Código do Imposto sobre a Aplicação de Capitais (“IAC”) –

Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14, de 20 de Outubro

Abril de 2021
aguinaldo.valentim@minfin.gov.ao

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SUMÁRIO

1 INCIDÊNCIA

2 ISENÇÕES

3 TAXAS

4 LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO

5 FISCALIZAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS

6 PENALIZAÇÕES E GARANTIAS

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INCIDÊNCIA

Incidência objectiva

O IAC incide sobre os rendimentos provenientes da simples aplicação de capitais e divide-se

em duas secções: A e B.

Incidência subjectiva

O IAC é devido pelos titulares dos rendimentos, sem prejuízo da sua exigência a outras
entidades em casos especialmente previstos no respectivo Código.

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Incidência – Secção A:

Secção Rendimentos

• Juros dos capitais mutuados;

• Rendimentos provenientes dos contratos de abertura de crédito;
• Rendimentos originados pelo diferimento no tempo de uma prestação ou pela
mora no pagamento, ainda que auferidos a título de indemnização ou de cláusula
A penal, estipuladas nos contratos;
• Letras e livranças de natureza distinta de meros títulos de pagamento ou cujo
pagamento excedeu o prazo previsto, caso em que assumem a natureza de
títulos de colocação de capitais.

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Incidência – Secção B:

Secção Rendimentos

• Lucros atribuídos aos sócios ou accionistas das sociedades comerciais ou civis

sob a forma comercial, bem como o repatriamento dos lucros imputáveis a
estabelecimentos estáveis de não residentes em Angola;
• Importâncias ou valores atribuídos aos sócios das sociedades cooperativas,
desde que constituam remunerações do capital;
• Juros, prémios de amortização ou reembolso e outras formas de remuneração
das obrigações, títulos de participação ou outros títulos análogos emitidos por
B
qualquer sociedade;
• Juros de suprimentos ou de outros abonos efectuados pelos sócios ou
accionistas às sociedades, bem como os rendimentos dos mesmos que, tendo sido
atribuídos aos sócios das sociedades não anónimas nem em comandita por
acções, por eles não sejam levantados até ao fim do ano da respectiva atribuição;

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Incidência – Secção B:

Secção Rendimentos

• O saldo dos juros apurados escriturados em conta corrente;

• Importâncias atribuídas a empresas singulares ou colectivas a título de
indemnização pela suspensão da sua actividade;
• Lucros que as pessoas singulares ou colectivas aufiram em regime de conta em
participação;
B • Emissão de acções com reserva de preferência na subscrição;
• Royalties;
• Juros dos depósitos à ordem e a prazo;
• Juros, prémios de amortização ou reembolso e outras formas de remuneração
dos Bilhetes do Tesouro, Obrigações do Tesouro e Títulos do Banco Central;

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Incidência – Secção B:

Secção Rendimentos
• O quantitativo dos juros contáveis desde a data do último vencimento, ou da emissão,
primeira colocação ou endosso, se ainda não tiver ocorrido qualquer vencimento, até à
data da transmissão de obrigações de empresas privadas, Bilhetes do Tesouro,
Obrigações do Tesouro e Títulos do Banco Central, bem como os prémios de
amortização ou de reembolso e outras formas de remuneração daqueles títulos, na parte
correspondente àqueles períodos;
• O saldo positivo, apurado em cada ano, entre as mais-valias e menos-valias realizadas
decorrentes da alienação de participações sociais ou outros instrumentos que gerem
B
rendimentos sujeitos a IAC, desde que não obtidos no âmbito da actividade comercial do
sujeito passivo e sujeitas a Imposto Industrial ou Imposto sobre os Rendimentos do
Trabalho;
• Quaisquer outros rendimentos derivados da simples aplicação de capitais, não
compreendidos na secção A.

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Secção A

Constituição da Obrigação do Imposto

Rendimentos Isentos
• Juros de vendas a crédito realizadas por comerciantes; • Atribuição efectiva de rendimentos;
• Juros de empréstimo sobre apólices de seguro vida, feitos
por sociedades de seguros.
• Presunção de existência do rendimentos;
• Possibilidade legal de existência;
Rendimentos não sujeitos Desde que

• Rendimentos operacionais das instituições financeiras e
das cooperativas, quando sujeitos ao Imposto Industrial,
ainda que dele isento.
• Sejam gerados em Angola/ pagos por entes com
residência ou EE em Angola;
• Sejam pagos a entidades com sede e ou EE em Angola
Exigibilidade do imposto
• Desde o momento em que começam a vencer-se ou se
presume o seu vencimento;

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Secção B

Constituição da Obrigação do Imposto

Rendimentos isentos
• Lucros pagos a empresas com sede em Angola e que
detenham há mais de 1 ano 25% ou mais do capital da
empresa que paga o lucro;
• Juros de poupanças até KZ 500 mil por pessoa aprovados
pelo Ministro das Finanças, sob parecer da AGT e ouvido
BNA e ABANC;
• Juros de contas poupanças – habitação
• Atribuição efectiva de rendimentos;
• Presunção de existência do rendimentos;
• Possibilidade legal de existência;
Desde que
• Sejam gerados em Angola/ pagos por entes com
residência ou EE em Angola;
• Sejam pagos a entidades com sede e ou EE em Angola
Exigibilidade do imposto
• Desde o momento em que começam a vencer-se ou se
presume o seu vencimento;

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 Taxas

Taxa de 15% Taxa de 10% Taxa de 5%

• Todos os rendimentos • Todos os rendimentos da Secção B, • Juros, prémios de amortizações e reembolso dos BT e
da Secção A; excepto os da coluna anterior; das OT;
• (…)
• Juros de conta - • Juros dos DO e DP; • Juros, prémios de amortizações e de reembolso dos TBC;
corrente (B); • Juros, prémios de amortizações e
reembolso dos BT e das OT; • Quantitativos contáveis de juros, prémios de
• Rendimentos não • Juros, prémios de amortizações e de amortizações e de reembolso de títulos de obrigações,
tributados na Secção A reembolso dos TBC; créditos, OT, BT, TBC ou outros análogos;
(B); • Cessão de participações sociais;
• Saldo positivo das mais valias ou
• Prémios de jogos de menos valias das alienações de
fortuna ou azar participações sociais e outras;
• Dividendos – quando as participações sociais sejam
• Outros rendimentos; admitidas e negociadas em mercado regulamentado;
Aplicável apenas para 5 anos
• indemnizações pela cessação de actividade;

Quando admitidos em mercado regulamentado e com maturidade

de 3 anos Juntos Somos Mais Fortes!
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Liquidação e Pagamento - Secção A

Rendimento Entidade Responsável Prazo para pagamento

• Todos os rendimentos • Titular dos rendimentos, quando o Até ao último dia do mês
mesmo possua residência, sede, seguinte àquele
direcção efectiva ou estabelecimento a que respeite o imposto.
estável em Angola;
• Devedor dos rendimentos, sempre
que o rendimento seja devido por
pessoas colectivas ou singulares com
contabilidade organizada a favor de
pessoas singulares ou quando o titular
do rendimento não possua em Angola
residência, sede, direcção efectiva ou
estabelecimento estável.

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Liquidação e Pagamento - Secção B

Rendimento Entidade Responsável Prazo para pagamento

• Todos os rendimentos • Titulares / beneficiários dos Até ao último dia do mês

Rendimentos não sujeitos a
retenção na fonte:
• Emissão de acções com
reserva de preferência na
subscrição.
rendimentos. seguinte àquele
a que respeite o imposto.
• Entidade pagadora dos
rendimentos, se tiver residência,
sede, direcção efectiva ou
estabelecimento estável em
Angola;
• Titulares / beneficiários dos
rendimentos, quando a entidade
pagadora dos mesmos não tiver
residência, sede, direcção efectiva
ou estabelecimento estável em
Angola.

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Fiscalização das obrigações fiscais
Administração Fiscal
• Rever e corrigir o valor do
imposto declarado, desde que
se verifiquem insuficiências ou
inexactidões;
• Determinar o valor colectável
com base nos elementos
disponíveis;
• Outros poderes de fiscalização
e inspecção.
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Outros organismos públicos: tribunais, notários e conservatórias
• Rejeição do registo predial e da propriedade automóvel de actos e
contratos quando o imposto devido não se mostre pago;
• Rejeição do registo comercial ou predial de alterações ao pacto social
que impliquem aumento do capital social que dêem lugar a
incorporação de reservas ou emissão de acções com reservas de
propriedade;
• Recusa pelos tribunais de documentos sujeitos a IAC, sem que se
mostre pago;
• Recusa por qualquer repartição pública de documentos sujeitos a IAC,
sem que se mostre pago;
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Penalizações e Garantias

Código Geral Tributário

(art.º 155.º) • O pagamento do imposto fora do prazo (Multa 25%);

• Indicação inexacta, de que resulte liquidação de imposto inferior ao devido (25.000,00 a

(art.º 199.º)
35.000,00 Kwanzas);

(art.º 197.º)
• A não entrega total ou parcial do imposto devido, sem prejuízo de outras sanções previstas
no CGT (10% não superior a 30%);
• A não entrega do relatório de contas (25.000,00 a 500.000,00 Kwanzas);
(art.º 198.º) • A não entrega da declaração de emissão de acções com reserva de subscrição (10.000,00 a
50.000,00 Kwanzas);

Reclamações e • Contra a liquidação do imposto podem os contribuintes e as entidades responsáveis pela sua
recursos entrega nos cofres do Estado reclamar e recorrer nos termos estabelecidos no Código Geral
Tributário e Código do Processo Tributário.
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 Muito Obrigado

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