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Sumário
Exemplo 08. (ESAF) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não leio. Se não desisto,
compreendo. Se é feriado, não desisto. Então,
a) se jogo, não é feriado.
b) se não jogo, é feriado.
c) se é feriado, não leio.
d) se não é feriado, leio.
e) se é feriado, jogo.
Solução:
Esta questão é uma implicação lógica do tipo 2, pois nenhuma das premissas é uma
proposição simples ou uma conjunção.
Observe que todas as opções de resposta são condicionais. Desse modo, não é
aconselhável utilizarmos o método da Hipótese. Podemos utilizar o método da Tabela-
Verdade ou o método da Conclusão Falsa.
Como a questão apresenta cinco proposições simples, será trabalhoso utilizar o
método da Tabela-Verdade. Assim, vamos optar pelo método do Conclusão Falsa.
Usaremos a seguinte representação simbólica:
L = Leio
C = Compreendo
J = Jogo
D = Desisto
E = fEriado
Traduzindo as premissas para a forma simbólica, teremos:
P1: ~L ~C
P2: J ~L
P3: ~D C
P4: E ~D
Pelo método da conclusão falsa, temos que testar cada uma das alternativas da
questão.
P1: ~L ~C =V
V
P2: J ~L =V
P3: ~D C =V
V
P4: E ~D =V
V
P1: ~L ~C =V
V V
P2: J ~L =V
V
P3: ~D C =V
V V
P4: E ~D =V
Resposta: Alternativa A!
Exemplo 09. (ESAF) Se Alice é feliz, Otávio é rico. Se Otávio é rico, Elga não é feliz. Se Elga
não é feliz, Alice é feliz. A análise do encadeamento lógico dessas três afirmações permite
concluir que elas:
a) implicam necessariamente que Otávio é rico e que Elga não é feliz.
b) implicam necessariamente que Alice é feliz.
c) são consistentes entre si quer Alice seja feliz, quer Alice não seja feliz.
d) são equivalentes a dizer que Alice é feliz.
e) são inconsistentes entre si.
Solução:
Temos as seguintes premissas:
P1: se Alice é feliz, então Otávio é rico;
P2: se Otávio é rico, então Elga não é feliz;
P3: se Elga não é feliz, então Alice é feliz.
Vamos usar a seguinte representação simbólica para as proposições simples:
A = Alice é feliz
O = Otávio é rico
E = Elga é feliz
Traduzindo as premissas para a forma simbólica, teremos:
P1: A O
P2: O ~E
P3: ~E A
Observemos que é muito fácil encadear estas premissas. Iniciaremos o encadeamento
por P1, seguido de P2 e finalmente por P3, assim teremos:
A O ~E A
Observe que esse encadeamento inicia e termina pela mesma proposição. Sempre
que isso ocorrer, as proposições simples admitirão os dois valores lógicos (V e F), ou seja:
A pode ser V ou F! “Alice é feliz” ou “Alice não é feliz”.
O pode ser V ou F! “Otávio é rico“ ou “Otávio não é rico“.
E pode ser V ou F! “Elga é feliz“ ou “Elga não é feliz“.
Por meio de uma análise rápida das alternativas da questão, percebemos que a
alternativa correta só pode ser a C, ou seja, são admissíveis, neste encadeamento, as duas
sentenças: “Alice seja feliz” e “Alice não seja feliz”. Ambas as sentenças são consistentes!
Resposta: alternativa C!
EXERCÍCIOS
GABARITO
1. (A)
2. C C
01. (ESAF) Se Carina é amiga de Carol, então Carmem é cunhada de Carol. Carmem não é
cunhada de Carol. Se Carina não é cunhada de Carol, então Carina é amiga de Carol.
Logo,
a) Carina é cunhada de Carmem e é amiga de Carol.
Vamos traduzir simbolicamente as frases acima. Para isso, vamos definir as seguintes
proposições simples:
P1. A C
P2. ~C
P3. ~B A
a) Começamos pela 2ª premissa, pois esta é uma proposição simples, e, portanto, só possui
uma forma de ser verdadeira.
P2. ~C Como ~C é verdade, logo C é F
P3. ~B F para que a condicional seja verdade é necessário que ~B seja F, e daí B é
V.
Compilando os resultados obtidos acima, teremos:
2º PASSO: De posse das verdades obtidas no 1° passo, verificaremos qual é a alternativa que
traz uma proposição necessariamente verdadeira. Para isso, devemos observar os valores
lógicos de cada termo e o conectivo presente na sentença.
Algumas alternativas abaixo apresentam sentenças onde um de seus termos tem valor
lógico desconhecido. Contudo, observando o conectivo presente na sentença e o valor lógico
do outro termo, teremos condições de descobrir o valor lógico da sentença.
indeterminado falso
a) Carina é cunhada de Carmem e Carina é amiga de Carol. falso
verdade indeterminado
b) Carina não é amiga de Carol ou Carina não é cunhada de Carmem. verdade
falso falso
c) Carina é amiga de Carol ou Carina não é cunhada de Carol. falso
indeterminado falso
d) Carina é amiga de Carmem e Carina é amiga de Carol. falso
falso indeterminado
e) Carina é amiga de Carol e Carina não é cunhada de Carmem. falso
A única alternativa que traz uma proposição verdadeira é a letra “B” Resposta!
02. (ESAF) Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento. Se Carla não foi ao
casamento, Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou, o navio afundou. Ora, o navio não
afundou. Logo,
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento
b) Camile e Carla não foram ao casamento
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou
e) Vera e Vanderléia não viajaram
Solução:
O enunciado da questão apresenta quatro afirmações (premissas), que são
apresentadas abaixo:
P1. Se Vera viajou, então nem Camile nem Carla foram ao casamento.
P2. Se Carla não foi ao casamento, então Vanderléia viajou.
P3. Se Vanderléia viajou, então o navio afundou.
P4. O navio não afundou
Na 1ª premissa aparece a palavra 'nem'. Vamos reescrever esta premissa tirando tal
palavra, mas preservando o sentido:
P1. Se Vera viajou, então Camile não foi ao casamento e Carla não foi ao casamento.
Agora, vamos traduzir as premissas acima para a forma simbólica, a fim de tornar mais
rápida a solução. Para isso, vamos definir as seguintes proposições simples:
A = Vera viajou
B = Vanderléia viajou
C = Camile foi ao casamento
D = Carla foi ao casamento
E = o navio afundou
Destarte, as frases traduzidas para a linguagem simbólica ficam assim:
P1. A (~C e ~D)
P2. ~D B
P3. B E
P4. ~E
Passemos à solução propriamente dita. Observemos os passos abaixo:
1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e, a partir do conhecimento das
tabelas-verdade dos conectivos, vamos obter o valor lógico das proposições simples (A, B, C,
D e E). Vejamos a sequência abaixo:
a) Começamos pela 4ª premissa, pois esta é uma proposição simples, e, portanto, só tem
uma forma de ser verdadeira.
2º PASSO: De posse das verdades obtidas no 1° passo, verificar qual é a alternativa que traz
uma proposição necessariamente verdadeira.
Não há necessidade de traduzir as frases das alternativas da questão para linguagem
simbólica. Observe como é que descobriremos qual é a alternativa correta.
V F
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento. F
indeterminado F
b) Camile não foi ao casamento e Carla não foi ao casamento F
F V
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou F
F F
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou F
V V
e) Vera não viajou e Vanderléia não viajou V
03. (ESAF) As seguintes afirmações, todas elas verdadeiras, foram feitas sobre a ordem de
chegada dos participantes de uma prova de ciclismo:
1. Guto chegou antes de Aires e depois de Dada;
2. Guto chegou antes de Juba e Juba chegou antes de Aires, se e somente se Aires
chegou depois de Dada;
3. Cacau não chegou junto com Juba, se e somente se Aires chegou junto com Guto.
Logo,
Sol.:
2. Guto chegou antes de Juba e Juba antes de Aires Aires chegou depois de Dada;
3. Cacau não chegou junto com Juba Aires chegou junto com Guto.
a) Iniciaremos pela 1ª premissa, uma vez que é uma conjunção e, como tal, só tem um jeito de
ser verdadeira!
“Guto chegou antes de Juba e Juba antes de Aires Aires chegou depois de Dada”
De acordo com o desenho da ordem de chegada dos ciclistas, o segundo termo desta
bicondicional é V. Daí, é necessário que o primeiro termo também seja V para que
obtenhamos uma bicondicional verdadeira. Logo:
E como a sentença acima é uma conjunção, então ambos os termos devem ser
verdadeiros:
“Cacau não chegou junto com Juba Aires chegou junto com Guto”
De acordo com o último desenho da ordem de chegada dos ciclistas, o segundo termo
da bicondicional é F. Daí, é necessário que o primeiro termo também seja F para que
obtenhamos uma bicondicional verdadeira. Logo:
Daí, a verdade é:
Juba
Dada Guto Cacau Aires
Resultado geral:
1º lugar: Danilo.
2º lugar: Guto.
4º lugar: Aires.
- Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasiosos.
Sol.: Não faremos a tradução das proposições simples do enunciado para a linguagem
simbólica. Passemos ao 1º passo da resolução.
1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e descobriremos, mediante a
aplicação das tabelas-verdade, o valor lógico de cada uma das proposições simples.
Teremos:
a) Iniciaremos pela 3ª premissa, uma vez que é uma proposição simples e, como tal, só
tem um jeito de ser verdadeira!
P3. “Os superávits serão fantasiosos“ = Verdade!
b) Análise da 2ª premissa:
Obtemos da premissa P3 que é verdade que “os superávits serão fantasiosos”, logo o
segundo termo da condicional da premissa P2: “os superávits primários não serão
fantasiosos” é F!
Para que a condicional da premissa P2 seja verdade, é necessário que o antecedente
seja F. Daí:
“As metas de inflação são reais” = Falso!
c) Análise da 1ª premissa:
Obtemos da premissa P2 que “as metas de inflação são reais” é F, logo o antecedente
da condicional da premissa P1: “as metas de inflação não são reais” é V!
Para que a condicional da premissa P1 seja verdade, é necessário que o consequente
seja V. Daí:
“A crise econômica não demorará a ser superada” = Verdade!
V
a) A crise econômica não demorará a ser superada. V
V F
b) As metas de inflação são irreais ou os superávits são fantasiosos. V
V F
c) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos. F
V
d) Os superávits econômicos serão fantasiosos. V
F V
e) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não F
demorará a ser superada.
Infelizmente algumas bancas trazem de vez em quando uma situação como essa. A
sugestão é marcar a opção que seja a “mais correta”, que nesse caso será aquela que utiliza
mais informações do enunciado.
O gabarito desta questão apontava para a alternativa A. Por que ela seria a “mais
correta”? Observe que para concluir que a proposição trazida na alternativa A é verdadeira,
tivemos que usar todas as premissas: iniciamos na premissa P3, depois passamos para P2 e
finalmente analisamos P1. Enquanto que para a proposição trazida na alternativa B foram
usadas somente as premissas P3 e P2; e a trazida na alternativa D, somente a premissa P3.
Então fique esperto, caso isso ocorra novamente em um próximo concurso, vocês já
sabem que devem marcar a alternativa que usa mais informações do enunciado.
Resposta: alternativa A!
05. (ESAF) Se não durmo, bebo. Se estou furioso, durmo. Se durmo, não estou furioso. Se
não estou furioso, não bebo. Logo,
a) não durmo, estou furioso e não bebo
b) durmo, estou furioso e não bebo
c) não durmo, estou furioso e bebo
d)) durmo, não estou furioso e não bebo
e) não durmo, não estou furioso e bebo
Sol.: Resolveremos esta questão de duas formas diferentes!
Temos, no enunciado, as seguintes premissas:
P1: Se não durmo, bebo.
P2: Se estou furioso, durmo.
P3: Se durmo, não estou furioso.
P4: Se não estou furioso, não bebo.
1ª Solução:
Nas soluções das questões de Implicação Lógica feitas anteriormente, o 1º passo
consistia em somente considerar as premissas como verdadeiras. Acrescentaremos a este 1º
passo, os seguintes procedimentos:
Atribuiremos um valor lógico (V ou F) para uma das proposições simples (neste caso,
D, B ou E). De preferência, escolha a proposição simples que mais se repete.
Finalmente, substituiremos este valor lógico (escolhido acima) nas premissas e
verificaremos, mediante a aplicação das tabelas-verdade, se está correto, ou seja,
se não vai se observar alguma contradição entre os resultados obtidos.
P3. DF Para que a condicional seja verdadeira, é preciso que D seja F.
P4. F ~B
P2. F D
P3. DV
P4. V ~B Para que a condicional seja verdadeira, é preciso que ~B seja V. Daí, B
é F.
P2 FD
.
P3. D V
c) Substituir D por V em P2 e P3, para certificarmos que todas as premissas são verdadeiras.
P2 FV = Verdade!
.
P3. V V = Verdade!
DéV Durmo!
2ª Solução:
Esta solução baseia-se no Método da Tabela-Verdade. Devemos construir a tabela-
verdade para cada uma das premissas! Como faremos uma comparação entre os valores
lógicos obtidos das premissas, é interessante que construamos uma única tabela que
contenha todas elas, conforme é mostrado abaixo.
P1: ~D B
P2: ED
P3: D ~E
P4: ~E ~B
P1 P2 P3 P4
D B E ~D B ED D ~E ~E ~A
1ª V V V V V F V
2ª V V F V V V F
3ª V F V V V F V
4ª V F F V V V V
5ª F V V V F V V
6ª F V F V V V F
7ª F F V F F V V
8ª F F F F V V V
Temos que verificar qual(is) é(são) a(s) linha(s) da tabela acima cujos valores lógicos
das premissas são todos V. Encontramos esta situação apenas na 4ª linha!
Passemos a observar na 4ª linha quais são os valores lógicos das proposições simples
D, B e E. Os valores lógicos são: V, F e F, respectivamente.
Resultados: D é V , daí: durmo!
B é F , daí: não bebo!
E é F , daí: não estou furioso!
Portanto, a resposta é a alternativa D!
06. (ESAF) Homero não é honesto, ou Júlio é justo. Homero é honesto, ou Júlio é justo, ou
Beto é bondoso. Beto é bondoso, ou Júlio não é justo. Beto não é bondoso, ou Homero
é honesto. Logo,
a) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
b) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
c)) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
d) Beto não é bondoso, Homero não é honesto, Júlio não é justo.
e) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
Solução:
P2. H ou F ou B
P3. B ou V
P4. ~B ou H
P3. B ou V
P4. ~B ou F Para que a disjunção seja verdadeira, é preciso que ~B seja V! Daí,
B é F!
Como foi alterado o valor lógico da proposição simples J, então retornaremos ao início
do 1º passo:
a) Substituir J por V em P1 e P2, e ~J por F em P3:
P1. ~H ou V
P2. H ou V ou B
P4. ~B ou H
P2 H ou V ou V
.
c) Substituir H por V em P2, e ~H por F em P1, para confirmar que essas premissas são
verdadeiras:
P1. F ou V = Verdade!
P2 V ou V ou V = Verdade!
.