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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Aula 3 – Os modos de produção: capitalismo e


socialismo
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Conteúdo Programático desta aula

- Definir capitalismo;

- Descrever as principais teorias


sobre o sistema capitalista em sua
formação;

- Listar os principais filósofos


socialistas, analisando suas teorias;

OS MODOS DE PRODUÇÃO: CAPITALISMO E SOCIALISMO – AULA 03


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Nesta aula, analisaremos os dois grandes sistemas


econômicos do século XX, o capitalismo e suas
diversas modalidades, como mercantil e financeiro
e o socialismo, tanto o utópico como cientifico.
Distinguiremos estes dois sistemas a fim de
entendermos sua aplicação em diferentes países do
mundo contemporâneo.

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O que é capitalismo ?

O que é socialismo ?

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Desde a Idade Média, o modelo produtivo passou por


diversas transformações. Primeiro, podemos destacar
o feudalismo, baseado na mão de obra servil e cujo
centro da vida econômica era o feudo. Com a
centralização dos estados nacionais e o renascimento
comercial e urbano, o feudalismo foi
progressivamente substituído pelo mercantilismo.
Embora não seja um sistema econômico, o
mercantilismo pode ser definido como um conjunto de
práticas econômicas que daria origem ao capitalismo
pois um dos objetivos do mercantilismo é o lucro,
diferente do feudalismo, que se caracteriza mais
como uma economia de subsistência.

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Na Idade Média, tínhamos uma


hegemonia da Igreja Católica e sua
concepção sobre o lucro. Com o
advento da Reforma Protestante, essa
concepção mudou e vimos a política
do lucro ser vista de outra maneira.
Mais que um fenômeno social, essa
mudança de mentalidade consolidou
os anseios da classe burguesa.

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METALISMO

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Adam Smith – 1723 –1790

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Sobre o metalismo, Adam Smith coloca que:


 
“A dupla função que cumpre o Dinheiro, como
instrumento de comércio e como medida dos
valores, fez com que se produza de jeito natural
essa ideia popular de que o Dinheiro faz a riqueza,
ou que a riqueza consiste na abundância de ouro e
prata [...]. Razoa-se do mesmo jeito com referência
a um país. Um país rico é aquele no que abunda o
dinheiro, é o meio mais simples de enriquecer o seu,
é amassar o ouro e a prata [...]. Devido ao crescente
sucesso destas ideias, as diferentes nações da Europa
dedicaram-se, embora sem sucesso suficiente, a
buscar e acumular ouro e prata de todas as maneiras
possíveis.
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.
Espanha e Portugal, possuidoras das principais
minas que provêm à Europa desses metais,
proibiram a sua exportação ameaçando com
graves represálias, ou submeteram-na a enormes
taxas. Esta mesma proibição fez parte da política
da maioria das nações da Europa. É encontrada
mesmo onde menos se aguardaria, em algumas
antigas atas do parlamento da Escócia, que
proíbem, sob fortes penas, transportar ouro e
prata fora do reino. A mesma política pôs-se em
prática na França e na Inglaterra.” SMITH, Adam.
Riqueza das Nações, Livro IV, capítulo I

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Conforme a burguesia se desenvolve e se


afirma enquanto classe, a interferência
real, que já foi necessária, torna-se um
fardo, pois impede o livre
desenvolvimento do comércio. Surgem
então novas teorias econômicas, que irão
compor o quadro que chamaremos de
modo capitalista de produção.

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Surgem, então, teorias que passam a


questionar a validade do protecionismo
e do controle do rei na economia e, ao
mesmo tempo, buscam entender os
mecanismo de formação e
funcionamento do sistema capitalista a
medida em que este vai se
desenvolvimento.

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FISIOCRACIA
E
LIBERALISMO

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Ambos se opunham a ingerência do


Estado na economia, e defendiam que
esta possuía uma dinâmica própria, que
funcionaria melhor quanto menor fosse a
intervenção estatal. Entretanto, os
fisiocratas defendem que a fonte de toda
riqueza está na terra, enquanto os
liberais defendem a preponderância das
relações comerciais.

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Fisiocratas defendem a
posse da terra como
riqueza pois ela gera
excedente, fator ligado ao
comércio.

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Francois de Quesnay – 1694 - 1774


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Escola Clássica de economia

Adam Smith - é um de seus


principais teóricos e defende a não
intervenção do Estado na economia
– base do liberalismo. Para Smith, a
economia se autoregularia . É dele
também a teoria da mão invisível
que seria responsável por essa
autoregulação.

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Adam Smith – 1723 - 1790

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David Ricardo – propõe a teoria das


vantagens comparativas – relação
econômica entre dois países trará
vantagens para ambos.

Thomas Maltus – analisou a relação


entre demografia e capitalismo,
preocupando-se com a escassez de
recursos decorrente do crescimento
demográfico.

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David Ricardo Thomas Malthus

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Tripé do Capitalismo

Lucro

Propriedade Privada

Trabalho assalariado

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Observar o inchaço das cidades, a miséria do


operariado e o enriquecimento da burguesia,
com o apoio do Estado, motivou o surgimento
de novas teorias, que se oporiam ao
capitalismo, as teorias socialistas. Embora
Karl Marx seja o mais famosos de seus
teóricos, ele não foi o único, tampouco, o
primeiro. Desde o século XVIII estas teorias
socialistas tem sido gestadas no que foi
chamado por Marx e seus contemporâneos de
socialismo utópico. Logo, devemos dividir as
teorias socialistas em duas correntes:
 
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• Socialismo Utópico

• Socialismo
Científico
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Socialistas utópicos – criticavam,


de modo geral, as condições de
vida as quais eram submetidas a
classe trabalhadora, além da
desigualdade social que o
capitalismo provocava. Suas
teorias foram produzidas entre os
século XVIII e XIX.

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Principais teóricos:

Robert Owen – preocupava-se com as condições de


trabalho do operariado.

Saint Simon – distribuição de recursos de acordo com


a capacidade dos indivíduos, permitindo que cada um
desenvolvesse suas potencialidades em harmonia.

Charles Fourier – elaborou a teoria das comunidades


modelo. Pai do cooperativismo.

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Principais teóricos:

Louis Blanc – Estado deveria incentivar as


associações profissionais e lucro seria dividido
entre Estado e trabalhadores.

Joseph Proudhon – diferente dos outros, defendia


uma sociedade sem Estado, uma das bases do
anarquismo. Recusava o título de socialista utópico.
Defendia o corporativismo e as associações
coletivas.

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Socialismo Científico

Karl Marx e Friedrich Engels

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O alemão Karl Marx foi, antes de tudo, um


estudioso do sistema capitalista. Foi a partir
da compreensão do funcionamento deste
modelo produtivo que Marx elaborou suas
criticas e, mais tarde, seu modelo
econômico, que ficaria conhecido como
socialismo. Sua principal obra é “O Capital”,
mas também podemos destacar o Manifesto
do Partido Comunista, escrito em
colaboração com Friedrich Engels.

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Para Marx, a história da humanidade é a


história da luta de classes e o trabalho é
a atividade fundadora das sociedades.
Em suas teorias, ele funda o conceito de
mais valia, que seria a base do lucro do
capitalista, ou burguês, que é definido
como dono dos meios de produção. Ao
trabalhador, resta vender sua força de
trabalho, já que não possui os meios de
produção.

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NESSA AULA VOCÊ:

- - Definiu capitalismo;

- Descreveu as principais teorias sobre o sistema


capitalista em sua formação;

- Listou os principais filósofos socialistas,


analisando suas teorias;

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