Você está na página 1de 43

BOMBAS

FATORES QUE AFETAM


A CURVA
CARACTERÍSTICA DA
BOMBA
Viscosidade

As curvas características de uma bomba centrífuga são


desenvolvidas para um líquido padrão, o qual, geralmente é água
na faixa de 25 – 30◦C. Caso seja necessário bombear outro tipo
de fluido, sua performance não será a igual. No caso de usar um
fluido mais viscoso haverá algumas mudanças como:
 A bomba desenvolverá menor altura [H].
 A capacidade será reduzida [Q]. 2

 A potência requerida no eixo aumentará [P].


Viscosidade

As curvas características para fluidos de viscosidade superior ou


inferior à da água pode ser obtida a partir das curvas para água,
utilizando o gráfico da figura de correção de viscosidade.

Este gráfico é válido para bombas centrífugas convencionais e


fluidos newtonianos.

3
Viscosidade
Tabelas de conversão

4
Entradas:
Vazão volumétrica [Q],
Altura de projeto [H],
viscosidade cinemática [ν].
Saídas  parâmetros de
correção:
CE: Fator de correção da
eficiência
CQ: Fator de correção da vazão
CH: Fator de correção da altura
de projeto

Figura 1. Diagrama para correção da


viscosidade em bombas centrífugas 5
convencionais e fluidos newtonianos.
Exercício:

Selecione uma bomba para


elevar óleo com viscosidade
800 SSU a uma altura de 30 ft
com vazão de 30 gpm.

6
Exercício:
Selecione uma bomba para
elevar óleo com viscosidade
800 SSU a uma altura de 30 ft
com vazão de 30 gpm, com uma
eficiência de 70%.

Resposta:
No gráfico encontramos
CQ = 0,55; CH = 0,90; CE = 0,20

Correção usando água (vazão equivalente):

Vazão de água= Vazão óleo/CQ = 30


gpm/0,55 = 54,54 gpm

Altura de água= Altura óleo/CH = 30ft/0,9


= 33,33 ft

7
Eficiência com água = Eficiência*CE com
óleo = 70%*0,2 = 14%
Exercício aula:

Selecione uma bomba para


elevar óleo com viscosidade 80
SSU a uma altura de 30 ft com
vazão de 30 gpm.

No gráfico encontramos
CQ = ?
CH = ?
CE = ?
Determinar:
Vazão para o óleo = ?
Altura para o óleo = ?
Eficiência com óleo = ?

8
A influencia da viscosidade em outro tipo de
Bombas

A viscosidade influencia bastante a performance das bombas de


deslocamento positivo, em especial, nas rotativas, pois as
mesmas são usadas para fluidos de média e alta viscosidade.
Como muitas dessas bombas não tem grande capacidade de
sucção, líquidos muito viscosos podem limitar a capacidade da
bomba a altas velocidades, pois não conseguem fluir para
dentro da carcaça suficientemente rápido para enchê-la
totalmente. Assim, as bombas trabalham muito abaixo da sua
capacidade volumétrica. 9
A tabela mostra a redução de velocidade aconselhada pelo fornecedor.

Redução de velocidade de bombas


rotativas com a viscosidade cinemática
Viscosidade cinemática (cSt) % redução da velocidade de
rotação
133 2

178 6
222 10
444 14
1333 30
2222 50
4444 55
10
6667 57
8889 60
A partir de dados tabelados é possível construir nosso
próprio gráfico:
Efeito da viscosidade sobre a velocidade de rotação da bomba
70

60
% de Redução da velocidade

50

40

30

20

10

0
0 1 0 00 2 0 00 3 0 00 4 0 00 5 0 00 6 0 00 7 0 00 8000 9 0 00 1 0 00 0
11
Viscosidade cinemática [cSt]
Exemplo:
Se uma bomba que trabalha a 600 rpm quando bombeia
o fluido de calibração, for utilizada para o transporte de
um líquido de 4444 cSt, qual será sua nova velocidade
de rotação?

12
A partir de dados tabelados é possível construir nosso
próprio gráfico:
Efeito da viscosidade sobre a velocidade de rotação da bomba
70

60
- 55%
% de Redução da velocidade

50

40

30

20

10

0
0 1 0 00 2000 3000 4000 5 0 00 6 0 00 7000 8000 9000 1 0 00 0
13
Viscosidade cinemática [cSt]
Exemplo:
Se uma bomba que trabalha a 600 rpm quando bombeia
o fluido de calibração for utilizada para o transporte de
um líquido de 4444 cSt, sua velocidade de rotação deve
ser modificada para 270 rpm.
Com o aumento da viscosidade do líquido, o consumo
de potência cresce, enquanto a eficiência da bomba
decresce, de maneira semelhante ao que ocorre com as
bombas centrífugas.
14
LEIS DE AFINIDADE BOMBAS
CENTRIFUGAS
 As bombas são utilizadas em uma variedade de serviços na
indústria, por tanto elas podem estar constantemente expostas a
mudanças nas condições de operação.
LEIS DE AFINIDADE
MUDANÇA NA ROTAÇÃO
 Considerando um dado fluido e mantendo o diâmetro do
impelidor constante existe uma proporcionalidade entre os
valores de Q, H e Potência com a rotação

 1) A vazão é proporcional à rotação:

(Equação 1)

 2) A carga da bomba varia com o quadrado da rotação:

(Equação 2)
LEIS DE AFINIDADE
MUDANÇA NA ROTAÇÃO

 Considerando um dado fluido e mantendo o diâmetro do


impelidor constante existe uma proporcionalidade entre os
valores de Q, H e Potência com a rotação

 3) A Potência absorvida varia com o cubo da rotação:

(Equação 3)
LEIS DE AFINIDADE
MUDANÇA NA ROTAÇÃO

 Resumindo
Equação 4

Desta forma, sempre que alteramos a rotação deve ser feita a


correção para os novos valores de Q, H e Potência.
LEIS DE AFINIDADE
MUDANÇA NA ROTAÇÃO
 Na hipótese de possuir a curva para uma rotação N1 e
desejarmos as curvas para uma nova rotação N2, o
procedimento deve ser ler vários pontos (Q1,H1) na curva
original e, através da aplicação das equações 1 e 2, obter os
correspondentes valores de (Q2,H2).

N2

N1

Curva original
LEIS DE AFINIDADE
MUDANÇA NO DIÂMETRO DO IMPELIDOR
 Para bombas geometricamente semelhantes, a influencia da
variação do diâmetro do impelidor, mais não do impeledor
pode ser determinada a partir das equações a seguir:

Equação 5

Equação 6
LEIS DE AFINIDADE
MUDANÇA NO DIÂMETRO DO IMPELIDOR

Equação 7

 Resumindo

= Equação 8
FINALMENTE A VARIAÇÃO DA CARGA [H] DE UMA BOMBA
CENTRÍFUGA MODIFICANDO A VELOCIDADE ANGULAR DO
ROTOR(N) E O DIÂMETRO DO ROTOR(D) GRAFICAMENTE:
BOMBAS
ACOPLAMENTO A
SISTEMA EM SÉRIE E
EM PARALELO
ACOPLAMENTO DE BOMBAS
A SISTEMA EM SERIE
 Sistemaem série: tal disposição é indicada para vencer
pressões na linha do sistema

Figura 1. Acoplamento de bombas para um sistema em série


 Váriasbombas podem ser operadas em série, ou seja,
conectadas sucessivamente, em linha, com a finalidade
de fornecer alturas maiores (cargas [H]) do que
forneceriam individualmente.
ACOPLAMENTO DE BOMBAS
SISTEMAS EM SERIE
 Sistema em série: As curvas características da
instalação em série são obtidas pela adição das
alturas de cada bomba para uma determinada vazão
de processo.

Hsérie =HB1+ HB2


HB2 Instalação em série B1+B2

HB1 B2
B1
Figura 2. Curva característica de um sistema de bombas centrífugas em série
ACOPLAMENTO DE BOMBAS
SISTEMAS EM SERIE
 Sistema em série: Operam à mesma vazão, sendo a
altura fornecida igual à soma das alturas
desenvolvidas por cada bomba.
Então para uma determinada vazão de trabalho “Qoperação” tem-se:
Hsérie= HB1 + HB2 (equação 9)
A eficiência do sistema em série calcula-se como:

η=

Onde e são as potências no eixo paras bombas A e B


respectivamente.
ACOPLAMENTO DE BOMBAS
SISTEMAS EM SERIE
 Sistema em série: Caso particular de bombas iguais
associadas em série, a solução é simplificada, pois,
cada bomba deverá ofertar uma carga (H) que será a
altura total divida pelo numero de bombas em série.

(equação 11)
ACOPLAMENTO DE BOMBAS
SISTEMAS EM SERIE
 Sistema em série: Para determinar o ponto de
operação de bombas em série torna-se necessário
acoplar a curva do sistema à curva do conjunto
Hsérie =HB1+ HB2 Curva do sistema

HB2 Instalação em série B1+B2

HB1 B2
B1
Qoperação

Figura 3. Ponto de operação para um sistema de bombas centrífugas em série


ACOPLAMENTO DE BOMBAS
A SISTEMAS EM PARALELO
 Sistema em paralelo: tal disposição é indicada nos
casos em que se requer vazões variáveis, o quando a
vazão exigida for muito elevada.

1 2

Figura 4. Acoplamento de bombas para um sistema em paralelo


ACOPLAMENTO DE BOMBAS
SISTEMAS EM PARALELO
 Sistemaem paralelo: As curvas características de um
sistema em paralelo são obtidas adicionando as
vazões das bombas para cada altura.

H
Instalação em paralelo B1+B2

Q1 Q2 Q1+Q2

Figura 5. Curva característica de um sistema de bombas centrífugas em paralelo


ACOPLAMENTO DE BOMBAS
SISTEMAS EM PARALELO
 Sistema em paralelo: As bombas ajustam suas
vazões de tal maneira que mantém constante as
diferenças de pressão entre os pontos 1 e 2. Essas
bombas devem fornecer alturas praticamente iguais.

Hparalelo ≈ HB1 ≈
HB2 Instalação em paralelo B1+B2

Q1 Q2 Q1 + Q 2
Figura 5. Curva característica de um sistema de bombas centrífugas em paralelo
ACOPLAMENTO DE BOMBAS
SISTEMAS EM SERIE
 Sistema em paralelo: Operam à mesma altura, sendo
a vazão fornecida é igual à soma das vazões
fornecidas por cada bomba.
Então para uma determinada altura de trabalho “H “ tem-se:
Qsérie= QB1 + QB2 (eq. 12)
A eficiência do sistema em série calcula-se como:

η=

Onde e são as potências no eixo paras bombas 1 e 2


respectivamente.
ACOPLAMENTO DE BOMBAS
SISTEMAS EM SERIE
 Sistema em paralelo: Para determinar o ponto de
operação de bombas em paralelo podemos analisar
dois casos:
Caso 1: Bombas iguais associadas em paralelo
A vazão total será QTOTAL com cada bomba operando no
ponto correspondente à vazão Q/2.

(equação 14)
ACOPLAMENTO DE BOMBAS
SISTEMAS EM SERIE

Caso 1: Bombas iguais associadas em paralelo


O ponto de operação de qualquer das bombas quando
sozinha será aquele correspondente à vazão Q’.

H Curva do sistema
Instalação em paralelo B1+B2

Q/2 Q’ Qparalelo
ACOPLAMENTO DE BOMBAS
SISTEMAS EM SERIE
 Sistema em paralelo
Caso 2: Bombas diferentes associadas em paralelo

H Curva do sistema

Instalação em paralelo B1+B2

Q1 Q1’ Q2 Q2’ Qoperação = Q1+Q2

Q1’ e Q2’ = Vazão bombas 1 e 2 operando sozinhas


Q1 e Q2 = Vazão bombas 1 e 2 operando em paralelo
EXERCÍCIOS
Uma bomba centrifuga com deve ser utilizada para transportar
um fluido que apresenta uma viscosidade de 1760 Centistokes
a uma vazão de 200 gal/min, especificar as características da
bomba para este trabalho.
LD=53,3 m
hLs= Q^(0,57)+(0,1*Ls)
hLD= Q^(0,52)+(0,1*LD) ZD=25 m

Zs=10 m
Ls=11,3 m
EXERCÍCIOS
 1) Uma bomba centrifuga com uma rotação de 3500 rpm
que segundo o fabricante pode ser representada pela
equação:

a) Determine a equação da curva característica de duas


bombas iguais operando em serie e em paralelo.
b)Grafique a curva original e as de conexão em série e
paralelo para [Q=0;2;5;8;10;14 m3/h]
c) Determinar a equação da curva de H se a rotação é
modificada para 3200 rpm e 2500 rpm.
EXERCÍCIOS
 2) Uma unidade de processo que utiliza etanol como
matéria-prima, requer que o álcool seja levado de um
tanque 1 de armazenamento para um segundo tanque
pulmão a uma vazão de 60 m3/h para garantir a
eficiência do processo.

Determinar o acoplamento certo e as bombas que devem


ser utilizadas para satisfazer as demandas do processo,
plotar a nova curva de acoplamento HxQ.

Curva do sistema
EXERCÍCIOS
 2) As curvas das bombas disponíveis são:

Bomba 1:
Bomba 2:
Bomba 3:
Bomba 4:
EXERCÍCIOS
 3) Uma bomba do fabricante DAB modelo 024-T opera
com uma rotação de 1160 rpm. Nesta condição a vazão é
de 380 gal/min e a altura de 40 ft.

Determine as novas condições quando a bomba opera a


1300 rpm

Especificar para esta rotação a potência em (kw) se


Pot1160rpm = 3,7 kw.
EXERCÍCIOS
 4) Se deseja bombear um óleo mineral com uma vazão
de 12 m3/h no sistema apresentado na figura a seguir:

1
EXERCÍCIOS
 4) Dados:
 Zs = 7m; Zd= 16,5

 Ps= 500 kPa; Pd = 870 kPa

 Tbomb= 20C

 Viscosidade = 267,83 cP

 Densidade = 0,9281 g/cm3

 hLs = 2,5 m

 hLd = 7,0 m

 Pvap = 2,17 mmHg (20 C)

 Patm= 680 mm Hg
EXERCÍCIOS
 4) Identificar (Potência, NPSHrequerido, diâmetro do
rotor, rpm) para uma bomba centrifuga que satisfaz estas
condições de operação. Haverá cavitação.
 Observação: Escolher da lista de bombas em anexo.

Você também pode gostar