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Derivada de segunda ordem;

Extremos;
Sentido das concavidades;
Pontos de inflexão
Derivada de segunda ordem de uma função
Definição:
Dada uma função real de variável real , diferenciável num intervalo , tal que a
função derivada é diferenciável num ponto , a derivada chama- -se derivada
de segunda ordem de no ponto e representa-se por .

Assim, se a função derivada é diferenciável em , então:


𝒇 ′ ( 𝒙 )− 𝒇 ′ ( 𝒙𝟎) 𝒇 ′ ( 𝒙 𝟎+ 𝒉 ) − 𝒇 ′ ( 𝒙 𝟎 )
𝒇 ′ ′ ( 𝒙 𝟎) = 𝒍𝒊𝒎 =𝒍𝒊𝒎
𝒙→𝒙 𝟎
𝒙 − 𝒙𝟎 𝒉→ 𝟎 𝒉

Definição:
Uma função real de variável real diz-se duas vezes diferenciável num dado
intervalo se existir para todo o .

Exemplo: Considera a função real de variável real definida por .

A expressão da função derivada de é .


Derivando novamente esta função, obtém-se a segunda derivada de .
𝒇 ′ ′ ( 𝒙 ¿(
) 𝑓 ′ ( 𝑥 ))′¿ (3 𝑥 2) ′ ¿ 𝟔 𝒙
Derivada de segunda ordem de uma função
A primeira derivada de uma função é o declive da reta tangente ao gráfico em
cada ponto onde a deriva existe, sendo assim, se a segunda derivada também
existir nesses pontos, temos que:

1) Se a função primeira derivada, da função

cresce à medida que cresce, e a

concavidade da função é voltada para cima.

2) Se a função primeira derivada, , decresce , à

medida que x cresce, e a concavidade da

função é voltada para baixo.


Pontos de inflexão e concavidades do gráfico de funções
duas vezes diferenciáveis

Teorema:
Seja uma função diferenciável num intervalo . O gráfico de tem:
 a concavidade voltada para cima em se e somente se for estritamente
crescente em ;
 a concavidade voltada para baixo em se e somente se for estritamente
decrescente em .

Deste teorema, decorre o seguinte resultado:

Teorema:
Seja uma função duas vezes diferenciável num intervalo .
 se , , então o gráfico de tem a concavidade voltada para cima;

 se , , então o gráfico de tem a concavidade voltada para baixo.


Pontos de inflexão e concavidades do gráfico de funções
duas vezes diferenciáveis

Observa que:
 se , , então é estritamente crescente.
Logo, pelo primeiro teorema, o gráfico de tem a concavidade voltada para
cima neste intervalo.
 se , , então é estritamente decrescente.
Logo, pelo primeiro teorema, o gráfico de tem a concavidade voltada para
baixo neste intervalo.

Teorema:
Dada uma função , duas vezes diferenciável num dado intervalo , com , e
tal que :
 se , admite um mínimo local em ;
 se , admite um máximo local em
 Pontos de inflexão e concavidades do gráfico de funções
duas vezes diferenciáveis
Definição:
Dada uma função de domínio , chama-se ponto de inflexão do gráfico de
ao ponto , onde , se existirem números reais e tais que e a concavidade do
gráfico de no intervalo tiver sentido contrário à concavidade do gráfico de
no intervalo .
Neste caso, diz-se que o gráfico de tem ponto de inflexão em .

Teorema:
Dada uma função , duas vezes diferenciável num intervalo , se o gráfico de
tem ponto de inflexão em , então .

Demonstração
Se o gráfico de tem ponto de inflexão em , então existem números reais e
tais que e a concavidade do gráfico de no intervalo tem sentido contrário à
concavidade do gráfico de no intervalo .
Pontos de inflexão e concavidades do gráfico de funções
duas vezes diferenciáveis

Demonstração (continuação)
Suponhamos, sem perda de generalidade, que:
 no intervalo , o gráfico de tem a concavidade voltada para cima;
 no intervalo , o gráfico de tem a concavidade voltada para baixo.
Então, a função é crescente em e é decrescente em . Como, por hipótese,
é diferenciável em , a função é contínua no ponto .
Sendo continua em , crescente em e decrescente em , concluímos que tem
um máximo relativo em .
Portanto, .
 Pontos de inflexão e concavidades do gráfico de funções duas
vezes diferenciáveis
Método para estudar o sentido das concavidades e os pontos de
inflexão do gráfico de uma função duas vezes diferenciável
1.º passo: Determina o domínio da função .
2.º passo: Determina a expressão da função segunda derivada .
3.º passo: Determina os zeros da função , ou seja, resolve a equação .

4.º passo: Estuda o sinal de .


5.º passo: Constrói um quadro, no qual se estabelece a relação entre o sinal
e os zeros da segunda derivada com o sentido das concavidades
e os pontos de inflexão do gráfico da função:
Divide o domínio da função em intervalos através
dos zeros da segunda derivada e/ou abcissas onde
a 2ª derivada não exista!
Sinal de Preenche com o sinal da segunda derivada.
Sentido das concavidades Preenche com o sentido das concavidades e os
do gráfico de pontos de inflexão do gráfico da função.

6.º passo: Indica os intervalos onde o gráfico de tem a concavidade voltada para
cima e para baixo e a existência de pontos de inflexão.
Pontos de inflexão e concavidades do gráfico de funções
duas vezes diferenciáveis
Exemplo: (ex. 1. da ficha)
Considera a função definida por .
𝐷 𝑓 = ℝ
 e
 e
𝑓 ’
⇔− ’ ⇔(𝑥=1𝑥
6 𝑥+6=0 ) =0

Sinal de +¿ 0 −
Sentido das
concavidades do
gráfico de
∪ P.I.

𝑓 (1 )=−1 3+3 × 12+ 9 ×1 −4 ¿ −1+3+9 − 4 ¿ 7
 O gráfico de tem a concavidade voltada para cima em .

 O gráfico de tem a concavidade voltada para baixo em .


 O gráfico de apresenta um ponto de inflexão de coordenadas .
Exercício (ex. 2 da ficha)
Estuda, quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quanto 2
à
𝑥 +4
existência de pontos de inflexão, a função definida por 𝑓 ( 𝑥 ) = .
𝑥

Sugestão de resolução:
𝐷 𝑓 = ℝ ¿ {0 ¿ }

𝐷 𝑓 =ℝ ¿{0¿}

( 𝑥 2 − 4 )′ × 𝑥 2 − ( 𝑥 2 − 4 ) × ( 𝑥 2 )′
𝑓 ′ ′ ( 𝑥 )=
( 𝑥 2 )2

8
 Em : ⇔ 3
=0 𝐷 𝑓 =ℝ ¿{0 ¿}
′′
𝑥

Equação impossível, isto é, não tem zeros.


8
Exercício (cont. do ex. 2 da ficha) 𝑓 ′ ′( 𝑥 )= 3 𝐷 𝑓 = 𝐷 𝑓 =ℝ ¿{0¿}
′′
𝑥
Estuda, quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quanto à
𝒙 𝟐+𝟒
existência de pontos de inflexão, a função definida por 𝒇 ( 𝒙 )= 𝒙 .

+¿ +¿ +¿
Sinal de
− 0 +¿
− 𝑛.𝑑. +¿
Sentido das
concavidades do
gráfico de ∩ 𝑛.𝑑. ∪
 O gráfico de tem a concavidade voltada para baixo em .
 O gráfico de tem a concavidade voltada para cima em .
 Não existem pontos de inflexão no gráfico de .
Exercício 3
𝑥
Considere a função definida por: 𝑓 ( 𝑥 )= 2
𝑥 −1

Estude o sentido das concavidades e existência de pontos de inflexão do


gráfico de
Sugestão de resolução:
 Domínio:
𝑫 𝒇 = { 𝑥 ¿ℝ
∈ 1,1¿} : 𝑥 2 − 1 ≠ 0 }
¿{− ℝ
𝑥2 − 1=0⇔ 𝑥 2=1 ⇔ 𝑥=− 1∨ 𝑥=1

𝐷 𝑓 =ℝ ¿ {−1,1¿}

Exercício 3
Sugestão de resolução (continuação):
𝑥 2 +1
𝑓 ′ ( 𝑥)=− 2 𝐷 𝑓 =ℝ ¿ {−1,1¿}

( 𝑥 −1 )
2

 Sentido das concavidades e pontos de inflexão do gráfico de :

(colocando em evidência )

𝐷 𝑓 =ℝ ¿{−1,1¿}
′′

𝒇 ’ ’ ( 𝒙 ) =𝟎

⇔ ( 𝑥 = 0 ∨ 𝑥 =− 3 ) ∧ 𝑥 ≠ − 1 ∧ 𝑥 ≠ 1
2

condição impossível em

⇔ 𝑥=0
Exercício 3 Sugestão de resolução (continuação):
𝑓 ( 𝑥 )= 2
𝑥
𝐷 𝑓 =ℝ ¿{−1,1¿}
𝑥 −1

2 𝑥 ( 𝑥 2 +3 )
𝑓 ′ ′ ( 𝑥 )=− 3
𝐷 𝑓 =ℝ ¿{−1,1¿}
′′

( 𝑥 −1 )
2

− 𝑛.𝑑. − 0 +¿ 𝑛.𝑑. +¿
+¿ 𝑛.𝑑. +¿ +¿ +¿ 𝑛.𝑑. +¿
+¿ 𝑛.𝑑. − − − 𝑛.𝑑. +¿
Sinal de
Sentido das
− 𝑛.𝑑. +¿ 0 − 𝑛.𝑑. +¿
concavidades do
gráfico de ∩ 𝑛.𝑑. ∪ P.I. ∩ 𝑛.𝑑. ∪
𝑪 á 𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐 𝒅𝒂 𝒐𝒓𝒅𝒆𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒑𝒐𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒊𝒏𝒇𝒍𝒆𝒙 ã 𝒐 : 𝒇 ( 𝟎 ) =
0 0
02 −1
¿ ¿0
−1
Exercício 3 (conclusão)
𝑓 ( 𝑥 )=
𝑥
𝐷 𝑓 =ℝ ¿{−1,1¿}
𝑥2−1

Sentido das concavidades e pontos de inflexão do gráfico de :

- O gráfico de tem a concavidade voltada para baixo em e em e tem a


concavidade voltada para cima em e em .

- O ponto de coordenadas é ponto de inflexão do gráfico de .


Exercícios
1. Na figura está parte da representação gráfica de uma função

Sugestão de resolução:
Exercícios
2. Sabe-se que a reta de equação é tangente ao gráfico de uma função
derivável em IR, no ponto de abcissa nula.

3.
Exercícios
3.

Sugestão de resolução:
Exercícios
4. Sejauma função de domínio IR com primeira e segunda derivadas em todo o
domínio. Sabe-se que o gráfico de tem um ponto de inflexão de abcissa 1.
Qual dos seguintes gráficos poderá ser o da primeira derivada da função
Exercícios 6.

5.

7.
Exercícios da ficha
7. No referencial da figura seguinte, está representada graficamente a derivada de
segunda ordem de uma função de domínio IR.
Sabe-se que:

Estude quanto à existência de extremos relativos.


 

8. De uma função de domínio IR, sabe-se que a sua segunda derivada é dada por:

Quantos pontos de inflexão tem o gráfico de ?


Exercícios da ficha

8.  Seja f: IR IR uma função tal que:


• é diferenciável em IR;
• .
Nas figuras seguintes estão representadas, em referencial ortogonal xOy, partes dos
gráficos de quatro funções de domínio IR.

Indique qual dos gráficos pode representar a função e, para cada um dos restantes,
apresente uma razão pela qual este não pode ser parte do gráfico da função .
Exercícios da ficha

10.  Na figura seguinte está representada, em referencial cartesiano, parte do


gráfico de uma função , contínua e crescente, de domínio IR+.

Considere uma função de domínio , tal que:

10.1 Justifique que tem pelo menos um zero no intervalo .


10.2 Estude quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e à existência
de pontos de inflexão.
Exercícios da ficha

11.  Seja uma função de domínio IR. Sabe-se que:

Considere as afirmações seguintes:

I. O teorema de Bolzano-Cauchy permite garantir, no intervalo , a existência de pelo


menos um zero da função .
II. O gráfico da função admite uma assíntota horizontal quando tende para .
III. A função é necessariamente crescente em .

Elabore uma composição, na qual indique, justificando, se cada uma das afirmações é
verdadeira ou falsa. Na sua resposta apresente três razões diferentes, uma para cada
afirmação.
Exercícios da ficha

12.  Na figura seguinte, está representado em referencial o.n.


xOy, o gráfico da derivada de segunda ordem de uma função ,
tal que.
Sabe-se que:

Diga, justificando, quais das seguintes proposições são verdadeiras:

a) O gráfico de tem um ponto de inflexão em .


b)
c) Se , então, é estritamente crescente em .
d) Se , então tem um mínimo relativo em 3.
Problemas de otimização

A modelação consiste em encontrar funções, a que chamamos modelos,


adequadas à resolução de problemas das mais diversas áreas da ciência. No
caso particular em que a solução do problema reside na determinação de um
extremo relativo (máximo ou mínimo), dizemos que estamos perante um
problema de otimização.
São os casos, por exemplo, das empresas que querem maximizar o lucro,
dos investidores que pretendem maximizar os dividendos e minimizar os
riscos, dos viajantes que querem minimizar o tempo gasto para fazer
determinado percurso,…
Problemas de otimização

Um método geral para resolver problemas de otimização envolve várias


etapas, das quais destacamos:
 Ler e pensar – Deves ler o enunciado com atenção e pensar. Deves identificar
aspetos essenciais do problema, questionar-te sobre se alguma técnica te parece
mais apropriada, se existem estimativas razoáveis para a resposta, …

 Construir um modelo matemático – Certifica-te de que identificaste e


interpretaste corretamente o problema. Escolhe as variáveis e estabelece relações
entre elas. Limita os domínios das variáveis àqueles para os quais o problema faz
sentido.

 Aplicar métodos de redução – Verifica se é possível eliminar variáveis por


substituição.

 Resolver o problema – Resolve o problema usando as técnicas de cálculo.

 Interpretar e validar – Depois de resolveres o problema, verifica se a solução faz


sentido.
Exercício 2
𝑥 𝑦 𝑥
O fabrico de embalagens de cartão
processa-se, numa dada fábrica, a partir
de folhas quadradas com de lado, por
recorte e dobragem, conforme ilustra a 𝑥
60 𝑐𝑚
figura:
Determina o valor de que maximiza o
volume da embalagem e calcula o 𝑥 𝑦
volume máximo.
60 𝑐𝑚
Sugestão de resolução:
A base da embalagem é um retângulo de dimensões por .
Por sua vez, a altura da caixa é .
𝑉 ( 𝑥 )=( 60 − 2 𝑥 ) ( 30 − 𝑥 ) 𝑥 ¿ ( 180 0 −60 𝑥 − 60 𝑥+2 𝑥2 ) 𝑥
¿ 1800 𝑥 −120 𝑥 2+2 𝑥 3 , com
2
𝑉 ′ ( 𝑥 )= ( 1800 𝑥 − 120 𝑥 +2 𝑥 ) ¿ 1800 −240 𝑥+6 𝑥
2 3 ′
Exercício 2

Sugestão de resolução (continuação):


𝑉 ′ ( 𝑥 )=0 ⇔1800 − 240 𝑥 +6 𝑥 2=0
− ( − 40 ) ± √ ( − 40 ) − 4 ×1 ×300
2
2
⇔ 𝑥 − 40 𝑥+ 300=0 ⇔ 𝑥=
2 ×1
40 ± √ 1 600 −1 2 00 40 ± 2 0
⇔ 𝑥= ⇔ 𝑥=10 ⇔
∨ 𝑥=
𝑥=30
2 2

Sinal de 𝑛.𝑑. +¿ 0 − 𝑛.𝑑.


Variação de 𝑛.𝑑. Máx.
𝑛.𝑑.

𝑉 ( 10 )=1800 ×10 − 120 ×102 +2 ×10 3¿ 18000 −12000+2000


¿ 8000

O volume da embalagem é máximo quando e, nesse caso, o volume da


caixa é .
Limites com módulos

a) b) c)

d) e) f)
 

g) h) i)
Estudo completo de funções

De momento, pretende-se que sejas capaz de combinar todos os conceitos


trabalhados acerca de funções, como é o caso do conceito de limite, de
continuidade e de derivada, e que consigas esboçar o gráfico de uma função
definida analiticamente.
Para realizares um estudo completo de uma função, deves determinar:
 o respetivo domínio;
 sempre que possível, os zeros;
 os intervalos de monotonia, os extremos locais e absolutos;

 o sentido das concavidades e os pontos de inflexão;

 as assíntotas ao respetivo gráfico.

Depois de realizado todo este trabalho deverás ser capaz de fazer um


esboço do respetivo gráfico.
Exercício 3

Estuda e esboça o gráfico da função definida por:


𝑥
𝑓 ( 𝑥 )= 2
𝑥 −1
Sugestão de resolução:
 Domínio:
𝐷 𝑓 = { 𝑥 ¿ℝ
∈ 1,1¿} : 𝑥 2 − 1 ≠ 0 }
¿{−ℝ
𝑥2 − 1=0⇔ 𝑥 2=1 ⇔ 𝑥=− 1∨ 𝑥=1
 Zeros:
𝑥
𝑓⇔ 2 ( = 0𝑥
⇔ 𝑥=0 ∧ 𝑥)2
=
−1 ≠ 0⇔ 𝑥=0 0
𝑥 −1
 Intervalos de monotonia e extremos locais e absolutos:

𝐷 𝑓 =ℝ ¿ {− 1,1 ¿ }

Tem-se que , . Assim, é estritamente decrescente em , em e em e não


tem extremos relativos.
Exercício 3

Estuda e esboça o gráfico da função definida por:


𝑥
𝑓 ( 𝑥 )= 2
𝑥 −1
Sugestão de resolução (continuação):
 Sentido das concavidades e pontos de inflexão do gráfico de :

(colocando em evidência )

𝑓 ’ ’ ( 𝑥 ) =0

⇔ ( 𝑥 = 0 ∨ 𝑥 =− 3 ) ∧ 𝑥 ≠ − 1 ∧ 𝑥 ≠ 1
2

condição impossível em

⇔ 𝑥=0
Exercício 3

Estuda e esboça o gráfico da função definida por:


𝑥
𝑓 ( 𝑥 )= 2
𝑥 −1
Sugestão de resolução (continuação):
 Sentido das concavidades e pontos de inflexão do gráfico de :

− 𝑛.𝑑. − 0 +¿ 𝑛.𝑑. +¿
+¿ 𝑛.𝑑. +¿ +¿ +¿ 𝑛.𝑑. +¿
+¿ 𝑛.𝑑. − − − 𝑛.𝑑. +¿
Sinal de
Sentido das
− 𝑛.𝑑. +¿ 0 − 𝑛.𝑑. +¿
concavidades do
gráfico de ∩ 𝑛.𝑑. ∪ P.I. ∩ 𝑛.𝑑. ∪
0 0
𝑓 ( 0) = ¿ ¿0
0 −1 −1
2
Exercício 3

Estuda e esboça o gráfico da função definida por:


𝑥
𝑓 ( 𝑥 )= 2
𝑥 −1
Sugestão de resolução (continuação):
 Sentido das concavidades e pontos de inflexão do gráfico de :
O gráfico de tem a concavidade voltada para baixo em e em e tem a
concavidade voltada para cima em e em .

O ponto de coordenadas é ponto de inflexão do gráfico de .

 Assíntotas ao gráfico de :
é contínua no seu domínio, , por se tratar de uma função racional.

Assim, só as retas de equação e são candidatas a assíntotas verticais ao


gráfico de .
Exercício 3

Estuda e esboça o gráfico da função definida por:


𝑥
𝑓 ( 𝑥 )= 2
𝑥 −1
Sugestão de resolução (continuação):
 Assíntotas ao gráfico de :
¿ 1
𝑥 →
𝑥 →1
¿
𝑥
lim
lim
+¿

𝑥 − 11
¿
¿ +¿
2 0 ¿ 𝑓
¿+∞
+ ¿
( 𝑥 ) ¿
¿
1 Conclui-se assim que as retas
¿−∞
lim 𝑥
lim
¿ 𝑥→ 1 ¿ −
𝑓 ( 𝑥 )
𝑥 →
2
𝑥 − 11 0
− de
− equação e são as únicas
¿ −1 assíntotas verticais ao gráfico
¿
𝑥 →−
lim
𝑥 →− 1
lim
𝑥
𝑥 −1
+¿
¿
¿
1 0

2 𝑓
¿+∞
+ ¿
( 𝑥 ) ¿
de . ¿
−1
¿−∞
lim 𝑥
lim
¿ 𝑥 → − 1 ¿ +¿

𝑓 ( 𝑥 )
𝑥 → 𝑥 −2
− 1 0
1 ¿ −

𝑥 1
lim 𝑥
lim lim 0
𝑥 →+ ∞ 𝑥
2
𝑥 →+ ∞ 𝑥
lim
¿ 𝑥 →+ ∞ ¿ 𝑓
¿ ( 𝑥
¿
1−0 ¿0 )
𝑥 →
2
𝑥 − + 1 ∞𝑥2 1 1
− 1−
𝑥
2
𝑥
2
𝑥2
𝑥 1
lim 𝑥 lim lim 0
𝑥→ − ∞ 𝑥
2
𝑥 →− ∞ 𝑥
lim
¿
𝑥→ − ∞ ¿ 𝑓
¿ ( 𝑥
¿
1 − 0 ¿0 )
𝑥 →
2
𝑥 −− 1 ∞𝑥 2
1 1
− 1−
𝑥
2
𝑥
2
𝑥2
Exercício 3

Estuda e esboça o gráfico da função definida por:


𝑥
𝑓 ( 𝑥 )= 2
𝑥 −1
Sugestão de resolução (continuação):
 Assíntotas ao gráfico de :
Conclui-se assim que a reta de equação é assíntota horizontal ao gráfico
de quando e quando .

 Representação gráfica de :
Com o estudo analítico que acabámos de
efetuar, conseguimos esboçar o gráfico da
função .
Aplicar a noção de derivada à cinemática do ponto

Se uma função indica a distância percorrida por um móvel, que se desloca


num percurso linear, em função do tempo, tem-se que:
 a taxa média de variação de , no intervalo , é a velocidade média do
móvel entre os instantes e ;
 a derivada de em é a velocidade do móvel em .
Exemplo:
Uma partícula desloca-se sobre uma reta numérica cuja unidade é o metro.
A abcissa (nessa reta) da respetiva posição no instante , em segundos, é
dada por:
𝑝 ( 𝑡 )= 4 𝑡 2+20 𝑡

a) Determina a velocidade média entre os instantes e .


b) Calcula a velocidade no instante .
c) Supondo que a partícula esteve em movimento entre os instantes e , qual
é a velocidade máxima atingida? Qual é a aceleração da partícula nesse
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
instante?
Aplicar a noção de derivada à cinemática do ponto

Sugestão de resolução:
𝑝 ( 𝑡 ) =4 𝑡 2+20 𝑡

a) Determina a velocidade média entre os instantes e .

𝑡 . 𝑚. 𝑣 .[ 0 , 2¿] 𝑝 ( 2 ) −𝑝 ( 0 )¿ 56 − 0¿ 𝟐𝟖 A velocidade média da


2 −0 2 partícula entre os instantes
e é de metros por
𝑝 ( 2 )= 4 × 2 2+20 × 2 ¿ 4 × 4+4 0¿ 5 6
segundo.
𝑝 ( 0 )= 4 × 0 2+20 × 0 ¿ 4 ×0+ 0¿ 0

b) Calcula a velocidade no instante .


A velocidade no instante é igual a .
𝑝 ′ ( 𝑡 )= ( 4 𝑡 +20 𝑡 ) ′ ¿ 8 𝑡+20
2
A velocidade no instante é igual a
𝑝 ′ ( 2 ) ¿ 8 ×2+20¿ 𝟑𝟔 metros por segundo.
Aplicar a noção de derivada à cinemática do ponto

Sugestão de resolução:
𝑝 ( 𝑡 ) =4 𝑡 2+20 𝑡

c) Supondo que a partícula esteve em movimento entre os instantes e , qual


é a velocidade máxima atingida? Qual é a aceleração da partícula nesse
instante?
Pretende-se determinar a velocidade máxima entre os instantes e , isto
é, determinar o máximo da função .
Para o efeito, determinemos a derivada da função : 𝑝 ′ ′ ( 𝑡 ) =8

Como , , então é estritamente crescente em .


Logo, é o máximo no intervalo considerado, ou seja, a partícula atinge a
velocidade máxima em . A velocidade máxima
𝑝 ′ ( 8 ) ¿ 8 × 8+20¿ 𝟖𝟒 atingida é igual a .
A aceleração da partícula no instante é igual à derivada de em :
𝑝 ′ ′ ( 8 )=𝟖 A aceleração da partícula no
instante é igual .
Aplicar a noção de derivada à cinemática do ponto

Formalizemos o conceito de aceleração presente no exemplo anterior.

Fixemos um instante para origem das medidas de tempo, uma unidade de


tempo , uma reta numérica , com unidade de comprimento , e um intervalo ,
não vazio e reduzido a um ponto.

Seja a função posição de um ponto que se desloca na reta durante um


intervalo de tempo , e e dois instantes de , a aceleração média de no
intervalo de tempo na unidade é a taxa média de variação de entre e :

𝑝 ′ (𝑡 2 )− 𝑝 ′ (𝑡 1 )
𝑡 2 − 𝑡1

Para , a aceleração instantânea de no instante na unidade é a derivada


de segunda ordem de em , , caso exista.

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