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Tema 9.3.

_ A experiência religiosa como


afirmação do espaço espiritual no Mundo
Área III

MÓDULO 6 – Área de Integração


O O O O FENÓMENO RELIGIOSO – UNIVERSALIDADE E DIVERSIDADE

•Desde sempre a religião desempenha um papel muito importante na vida do Homem;


•A religião tem estado presente em todas as sociedades humanas, mesmo as mais antigas,
•A religião e as práticas religiosas têm sido uma constante ao longo do tempo influenciando a forma como os Homens perspetivam e se relacionam com o Meio onde estão inseridos;

A religião é um fenómeno universal

O FENÓMENO
RELIGIOSO
Religião_ Noção
•Define-se, geralmente, como um conjunto de crenças relacionadas com que aquilo que a
humanidade considera como sobrenatural, divino e sagrado, bem como, o conjunto de rituais e
códigos morais que derivam dessas crenças; (1)
•É um conceito difícil de definir pois a diversidade de religiões não permite encontrar uma definição
que seja tão generalista e tão universal, de modo, a englobar todos os tipos de manifestações religiosas;
•Por exemplo, afirmar que uma religião supõe a existência do sobrenatural, pode excluir algumas
religiões;
•Por outro lado, nas culturas não europeias, não existem conceitos que correspondam à palavra religião,
ou seja, a palavra religião não tem equivalência semântica fora das línguas de origem Latina;

(1) httpp://repositorioaberto.univ-ab.pt/(adaptado)

(1) – http://repositorioaberto.univ-ab-pt (adapatado)


O que a religão não é... A. Giddens
“Em primeiro lugar , a religião não deveria ser identificada com o monoteismo. Na maioria
das religiões proliferam vários dividandades e nalgumas religiões não existem qiuaisquer
deuses.
Em segundo, lugar, a religião não deveria ser identifiv«cada com os preceitos morais que
controlam o comportamento dos crentes. A ideia de que os deuses estão interessados no nosso
comportamento terreno não existe em muitas religiões. N aGrécia antiga, por exemplo, os
deuses eram bastantes indiferentes às atividades dos homens.
Em terceiro, a religião não está necessariamente preocupada em explicar como o mundo se
tornou o que é. Muitas religiões têm mitos de origem do mundo, mas muitas há em que isso
não acontece.
Em quarto, a religião não pode ser identificada com o sobre natural, vista como envolvendo
intrinsecaente a crença num universo “para além do reino dos sentidos”, pois nalgumas isso
não acontece”.
Giddens, A.., A Sociologia, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2004 (adaptado)
O que é comum...
No entanto, é possível encontrar alguns elementos
partilhados pelas diferentes religões, pois todas elas possuem:
• um conjunto de símbolos (deus, deuses, objetos, etc.) aos quais
estão associados sentimentos de admiração ou de temor (medo);
• Rituais ou cerimónias realizadas em conjunto pelos crentes (por ex,
missas e procissões, no catolicismo);
• Os atos rituais associados a cada religião são muito diferentes,
podendo incluir orações, canções, cânticos, confissões, prescrições
alimentares, jejuns, etc.
• Os atos rituais podem ser relizados individual ou coletivamente.
Todas as religiões comportam cerimónias realizadas em conjunto
pelos crentes em lugares especiais, como por exemplo, os templos,
as igrejas, os santuários, etc.
Deste modo, o fenómono religioso envolve duas
dimensões:
• pessoal:
• Social.
A dimensão pessoal que pressupõe uma rlação pessoal
com o objeto de culto que envolve o homem no seu todo,
ou seja, é uma atitude pessoal que expressa uma relação
íntima do indivíduo com o objeto. Esta experiência
religiosa é denatureza subjetiva, é intransmpssível e tem
uma forte componente efetiva.
Por um lado, a dimensão social da religião corresponde
A diversidade de religiões
No mundo existem e existiram diversas religiões que são
muito diferentes entre si. A Antropologia e a História têm
estudado essas religiões, desde as sociedades tradcionais até
à atualidade, tendo proposto vários esquemas evolutivos.
De entre ass diferentes religiões, iremos destacar as
seguintes:
 das sociedades tradicionais (magia, animismo e
totemismo);
 Monoteismo (Judaismo, Cristianismo e Islamismo);
 Do Extremo Oriente (Hinduísmo, Confucionismo e
Taoismo)
Religião nas sociedades tradicionais
Nas sociedades tradicionais, a religião desempenhou um papel muito
importante na vida da sociedade. Assim, para além da magia, as duas
formas de religião que nelas mais se verificaram foram o animismo e o
totemismo.
A magia baseava-se na crença de que os acontecimentos podem ser
alterados através de práticas rituais (cânticos, encenações, etc,) ou da
utilização de poções. Estas práticas são levadas a cabo por indivíduos que
se acredita possuírem poderes para contactar com as forças não naturais,
ou seja, com os espíritos. Entre esses indivíduos estão, por exemplo, os
xamãs, mágicos que consultam os espíritos e realizam rituais religiosos
para resolver os problemas da comunidade ou dos indivíduos que os
consultam.
Religião nas sociedades tradicionais
O animismo parte do pressuposto de que o mundo,
para além dos seres humanos, existem espríritos ou
fantasmas, ouseja, deuses que regulam todas essas
forças. Deste modo, esses espíritos (benignos e
malignos) podem influenciar o comportamento dos
indivíduos de uma forma positiva ou negativa.
Animismo

«O animismo é uma crença em espíritos ou fantasmas


que se pensa viverem no mesmo mundo que os seres
humanos. Tais espíritos podem ser vistos como benignos
ou malignos e podem influenciar o comportamento
humano em numerosos aspetos. Em algumas culturas, por
exemplo acredita-se que os espíritos causam a doença ou a
loucura e que também podem possuir ou tomar um
indivíduo de modo a controlarem o seu comportamento.
As crenças animistas não estão confinadas a pequenas
culturas, mas encontram-se, em certa medida, em muitos
Religião nas sociedades tradicionais
Finalmente, o totemismo parte do pressuposto de que
um objeto (animais ou plantas) – totem – tem poderes
sobrenaturais. Assim, por exemplo, as tribos índias norte-
amereicanas possuíam, cada uma delas, um totem, ao qual
estavam associados rituais e que funcionavam como
símbolo de autoridade e de coesão da comunidade.
As religiões tradicionais são, na sua grande maioria,
politeístas, o que significa que se acreditava em vários
deuses.
Religiões monoteístas
• As três religiões monoteístas (acreditam num único Deus) mais importantes são: o
Judaímos, o Cristianismo e o Islamismo.
Estas religiões nasceram todas no Próximo Oriente, tendo-se influenciado muruamente
possuindo uma cidade sagrada em comum – Jerusalém.
Judaísmo
O Judaísmo, a mais antiga das religiões monoteístas, nasceu no Egito cerca de 1500 a. c.
Os seus profetas (líderes religiosos), entre os quais se encontram Abraão e Moisés,
defenderam o culto de um Deus único e todo-poderoso.
A Bíblia é a referência principal para se entender a história do povo judeu. Assim, de
acordo com a Bíblia, Deus fez um acordo com os Hebreus, fazendo com que eles se
tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida – Canâã (atual Palestina).

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