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AEPCON Concursos Públicos

Sumário

IMPLICAÇÃO LÓGICA (Continuação) ..................................................................................................................... 2


EXERCÍCIOS............................................................................................................................................................. 5
GABARITO ............................................................................................................................................................... 5
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES RESOLVIDOS ............................................................................................... 6

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro


Professor
de 1998:
WeberProíbe
Camposa reprodução total ou parcial desse material ou
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998:divulgação
Proíbe a reprodução
com total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais
fins comerciais
ou não,ouem
não,
qualquer
em qualquer
meio demeio
comunicação,
de comunicação,
inclusive
inclusive
na Internet,
na Internet,
sem autorização
sem autorização
do AEPCON
do AlfaCon
Concursos
Concursos
Públicos.
Públicos.
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IMPLICAÇÃO LÓGICA (Continuação)

Exemplo 08. (ESAF) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não leio. Se não desisto,
compreendo. Se é feriado, não desisto. Então,
a) se jogo, não é feriado.
b) se não jogo, é feriado.
c) se é feriado, não leio.
d) se não é feriado, leio.
e) se é feriado, jogo.
Solução:
Esta questão é uma implicação lógica do tipo 2, pois nenhuma das premissas é uma
proposição simples ou uma conjunção.
Observe que todas as opções de resposta são condicionais. Desse modo, não é
aconselhável utilizarmos o método da Hipótese. Podemos utilizar o método da Tabela-
Verdade ou o método da Conclusão Falsa.
Como a questão apresenta cinco proposições simples, será trabalhoso utilizar o
método da Tabela-Verdade. Assim, vamos optar pelo método do Conclusão Falsa.
Usaremos a seguinte representação simbólica:
L = Leio
C = Compreendo
J = Jogo
D = Desisto
E = fEriado
Traduzindo as premissas para a forma simbólica, teremos:
P1: ~L  ~C
P2: J  ~L
P3: ~D  C
P4: E  ~D
Pelo método da conclusão falsa, temos que testar cada uma das alternativas da
questão.

1º) Teste da Alternativa A:


P1: ~L  ~C V
P2: J  ~L V
P3: ~D  C V
P4: E  ~D V
a) J  ~E F

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro


Professor
de 1998:
WeberProíbe
Camposa reprodução total ou parcial desse material ou
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998:divulgação
Proíbe a reprodução
com total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais
fins comerciais
ou não,ouem
não,
qualquer
em qualquer
meio demeio
comunicação,
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inclusive
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Vamos considerar a conclusão (alternativa A) como Falsa e vamos verificar se as


premissas podem ser verdadeiras.

Para que a proposição J  ~E seja F, é preciso: J = V e E = V. Devemos lançar esses


valores lógicos nas premissas:

P1: ~L  ~C =V
V
P2: J  ~L =V

P3: ~D  C =V
V
P4: E  ~D =V

Para que a premissa P2 seja verdadeira, é preciso: L = F. E para que a premissa P4


seja verdadeira, é preciso: D = F. Vamos lançar esses novos valores lógicos nas premissas:

V
P1: ~L  ~C =V
V V
P2: J  ~L =V
V
P3: ~D  C =V
V V
P4: E  ~D =V

Para que a premissa P1 seja verdadeira, é preciso: C = F. Contudo, para que a


premissa P3 seja verdadeira, é preciso: C = V. A proposição simples C não pode ter dois
valores lógicos, assim não é possível existir a situação: Premissas verdadeiras e Conclusão
Falsa, ou seja, a conclusão (alternativa A) não pode ser falsa, logo ela é verdadeira.
Portanto, a alternativa A é a resposta da questão.

Se testássemos as demais alternativas, iríamos concluir que existe a situação: premissas


verdadeiras e conclusão Falsa. A conclusão podendo ser falsa, significa que a alternativa não
é resposta.

Resposta: Alternativa A!

Professor Weber Campos


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Exemplo 09. (ESAF) Se Alice é feliz, Otávio é rico. Se Otávio é rico, Elga não é feliz. Se Elga
não é feliz, Alice é feliz. A análise do encadeamento lógico dessas três afirmações permite
concluir que elas:
a) implicam necessariamente que Otávio é rico e que Elga não é feliz.
b) implicam necessariamente que Alice é feliz.
c) são consistentes entre si quer Alice seja feliz, quer Alice não seja feliz.
d) são equivalentes a dizer que Alice é feliz.
e) são inconsistentes entre si.

Solução:
Temos as seguintes premissas:
P1: se Alice é feliz, então Otávio é rico;
P2: se Otávio é rico, então Elga não é feliz;
P3: se Elga não é feliz, então Alice é feliz.
Vamos usar a seguinte representação simbólica para as proposições simples:
A = Alice é feliz
O = Otávio é rico
E = Elga é feliz
Traduzindo as premissas para a forma simbólica, teremos:
P1: A  O
P2: O  ~E
P3: ~E  A
Observemos que é muito fácil encadear estas premissas. Iniciaremos o encadeamento
por P1, seguido de P2 e finalmente por P3, assim teremos:
A  O  ~E  A
Observe que esse encadeamento inicia e termina pela mesma proposição. Sempre
que isso ocorrer, as proposições simples admitirão os dois valores lógicos (V e F), ou seja:
 A pode ser V ou F!  “Alice é feliz” ou “Alice não é feliz”.
 O pode ser V ou F!  “Otávio é rico“ ou “Otávio não é rico“.
 E pode ser V ou F!  “Elga é feliz“ ou “Elga não é feliz“.
Por meio de uma análise rápida das alternativas da questão, percebemos que a
alternativa correta só pode ser a C, ou seja, são admissíveis, neste encadeamento, as duas
sentenças: “Alice seja feliz” e “Alice não seja feliz”. Ambas as sentenças são consistentes!
Resposta: alternativa C!

Professor Weber Campos


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EXERCÍCIOS

01. (FCC) Considere que as seguintes proposições são verdadeiras:


1. Se um Analista é competente, então ele não deixa de fazer planejamento .
2. Se um Analista é eficiente, então ele tem a confiança de seus subordinados.
3. Nenhum Analista incompetente tem a confiança de seus subordinados .
De acordo com essas proposições, com certeza é verdade que:
(A) Se um Analista deixa de fazer planejamento, então ele não é eficiente.
(B) Se um Analista não é eficiente, então ele não deixa de fazer planejamento.
(C) Se um Analista tem a confiança de seus subordinados, então ele é eficiente.
(D) Se um Analista tem a confiança de seus subordinados, então ele é incompetente.
(E) Se um Analista não é eficiente, então ele não tem a confiança de seus subordinados.

02. (Cespe) As seguintes premissas referem-se a uma argumentação hipotética:


- Se Paulo é inocente, então João ou Jair é culpado.
- Se João é culpado, então Jair é inocente.
- Se Jair é culpado, então, no depoimento de José e no de Maria, todas as afirmações de
José eram verdadeiras e todas as afirmações de Maria eram falsas.
Com referência a essas premissas, julgue o próximo item.
1. Se Jair é culpado, é correto inferir que João é inocente.
2. Considerando as proposições P: Paulo é inocente; Q: João é culpado; R: Jair é culpado; S:
José falou a verdade no depoimento; e T: Maria falou a verdade no depoimento, é correto
concluir que P  QST.

GABARITO

1. (A)
2. C C

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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES RESOLVIDOS

01. (ESAF) Se Carina é amiga de Carol, então Carmem é cunhada de Carol. Carmem não é
cunhada de Carol. Se Carina não é cunhada de Carol, então Carina é amiga de Carol.
Logo,
a) Carina é cunhada de Carmem e é amiga de Carol.

b) Carina não é amiga de Carol ou não é cunhada de Carmem.

c) Carina é amiga de Carol ou não é cunhada de Carol.

d) Carina é amiga de Carmem e é amiga de Carol.

e) Carina é amiga de Carol e não é cunhada de Carmem.


Sol.:
O enunciado da questão traz três afirmações (premissas), que são apresentadas
abaixo:

P1. Se Carina é amiga de Carol, então Carmem é cunhada de Carol.

P2. Carmem não é cunhada de Carol.

P3. Se Carina não é cunhada de Carol, então Carina é amiga de Carol.

Vamos traduzir simbolicamente as frases acima. Para isso, vamos definir as seguintes
proposições simples:

A = Carina é amiga de Carol

B = Carina é cunhada de Carol

C = Carmem é cunhada de Carol

Destarte, as frases traduzidas para a linguagem simbólica ficam assim:

P1. A  C

P2. ~C

P3. ~B  A

Agora vamos a solução propriamente dita. Observe os passos abaixo:

1º PASSO: Considerando as premissas como verdadeiras e a partir do conhecimento das


tabelas-verdade dos conectivos, vamos obter o valor lógico das proposições simples (A, B e
C). Veja o procedimento sequencial feito abaixo:

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a) Começamos pela 2ª premissa, pois esta é uma proposição simples, e, portanto, só possui
uma forma de ser verdadeira.
P2. ~C  Como ~C é verdade, logo C é F

b) Substituir C pelo seu valor lógico F na 1ª premissa:

P1. A  F  para que a condicional seja verdade é necessário que A seja F


c) Substituir A pelo seu valor lógico F na 3ª premissa:

P3. ~B  F  para que a condicional seja verdade é necessário que ~B seja F, e daí B é
V.
 Compilando os resultados obtidos acima, teremos:

A é F , significa que “Carina não é amiga de Carol!”


B é V , significa que “Carina é cunhada de Carol!”
C é F , significa que “Carmem não é cunhada de Carol!”

2º PASSO: De posse das verdades obtidas no 1° passo, verificaremos qual é a alternativa que
traz uma proposição necessariamente verdadeira. Para isso, devemos observar os valores
lógicos de cada termo e o conectivo presente na sentença.
Algumas alternativas abaixo apresentam sentenças onde um de seus termos tem valor
lógico desconhecido. Contudo, observando o conectivo presente na sentença e o valor lógico
do outro termo, teremos condições de descobrir o valor lógico da sentença.

indeterminado falso
a) Carina é cunhada de Carmem e Carina é amiga de Carol.  falso

verdade indeterminado
b) Carina não é amiga de Carol ou Carina não é cunhada de Carmem.  verdade

falso falso
c) Carina é amiga de Carol ou Carina não é cunhada de Carol.  falso

indeterminado falso
d) Carina é amiga de Carmem e Carina é amiga de Carol.  falso

falso indeterminado
e) Carina é amiga de Carol e Carina não é cunhada de Carmem.  falso

A única alternativa que traz uma proposição verdadeira é a letra “B”  Resposta!

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02. (ESAF) Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento. Se Carla não foi ao
casamento, Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou, o navio afundou. Ora, o navio não
afundou. Logo,
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento
b) Camile e Carla não foram ao casamento
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou
e) Vera e Vanderléia não viajaram
Solução:
O enunciado da questão apresenta quatro afirmações (premissas), que são
apresentadas abaixo:
P1. Se Vera viajou, então nem Camile nem Carla foram ao casamento.
P2. Se Carla não foi ao casamento, então Vanderléia viajou.
P3. Se Vanderléia viajou, então o navio afundou.
P4. O navio não afundou
Na 1ª premissa aparece a palavra 'nem'. Vamos reescrever esta premissa tirando tal
palavra, mas preservando o sentido:
P1. Se Vera viajou, então Camile não foi ao casamento e Carla não foi ao casamento.
Agora, vamos traduzir as premissas acima para a forma simbólica, a fim de tornar mais
rápida a solução. Para isso, vamos definir as seguintes proposições simples:
A = Vera viajou
B = Vanderléia viajou
C = Camile foi ao casamento
D = Carla foi ao casamento
E = o navio afundou
Destarte, as frases traduzidas para a linguagem simbólica ficam assim:
P1. A  (~C e ~D)
P2. ~D  B
P3. B  E
P4. ~E
Passemos à solução propriamente dita. Observemos os passos abaixo:
1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e, a partir do conhecimento das
tabelas-verdade dos conectivos, vamos obter o valor lógico das proposições simples (A, B, C,
D e E). Vejamos a sequência abaixo:

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a) Começamos pela 4ª premissa, pois esta é uma proposição simples, e, portanto, só tem
uma forma de ser verdadeira.

P4. ~E  Como ~E é verdade, logo E é F


b) Substituir E por F na 3ª premissa

P3. B F  para que a condicional seja verdade é necessário que B tenha


valor lógico F
c) Substituir B por F na 2ª premissa

P2. ~D  F  para que a condicional seja verdade é necessário que ~D tenha


valor lógico F, daí D é V.
d) Substituir D por V (ou ~D por F) na 1ª premissa

P1. A  (~C e F)  A conjunção (~C e F) tem um termo F, daí o valor da conjunção


também é F . Logo a condicional torna-se: A  F. Esta condicional
deve ser verdadeira, então A é F.

 Compilando os resultados obtidos acima, teremos:

A é F , significa que “Vera viajou” é falso. Daí: “Vera não viajou!”.


B é F , significa que “Vanderléia viajou” é falso. Daí: “Vanderléia não viajou!”.
D é V , significa que “Carla foi ao casamento!”.
E é F , significa que “o navio afundou” é falso. Daí: “O navio não afundou!”.

2º PASSO: De posse das verdades obtidas no 1° passo, verificar qual é a alternativa que traz
uma proposição necessariamente verdadeira.
Não há necessidade de traduzir as frases das alternativas da questão para linguagem
simbólica. Observe como é que descobriremos qual é a alternativa correta.

V F
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento.  F

indeterminado F
b) Camile não foi ao casamento e Carla não foi ao casamento F

F V
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou  F

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F F
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou  F

V V
e) Vera não viajou e Vanderléia não viajou  V

A única alternativa que traz uma proposição verdadeira é a E  Resposta!

03. (ESAF) As seguintes afirmações, todas elas verdadeiras, foram feitas sobre a ordem de
chegada dos participantes de uma prova de ciclismo:
1. Guto chegou antes de Aires e depois de Dada;

2. Guto chegou antes de Juba e Juba chegou antes de Aires, se e somente se Aires
chegou depois de Dada;

3. Cacau não chegou junto com Juba, se e somente se Aires chegou junto com Guto.

Logo,

a) Cacau chegou antes de Aires, depois de Dada e junto com Juba


b) Guto chegou antes de Cacau, depois de Dada e junto com Aires
c) Aires chegou antes de Dada, depois de Juba e antes de Guto
d) Aires chegou depois de Juba, depois de Cacau e junto com Dada
e) Juba chegou antes de Dada, depois de Guto e junto com Cacau

Sol.:

As sentenças (ou premissas) do enunciado são as seguintes:

1. Guto chegou antes de Aires e depois de Dada;

2. Guto chegou antes de Juba e Juba antes de Aires  Aires chegou depois de Dada;

3. Cacau não chegou junto com Juba  Aires chegou junto com Guto.

Agora, passemos aos passos efetivos de resolução.

1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e descobriremos, mediante a


aplicação das tabelas-verdade, o valor lógico de cada uma das proposições simples.
Teremos:

a) Iniciaremos pela 1ª premissa, uma vez que é uma conjunção e, como tal, só tem um jeito de
ser verdadeira!

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Ambos os termos da conjunção são verdadeiros, daí resulta:

Guto chegou antes de Aires é verdade!

Guto chegou depois de Dada é verdade!

De acordo com estes resultados, podemos estabelecer a seguinte ordem de chegada


para os três ciclistas:
Dada Guto Aires

Ou seja, Dada chegou na frente de Guto e este na frente de Aires.

b) Empregaremos os resultados obtidos acima na segunda premissa.

Temos a seguinte bicondicional:

“Guto chegou antes de Juba e Juba antes de Aires  Aires chegou depois de Dada”

De acordo com o desenho da ordem de chegada dos ciclistas, o segundo termo desta
bicondicional é V. Daí, é necessário que o primeiro termo também seja V para que
obtenhamos uma bicondicional verdadeira. Logo:

“Guto chegou antes de Juba e Juba antes de Aires” é verdade!

E como a sentença acima é uma conjunção, então ambos os termos devem ser
verdadeiros:

Guto chegou antes de Juba é verdade!

Juba chegou antes de Aires é verdade!

De acordo com estes resultados, podemos acrescentar mais informações ao desenho


da ordem de chegada dos ciclistas:

Dada Guto Juba Aires

c) Passemos a última premissa.

Temos a seguinte bicondicional:

“Cacau não chegou junto com Juba  Aires chegou junto com Guto”

De acordo com o último desenho da ordem de chegada dos ciclistas, o segundo termo
da bicondicional é F. Daí, é necessário que o primeiro termo também seja F para que
obtenhamos uma bicondicional verdadeira. Logo:

Cacau não chegou junto com Juba é falso!

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Daí, a verdade é:

Cacau chegou junto com Juba!

Atualizaremos o desenho da ordem de chegada dos ciclistas:

Juba
Dada Guto Cacau Aires

 Resultado geral:

1º lugar: Danilo.

2º lugar: Guto.

3º lugar: Empate entre Juba e Cacau.

4º lugar: Aires.

2º PASSO: Análise das alternativas da questão.

Com base na ordem de chegada que obtivemos, a alternativa correta é:

A) Cacau chegou antes de Aires, depois de Dada e junto com Juba

04. (FCC) Um argumento é composto pelas seguintes premissas:


- Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser
superada.

- Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasiosos.

- Os superávits serão fantasiosos.

Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser:

(A) A crise econômica não demorará a ser superada.


(B) As metas de inflação são irreais ou os superávits são fantasiosos.
(C) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
(D) Os superávits econômicos serão fantasiosos.
(E) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a ser superada.

Sol.: Não faremos a tradução das proposições simples do enunciado para a linguagem
simbólica. Passemos ao 1º passo da resolução.
1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e descobriremos, mediante a
aplicação das tabelas-verdade, o valor lógico de cada uma das proposições simples.
Teremos:

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a) Iniciaremos pela 3ª premissa, uma vez que é uma proposição simples e, como tal, só
tem um jeito de ser verdadeira!
P3. “Os superávits serão fantasiosos“ = Verdade!
b) Análise da 2ª premissa:
Obtemos da premissa P3 que é verdade que “os superávits serão fantasiosos”, logo o
segundo termo da condicional da premissa P2: “os superávits primários não serão
fantasiosos” é F!
Para que a condicional da premissa P2 seja verdade, é necessário que o antecedente
seja F. Daí:
“As metas de inflação são reais” = Falso!
c) Análise da 1ª premissa:
Obtemos da premissa P2 que “as metas de inflação são reais” é F, logo o antecedente
da condicional da premissa P1: “as metas de inflação não são reais” é V!
Para que a condicional da premissa P1 seja verdade, é necessário que o consequente
seja V. Daí:
“A crise econômica não demorará a ser superada” = Verdade!

2º PASSO: De posse das verdades obtidas acima, analisaremos as opções de resposta.


Teremos:

V
a) A crise econômica não demorará a ser superada.  V

V F
b) As metas de inflação são irreais ou os superávits são fantasiosos. V

V F
c) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.  F

V
d) Os superávits econômicos serão fantasiosos.  V

F V
e) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não  F
demorará a ser superada.

Encontramos que as alternativas A, B e D são verdadeiras, contudo só pode haver uma


opção correta! Então qual delas devemos marcar?

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Infelizmente algumas bancas trazem de vez em quando uma situação como essa. A
sugestão é marcar a opção que seja a “mais correta”, que nesse caso será aquela que utiliza
mais informações do enunciado.
O gabarito desta questão apontava para a alternativa A. Por que ela seria a “mais
correta”? Observe que para concluir que a proposição trazida na alternativa A é verdadeira,
tivemos que usar todas as premissas: iniciamos na premissa P3, depois passamos para P2 e
finalmente analisamos P1. Enquanto que para a proposição trazida na alternativa B foram
usadas somente as premissas P3 e P2; e a trazida na alternativa D, somente a premissa P3.
Então fique esperto, caso isso ocorra novamente em um próximo concurso, vocês já
sabem que devem marcar a alternativa que usa mais informações do enunciado.
Resposta: alternativa A!

05. (ESAF) Se não durmo, bebo. Se estou furioso, durmo. Se durmo, não estou furioso. Se
não estou furioso, não bebo. Logo,
a) não durmo, estou furioso e não bebo
b) durmo, estou furioso e não bebo
c) não durmo, estou furioso e bebo
d)) durmo, não estou furioso e não bebo
e) não durmo, não estou furioso e bebo
Sol.: Resolveremos esta questão de duas formas diferentes!
Temos, no enunciado, as seguintes premissas:
P1: Se não durmo, bebo.
P2: Se estou furioso, durmo.
P3: Se durmo, não estou furioso.
P4: Se não estou furioso, não bebo.

Indicaremos essas premissas para a seguinte representação simbólica:


D = Durmo
B = Bebo
E = Estou furioso

Traduzindo-as para a forma simbólica, teremos:


P1: ~D  B
P2: ED
P3: D  ~E
P4: ~E  ~B

Professor Weber Campos


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1ª Solução:
Nas soluções das questões de Implicação Lógica feitas anteriormente, o 1º passo
consistia em somente considerar as premissas como verdadeiras. Acrescentaremos a este 1º
passo, os seguintes procedimentos:
 Atribuiremos um valor lógico (V ou F) para uma das proposições simples (neste caso,
D, B ou E). De preferência, escolha a proposição simples que mais se repete.
 Finalmente, substituiremos este valor lógico (escolhido acima) nas premissas e
verificaremos, mediante a aplicação das tabelas-verdade, se está correto, ou seja,
se não vai se observar alguma contradição entre os resultados obtidos.

Vamos escolher a proposição E que aparece no antecedente da condicional de P2, e


atribuiremos o valor lógico V (se atribuíssemos F, não teríamos como descobrir o valor lógico
de D em P2, pois para D=V ou D=F a premissa P2 seria verdadeira).
Vamos executar os passos abaixo para testar a hipótese criada por nós: E=V.
1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e E=V (hipótese!), e
descobriremos, mediante a aplicação das tabelas-verdade, o valor lógico de cada uma das
proposições simples. Também verificaremos se ocorre alguma contradição na hipótese.
Teremos:
a) Substituir E por V em P2 e ~E por F em P3 e P4:
P1. ~D  B

P2. V  D  Para que a condicional seja verdadeira, é preciso que D seja V.

P3. DF  Para que a condicional seja verdadeira, é preciso que D seja F.

P4. F  ~B

Opa!!! Houve uma contradição: na premissa P2 achamos que D é V e na premissa P3


achamos que D é F. Isso não é admissível! Daí, a hipótese E=V está incorreta, ou seja, o valor
lógico de E não pode ser V. Portanto, o valor lógico de E é F!
Como foi alterado o valor lógico da proposição simples E, então retornaremos ao
início do 1º passo:
a) Substituir nas PREMISSAS INICIAIS o E por F em P2 e ~E por V em P3 e P4:
P1. ~D  B

P2. F  D

P3. DV

Professor Weber Campos


Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.
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P4. V  ~B  Para que a condicional seja verdadeira, é preciso que ~B seja V. Daí, B
é F.

b) Substituir B por F em P1:


P1. ~D  F  Para que a condicional seja verdadeira, é preciso que ~D seja F.
Daí, D é V!

P2 FD
.

P3. D  V

c) Substituir D por V em P2 e P3, para certificarmos que todas as premissas são verdadeiras.
P2 FV = Verdade!
.

P3. V  V = Verdade!

Compilando os resultados obtidos acima, teremos:

EéF  Não estou furioso!

BéF  Não bebo!

DéV  Durmo!

2º PASSO: De posse das verdades obtidas acima, analisaremos as opções de resposta.


Teremos:
a) não durmo, estou furioso e não bebo F
b) durmo, estou furioso e não bebo F
c) não durmo, estou furioso e bebo F
d) durmo, não estou furioso e não bebo V
e) não durmo, não estou furioso e bebo F

Portanto, a resposta é a alternativa D!

2ª Solução:
Esta solução baseia-se no Método da Tabela-Verdade. Devemos construir a tabela-
verdade para cada uma das premissas! Como faremos uma comparação entre os valores
lógicos obtidos das premissas, é interessante que construamos uma única tabela que
contenha todas elas, conforme é mostrado abaixo.

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P1: ~D  B
P2: ED
P3: D  ~E
P4: ~E  ~B

P1 P2 P3 P4
D B E ~D  B ED D  ~E ~E  ~A
1ª V V V V V F V
2ª V V F V V V F
3ª V F V V V F V
4ª V F F V V V V
5ª F V V V F V V
6ª F V F V V V F
7ª F F V F F V V
8ª F F F F V V V

Temos que verificar qual(is) é(são) a(s) linha(s) da tabela acima cujos valores lógicos
das premissas são todos V. Encontramos esta situação apenas na 4ª linha!
Passemos a observar na 4ª linha quais são os valores lógicos das proposições simples
D, B e E. Os valores lógicos são: V, F e F, respectivamente.
Resultados: D é V , daí: durmo!
B é F , daí: não bebo!
E é F , daí: não estou furioso!
Portanto, a resposta é a alternativa D!

A solução utilizando a construção da Tabela-Verdade das premissas é aconselhável se


a questão trouxer no máximo três proposições simples. Pois, com quatro proposições simples
a tabela-verdade das premissas teria 16 linhas (=24), ficando impraticável a sua construção.

06. (ESAF) Homero não é honesto, ou Júlio é justo. Homero é honesto, ou Júlio é justo, ou
Beto é bondoso. Beto é bondoso, ou Júlio não é justo. Beto não é bondoso, ou Homero
é honesto. Logo,
a) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
b) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
c)) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
d) Beto não é bondoso, Homero não é honesto, Júlio não é justo.
e) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
Solução:

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Vamos usar a seguinte representação simbólica:


H = Homero é honesto
J = Júlio é justo
B = Beto é bondoso
Traduzindo as premissas para a forma simbólica, teremos:
P1: ~H ou J
P2: H ou J ou B
P3: B ou ~J
P4: ~B ou H
Vamos escolher a proposição J que aparece em P1, e atribuir a ela o valor lógico F. (Se
atribuíssemos V não teríamos como descobrir o valor lógico de H em P1, pois para H=V ou
para H=F a premissa seria sempre verdadeira).
Vamos executar os passos abaixo para testar a hipótese criada por nós: J=F.
1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e J=F (hipótese!), e
descobriremos, mediante a aplicação das tabelas-verdade, o valor lógico de cada uma das
proposições simples. Também verificaremos se ocorre alguma contradição na hipótese.
Teremos:
a) Substituir J por F em P1 e P2, e ~J por V em P3:
P1. ~H ou F  Para que a disjunção seja verdadeira, é preciso que ~H seja V. Daí,
H é F!

P2. H ou F ou B

P3. B ou V

P4. ~B ou H

b) Substituir H por F em P2 e P4:


P2 F ou F ou B  Para que a disjunção seja verdadeira, é preciso que B seja V!
.

P3. B ou V

P4. ~B ou F  Para que a disjunção seja verdadeira, é preciso que ~B seja V! Daí,
B é F!

Opa!!! Houve uma contradição: na premissa P2 achamos que B é V e na premissa P4


achamos que B é F! Daí, a hipótese J=F está incorreta, ou seja, o valor lógico de J não pode
ser F. Portanto, o valor lógico de J é V!

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Como foi alterado o valor lógico da proposição simples J, então retornaremos ao início
do 1º passo:
a) Substituir J por V em P1 e P2, e ~J por F em P3:
P1. ~H ou V

P2. H ou V ou B

P3. B ou F  Para que a disjunção seja verdadeira, é preciso que B seja V!

P4. ~B ou H

b) Substituir B por V em P2, e ~B por F em P4:


P1. ~H ou V

P2 H ou V ou V
.

P4. F ou H  Para que a disjunção seja verdadeira, é preciso que H seja V!

c) Substituir H por V em P2, e ~H por F em P1, para confirmar que essas premissas são
verdadeiras:
P1. F ou V = Verdade!

P2 V ou V ou V = Verdade!
.

Compilando os resultados obtidos acima, teremos:

HéV  Homero é honesto!

JéV  Júlio é justo!

BéV  Beto é bondoso!

2º PASSO: De posse das verdades obtidas acima e analisando as opções de resposta,


conclui-se que a opção correta é a alternativa C!

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