Você está na página 1de 32

Teoria da Contabilidade

AVALIAÇÃO DE
ATIVOS
Introdução
Introdução

Representa o foco e o núcleo da teoria contábil


(Lustosa, 2009)
Paton (1924)

Francisco D’Auria (1958)


Iudícibus (2009)

Resolução CFC 847/99 Meigs e Johnson (1962)

Spouse e Moonitz (1962)


Avaliação de Ativos

 O que é avaliar?

 Por que avaliar os ativos?


Métodos de avaliação de Ativo
 São muitos.

 O número final obtido representa a melhor aproximação do


verdadeiro valor monetário do Ativo.

 Valor baseado na expectativa de 3 elementos: o motante dos fluxos


futuros de benefícios líquidos; a ocorrência de fluxos futuros de
beneficios e de sacrificios eventualmente necessários para extraí-los e a
taxa de desconto para trazer os fluxos futuros a valor presente.

 A avaliação de ativos é subjetiva, depende do método de avaliação e se


alicerça na expectativa de que aquela avaliação represente a melhor
aproximação do verdadeiro valor.

 Consideração do risco: redução, proporcionalmente a incerteza nos


fluxos futuros líquidos de caixa esperado; ou pelo aumento da taxa
que descontará os fluxos futuros a valor presente.
Critério de avaliação a valores de entrada
Valores de entrada são aqueles obtidos no mercado de
compra de uma entidade ou os que refletem o custo ou
sacrifício para a obtenção de ativos. (Kehl, 2005)

Os Valores de entrada são mais adequados para


avaliação dos ativos, uma vez que eles podem traduzir o
valor máximo para a empresa e porque, em muitos casos
não existe um mercado para a determinação dos valores de
venda. (Iudícibus, 1980)

Principais autores que advogam (advogaram) a


Avaliação a Valores de Entrada são: Edwards e Bell,
Sweeney e Hendriksen.
Critérios de avaliação a valores de entrada

 Custo histórico
 Custo histórico corrigido
 Custo reposição
 A Custo Corrente
 A Custo corrente corrigido
Critérios de avaliação a valores de entrada

Custo histórico
 O custo histórico representa o preço agregado pago para
adquirir a propriedade e o uso de um ativo, incluindo todos os
gastos para colocá-lo em local e condições de utilização no
processo operacional da empresa. (KEHL, 2005);

 Uma das mais fortes razões da adoção generalizada do custo


histórico tem sido sua estreita relação com o conceito de
realização da receita na mensuração do lucro. (Hendriksen);

 Tradicionalmente, a contabilidade tem adotado como critério de


avaliação de seus ativos o valor de aquisição, ou seja, pelo custo
histórico (SCHMIDT, 2001)
Critérios de avaliação a valores de entrada

Custo histórico corrigido


 Esta teoria, cuja denominação original é "Price-Level. Accountiflg",
preocupa-se exclusivamente com a restauração dos custos históricos.
 Nada mais é do que a restauração dos próprios custos históricos. Pretende
reestabelecer os custos incorridos em transações passadas em termos de poder
aquisitivo da moeda. (Iudícibus);
 Busca manter o valor da avaliação original em moeda de poder aquisitivo
constante, ajustando-o por um índice de preços, constituindo-se, portanto, em
um método bastante superior ao custo histórico puro. (KEHL, 2005);
 Utilizado em países hiper-inflacionários;

 Reconhecido e indicado p/IASB e ONU.


Critérios de avaliação a valores de entrada

Custo de reposição

1. Custo corrente

 O custo corrente é o preço de troca que seria exigido


hoje para obter o mesmo ativo ou um ativo
equivalente. O conceito é próximo da definição de
valor justo (KEHL, 2005);

 O custo corrente de um ativo procura representar a


avaliação a preços correntes do mesmo ativo,
adquirido há mais tempo (Iudícibus).
Critérios de avaliação a valores de entrada
Custo de reposição
2. Custo corrente corrigido

 Combina as vantagens do custo corrente com as do custo


histórico corrigido. (Iudícibus);
 Para alguns pesquisadores é talvez o mais completo
conceito de avaliação a valores de entrada, pois combina as
vantagens do custo corrente com as do custo histórico
corrigido. (Tinoco, 1992);
 É muito mais apropriado e realístico, pois ao comparar os
custos correntes de um mesmo ativo entre duas datas ou ao
comparar seu custo corrente com o histórico, leva em conta
a parte dessa diferença que é fictícia devido à variação da
capacidade aquisitiva da moeda. Martins (1972)
Critérios de avaliação a valores de entrada

 Os métodos de avaliação a valores de entrada


assumem que o ativo vale o custo do recurso que a
empresa sacrificou (custo histórico) ou sacrifica
(custo corrente) para adquiri-los.
 Levando-se em conta todos os fatores como:
relevância, praticabilidade, objetividade, poder
preditivo, etc., o conceito de custo corrente (de
reposição) corrigido é o mais completo, na maior
parte das circunstâncias e deveria ser adotado
para a avaliação geral do Ativo. (Iudícibus)
Critérios de avaliação a valores de entrada
Critérios de avaliação a valores de entrada
Critérios de avaliação a valores de entrada
Critérios de avaliação a valores de entrada
Critérios de avaliação a valores de entrada
Critérios de Avaliação – Valores de saída

Valor realizável líquido


Equivalentes correntes de caixa
Valor de liquidação
Valor presente líquido
Critérios de Avaliação – Valores de saída

Valor realizável líquido

Quanto a entidade pode conseguir através da


venda dos seus ativos, abatido as respectivas
despesas das vendas?

Não se aplica a todos os ativos, sendo mais indicado para a


avaliação dos estoques.
Critérios de Avaliação – Valores de saída

Equivalente corrente de caixa

Quanto a entidade pode conseguir com a


venda de cada ativo em condições
organizadas de liquidação num mercado
estável?
Não consegue exprimir valores para itens que não
possuem cotações correntes no mercado.
(ex.: equipamentos especializados)
Critérios de Avaliação – Valores de saída

Valor de liquidação

Quanto a entidade pode conseguir com a


venda forçada dos ativos, numa situação de
obsolescência do ativo ou descontinuidade da
empresa?
Critérios de Avaliação – Valores de saída

Valor presente líquido

Qual o valor presente de um fluxo de caixa


futuro, para um determinado ativo?
tempo
Valor presente = Valor futuro / (1 + taxa de desconto)
Critérios de Avaliação – Valores de saída

Valor presente líquido - Exemplo

A entidade efetua uma venda a prazo no valor de $


10.000,00 para receber o valor em parcela única,
com vencimento em cinco anos. Caso a venda fosse
efetuada à vista, de acordo com opção disponível, o
valor da venda teria sido de $ 6.210,00, o que
equivale a um custo financeiro anual de 10%.
Critérios de Avaliação – Valores de saída

Valor presente líquido – Exemplo


Saldo
Ano Valor Juros
atualizado
1 6.210 620 6.830
2 6.830 683 7.513
3 7.513 751 8.264
4 8.264 827 9.091
5 9.091 909 10.000
Fonte: CPC 12
Temas polêmicos

Ativo Intangível
Ativo Ambiental
Valor Justo
Teste de Impairment
Ativo Intangível
Como mensurar a parte invisível da empresa?
Parte visível –
facilmente relatada
pela Contabilidade

Parte invisível – nem


sempre relatada pela
Contabilidade
Ativo Intangível

Capital Intelectual = valorização do conhecimento como


recurso econômico.

Segundo Datsch (2008) torna-se cada vez mais importante


e necessário valorar os ativos intangíveis, que podem
representar o maior volume dentro de uma entidade.
Ativo Ambiental

Costa e Marion (2007) destacam que quando se fala


em mensurar informações ambientais, não se está
objetivando partir para a área de atuação de outras
Ciências, como a Biologia, a Química, a Engenharia
etc. O sentido de mensuração refere-se a mensurar,
economicamente, o resultado dos impactos provocados
pelas atividades empresariais, sejam eles positivos ou
negativos.
Valor Justo

Segundo Lisboa e Scherer (2000), fair value é um valor


justo para determinada transação. Entretanto, a
noção do que é justo envolve juízo de valores, de tal
forma que, o que é justo para determinadas pessoas
pode não ser para outras.
Teste de Impairment

Para Santos et al. (2003), o teste de impairment é


realizar a comparação do valor contábil do ativo com
o seu
valor justo e/ ou o seu valor de uso. Se o valor contábil
exceder o valor justo e/ou o valor de uso, uma perda
por impairment será reconhecida, no valor desse
excesso, o que implica em dizer que a perda
decorrente da redução do valor do ativo será
reconhecida no resultado do exercício.

Você também pode gostar