre Planária terrestre

1)fotorrecetores
2)fonorrecetores

3)termorrecetores

4)mecanorrecetores

5) quimiorrecetores
Saltamontes Mamífero
Recetores sensoriais em animais vertebrados

Somente no Homem se conhece razoavelmente bem a função dos


órgãos dos sentidos.
Estes são: a visão (sistema fotorrecetor que percebe as ondas
luminosas),
a audição (sistema fotorrecetor que percebe as vibrações do ar, da
água e dos sólidos),
o tato (que percebe o contacto),
o gosto (sistema quimiorrecetor que percebe substâncias em
dissolução)
e o olfato (sistema quimiorrecetor que percebe substâncias químicas
voláteis e gases existentes no ar).
A VISÃO
Na maior parte dos animais as células sensíveis à luz estão
concentradas em órgãos chamados olhos, que possuem superfícies
refletoras especializadas e lentes para maximizar a quantidade de luz
recebida.

A sensibilidade à luz obtém-se utilizando pigmentos especiais que


absorvem partículas de energia luminosa e as convertem em impulsos
elétricos que são transmitidos ao córtex cerebral.
A visão
Os olhos situam-se na caixa craniana em cavidades denominadas de órbitas.

Pela sua forma arredondada os olhos, propriamente ditos, designam-se de


globos oculares e estão protegidos por órgãos anexos:

pelas sobrancelhas,

pelas pálpebras,

pelas pestanas,

pelas glândulas lacrimais e sebáceas

e pelos músculos motores oculares.


Cavidade orbital
Globo ocular e órgãos anexos

Os olhos ficam dentro de cavidades ósseas, chamadas órbitas, às quais estão


ligados por músculos capazes de movimentá-los em todos as direções.
Pálpebras e conjuntiva
As pálpebras são duas cortinas móveis que
protegem o olho contra poeiras, luz intensa,
ou qualquer impacto.
A conjuntiva é uma membrana que forra a
superfície interna de cada pálpebra.
Esta membrana forma continuidade com as
células superficiais da córnea, isto é, a parte
do globo ocular que está exposta.
Diagrama duma secção do olho para mostrar
a relação entre as pálpebras e a conjuntiva.
Aparelh
o
lacrimal

As setas indicam o sentido do fluxo das lágrimas da glândula lacrimal, para a superfície do globo
ocular, e finalmente para o saco lacrimal donde passam para o meato do nariz.
Aparelho lacrimal
Aparelho lacrimal
Aparelho lacrimal
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS

Ligam-se à esclerótica e fazem os movimentos dos olhos.

São seis músculos em cada olho e trabalham em conjunto entre si.


Músculos extrínsecos do olho direito

Os músculos extrínsecos do olho ligam o globo

ocular aos ossos do crânio e rodam o globo

ocular em qualquer sentido desejado.

Existem 4 músculos retos (superior, inferior,

lateral e médio) e 2 músculos oblíquos

(superior e inferior).
Músculos extrínsecos do olho direito

Enquanto que estes músculos são voluntários, isto

é, podemos utilizá-los voluntariamente, os

outros músculos do olho, designados músculos

intrínsecos (o íris e o ciliário) são involuntários.


O olho humano é capaz de uma focagem nítido e de avaliar a distância e a velocidade.
TÚNICAS DO GLOBO OCULAR

O globo ocular é constituído por túnicas, pelo cristalino, pelo humor


aquoso e pelo humor vítreo.

O globo ocular apresenta 3 túnicas concêntricas:

•Túnica fibrosa: a mais externa - protetora.

•Túnica vascular: média - vascular.

•Túnica interna: situam-se os fotorrecetores - nervosa.


Túnica externa ou córneoescleral
- de natureza resistente e fibrosa

A parte posterior desta túnica designa-se de esclerótica e a sua região


anterior, transparente e homogénea, designa-se por córnea e está
protegida pela membrana conjuntiva, que segrega um líquido lubrificante
e substâncias químicas antibacterianas.

Esclerótica
A córnea, transparente, é como se fosse um vidro de relógio.

É a superfície de maior poder de refração do olho, visando formar a

imagem nítida na retina e protege a parte anterior do globo ocular.


Túnica média ou vascular - de natureza músculo-
vascular

É constituída por três estruturas: a íris, o corpo ciliar e a coroide.

A íris e o corpo ciliar têm localização anterior.

A íris tem na sua constituição melanina que é responsável pela cor dos
olhos.

Apresenta, na sua porção central, a pupila que, por meio de músculos,


pode dilatar-se ou contrair-se, de modo a controlar a quantidade de luz
que penetra no olho.
A pupila também é designada popularmente de menina do olho.
A — Pupila contraída. B — Pupila dilatada.

O tamanho da pupila varia de acordo com a luminosidade do ambiente.

Na penumbra as pupilas dilatam-se.

Em ambientes iluminados contraem-se, de modo a regular a quantidade de luz que

penetra nos olhos.


A coroide é a parte formada por vasos sanguíneos e responsável pela nutrição do olho, da
retina.
Corpo ciliar é responsável pela formação do humor aquoso, que

preenche a parte anterior do olho.

Possui o músculo ciliar, que sustenta o cristalino no lugar.

Coroide
Corpo ciliar
íris
O corpo ciliar é formado por músculo liso, o músculo ciliar que,
ao contrair-se, modifica a curvatura do cristalino.

A coroide tem localização posterior.

O facto de ser pigmentada permite-lhe reduzir a reflexão interna


da luz e, por ser bastante vascularizada, é fornecedora de
nutrientes a algumas células do globo ocular.
O cristalino é uma lente transparente situada atrás da íris.

Modifica a sua forma para dar maior nitidez à visão (acomodação visual).
Túnica interna ou retiniana
– de natureza nervosa

Esta túnica corresponde à retina que, por sua vez, é composta


por várias camadas distintas responsáveis pela fotorreceção e
pela geração de impulsos transmitidos ao nervo ótico e, deste, às
áreas visuais dos lobos occipitais dos hemisférios cerebrais.

Se realizarmos um corte transversal numa retina, podemos


observar que esta se encontra ligada à coroide por uma camada
de tecido epitelial pigmentado.
Nervos óticos Vias óticas
Olho Olho
direito As vias óticas são as vias que
esquerdo Lobo frontal transmitem os impulsos
nervosos desde a retina até ao
Lobo temporal córtex cerebral através dos
Quiasma ótico nervos óticos.

Fitas óticas

Radiações óticas
Lobo occipital

Área visual

07/03/18

O quiasma ótico é uma estrutura em formato


de X formada pelo encontro dos dois nervos
óticos.
Sucedem-lhe várias outras camadas constituídas por diferentes células
nervosas.

Como podemos observar no esquema seguinte, as primeiras células que


encontramos são as fotorrecetores, células altamente especializadas e
responsáveis pela deteção da luz — os bastonetes e os cones.

Seguem-se as células nervosas bipolares, as horizontais, as amácrinas e as


ganglionares.

Os axónios das células ganglionares vão constituir as fibras nervosas do


nervo ótico.
Constituição nervosa da retina dos
vertebrados
As células que detetam a luz na retina são os

bastonetes (1) e os cones (2) que são células

nervosas altamente especializadas.

O segmento exterior é constituído por discos

membranosos (3) que contêm pigmentos

sensíveis à luz.

O segmento interior tem uma base bifurcada

(4) ligada às fibras nervosas.


Constituição nervosa da retina dos
vertebrados
Quando os pigmentos absorve luz (5)

suficiente, produz-se um sinal elétrico na fibra

nervosa adjacente.

Antes de atingir o cérebro, através do nervo ótico

(6), as mensagens passam por uma série de

neurónios existentes na retina: as células

horizontais (7), bipolares (8), amácrinas (9) e

ganglionares (10) que dão origem a informação

sensorial.
Os bastonetes são sensíveis à luz fraca e contêm apenas um

tipo de pigmento sendo, por isso, incapazes de detetar a cor.

Assim, os bastonetes permitem a visão noturna ou

crepuscular possibilitando a noção de movimento e espaço.

Há três tipos de cones, todos eles estimulados pela luz

intensa, contendo cada um deles um pigmento diferente e

sensível a diferentes comprimentos de onda da luz.


O grau a que os diferentes cones são estimulados fornece ao cérebro
informação sobre a cor.

Os cones são usados na visão diurna.

A proporção relativa de cones e bastonetes varia de um ponto para outro


da retina.

A área de maior concentração de cones situa-se no polo posterior do globo


ocular, numa pequena zona da retina, e constitui a mácula lútea ou mancha
amarela que, por sua vez, possui uma depressão central, a fóvea.
A fóvea é a área de maior acuidade visual da retina, uma vez que nela se
verifica um afastamento das células ganglionares e bipolares e a ausência
de bastonetes.

Estes fatores permitem que a luz chegue sem interferências até aos cones.

Ao local onde se verifica a convergência das fibras nervosas da retina


para constituírem o nervo ótico, chama-se papila ótica ou ponto cego,

por estar destituído de cones e bastonetes sendo, consequentemente,


insensível à luz.
Mácula é a região central da retina, responsável pela

visão de pormenores, como a leitura.

A fóvea é uma depressão no centro da mácula,


com aproximadamente 1,5 milímetros de
diâmetro onde não são encontrados
bastonetes, apenas uma concentração de cones Fóvea
vermelhos e verdes e os seus respetivos
neurónios.
Ao local onde se verifica a convergência das fibras nervosas da retina
para constituírem o nervo ótico, chama-se papila ótica ou ponto cego

Na figura, o ponto cego é


representado pelo ponto
amarelo.
Corte histológico da
retina que mostra as
diversas camadas, das
células com cones ou
bastonetes (em cima) aos
neurónios ganglionares
(em baixo).
Mecanismo da visão

O mecanismo da visão é, em muitos aspetos, comparável ao


funcionamento de uma máquina fotográfica.

Sempre que tal se verifique, não deixaremos de referir as estruturas


equivalentes.
Mecanismo da visão

• Para que haja estimulação das células fotorrecetoras, os raios luminosos que são
refletidos pelos objetos têm de penetrar no globo ocular, atravessando-o, até as
atingir.

• Assim, a luz penetra a córnea (filtro da máquina), passa através do humor aquoso
e atinge a pupila (obturador) que se contrai e dilata, em coordenação com a íris
(diafragma), que induz as referidas alterações da pupila.

• As alterações no diâmetro da pupila regulam não só a intensidade luminosa, como


também direcionam a luz para a zona central e de maior acuidade visual do
cristalino (lente).
Mecanismo da visão

O cristalino, devido ao seu poder de acomodação (sistema de


focagem), foca o objeto independentemente da distância a que este se
encontra do olho, na retina (película).

Neste caminho, os raios luminosos atravessam o humor vítreo.

Este, assim como o humor aquoso, a córnea e o cristalino, constituem


meios de refração da luz, podendo ser comparados ao sistema de
lentes da máquina fotográfica.
Mecanismo da visão

A luz vai estimular as células da retina a enviarem impulsos, através do nervo


ótico, para o cérebro.

A imagem que o atinge está invertida pois é nessa forma que ela chega à retina,
devido à forma biconvexa do cristalino.

Serão os centros visuais do córtex cerebral os responsáveis pela colocação da


imagem direita (revelação da película), que corresponde à imagem que, de facto,
percecionámos.
A luz vai estimular as células da retina a enviarem impulsos nervosos,
através do nervo ótico, para o cérebro.
Mecanismo da visão

A incapacidade dos olhos focarem perfeitamente pode dever-se a


defeitos em diferentes estruturas do globo ocular.

Assim, designam-se os defeitos de visão por ametropia e, alguns dos


exemplos mais comuns, são os seguintes:
Defeitos de Visão - Ametropia

MIOPIA
Este defeito de visão é provocado pelo encurtamento
do eixo entre o cristalino e a retina, o que faz com
que o olho foque os raios de luz num ponto anterior à
retina.

HIPERMETROPIA
Este defeito de visão é devido à curvatura irregular da
córnea, o que faz com que os raios de luz alcancem a
retina antes do ponto focal, criando uma imagem
para lá dela.
Defeitos de Visão - Ametropia

ASTIGMATISMO
Este defeito de visão é devido à existência de
uma córnea demasiado curva e/ou um globo
ocular muito alongado, o que faz com que os
raios paralelos que incidem e atravessam o olho
nunca se consigam reunir num único foco.

PRESBIOPIA
Este defeito de visão é devido à perda parcial da capacidade de acomodação do
cristalino, o que faz com que os raios paralelos não sejam focados a nível da
retina. A presbiopia só ocorre na visão de perto e está associada ao
envelhecimento do indivíduo.
Focagem das imagens na retina
Astigmatismo (a = sem + stigma = ponto) — a visão é distorcida,

porque os raios luminosos ao incidirem e atravessarem o olho nunca

se reúnem num único foco.

Miopia — o foco-imagem forma-se para cá da retina.

Hipermetropia — o foco-imagem forma-se para lá da retina.


Miopia e hipermetropia podem corrigir-se, respetivamente, com lentes côncavas e
convexas. Note que em miopia a imagem forma-se antes da retina e em hipermetropia a
imagem forma-se atrás da retina.
Meios de refração do olho

Quando a luz passa de um meio para outro sofre refração.

Os meios de refração do olho são: córnea, humor aquoso, cristalino e humor

vítreo.

A luz sofre refração quando passa para cada um destes meios.

O humor aquoso enche a cavidade anterior (a parte do olho situada em frente do

cristalino) e é secretado pelo corpo ciliar.

O humor aquoso assegura nutrição às estruturas do olho que não recebem

circulação sanguínea.
O humor vítreo é um material mole, O humor aquoso enche a cavidade anterior (a

semelhante a geleia, que ocupa a cavidade parte do olho situada em frente do cristalino) e

posterior do olho atrás do cristalino. é secretado pelo corpo ciliar.


Meios de refração do olho

O humor vítreo é um material mole, semelhante a geleia, que ocupa a

cavidade posterior do olho atrás do cristalino.

A pressão que exerce no globo ocular mantém a retina no local.

Perda do humor vítreo resulta em cegueira porque a retina perde o seu

suporte e cai para a frente.


Meios de refração do olho
O cristalino, situado na parte posterior da íris, é um corpo cristalino e biconvexo envolvido

numa cápsula transparente.

Os ligamentos suspensórios fixam a cápsula do cristalino ao corpo ciliar e à retina.

A tensão dos ligamentos suspensórios ligados ao cristalino ajusta a sua forma e mantém o

objeto continuamente focado sobre a retina.

Se o objeto está distante, a lente (o cristalino) torna-se fina devido à tensão exercida pelos

ligamentos sob contração do músculo ciliar.

Para visão de objetos próximos, a lente torna-se mais espessa, aumentando, assim, o seu

poder de refração.

Este processo de ajuste das lentes para focar um objeto, à maneira que este é trazido para

mais perto dos olhos, designa-se acomodação.


Acomodação do
cristalino
Normalmente, o cristalino está distendido sob tensão exercida por intermédio
dos ligamentos suspensórios.

Quando os músculos ciliares contraem, deslocam-se para mais próximo do


cristalino, e relaxam a tensão no cristalino transmitida pelos ligamentos que o
ligam ao músculo ciliar.

Deste modo, o cristalino que é elástico, passa de uma forma distendida para uma
forma mais arredondada (mais convexa).

Para visão ao perto, o músculo ciliar contrai e o cristalino aumenta a sua curvatura.

Para visão ao longe, o músculo ciliar está relaxado e o cristalino está relativamente
distendido, sob tensão transmitida pelos ligamentos ciliares.

Após, os 45 anos de idade, o cristalino perde grande parte da sua elasticidade e


não aumenta a sua curvatura para visão ao perto, mesmo quando os músculos
ciliares contraem.
Representação do mecanismo de alteração da curvatura
(e espessura) da lente (do cristalino).
A

Visão dos objetos


distantes (a mais de
6 m).

Visão de objetos
perto (a menos
de 6 metros).
Alterações registadas no cristalino e na pupila quando se observam
objetos a diferentes distâncias.
Objeto distante
Músculo ciliar relaxado

Lente distendida
Dilatação da pupila

Objeto próximo
Contração do músculo ciliar

Curvatura da lente aumentada


Constrição da pupila
Acomodação do cristalino

A acomodação tem determinados limites.

Admite-se que a acomodação não se faça para além dos 6 m, distância

remota.

Existe também uma distância mínima a partir da qual a imagem não é nítida

não se forma na retina - distância mínima de visão distinta.

Esta varia com a idade: para um adulto com visão normal é de cerca de 15 cm;

8 cm para 10 anos e 25 cm para 40 anos (figura seguinte).


Limites de acomodação de um olho normal de um
adulto

Distância mínima
de visão distinta

À medida que os anos passam o cristalino vai perdendo as suas capacidades elásticas,

perdendo a capacidade de assumir uma forma esférica, o que leva a um notável

abaixamento da capacidade de acomodação, deixando de se poder acomodar às

curtas distâncias.
Detalhe do cristalino visto de dentro do olho

O cristalino está envolvido por uma membrana elástica e transparente, presa


aos músculos ciliares por ligamentos.
A luz ultrapassa
a córnea, que é a
estrutura
protetora do
cristalino

O cristalino, a lente natural do


olho, contrai ou relaxa para A retina
desviar os raios de luz e fazer transforma O nervo ótico leva o
com que estes cheguem a luz em impulso nervoso para o
exatamente à retina, impulso cérebro, que interpreta
formando uma imagem nítida nervoso a imagem.
Constituição
do olho
humano Humor
vítreo

Conjuntiva Retina
Córnea Esclerótica
íris Coroide
Pupila
Cristalino Fóvea
Humor aquoso

Músculo ciliar
Vasos sanguíneos
Nervo ótico
Ponto cego
A parede do globo ocular é
O globo
ocular composta de túnicas:

1) A túnica externa é fibrosa e

consiste na esclerótica, que na

parte anterior do olho é contínua

com a córnea;

2) A túnica média, altamente

vascularizada e pigmentada,

composta pela coroide, corpo ciliar

e íris;
O globo
ocular 3) A túnica interna é a retina, uma

túnica de células nervosas que

contém terminações do nervo

ótico.
O globo ocular
A esclerótica, ou parte branca do
olho, é uma membrana semirrígida
que cobre a maior parte do globo
ocular e lhe dá a sua forma.

A esclerótica é opaca, mas a sua


parte anterior, a córnea, é
transparente.
O globo ocular
A função da córnea é semelhante à
de uma lente fotográfica, que foca
os raios de luz que a atravessam.

Esta focagem é acentuada e


aperfeiçoada pela lente do
cristalino.
O globo ocular
Na túnica média do globo ocular, a
coroide, é uma membrana altamente
vascularizada e pigmentada.

Esta pigmentação evita a reflexão da


luz no interior do globo ocular.

O corpo ciliar é uma modificação da


coroide na parte anterior desta.
O globo ocular
O músculo ciliar é parte do corpo
ciliar e faz ligação com o ligamento
suspensório que se liga ao cristalino.

O músculo ciliar ajusta a espessura


do cristalino durante a focagem.

A íris é um diafragma localizado


entre o cristalino e a córnea.
O globo ocular
A íris, no centro tem uma abertura

circular (a pupila) que regula a


quantidade de luz que entra no
interior do globo ocular.

A íris tem fibras de músculo liso


radiais e circulares.

As fibras circulares contraem quando


a luz é muito intensa, e reduzem
assim o diâmetro da pupila, deixando
entrar menos luz.
O globo ocular As fibras radiais dilatam a pupila
quando a luz é pouco intensa.

As fibras circulares são enervadas por


fibras nervosas parassimpáticas,
enquanto que as fibras radiais são
enervadas por fibras nervosas
simpáticas.

Portanto, estimulação do sistema


nervoso parassimpático ou simpático
tem efeitos opostos no diâmetro da
pupila.
Os músculos da íris também
O globo ocular
contribuem para a formação de
imagens claras, ajustando o diâmetro
da pupila consoante o objeto que se
vê.

Se o objeto está próximo ocorre uma


constrição da pupila, evitando que
raios de luz divergentes que emanam
do objeto entrem no globo ocular.

A entrada destes raios causaria uma


imagem do objeto pouco definida
porque não seria possível focá-los na
retina.
• A camada de células pigmentadas,
O globo ocular
junto à coroide, absorve o excesso de
luz e evita, assim, reflexão de raios no
interior do globo ocular, o que permite
a formação duma melhor imagem.

• Os albinos não têm melanina na retina


e na íris (ou noutras partes do corpo)
e, portanto, têm dificuldade em obter
imagens bem definidas na sua retina,
em virtude da difusão de luz no globo
ocular.
O globo ocular A retina forma a terceira túnica, a
túnica mais interna, do globo ocular,
e é constituída por células que
transformam a energia radiante da
luz em impulsos elétricos que são
transmitidos para o córtex.

A retina está localizada em frente da


coroide e estende-se até à parte
posterior do corpo ciliar.

A retina tem um consumo de O2 por


 

unidade de peso mais alto do que


qualquer outro tecido do corpo.
O globo ocular Distinguem-se duas camadas na
retina: uma camada altamente
pigmentada, junto à coroide,
composta por células epiteliais
pigmentadas, que contêm o
pigmento melanina, e uma camada
de células fotorrecetores e outras
células nervosas que ligam as
células fotorrecetores ao nervo
ótico.
O globo ocular
• As células fotorrecetoras no olho
humano são os bastonetes e os
cones, existindo aproximadamente
120 milhões de bastonetes e 6
milhões de cones em cada retina.

• Estas células fotorrecetoras têm


pigmento visual em regiões
especializadas, que absorve a luz.
O globo ocular

• A captação da luz pelo pigmento


induz um potencial elétrico que é
transmitido para as células
bipolares que, por sua vez,
transmitem os impulsos para as
células ganglionares:
Recetores  Sistema
Células Células
(bastonetes e Nervoso
bipolares ganglionares
cones) Central

A luz passa pelas várias camadas da


retina antes de atingir os bastonetes e
os cones.
A maioria dos cones está concentrada
numa pequena área da retina
designada mácula lútea, dentro da
qual existe uma pequena região
chamada fóvea centralis que contém
somente cones.
Fora desta região, há
progressivamente menos cones,
enquanto que a concentração de
bastonetes atinge um máximo a 4 mm
da fóvea.
Recetores  Sistema
Células Células
(bastonetes e Nervoso
bipolares ganglionares
cones) Central

A fóvea é o ponto central de


focalização para o sistema ótico do
olho, com cerca de 1 mm de
diâmetro.

Aqui a densidade de cones é da


ordem de 150 000 cones/ mm2
e cada cone faz ligação direta com
uma célula ganglionar, sem outras
interconecções.
Recetores  Sistema
Células Células
(bastonetes e Nervoso
bipolares ganglionares
cones) Central

Portanto, a “imagem” (o impulso


elétrico) é transmitida para o córtex
cerebral muito mais bem definida do
que acontece quando a luz é focada
noutras regiões da retina.

Fora da fóvea, aumenta a


concentração de bastonetes, que
são mais sensíveis do que os cones à
luz de baixa intensidade.

Detetam-se melhor as imagens


focando os objetos fora da região da
fóvea, como acontece ao focarmos
lateralmente.
Recetores  Sistema
Células Células
(bastonetes e Nervoso
bipolares ganglionares
cones) Central

No entanto, os bastonetes não


produzem sensação de cor, e as
imagens aparecem todas a preto e
branco (“ de noite todos os gatos
são pardos”).
A sensação de cor é produzida pelos
cones.
Constituição
nervosa da retina
As células que detetam a
dos vertebrados

luz na retina são os

bastonetes (1) e os cones

(2) que são células nervosas


Constituição
nervosa da retina O segmento exterior é
dos vertebrados
constituído por discos

membranosos (3) que contém

pigmentos sensíveis à luz. O

segmento interior tem uma


Constituição
nervosa da retina Quando os pigmentos
dos vertebrados
absorvem luz (5) suficiente,

produz-se um sinal elétrico na

fibra nervosa adjacente.


Constituição
nervosa da retina Antes de atingir o cérebro,
dos vertebrados
através do nervo ótico (6), as

mensagens passam por uma

série de neurónios existentes na

retina: as células horizontais (7),

bipolares (8), amácrinas (9) e


Olho Olho Vias óticas
esquerdo direito
Lobo frontal

Lobo temporal
Quiasma ótico
Fitas óticas

Radiações óticas
Lobo occipital
Fóvea
Área visual
A AUDIÇÃO
A audição
O ouvido é o órgão de audição, por excelência, capaz de converter
ondas sonoras em sinais nervosos.

Estes sinais são depois conduzidos às áreas auditivas do córtex


cerebral, onde irão ser descodificados em sons.

No ouvido podemos identificar três zonas: o ouvido externo, o ouvido


médio e o ouvido interno.
A audição

O ouvido externo é o único que podemos observar e é o responsável pela

captação das ondas sonoras, que não são mais do que vibrações do ar e

que são transmitidas ao ouvido médio e ao ouvido interno, onde serão

convertidas em impulsos nervosos.

Estas zonas situam-se no interior da cabeça e estão protegidas pelos ossos

da caixa craniana.
Secção do ouvido humano evidenciando as estruturas do ouvido externo
(que recolhe os sons), do ouvido médio (que transporta as vibrações) e do
ouvido interno (onde as vibrações provocam impulsos nervosos que são
conduzidos ao encéfalo).
Anatomia do ouvido humano
1 - Pavilhão auditivo
2 - Canal auditivo
3 - Membrana do tímpano
4 - Martelo
5 - Bigorna

6 - Estribo
7 - Canais semicirculares
8 - Nervo auditivo

9 - Vestíbulo
10 - Cóclea
11 - Janela redonda
12 - Trompa de Eustáquio
Estribo
Canal
auditivo

cerume
Ouvido
médio
Ouvido externo

É formado pela orelha ou pavilhão auditivo e pelo


canal auditivo externo.

Toda a orelha (exceto o lobo) é constituída por um


tecido cartilaginoso e é recoberta por pele.
Ouvido externo
As ondas sonoras são captadas pelo pavilhão
auditivo do ouvido externo sendo
posteriormente conduzidas pelo canal auditivo
externo até à membrana do tímpano.

A forma do pavilhão auditivo e do canal auditivo,


em trombeta, propícia uma melhor captação e
localização dos sons.

No canal auditivo existem pelos e cera


responsáveis pela detenção de pó e de
outras partículas, que eventualmente
possam danificar a membrana do tímpano. O tímpano é uma membrana delgada situada
a cerca de 3 cm da entrada do canal auditivo
externo, capaz de vibrar quando atingida pelas
ondas sonoras, transmitindo-as ao ouvido
médio.
Ouvido médio

As vibrações que aqui chegam vão

ser transmitidas à janela oval,


onde tem início o ouvido interno,
por meio de três ossículos - o
martelo, a bigorna e o estribo.

O meio de propagação das ondas


sonoras continua a ser o ar.
Ouvido médio

É uma pequena cavidade situada no osso temporal, atrás do tímpano


(caixa timpânica), cheia de ar.

Nesta estão três ossículos articulados entre si, cujos nomes lembram a
forma destes objetos:

•martelo

•bigorna

•estribo
O cabo do martelo está encostado ao timpano. O estribo apoia-se na
janela oval, uma fina membrana do ouvido interno que estabelece a
comunicação com o ouvido médio.
Ouvido médio

As vibrações da membrana do tímpano tomam-se vinte vezes maiores dentro do


ouvido médio devido à estrutura dos ossículos e ao facto da janela oval ser muito
mais pequena que a membrana do tímpano.
Ouvido médio

O ouvido médio está ligado à faringe por um canal estreito, a trompa de


Eustáquio, que abre automaticamente quando engolimos ou bocejamos.

A trompa de Eustáquio permite que se conserve uma pressão igual, dentro e fora
do tímpano.
Ouvido interno
No ouvido interno o meio de propagação é um líquido.

Esta parte do ouvido é constituída por estruturas complexas e delicadas, que

estão relacionadas com a audição e com o equilíbrio.

Da audição, faz parte a cóclea ou o caracol e, do equilíbrio, fazem parte o sáculo,

o utrículo e os canais semicirculares.


Ouvido interno: cóclea e sistema vestibular
Sistema vestibular
O sistema ou aparelho vestibular é o conjunto de órgãos do ouvido interno dos
vertebrados responsáveis pela deteção de movimentos do corpo, que contribui para a
manutenção do equilíbrio.

No homem, é formado pelos três canais semicirculares que se juntam numa região
central chamado o vestíbulo (daí o seu nome), que apresenta ainda duas excrescências
chamadas sáculo e utrículo.

Ao vestíbulo encontra-se igualmente ligada a cóclea que é a sede do sentido da audição.

O conjunto destas duas estruturas chama-se labirinto, devido à complexidade da sua


forma tubular.
Sistema vestibular

• O sistema vestibular é constituído por uma estrutura óssea dentro da qual se encontra um
sistema de tubos membranosos cheios de líquido, cujo movimento – provocado por
movimentos da cabeça – estimula células ciliadas que enviam impulsos nervosos ao
cérebro ou diretamente aos centros que controlam o movimento dos olhos ou os músculos
que mantêm o corpo numa posição de equilíbrio.

• Para além do líquido, no sáculo e no utrículo encontram-se otólitos, corpos rígidos cujo
movimento estimula igualmente os nervos que controlam a postura do animal.
Otólitos

Otólitos são concreções de carbonato de

cálcio presentes dentro de câmaras no

aparelho vestibular do ouvido interno dos

vertebrados e que têm a função de

controlar a posição do corpo do animal,

ou seja, manter o equilíbrio postura.

Otólitos de bacalhau e moeda de 10 cêntimos


de dólar
Vibrações do líquido coclear ou endolinfa
provocados pela janela oval (setas vermelhas) e o seu retorno até à base do
caracol (setas azuis).
Mecanismo de audição
A onda sonora desloca
o tímpano (A) e
movimenta os
ossículos (B); as
trepidações desses
ossos deslocam a
membrana tetória e a
basilar, que estimulam
as células acústicas, de
onde partem os
impulsos nervosos (C).
Canal coclear

As células recetoras da audição – células


acústicas - encontram-se no canal coclear,
formando fileiras de células ciliadas localizadas
sobre a membrana basilar.

Estas, em conjunto com as células de suporte e a membrana tetória, formam o órgão de


audição do ouvido interno, o órgão de Corti.
Na cóclea, com a forma de caracol, é possível distinguir três canais membranosos:

o canal vestibular (compartimento superior que parte da janela oval),

o canal timpânico (compartimento inferior que termina na janela redonda)

e o canal coclear (compartimento que se situa entre o canal vestibular e o canal

timpânico e que se encontra individualizado destes pelas membranas vestibular e

basilar, respetivamente).
Os dois primeiros canais estão preenchidos por um líquido — a

perilinfa.

Por sua vez, o líquido contido no canal coclear designa-se de

endolinfa.

É no canal coclear que se encontram as células recetoras da audição,

células acústicas, que constituem o órgão de Corti.


As vibrações que passam através da janela oval provocam ondas de pressão

no canal vestibular.

Estas ondas por sua vez, são transmitidas ao canal timpânico e ao canal

coclear, onde ocorrem deformações nos cílios das células recetoras do

órgão de Corti.

O fluxo nervoso que se gera nestas

células é transmitido, pelo nervo

auditivo, aos hemisférios cerebrais,

onde é convertido em sons.


O MECANISMO DA AUDIÇÃO

1º - As ondas sonoras que se


propagam no ar são
recebidas pela orelha.
Daí passam para o ar que
preenche o canal auditivo
externo, até encontrar o
tímpano, que entra em
vibração.
3º - As vibrações,
2º - Essa vibração é
captadas pelas
transmitida aos ossículos terminações das células
nervosas que se situam
e ao ar que existe no na cóclea, são
transformadas em
ouvido médio. impulsos nervosos que
chegam até ao cérebro,
Atinge, então, as
que os transforma em
membranas da janela sensações sonoras.

oval e da janela redonda.

Dessa forma, o
Os sons entram Esses ossos
no organismo estimulam a
pela orelha. cóclea, um
órgão cheio
Passa pelo de líquido
canal que recebe o
auditivo, um som através
canal que de ondas.
amortece as
ondas sonoras
e as conduzem
Na cóclea, os
até ao tímpano.
sons serão
O som causa uma transmitidos
pressão no tímpano, para o
que gera um cérebro pelo
movimento em três nervo
pequenos ossos: auditivo.
AUDIÇÃO
EQUILÍBRIO DO CORPO
"Além da audição, o ouvido interno também
participa do controle do equilíbrio do corpo“

Os movimentos da cabeça fazem com que o líquido


(endolinfa) no interior do ouvido se agite e
estimule as células nervosas dos canais
semicirculares.

Ao receber esse impulsos nervosos, o cérebro


identifica a posição de nosso corpo no espaço.
Equilíbrio do corpo
Então, envia ordens para
que os músculos ajam,
mantendo o corpo em
equilíbrio.
O cerebelo, é o órgão
que controla os
movimentos musculares
e que também participa
dessa ação.
AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO
• Frequentemente, a pressão no ouvido médio pode ser igualada e o
desconforto aliviado pela respiração com a boca aberta, pelo ato de
mascar um chiclete ou pela deglutição.
O gosto e olfato

O gosto e o olfato estão intrinsecamente ligados.

Quer os sensores do olfato quer os do gosto são

quimiorrecetores, pois são estimulados por

substâncias químicas vindas do meio externo.


O gosto e olfato

Os sensores do olfato encontram-se localizados no

epitélio olfativo da porção superior da cavidade

nasal e analisam as substâncias químicas trazidas

pelo ar que se dissolveram na fina camada de

muco que envolve as células sensoriais.


Plexo
nervoso Bolbo olfativo

Nariz
Epitélio olfatório

Cornetos nasais
Palato
Faringe
Alimento

Língua

Diagrama esquemático dos órgãos quimiorrecetores do Homem


Fluxo de ar através
da cavidade nasal

Inspiração
normal

Expiração
normal
Morfologia do epitélio olfativo

Localização e morfologia do epitélio olfativo


No epitélio olfativo, as células basais, as de sustentação e as olfativas, e as
glândulas de Bowman, que se encarregam de fornecer o muco necessário à
distinção dos elementos odoríferos, operam a seleção das propriedades
aromáticas das substâncias.
Bolbo olfativo
4. Os sinais são
transmitidos para o
cérebro.

3. Os sinais são
transmitidos através
Nervo olfativo de axónios.
Bolbo olfativo 2. As células recetoras
Células recetoras na olfativas são ativadas e
membrana olfativa enviam sinais elétricos.

1. Moléculas de cheiro
ligam-se aos recetores.
Células
Moléculas de cheiro recetora Recetores
s do olfato
Ar com
olfativas moléculas
de cheiro
O gosto e olfato

São sete os principais tipos de sensores do olfato

parecendo cada um deles, detetar um grupo específico

de substâncias químicas, que se pensa corresponderem

aos seguintes cheiros: almiscarado, floral,

hortelã-pimenta, éter, canforado, picante e pútrido.


Existem sete tipos de células
olfativas e considera-se que
cada um deles deteta um
tipo de cheiro particular:
almiscarado, floral,
hortelã-pimenta,
éter, canforado, picante
e pútrido.
A combinação das perceções
desses recetores, permitem-
nos distinguir cerca de 10 mil
aromas diferentes.
O gosto e olfato

Sempre que um indivíduo esteja exposto, por um

período de tempo prolongado, a um determinado

cheiro, ao fim de algum tempo, deixa de o sentir,

porque todos os recetores olfativos se encontram

saturados pelas moléculas desse odor.


Fisiologia da sensação olfativa
Pelos olfativos
Representação esquemática
do processo de receção de
Recetor para estímulos segundo a Teoria
o cheiro de
cânfora
Recetor para Estereoquímica dos Odores.
o cheiro de
pútrido A célula olfativa,
representada ao centro,
Recetor para
o cheiro de Célula olfativa Recetor para o possui cílios, em cuja
almíscar cheiro picante
superfície estão formações
(esquematizados em volta).
Recetor para
o cheiro de Cada formação tem forma
Recetor para éter
o cheiro de característica, nela só cabem
flores
as moléculas que se adaptam
ao recetor olfativo.
Recetor para
o cheiro de
menta
Fisiologia da sensação olfativa Ainda não se conhece ao certo o
mecanismo que possibilita aos
recetores olfativos detetar as
moléculas odoríferas flutuantes no
ar.

A chamada Teoria Estereoquímica


dos Odores é, até hoje, a explicação
mais aceite.
Fisiologia da sensação olfativa
Esta, embora considerada
moderna, foi elaborada, na sua
forma primitiva, por Lucrécio, no
século I a. C.
Segundo a Teoria Estereoquímica
existem sete aromas
fundamentais ou primitivos:
cânfora, almíscar, flor, menta,
éter, picante e pútrido.

No entanto, nos últimos anos,


muitas pistas têm indicado que
pode haver 50 ou mais sensações
primárias de olfato e que as
moléculas correspondentes a cada
um desses odores teriam formas
características.
Modelos moleculares de seis dos sete tipos fundamentais de odores
Uma vez estimuladas as células sensoriais
olfativas gera-se um fluxo nervoso que é
conduzido pelo nervo olfativo até ao
cérebro, onde é percecionado.

Os movimentos respiratórios aspiram para o


nariz o ar que contém substâncias químicas
que vão atuar a nível das fibras nervosas
olfativas.
Os sinais nervosos aí desencadeados vão ser
transmitidos ao lobo olfativo do cérebro.
Os recetores do paladar
encontram-se associados em
botões gustativos essencialmente
localizados nas papilas gustativas
da língua.

Podem também encontrar-se na Célula recetora


Célula de suporte
superfície da epiglote, no palato e
perto da laringe.
A — Esquema representativo da língua com
Os recetores gustativos analisam os a disposição dos sensores gustativos (Am –
amargo; Ac - ácido; S - salgado; D - doce).
alimentos desde que humedecidos. B — Pormenor das papilas gustativas da
língua.
C — Detalhe de um botão gustativo.
Em diferentes zonas da língua
existem distribuídos quatro
tipos de sensores do gosto,
capazes de percecionar quatro
sensações primárias: o doce, o
amargo, o ácido e o salgado.
Célula recetora
Cada sensor está ligado a uma Célula de suporte
fibra nervosa para a qual são
enviados os estímulos nervosos A — Esquema representativo da língua com
a disposição dos sensores gustativos (Am –
que vão ser transmitidos ao amargo; Ac - ácido; S - salgado; D - doce).
B — Pormenor das papilas gustativas da
cérebro. língua.
C — Detalhe de um botão gustativo.
Áreas do paladar na língua

Am – Amargo
Ac - Ácido
S - Salgado
D – Doce
As papilas gustativas são de quatro tipos: as filiformes (finas e alongadas) e as fungiformes (em
forma de cogumelo) situam-se na parte anterior da língua; as foliadas (em forma de folha), na
parte posterior, e um quarto grupo, as circunvaladas (as mais volumosas, em forma de anel)
convergem em V ao fundo.
Numa representação em corte da parte central da superfície da língua (em cima), podemos

observar a forma de três tipos de papilas.

As mais numerosas são as papilas filiformes.

As fendas entre as papilas são humedecidas com o muco segregado pelas glândulas que se

encontram na base dessas mesmas fendas.

As moléculas do paladar têm que ser dissolvidas para que os botões gustativos as possam

detetar.
Microfotografia de secção longitudinal de língua (A — 92x)
Microfotografia de secção longitudinal de língua (A — 92x) e pormenor de um botão gustativo
(B — lOOOx ). — Esquema de 3 botões gustativos. Estes são aproximadamente 10 000.
Distribuição dos botões gustativos no peixe-gato.
Cada ponto negro representa 100 botões gustativos.
Recetores da pele

Recetores sensoriais da pele Sensação percebida

Recetores de Krause Frio


Recetores de Ruffini Calor
Recetores de Vater-Pacini Pressão
Recetores de Meissner Tato
Terminações nervosas livres Dor
A Pele

Representação esquemática dos recetores sensoriais da pele


Perda de audição: os sinais de alarme

Segundo o National Institute on Deafness and Other


Communication Disorders (EUA), o NHS Choices (Reino Unido) e
a Mayo Clinic (EUA), os sinais de alarme mais comuns que
alertam para a perda de audição progressiva no adulto são:

• Dificuldade em ouvir o que lhe dizem ao telefone;


• Não ouvir a campainha da porta;
• Achar que os sons estão "abafados";
Perda de audição: os sinais de alarme

• Ter de esforçar-se para perceber uma conversa;

• Pedir frequentemente para as pessoas repetirem o que estão a dizer ou

para falarem mais alto, mais devagar e de forma mais clara;

• Dificuldades de concentração em reuniões, conversas com mais de um

interlocutor ou em locais públicos em que exista barulho de fundo;

• Os seus familiares queixarem-se que o som da televisão, aparelhagem


ou o toque do seu telemóvel está sempre muito alto.
Perda de audição: os sinais de alarme

Consulte um especialista

É importante estar atento aos sinais de alarme e consultar um


otorrinolaringologista se sente que a perda de audição está a interferir nas suas
atividades diárias, deixando de participar em conversas e começando a evitar
eventos sociais por ter dificuldade em perceber o que as pessoas dizem.

De acordo com a Mayo Clinic, a perda de audição tem um impacto significativo na


nossa qualidade de vida, podendo gerar ansiedade e a sensação (errada) de que os
outros estão zangados connosco e conduzir mesmo a estados de depressão.
Diagnóstico e tratamentos

O otorrinolaringologista poderá diagnosticar o seu problema através de


exames complementares que serão pedidos de acordo com a sua situação
clínica (audiometria, otoemissões acústicas, impedancimetria, potenciais
evocados, entre outros exames) e aconselhá-lo em relação ao tratamento
mais adequado consoante a causa da perda de audição e o grau desta.
Diagnóstico e tratamentos

O tratamento pode ir desde os procedimentos mais comuns como a remoção


do cerume, até diversos procedimentos cirúrgicos ou a adaptação de um
aparelho auditivo (que amplifica o som e o direciona para o ouvido).

Atualmente, o Implante Coclear (IC), dispositivo eletrónico que estimula o


nervo auditivo diretamente, também é uma opção para crianças e adultos que
se integrem em critérios de seleção muito específicos (surdez neurossensorial
severa-profunda bilateral/unilateral, entre outros).
Atenção!

A perda repentina de audição (que é, muitas vezes, acompanhada de


tonturas ou de zumbido no ouvido) pode instalar-se no decorrer de
algumas horas ou dias, é motivo para consultar o otorrinolaringologista de
imediato.

Pode ter diversas causas e é fundamental ser tratada precocemente porque a


possibilidade de recuperar a audição depende em muito da rapidez com
que se inicia o tratamento.
https://www.saudecuf.pt/mais-saude/artigo/perda-de-audicao-os-sinais-de-alarme
A quimiorreceção

A quimiorreceção integra, na espécie humana, o sentido do olfato e o


sentido do gosto.

Estes sentidos especiais são estimulados, especificamente, por


substâncias químicas que necessitam ser dissolvidas para que possam
ser percecionadas.

Desta forma, não é de surpreender que estas regiões se encontrem


permanentemente humedecidas, o epitélio olfativo pelo muco
produzido pelas glândulas de Bowman e a boca por substâncias
sintetizadas pelas glândulas existentes nas fendas das papilas linguais.
Relativamente ao sentido do gosto, verifica-se que a discriminação
gustativa é efetuada, de maneira específica, pelos recetores gustativos
que se encontram distribuídos pela língua, nomeadamente pelos
botões gustativos que reagem, através das fibras nervosas sensoriais, à
presença do alimento dissolvido.

Os impulsos gerados por estas fibras seguem pelos três pares de


nervos cranianos diretamente para o cérebro, que os interpreta e
integra.
Na superfície da língua
observam-se diferentes tipos de
papilas linguais: as mais
numerosas são as papilas
filiformes, caracterizadas pela
sua forma cónica e abundando
na superfície central da língua,
os seus gomos gustativos são
particularmente sensíveis a e as papilas circunvaladas, que estão concentradas na
sabores amargos; zona posterior da língua, reagindo a sabores amargos.
as papilas fungiformes, que Para além dos sabores amargo, doce e ácido, é

evidenciam o topo achatado e possível, ainda, diferenciar a sensação de salgado, cuja

cujos gomos gustativos reagem perceção ocorre no ápice e nas bordas da língua.

aos sabores doce e amargo;


Áreas do paladar na língua

Epiglote

Amígdalas
palatinas

Am – Amargo
Ac - Ácido
S - Salgado
D – Doce
Amígdalas
linguais
Amígdalas
palatinas
A capacidade de discriminação de determinado paladar evidencia

limiares de estimulação que para o sabor salgado e doce estão

quantificados como sendo, aproximada e respetivamente, de 0,01 M

de cloreto de sódio e 0,01 M de sacarose.


Relativamente ao olfato, as estruturas
especializadas de receção são as células
ciliadas da mucosa olfativa.

Estas, curiosamente, apresentam uma


distribuição restrita, isto é, localizam-se
apenas no teto da cavidade nasal.

Tal localização, conveniente, permite-lhes


permanecer fora da zona de fluxo do ar
inspirado e do ar expirado.

Deste modo, as células ciliadas da


mucosa olfativa não se encontram
expostas à desidratação, às variações
da temperatura e à ação de poeiras.
Morfologia do epitélio olfativo

Localização e morfologia do epitélio olfativo


As vantagens desta localização anatómica
relacionam-se com um maior grau de proteção
conferido em relação aos agentes agressivos do
epitélio olfativo.

Consequentemente, são poucas as moléculas


odoríferas que atingem as células recetoras do
olfato, sendo comum, quando se quer reconhecer
um cheiro, efetuar movimentos com o nariz e
inspirar o ar como que "farejando".

Estes movimentos do nariz provocam um turbilhão


aéreo, misturando o ar parado nas proximidades da
mucosa olfativa com o ar circulante que contém a
substância aromática, potenciando-se, assim, a sua
perceção.
Fluxo de ar através da cavidade nasal

Inspiração normal

Expiração normal
No epitélio olfativo distinguem-se,
para além das células olfativas
envolvidas na receção de
estímulos, as células de
sustentação.

As células olfativas constituem


neurónios bipolares que possuem à
superfície os cílios olfativos,
constituindo as terminações
nervosas.

Os cílios, estando imersos em muco secretado pelas glândulas de Bowman, constituem a

verdadeira superfície olfativa recetora de estímulos.

Assim, as células olfativas da mucosa, quando estimuladas, emitem impulsos nervosos, via

nervos olfativos, para os bolbos olfativos que se localizam por detrás do septo nasal.
A capacidade de diferenciação dos
odores pode ser explicada sob os
pontos de vista físico e químico.

O modelo da perceção física


(inerente aos odores flor, almíscar,
cânfora, menta e éter) relaciona

a estimulação do recetor olfativo

com a forma das moléculas da


substância odorífera

e o modo como tais substâncias se


alojam nos locais recetores dos cílios
olfativos.
Por sua vez, o modelo da
perceção química dos
odores concebe a
ocorrência de uma reação
específica entre os
recetores químicos,

existentes nas membranas


dos cílios olfativos, e os
diferentes tipos de
estimulantes olfativos (os
odores putrídeo e picante).
Na presença de determinada substância odorífera receptores específicos são
estimulados, desencadeando-se um potencial de ação que é conduzido ao cérebro
onde é devidamente integrado.
As explicações física e química da perceção dos odores permitem deduzir que a
exposição contínua a determinado odor resulta em saturação olfativa, a ponto de
deixarmo-nos de o aperceber.
Esta saturação é encarada como consequência de uma ocupação completa das
zonas recetoras.
É necessário um certo tempo antes que as células recetoras estejam aptas para
uma nova utilização, reativando-se, então, o sentido desse cheiro específico.
Surpreendentemente, pessoas afetadas por resfriados intensos ou alergias não
percepcionam (ou percecionam com dificuldade) o sabor dos alimentos, apesar
das suas sensações gustativas estarem completamente normais. Isto sugere que
grande parte do que chamamos sabor é na realidade odor.
De facto, os odores procedentes dos alimentos podem deslocar-se na nasofaringe,
muitas vezes estimulando o sistema olfativo com intensidades mil vezes
superiores às do sistema gustativo, sendo maior a acuidade gustativa.

O inverso também se verifica, isto é, quando cheiramos determinada substância,


algumas das moléculas deslocam-se do nariz para a boca e estimulam certos
botões gustativos, de modo que quando nos referimos ao cheiro na realidade é o
sabor.
Por isto se conclui que o olfato e o gosto são sensações que se
completam, pois ambos os sentidos, apesar de aparentemente
independentes, relacionam-se com uma área específica do cérebro
que responde pela perceção, condução e integração das sensações
olfativas.

Tal região do sistema nervoso central está, também, relacionada


funcionalmente com os mecanismos alimentares, bem como com as
respostas emocionais, como a atividade sexual e o medo.

Assim, compreendem-se as relações existentes entre o sistema


quimiorrecetor e aspetos comportamentais dos animais.

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