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LÓGICA DE PREDICADOS

Sérgio Carlos Portari Júnior


SÍMBOLOS INDIVIDUAIS

 Para caracterizar uma linguagem formal


necessitamos, primeiro, especificar seu alfabeto
ou conjunto de símbolos básicos.
 O alfabeto é um conjunto de 65 caracteres:
SÍMBOLOS INDIVIDUAIS
 O primeiro grupo de expressões básicas são chamadas de constantes
individuais, que têm a função de designar indivíduos.
 Usaremos as letras minúsculas a,...,t como constantes individuais.
 Admite-se também o uso de subscritos para os números naturais
positivos a1,a2 .....
 A possibilidade do uso de subscritos nos garante que vamos ter um
conjunto infinito, enumerável, de constantes individuais.
 a,b,c,...,t , a1,b1,...,t1,a2,b2,....
 Seguindo está ordem, a é a primeira constante, b é a segunda e, assim
por diante.
EXEMPLOS
 P1: Cleo é um peixe.
 P2: Miau é um gato.

 Cleo é um peixe e Miau é um gato.

 Poderíamos usar a letra c para simbolizar ‘Cleo’, e a


primeira premissa do argumento.
c é um peixe.
EXEMPLOS
 Constantes individuais funcionam como nomes.
 João, Maria, Cleo, etc...

 Chamamos descrições definidas.

 Por exemplo:
 O autor de D. Quixote, embora não seja um nome próprio,
designa univocamente um indivíduo.

 O autor de D. Quixote é espanhol,


 Poderia ser traduzida para:
 a é espanhol.
ATENÇÃO
 Você não pode usar a mesma constante para dois
indivíduos diferentes.
 Por exemplo:
 João e José não é permitido usar a letra j para ambos.
 Usar j1 e j2
VARIÁVEIS INDIVIDUAIS
 Usaremos letras minúsculas u, ...z, com ou sem subscritos para variáveis
individuais.
 u, v, w, x, y, z, u1, v1, w1, x1, y1, z1, ...
 As variáveis individuais funcionam, gramaticalmente, como as constantes,
isto é, como nomes.

 Porém, obviamente, elas não são nomes de indivíduos específicos, mas têm
associado a sim um domínio de variação.

 Da mesma forma em que escrevemos c é um peixe para indicar que o


indivíduo (determinado) cujo nome é c é um peixe, podemos também
escrever, usando uma variável
x é um peixe.
 Afirma que, algum indivíduo não especificado ainda, ele é um peixe.
CÁLCULO DE PREDICADOS
 símbolos de predicados: P , Q , R , S ,...
 os símbolos de predicados (nome do predicado) representam
propriedades ou relações entre os objetos do Universo
 Quantificadores:
 ∀(universal),
 ∃(existencial)
CÁLCULO DE PREDICADOS
 Nas linguagens de programação conhecidas como
Declarativas, os programas reúnem uma série de dados e regras
e as usam para gerar conclusões.

 As variáveis individuais têm a função de marcadores de lugar,


isto indica, a posição dentro da expressão linguística.

 Essas linguagens declarativas incluem


 predicados,quantificadores, conectivos lógicos e regras de inferência
que fazem parte do Cálculo de Predicados.
CÁLCULO DE PREDICADOS
 Representamos o predicado por sua inicial maiúscula, e o
sujeito a seguir, entre parênteses; assim, “Sócrates é humano”
fica representado por
 H (Sócrates)
 Exemplos
 "Maria é inteligente":
 I(m) ; onde “m" está identificando Maria e
 "I" a propriedade de "ser inteligente".

 "Alguém gosta de Maria":


 G(x,m) ; onde G representa a relação "gostar de" e "x" representa
"alguém".
CÁLCULO DE PREDICADOS
Sentenças Abertas e Fechadas
O sujeito é uma constante

 Ex.: “Sócrates é humano”, pode ser verdadeira ou falsa


 Logo, o enunciado acima é uma sentença aberta.

O sujeito é uma variável

 Ex.: “Ele foi presidente do Brasil”, ela não é verdadeira nem falsa,
dependendo de nome que assuma o lugar do pronome.
 Uma frase como essa não é, portanto, um enunciado.
CÁLCULO DE PREDICADOS
 Os enunciados são chamadas sentenças abertas, como:

 “x foi presidente do Brasil”


 “y escreveu Os Lusíadas”
 “z viajou para os Estados Unidos”

 As sentenças abertas não são verdadeiras nem falsas


 podemos dizer apenas que são satisfeitas para certos valores das
variáveis, e não satisfeitas para outros.
 A substituição das variáveis de uma sentença aberta por constantes
chama-se instanciação ou especificação;
 A instanciação transforma uma sentença aberta em um enunciado, e este
sim, pode ser verdadeiro ou falso.
CÁLCULO DE PREDICADOS
OPERAÇÕES LÓGICAS
CÁLCULO DE PREDICADOS
 Operações Lógicas
 Negação
 Conjunção
 Disjunção
 Condicional
 Bicondicional
CÁLCULO DE PREDICADOS
 Negação
 Universo: seres humanos

 Sentença:

x é médico: M(x)

x não é médico: ~ M(x)


CÁLCULO DE PREDICADOS
 Conjunção
 Universo: seres humanos

 Sentenças:

x é médico: M(x)
x é professor: P(x)

x é médico e professor:
M(x) ^ P(x)
CÁLCULO DE PREDICADOS
 Conjunção
 A conjunção é expressa por:
 e, mas, todavia, e etc.

 Exemplo:
 Pedro é inteligente e preguiçoso
ou
 Pedro é inteligente, mas preguiçoso,

 Estamos afirmando que Pedro é inteligente e também


preguiçoso.
CÁLCULO DE PREDICADOS
 Disjunção
 Universo: seres humanos
 Sentenças:

x é médico: M(x)
x é professor: P(x)
x é médico ou professor: M(x) v P(x)
Os valores de U que satisfazem M(x) v P(x) são todos os elementos
que são médicos e todos os elementos que são professores:
 A disjunção poderá ser:
 Ou...ou....
 Ora...ora....
CÁLCULO DE PREDICADOS
Condicional
 Universo: seres humanos

 Sentença:

x é médico: M(x)
x cursou medicina: C(x)
Se x é médico, então x cursou medicina:
M(x) → C(x)
CÁLCULO DE PREDICADOS
 Bicondicional
 Universo: seres humanos

 Sentença:

x é médico: M(x)
x cursou medicina: C(x)
x é médico se e somente se x cursou medicina:
M(x) ↔ C(x)
CÁLCULO DE PREDICADOS
QUANTIFICADORES
CALCULO DE PREDICADO
 Aristóteles é um filósofo.
 Poderíamos representar por:
F(a)
 Estamos afirmando que alguém é um filósofo.
 Portanto:
x é um filósofo.
 Lembramos que x é uma variável individual
b: Beatriz
 Se substituir b por x, temos
F (b)

 Logo, alguém é um filósofo.


CÁLCULO DE PREDICADOS
QUANTIFICADORES
 No primeiro caso (VP = U), dizemos que “para todo x em
U, P(x) é verdadeiro”, ou, simbolicamente:
(∀x  U) (Px)
 ou ainda: ∀x P(x)

 P(x) é uma sentença aberta, mas ∀x P x é um


enunciado, podendo ser portanto verdadeiro ou falso.
CÁLCULO DE PREDICADOS
QUANTIFICADORES
 Quantificador universal: ∀
 Exemplos na linguagem natural:
 Para todo x.
 Qualquer que seja x.
 Cada x.
 Todos x
 A expressão ∀x P(x) afirma que P(x) é verdadeiro para cada
xU
CÁLCULO DE PREDICADOS
QUANTIFICADORES
 No segundo caso (VP ≠ 0), existe pelo menos um
x para o qual P(x) é verdadeiro.
 Representamos tal fato por “existe um x em U
tal que P(x) é verdadeiro”, ou, simbolicamente,
(∃x  U) (Px)
 ou ainda: ∃x P(x)
 P(x)é uma sentença aberta, mas ∃x P(x) é um
enunciado, podendo ser portanto verdadeiro ou falso.
CÁLCULO DE PREDICADOS
QUANTIFICADORES
 Quantificador existencial: ∃
 Exemplos na linguagem natural:
 Existe um x.
 Existe pelo menos um x.
 Para algum x.
 Algum(ns) x
 Alguém
 A expressão ∃x P(x) afirma que P(x) é verdadeiro para pelo
menos um x  U
EXEMPLO
 L é a relação = x gosta de Miau
 m: Miau
x gosta de Miau
 L(x,m)
 Alguém gosta de Miau

∃x (L (x,m)) ou ∃x L (x,m)

 Todosgostam de Miau
∀x L(x,m)
NEGAÇÃO – NINGUÉM, NADA, NEM
TODOS
EXERCÍCIOS
LINGUAGENS DE PRIMEIRA
ORDEM
LINGUAGENS DE PRIMEIRA ORDEM
 Um conjunto enumerável de constantes individuais;
 Um conjunto enumerável de variáveis individuais;
 Operadores;
 Quantificadores;
 Sinais de Pontuação.

 Lógica de Primeira Ordem:


 Uma linguagem de primeira ordem é qualquer subconjunto da
linguagem geral do CQC (Cálculo de Quantificadores de
Predicados) que inclua todos os símbolos lógicos e pelo menos
uma constante de predicado.
LINGUAGENS DE PRIMEIRA ORDEM
 Exemplo:
 Todos os peixes são azuis

 Significa:
 Para qualquer x, vale o seguinte:
 Se ele for peixe, então é azul
 ou seja,
 para qualquer x, então é azul

∀x (P(x) → A(x))
PROPOSIÇÃO CATEGÓRICA
•Porque usar a disjunção?

• Um individuo não pode ser um gato ou cachorro ao


mesmo tempo.
DADO O PREDICADO ABAIXO, PASSE PARA A
LÍNGUA PORTUGUESA:
DADAS AS FRASES ABAIXO, USE
QUANTIFICADORES E PREDICADOS
INDICADOS:
DADAS AS FRASES ABAIXO, USE
QUANTIFICADORES E PREDICADOS
INDICADOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Abe , Jair Minoro Introdução a Lógica para a
Ciência da Computação.
• Filho, Edgard de Alencar. Iniciação à Lógica Matemática
• MORTARI, Cesar A. Introdução a lógica. São Paulo. Editora
UNESP:Imprensa Oficial do Estado. 2001.
 COPI, Irving M. Introdução à lógica. 2 Edição. São
Paulo. Editora Mestre Jou, 1978.

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