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TÍTULO DO PROJETO: FIAT - Fé, Interações e Apropriações Tecnológicas.

RESPONSÁVEL: Prof. Me. Diogo Silva Miranda de Miranda

RESUMO
A sociedade contemporânea tem vivido uma experiência crescente e intensa de consolidação
da cibercultura (LÉVY, 1999) como elemento fundamental para o estabelecimento de suas
dinâmicas. As mídias, a partir dos processos de digitalização, tem colaborado para a
constituição de uma cultura convergente que exige a participação cada vez mais ativa e contínua
de seus indivíduos (JENKINS, 2012). Diante desse panorama, os fatos recentes do surgimento
do coronavírus colaboraram para a intensificação desse projeto, uma vez que essa doença exigiu
quarentena e distanciamento entre as pessoas e obrigou as dinâmicas sociais coletivas a se
adaptarem ao ambiente virtual. E a fé foi um dos campos que também precisou se adequar a
essa nova realidade social global. Hoje, é fácil observar como as práticas espirituais da Igreja
Católica foram adaptadas para a sua realização por meio das diferentes plataformas midiáticas:
missas e celebrações, novenas, oração do rosário, formações catequéticas, práticas de coleta e
arrecadação de verbas, como o próprio dízimo, entre outras, estão se desenvolvendo nos
diferentes ambientes digitais disponíveis na internet. Tal processo evidencia uma mudança na
prática religiosa, mas também evidencia a essencialidade que existe na fé desde a sua
constituição inicial como religião. Trata-se de perceber e identificar processos de mudanças que
religam as práticas espirituais a essência de seus processos: a interação e a comunicação entre
as pessoas, sejam fiéis, adeptos com pouca frequência ou neófitos no campo da espiritualidade
Diante desse panorama, a presente proposta visa analisar a natureza comunicativa que existe na
essência da fé da Igreja Católica, que ganha novos contornos neste tempo e faz a mediação da
interação e da fé entre os fiéis por meio das tecnologias digitais. Tal empreitada se justifica pelo
reconhecimento da maneira como novos processos estão se constituindo e que exigem uma
compreensão mais consolidada das suas nuances. Além disso, a observação científica desse
momento particular possibilitará que se contribua com as discussões epistemológicas sobre a
comunicação, observando o quanto esses novos processos, que possuem um caráter
extremamente tecnológico, resgatam a essencialidade da fé que é indissociável da natureza
humana: a capacidade de se comunicar e de se buscar o outro para a construção de relações
sociais. Para tal exercício, a proposta se sustenta em um tripé metodológico essencialmente
experimentalista, mas que garante o rigor acadêmico para sua aplicação e observação crítica

1
dos processos. Por meio dos procedimentos cartográficos de Jesús Martín-Barbero (2004),
busca-se a experiência como elemento orientador da percepção para o exercício etnográfico
(GEERTZ, 2008) que se fará nas redes sociais, que possuem dinâmicas particulares que
precisam ser levadas em consideração (FRAGOSO, RECUERO e AMARAL, 2012). Além
disso, o aporte de Análise de Redes Sociais (RECUERO, BASTOS e ZAGO, 2018) permitirá
cruzar os dados qualitativos com os quantitativos, de forma a enxergar melhor os
desdobramentos do processo interativo desses atores em rede e identificar qual o alcance desses
processos dentro desses ambientes digitais. Espera-se com essa proposta construir matrizes
interpretativistas que possibilitem enxergar outros processos sociais com mais profundidade
dentro das dinâmicas contemporâneas de nossa cultura.

PALAVRAS-CHAVE: Fé. Igreja Católica. Cibercultura. Convergência. Epistemologia da


Comunicação.

CONTEXTO DA PESQUISA
Em dezembro de 2019, uma nova doença começou a alterar as dinâmicas sociais na
China e, em poucos meses, ganhou o status de pandemia global, modificando as atividades mais
comuns das diferentes populações em todos os continentes. A doença provocada pelo novo
coronavírus, graças à particularidade de seu funcionamento, que possui alto grau de contágio,
se tornou causa de modificações estruturais e simbólicas no cotidiano. Hoje, em todos os
estados brasileiros, estamos nos adaptando ao chamado home office1, as compras por diferentes
aplicativos de celulares (intensificando o crescimento do e-commerce2, que se expandiu para as
áreas mais comuns) e as vídeo chamadas com amigos e familiares para driblar o distanciamento
físico-social, entre outras atividades.
A partir desse cenário, é visível que as chamadas “novas tecnologias” têm se
estabelecido de maneira mais intensa e corriqueira no dia a dia das pessoas, distanciando-se do
imaginário lúdico e cinematográfico que carrega a ideia de carros voadores, hologramas e
inteligências artificiais capazes de dominar a humanidade. Os artefatos tecnológicos tem se
consolidado como instrumentos de um uso mais comum e menos espetacular, como aponta
Pierre Lévy (1999): como práticas cotidianas, atitudes, maneiras de se viver em sociedade,

1
Expressão que significa, em tradução livre, trabalho a distância, ou remoto.
2
Expressão que significa, em tradução livre, comércio eletrônico, desenvolvido por meio de plataformas que
funcionam a partir da internet.
2
formas de se relacionar, que se estabelecem a partir das possibilidades que a rede mundial de
computadores e seus bancos de memória criam no dia a dia.
Em outros termos, pensar este tempo significa entender que, a partir da internet, de
seus diferentes meios de acesso a seus recursos, estamos articulando nossas práticas sociais,
culturais, educativas, políticas, econômicas, entre outras, para uma forma de realização que seja
possível, sem o risco da exposição e contaminação ao novo coronavírus. E a fé também sofreu
modificações quanto às maneiras de se manifestar e de se expressar.
As diferentes práticas, em todas as designações religiosas, precisaram se adaptar às
regras sanitárias de prevenção à Covid-19, como forma de conter a propagação do vírus e
preservar a vida dos adeptos de cada expressão particular. E, dentro desse cenário, a Igreja
Católica se adaptou de diferentes maneiras a esta nova realidade. Em linhas gerais, a parte de
seu culto mais pública, como missas e celebrações de diferentes naturezas foram adaptadas ao
ambiente digital e a natureza das lives3 das diferentes mídias sociais. Apesar desses eventos já
acontecerem anteriormente de forma mediada, através de diferentes veículos de comunicação
de massa (como rádio e televisão), mesmo esse processo de transmissão ganhou outro
significado dentro do cenário de quarentena.
Contudo, em outros aspectos, outras dinâmicas espirituais foram incentivadas aos fiéis
católicos por meio das redes. Os fiéis católicos passaram a experienciar com mais intensidade
a prática do santo rosário, das novenas de santos, de livros de espiritualidade, da vivência da
chamada Igreja doméstica, entre outros. Tal transformação aparente sugere ser possível
identificar uma mudança na maneira de se concretizar ou alcançar a fé nos dias de hoje, que se
tornaria mais acessível no campo individual.
Nesse sentido, em uma primeira perspectiva, a percepção desde cenário de isolamento
e de incentivo a vivência espiritual individualizada poderia questionar a relevância da religião
e do valor da Igreja enquanto instituição em nossa sociedade. Contudo, é fundamental que se
entenda a fé e a sua prática como um alicerce primordial, sobre o qual se sustentam o
catolicismo e que, mais do que atribuir uma legitimidade e valor a uma determinada instituição,
organiza e orienta os preceitos para uma experiência mais profunda e complexa de suas
atividades.
Em outras palavras, o que a Igreja católica e seu povo vivem hoje em suas dinâmicas,
que adaptam intensamente o seu funcionamento ao ambiente midiático, nada mais é que um

3
Por live, refiro-me a prática de transmissão ao vivo via streaming que tem se popularizado desde as manifestações
políticas de junho de 2013 no Brasil e, mais recentemente, tornaram-se alternativas viáveis para a realização de
eventos de entretenimento de diferentes artistas.
3
regresso a uma essencialidade que a constituiu: uma vivência íntima e individual da fé, mas
celebrada em profunda comunhão por todas as comunidades e por todos os cristãos. E tal
regresso só pode ser compreendido quando levado em consideração um dos aspectos mais
essenciais da Igreja Católica. Nas palavras do Sumo Pontífice, Papa Francisco (2013), deve
existir uma alegria no coração de cada fiel que o motiva a ir ao encontro do outro para anunciar
a feliz experiência que teve com Cristo.
Desse modo, ao se entenderem as práticas espirituais como processos simbólicos que
existem dentro da cultura humana como causa e que também servem para a tessitura das
relações sociais (GEERTZ, 2008), é possível compreendê-las como fenômenos que possuem
uma natureza essencialmente comunicativa (FRANÇA, 2001). Como tal, torna-se evidente as
manifestações da fé em seu processo de modificação não podem ser apreendidas apenas a partir
dos processos midiáticos, em seu sentido mais mecânico, reduzido as dinâmicas promovidas
pelos diferentes artefatos de comunicação. Ao contrário, são processos particulares a própria
interação social, que se desenvolvem no estabelecimento das relações entre indivíduos e que
podem acontecer a partir de diferentes tipos de mediação (BRAGA, 2011).
Por essa razão, é possível supor que a transformação das práticas espirituais, realizadas
neste tempo, a partir das inúmeras possibilidades advindas das chamadas Novas Tecnologias
de Informação e Comunicação (NTICs), ou melhor, das mídias digitais, deve transformar a
relação entre os fiéis, a Igreja e a vivência da fé. E é a partir desta hipótese que chegamos a
questão que motiva esta proposta de pesquisa. Desejamos saber: como a Igreja Católica se vale
de uma natureza essencialmente comunicativa de sua missão para tornar viável a experiência
da fé a partir da interação entre seus fiéis por meio das redes digitais?

OBJETIVOS

Geral:
Compreender a natureza comunicativa que existe na essência da Igreja Católica, que atravessa
a sua missão e que ganha novos contornos neste tempo de quarentena e distanciamento físico,
mediando a interação e a fé entre os fiéis por meio das tecnologias digitais

4
Específicos:
• Mapear perfis institucionais de grupos e/ou de iniciativas pessoais, dentro de diferentes
redes sociais digitais, que promovam as práticas espirituais da Igreja Católica;
• Identificar conteúdos relacionados às práticas espirituais e se há relação com outros
aspectos socioeconômicos e culturais (comércio, turismo, entretenimento, artes, etc);
• Analisar a dinâmica interativa dos atores e das pautas existentes na rede;
• Analisar a relação entre comunicação e fé, que existem na essência do catolicismo a
partir do cenário contemporâneo e suas dinâmicas;
• Colaborar com o desenvolvimento científico que observa a relação entre fé e
comunicação de maneira transdisciplinar.

JUSTIFICATIVA
A Alegria do Evangelho é fundamentalmente marcada por uma “cultura do encontro”,
da qual nos fala o Papa Francisco (2013). Ela deve estar presente na vida de todo cristão, pois
é o ápice da própria mensagem de Deus para a humanidade: o chamado para a vida eterna é
feito a cada homem e mulher e só é possível pela experiência pessoal com a pessoa de Jesus.
Trata-se de compreender que cada fiel católico tem um encontro íntimo e pessoal,
proporcionado pela mística da fé, com o próprio Cristo.
Isso acontece em momentos particulares e querigmáticos: trata-se de um evento que
possui um caráter inaugural e, por assim dizer, de conversão para cada indivíduo, que pode ser
vivido de maneira isolada ou em comunidade. Contudo, essa experiência se também se realiza
depois, de maneira comum no cotidiano de cada um. Ou seja, é preciso entender esse processo
como uma experiência transformadora, que não pode ser encerrada no indivíduo e o coloca em
movimento, em contato, em interação com os outros a seu redor. E tal dinâmica apoia-se na
mística da fé para evidenciar como a mensagem, a comunicação com Deus se desenvolveu ao
longo da narrativa bíblica para com o seu povo, por meio dos profetas, reis, juízes, por meio do
próprio messias e, por fim, pelo envio dos apóstolos a todas as nações. Assim, superou-se o
limite do privilégio natalício-judaico e chegou ao homem moderno, que pode ter sua
experiência com o Criador e novamente é imbuído a procurar outros e divulgar a Boa Nova.
Tal síntese da comunicação de Deus para com o homem e da história da Igreja católica
pode ser entendida como um acontecimento que só se realizou exatamente por ter uma natureza
essencialmente comunicativa (FRANÇA, 2001). E é essa essencialidade de seu processo que

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permite observar e analisar a fé por meio de uma epistemologia da comunicação, para sua
compreensão como objeto de pesquisa. Em outras palavras, está na natureza mais íntima do
cristianismo (e, aqui em particular e especificamente, do catolicismo) uma essência
comunicativa que leva seus adeptos a uma vivência, a uma prática profunda e constante da
interação social.
O título desta proposta se liga diretamente a esse aspecto: o fiat4 de Maria evidencia a
primeira experiência direta com o Cristo-homem, segunda pessoa da Santíssima Trindade
encarnada na vida humana, e coloca Nossa Senhora em imediato movimento de comunicação.
Essa experiência a faz partir apressadamente para anunciar a Alegria do Evangelho5, a nova
mensagem de Deus que se materializa com alegria em sua vida. E o fiat também é uma proposta
da própria Igreja para cada um dos católicos, que dão continuidade à missão dos primeiros
cristãos, e são chamados a comunicar a Boa Nova a quem encontrar (CIC, 2011).
É esta chave de leitura para o entendimento da natureza comunicativa que a fé católica
possui. Também é a chave para a compreensão da experiência a qual Francisco (2013) exorta
os fiéis a viverem cotidianamente. O cristão é um ser que, por essência, sai ao encontro do
outro, comunica, interage, dialoga, partilha a vida, participa, e transforma a realidade. Mas esse
chamado para a missão católica não é algo desse tempo de cibercultura, ele é anterior a essa
dinâmica. Este é um chamado que a Igreja faz aos seus fiéis desde os anos 1960, quando a partir
do Concílio Vaticano II, a Santa Sé chama seu povo a uma ação mais concreta no mundo
moderno, a partir do entendimento do lugar fundamental que os diferentes meios de
comunicação têm para a sociedade a partir do século XX. E é um chamado que se renova ano
após ano, nas mensagens para o Dia Mundial das Comunicações Sociais (CORAZZA e
PUNTEL, 2019). A cada mensagem, renova-se o clamor de busca por maneiras criativas e
inovadoras para a vivência da evangelização, da alegria de se comunicar com o outro e de se
levar a experiência do contato com a pessoa de Cristo.
Assim, esta pesquisa se coloca como uma iniciativa para olhar a essencialidade da
prática espiritual a fim de compreender as suas nuances mais essenciais na relação com a
comunicação, em aspectos individuais e coletivos, para colaborar com a discussão
epistemológica deste campo de saber que é a Comunicação. Trata-se de enxergar a essência da
missão a que se coloca a Igreja Católica, enquanto instituição e enquanto corpo de fiéis, de se
comunicar e interagir com o mundo. Essa sua natureza está presente desde o seu princípio e

4
Em tradução livre do latim: “faça-se”.
5
Em tradução livre do latim: “boa notícia”.
6
atende a um chamado particular, concomitante ao período em que os Meios de Comunicação
de Massa (MCMs) começaram a se estabelecer como pilar para a constituição das dinâmicas
sociais e da vida moderna. E se mantém até os dias atuais, em que se vivencia a intensificação
da relevância da comunicação na sociedade contemporânea, a partir do advento da cibercultura
e se consolida nas dinâmicas da convergência cultural.
Em síntese, esta proposta de exercício procura por pistas de processos históricos
essenciais que estão presentes nas dinâmicas contemporâneas da fé. Mas que também são
processos que possuem como natureza um caráter experimental e inovador, pois em tempos de
pandemia a é católica se reinventa e se renova para garantir aos seus novos moldes a
manutenção de sua essência comunicativa. Ou seja, busca-se compreender que as
transformações das práticas espirituais deste tempo são um fenômeno complexo como a própria
comunicação, que atravessa a história da própria Igreja Católica e encontra formas de sempre
se adaptar aos desafios de cada tempo, pois não rompe com a essencialidade de sua missão:
comunicar e interagir com o mundo para transmitir uma experiência que revoluciona a vida de
cada cristão.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Desde o final do século XX e início do XXI, a sociedade contemporânea experiencia
em suas dinâmicas mais cotidianas práticas sociais relacionadas as questões da cibercultura.
Como indica Pierre Lévy (1999), a cibercultura precisa ser entendida como uma mudança de
atitude e de comportamento, que afeta aspectos culturais, sociais, econômicos, políticos, etc,
tanto no campo individual como no campo coletivo. Trata-se de compreender como as
diferentes dinâmicas se estabelecem hoje a partir das infinitas possibilidades que a rede mundial
de computadores e suas conexões articulam os diferentes saberes, imaginários e memórias
sociais para a constituição dos processos sociais.
Na primeira década deste século, essa cibercultura ainda ocupava um lugar restrito e
segmentado na sociedade, pois ainda existia a partir dos computadores. Contudo, a partir do
avanço acentuado da microeletrônica, da robótica, da nanotecnologia, de diferentes processos
de digitalização das outras mídias e do caráter crescente de mobilidade dos artefatos midiáticos,
sua abrangência ganhou outro contorno. Graças a este desenvolvimento, a cibercultura hoje nos
acompanha em nossos deslocamentos, facilitou o entendimento e o acesso aos recursos
tecnológicos, integrou as diferentes regiões e áreas do Brasil mesmo com suas grandes

7
disparidades econômicas e incluiu de maneira mais significativa os diferentes atores sociais
para a participação do debate público a partir do campo midiático, independente do grau de sua
formação (PELLANDA, 2009).
Como evidencia Henry Jenkins (2012), essas transformações estabeleceram um
processo de convergência cultural em que os indivíduos são incentivados a se colocarem em
fluxo, em busca de aprofundar suas experiências sociais por meio das diferentes plataformas,
que estão cada vez mais interconectadas. Tais pessoas estão participando mais ativamente dos
diálogos entre os indivíduos e suas comunidades e experienciando um contato mais próximo,
desenvolvendo um outro tipo de relação com as diferentes instituições sociais. Eles estão
consumindo e construindo narrativas, coletivas e/ou individuais, próprias ou não. E tudo isso
os coloca em sociedade de uma maneira diferente de tudo o que já se viu anteriormente na
história da sociedade.
Nesse sentido, ao se deter sobre a cibercultura é fundamental observar um processo
que está na essência desse fenômeno: a transformação exponencial, isto é, uma eterna
modificação de seus processos e que se acelera potencialmente, é a constante que marca este
tempo (LÉVY, 1999). E ela está concretamente materializada nas mudanças de nossas
atividades mais comuns. Mudanças que passam a acontecer de uma maneira singular e a partir
das infinitas possibilidades que as diferentes mídias, em articulação com as potencialidades que
a tecnologia digital oferece, oportunizam para cada um. Mas trata-se de mudanças muito
naturais aos indivíduos que participam desse contexto.
Essa alteração na vivência social para um paradigma mais empírico-experimentalista,
isto é, que não obedece a um roteiro ou a uma receita, forma ou modelo a ser seguido pelos
processos culturais (JENKINS, 2012), é a chave para entender as transformações que se
acometeram sobre as práticas espirituais e a vivência da fé católica. Como afirmado
anteriormente, a atividade religiosa tem em sua essência uma natureza comunicativa que é uma
força motriz para o seu estabelecimento. Logo, é natural que as adaptações das dinâmicas
espirituais ganhassem contornos midiáticos e acompanhassem a relevância que as mídias
passaram a ter dentro da vida moderna e contemporânea. Na obra de Helena Corazza e Joana
Puntel (2019), é possível acompanhar o desenvolvimento dessa perspectiva da Igreja em
paralelo a história das mídias, indo da experiência das massas aos desafios da revolução digital.
Dessa maneira, a proposta procura olhar para o aspecto material mais intuitivo da
vivência da cibercultura neste tempo de convergência: as diferentes redes sociais existentes na
internet (RECUERO, 2009). Mais do que plataformas de contato em seu caráter mais

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instrumentalista, elas são um ambiente cultural que pode determinar práticas concretas, a
constituição de pensamentos e a conformação de estilos de vida em um território inovador e
que extravasa para o ambiente offline (SPADARO, 2013). E é nesse ambiente que o catolicismo
propõe uma nova teologia, uma ciberteologia: uma maneira de se compreender a vivência
contemporânea em tempos de redes sociais pela inteligência da fé (SPADARO, 2012).
Em outras palavras, é modo próprio e novo de se vivenciar a fé, que é orientado pela
Igreja e que busca ir além da utilização instrumentalista das redes sociais para fins de
evangelização. Trata-se de encontrar pontos de convergência entre as dinâmicas do ciberespaço
e da cultura participativa e a essência do pensamento cristão, como uma maneira de localizar
oportunidades, dentro deste ambiente de interação que os diferentes ambientes digitais
disponibilizam para a formação de novos caminhos da vivência espiritual (SPADARO, 2012).
E é exatamente esse ambiente que constitui a materialidade de análise desta proposta.

METODOLOGIA
Para o desenvolvimento desta proposta é importante ter em vista que, apesar das
indicações conceituais orientarem a sistemas e sínteses que globalizam os processos acerca da
vivência da cibercultura, dos aspectos da cultura convergente e das dinâmicas proporcionadas
pelos diferentes artefatos midiáticos, sempre existirão singularidades culturais de cada
localidade física e até mesmo virtual. Jesús Martin-Barbero (2004) evidencia isso em práticas
diversas ao longo do território latino-americano: são usos e apropriações sociais das diferentes
tecnologias, que advém do valor cultural atribuído ao artefato pela sua significação cultural,
que é gestado a partir das dinâmicas particulares de cada lugar.
Assim, partimos do entendimento de três aspectos metodológicos para o
desenvolvimento dessa pesquisa. Em primeiro lugar, é fundamental para este desenvolvimento
ter uma perspectiva da experiência, a qual Martín-Barbero (2004) define como procedimento
cartográfico: trata-se de reconhecer a relevância do pesquisador como um sujeito histórico,
atravessado por processos discursivos e simbólicos, que possui relevância no ato da pesquisa.
O pesquisador é um sujeito ativo e participante e é o seu envolvimento com o objeto, a sua
experiência, que lhe assegura a capacidade de melhor interpretar as dinâmicas do fenômeno,
uma vez que, dotado do rigor metodológico, faz a experiência da participação do processo e é
capaz de avaliar suas nuances ao o conhecer de dentro.

9
Tal visão é muito próxima dos apontamentos da antropologia e de seu método
etnográfico interpretativista. Em Geerz (2008), isso fica evidente ao se identificar que a chave
para a realização da pesquisa de campo reside na aceitação do sujeito-pesquisador pelos
membros da comunidade. A partir de sua abordagem, o autor demonstra que o antropólogo será
sempre um indivíduo estranho naquele ambiente. Ele será sempre o outro, alguém de fora e
apartado da participação na vida da comunidade. Mas é a experiência do contato, da aceitação
pela coletividade, do convívio crescente e fundamentalmente do estabelecimento de laços que
possibilita ao investigador adentrar na vida social da coletividade e, em sua participação,
observar e analisar os seus processos.
O que nos leva ao segundo aporte metodológico. O entendimento das redes sociais
como um território particular no desenvolvimento da cultura contemporânea, um espaço de
práticas e dinâmicas particulares, para onde convergem práticas sociais presenciais, onde as
mesmas se transformam diante da multimidialidade e interatividade das plataformas e de onde
saem novos processos culturais contemporâneos, indica que é preciso um instrumental
etnográfico particular. A chamada Netnografia é um suporte metodológico capaz de apreender
as dinâmicas de cada um dos múltiplos ambientes possíveis que são diversas entre si e não
possuem regras preestabelecidas para sua configuração. E a obra de Fragoso, Recuero e Amaral
(2012) auxilia a compreender os olhares particulares que o campo da comunicação necessita
para a execução do procedimento metodológico e que adequa a etnografia a um processo mais
cauteloso quanto a diversidade de fatores que envolvem sua realização no ambiente da internet.
Por fim, é preciso ter sempre em vista que a rede mundial de computadores possibilita
uma constituição material dos fenômenos empíricos da comunicação. Ela constrói rastros
visíveis e palpáveis das práticas sociais que muitas vezes a etnografia pode não conseguir
captar, por seu aspecto essencialmente qualitativo e ligado a experiência do pesquisador. Nesse
sentido, a partir de aplicativos particulares como o RStudio, NodeXL e Quintly, que utilizando
a linguagem de programação são capazes de gerar matrizes gráficas e quantificar dados
expressivos das interações sociais para mensurar até elas podem ir. Assim, é possível cruzar as
percepções qualitativas da atividade netnográfica com uma representação numérica quantitativa
para aperfeiçoar a interpretação dos fenômenos. E, assim, o terceiro aporte metodológico é
exatamente o exercício de Análise de Redes Sociais, ou ARS (RECUERO, BASTOS e ZAGO,
2018), que auxiliará a equipe em sua tarefa de interpretar os processos interativos captados
anteriormente pela percepção individual de cada um dos envolvidos no projeto.

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Espera-se com isso identificar regras e definições para os fenômenos levantados, de
forma a compreender em profundidade até onde vai o processo interativo de cada indivíduo em
sociedade. Deseja-se olhar para as dinâmicas da fé e como elas podem elucidar a desenvolver
um procedimento melhor para perceber e analisar outros processos em sociedade.

VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
O contexto atual de isolamento e distanciamento físico entre as pessoas corroborou
para a necessidade extrema do uso da internet em nossa cidade. Nossas atividades institucionais
(realização de aulas, desenvolvimento de exercícios avaliativos, capacitação docente, reuniões
de professores etc) estão se desenvolvendo virtualmente e a distância. Logo, esta proposta se
desenvolveu para ser realizada a partir deste cenário e de maneira concomitante com as
condições tecnológicas que professors, alunos e voluntários podem dispor. Tudo isso para
reduzir os custos de sua realização, de maneira a facilitar sua implementação sem adicionar
custos extras aos orçamentos dos participantes e/ou da instituição.
Trata-se de uma investigação a ser desenvolvida essencialmente em ambiente digital,
com acesso aos ambientes de interação gratuitos ofertados pelas diferentes mídias sociais, como
Facebook, Twitter, Instagram etc. Além disso, a equipe utilizará a plataforma Microsoft Teams
como ferramenta para mediar o encontro dos participantes, reunião de materiais levantados,
desenvolvimento de backup dos dados coletados etc, uma vez que todos os integrantes já
usufruem de seu acesso para a realização das atividades de ensino da instituição.
A seleção dos alunos que integram a proposta além de levar em consideração os itens
indicados no edital, também priorizou pelo envolvimento dos mesmos com atividades
religiosas, de maneira a reduzir o tempo de ação para gerar contato e construir laços entre os
participantes da pesquisa e as materialidades a serem levantadas. Nesse sentido, o suporte
metodológico adequado e bem definido associado a experiência acadêmica do coordenador para
orientar as ações garantirá o rigor da pesquisa, de maneira que o envolvimento dos mesmos não
prejudique a interpretação e a análise dos fenômenos sociais.
Por fim, os mecanismos de coleta de dados, de análise de hiperlinks, de mensuração
de interatividade a serem utilizados são de natureza pública e de acesso gratuito, uma vez que
foram desenvolvidos por instituições de ensino e pesquisa no Brasil que possuem um caráter
público de suas atividades. E a capacitação da equipe para o uso das ferramentas se dará por

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meio de parcerias estabelecidas pelo contato do coordenador com outros pesquisadores do
campo brasileiro.
Assim, a presente proposta se coloca como um exercício de investigação científica
viável e de baixo custo para a sua implementação.

CRONOGRAMA
2020
Ações
Ago Set Out Nov Dez
Pesquisa bibliográfica para revisão
X X
de literatura
Monitoramento específico do Círio
X
(caso aconteça)
Reunião do grupo de grupo de
X X X
estudo
Mapeamento e acompanhamento da
produção de perfis católicos em X X X
redes sociais
Participação no seminário de
pesquisa da Estácio (out/2º X
sem/2021)
Participação no Intercom Norte
X
(nov/2020)
Produção de artigos para publicação
X
em revistas acadêmicas
Ações 2021
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Reunião do grupo de grupo de
X X X X
estudo
Sistematização dos dados obtidos no
X X
mapeamento
Análise dos dados e interpretação
X X X
dos processos
Elaboração de relatório parcial da
X
pesquisa
Entrega de relatório parcial da
X
pesquisa
Seminário interno de apresentação
X
dos resultados parciais
Participação no Intercom Nacional X
Produção de artigos para publicação
X X
em revistas acadêmicas
Elaboração do relatório final da
X
pesquisa para entrega em Ago/2021
Seminário de resultados finais X

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DISCENTES SELECIONADOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
1. Camila Cunha Rodrigues de Azevedo
2. Kayla Cristina Alves da Silva
3. Letícia da Silva Gomes
4. Mateus Monteiro Miranda

REFERÊNCIAS
BRAGA, José Luiz. Constituição do campo da comunicação. In Verso e reverso [revista],
XXV(58): 62-77, janeiro-abril. Porto Alegre: Unisinos, 2011.

CIC. Catecismo da Igreja Católica. 9ª Edição. São Paulo: Edições Loyola, 2011.

CORAZZA, Helena; PUNTEL, Joana T. Os papas da comunicação: estudo sobre as


mensagens do Dia Mundial das Comunicações. São Paulo: Paulinas, 2019.

FRAGOSO, Suely; RECUERO, Raquel; AMARAL, Adriana. Métodos de pesquisa para a


internet. Porto Alegre: Sulina, 2012.

FRANÇA, Vera. Paradigmas da comunicação: conhecer o quê? In Compós 2001 – X


COMPÓS: Brasília, DF [Anais]. Brasília, DF: Compós, 2001.

FRANCISCO. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: A alegria do Evangelho. São


Paulo: Paulinas, 2013.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2ª ed. 2ª Reimpr. São Paulo: Aleph, 2012.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. 27ª ed. São Paulo: Editora 34, 1999.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Ofício de cartógrafo: travessias latino-americanas da


comunicação na cultura. São Paulo: Edições Loyola, 2004.

PELLANDA, Eduardo Campos. Comunicação móvel no contexto brasileiro. In LEMOS,


André; JOSGRILBERG, Fabio. Comunicação e Mobilidade: Aspectos socioculturais das
tecnologias móveis de comunicação no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2009.

RECUERO, Raquel. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.

13
RECUERO, Raquel; BASTOS, Marco; ZAGO, Gabriela. Análise de redes para mídia social.
Porto Alegre: Sulina, 2018.

SPADARO, Antonio. Ciberteologia: pensar o cristianismo nos tempos da rede. São Paulo:
Paulinas, 2012.

_______________. Web 2.0: redes sociais. São Paulo: Paulinas, 2013.

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PLANO DE TRABALHO - ALUNO 1
Nome: Camila Cunha Rodrigues de Azevedo
CPF: 018.922.682-05
E-mail: camila.azevedo07@hotmail.com
Matrícula: 201803077336
Coeficiente de rendimento acumulado (CRA): 8,3
Campus: Estácio FAP
Endereço do Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1307187298344836
Curso: Comunicação Social / Jornalismo
Modalidade do curso: Presencial
Previsão de conclusão do curso: 02/2021
O aluno já participa oficialmente como bolsista ou voluntário no PIBIC/ESTÁCIO FAP?
Não.
O aluno possui outro tipo de bolsa ou desconto (Estácio, órgão de fomento, convênio)?
Sim. Desconto na mensalidade pela nota do Enem.
Caso o projeto seja aprovado e ocorra a impossibilidade de usufruir a bolsa de Iniciação
Científica, o aluno deseja permanecer no projeto como voluntário?
Sim.

PLANO DE TRABALHO
Identidades e carismas em ambientes de redes sociais digitais

METODOLOGIA
A partir da netnografia, com o apoio da perspectiva cartográfica, pretende-se
compreender o processo de formação de identidades dentro do universo das redes sociais. Para
isso, a partir do mapeamento de perfis individuais e/ou iniciativas institucionais se fará a
sistematização de seus conteúdos para selecionar conteúdos (postagens) que se refiram aos seus
processos de identificação, a partir de termos da fé como carisma, vocação, marca, devoção,
chamado etc. Em seguida, a partir da observação e a experiência antropológica em rede, serão
analisadas como esses processos se a partir das interações dos atores sociais que participam
desse diálogo. Além disso, essa observação também permitirá a percepção se há um cruzamento
dessas identidades religiosas com outras expressões identitárias da cultura contemporânea e/ou

15
amazônica e, em que medida, esses aspectos da fé se relacionam com os processos da Igreja
Católica.

CRONOGRAMA
2020
Ações
Ago Set Out Nov Dez
Pesquisa bibliográfica para revisão
X X
de literatura
Monitoramento específico do Círio
X
(caso aconteça)
Reunião do grupo de grupo de
X X X
estudo
Mapeamento e acompanhamento da
produção de perfis católicos em X X X
redes sociais
Participação no seminário de
pesquisa da Estácio (out/2º X
sem/2021)
Participação no Intercom Norte
X
(nov/2020)
Produção de artigos para publicação
X
em revistas acadêmicas
Ações 2021
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Reunião do grupo de grupo de
X X X X
estudo
Sistematização dos dados obtidos no
X X
mapeamento
Análise dos dados e interpretação
X X X
dos processos
Elaboração de relatório parcial da
X
pesquisa
Entrega de relatório parcial da
X
pesquisa
Seminário interno de apresentação
X
dos resultados parciais
Participação no Intercom Nacional X
Produção de artigos para publicação
X X
em revistas acadêmicas
Elaboração do relatório final da
X
pesquisa para entrega em Ago/2021
Seminário de resultados finais X

16
PLANO DE TRABALHO - ALUNO 2
Nome: Kayla Cristina Alves da Silva
CPF: 052.912.472-66
E-mail: kayla_elena@hotmail.com
Matrícula: 201909158674
Coeficiente de rendimento acumulado (CRA): 7,69
Campus: Estácio FAP
Endereço do Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3623284309056470
Curso: Comunicação Social / Publicidade e Propaganda
Modalidade do curso: Presencial
Previsão de conclusão do curso: 02/2023
O aluno já participa oficialmente como bolsista ou voluntário no PIBIC/ESTÁCIO FAP?
Não.
O aluno possui outro tipo de bolsa ou desconto (Estácio, órgão de fomento, convênio)?
Sim. Desconto na mensalidade pela nota do Enem.
Caso o projeto seja aprovado e ocorra a impossibilidade de usufruir a bolsa de Iniciação
Científica, o aluno deseja permanecer no projeto como voluntário?
Sim.

PLANO DE TRABALHO
Oração e interatividade em práticas espirituais

METODOLOGIA
Com apoio no alicerce metodológico da ARS, e também com as designações da
cartografia, busca-se mensurar a interatividade entre os fiéis católicos por meio da relação que
uns desenvolvem com os outros para a vivência de suas orações como práticas espirituais. Aqui,
deseja-se debruçar sobre o aspecto individual da fé de cada participante que se dispõe a rezar e
interceder pelos seus conhecidos e/ou pela sua comunidade e, nesse processo, entra em contato
com outros atores sociais, interage com eles, desenvolve relações e constrói laços, dando uma
dinâmica singular à rede social, que se organiza de uma forma particular a partir desse processo.
Por meio desse procedimento também será possível analisar, a partir da análise dos perfis e do
cruzamento de informações entre eles, aspectos de concordância e discordância políticas,

17
ideológicas, econômicas etc, para saber em que medida esses outros elementos contribuem para
o diálogo entre os participantes e para a configuração da rede como um todo.

CRONOGRAMA
2020
Ações
Ago Set Out Nov Dez
Pesquisa bibliográfica para revisão
X X
de literatura
Monitoramento específico do Círio
X
(caso aconteça)
Reunião do grupo de grupo de
X X X
estudo
Mapeamento e acompanhamento da
produção de perfis católicos em X X X
redes sociais
Participação no seminário de
pesquisa da Estácio (out/2º X
sem/2021)
Participação no Intercom Norte
X
(nov/2020)
Produção de artigos para publicação
X
em revistas acadêmicas
Ações 2021
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Reunião do grupo de grupo de
X X X X
estudo
Sistematização dos dados obtidos no
X X
mapeamento
Análise dos dados e interpretação
X X X
dos processos
Elaboração de relatório parcial da
X
pesquisa
Entrega de relatório parcial da
X
pesquisa
Seminário interno de apresentação
X
dos resultados parciais
Participação no Intercom Nacional X
Produção de artigos para publicação
X X
em revistas acadêmicas
Elaboração do relatório final da
X
pesquisa para entrega em Ago/2021
Seminário de resultados finais X

18
PLANO DE TRABALHO - ALUNO 3
Nome: Letícia da Silva Gomes
CPF: 041.497.012-88
E-mail: let.french@gmail.com
Matrícula: 201802350292
Coeficiente de rendimento acumulado (CRA): 7,67
Campus: Estácio FAP
Endereço do Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7447345174618085
Curso: Comunicação Social / Jornalismo
Modalidade do curso: Presencial
Previsão de conclusão do curso: 02/2021
O aluno já participa oficialmente como bolsista ou voluntário no PIBIC/ESTÁCIO FAP?
Não.
O aluno possui outro tipo de bolsa ou desconto (Estácio, órgão de fomento, convênio)?
Sim. FIES.
Caso o projeto seja aprovado e ocorra a impossibilidade de usufruir a bolsa de Iniciação
Científica, o aluno deseja permanecer no projeto como voluntário?
Sim.

PLANO DE TRABALHO
Unidade virtual: experiências etnográficas de vivências comunitárias

METODOLOGIA
A percepção da diversidade de designações e formas de agir dentro da Igreja,
identificada como carismas, vocações, chamados, etc, evidencia uma pluralidade de identidades
dentro da mesma fé. A priori, isso poderia significar ruptura e demonstrar processos de
desassociações entre os fiés. No entanto, o catolicismo experiencia uma unidade mesmo em
suas diferenças. Nesse sentido, a articulação metodológica entre a netnografia e a cartografia
possibilita perceber e analisar esses pontos de convergência e divergência dentro da identidade
católica, a partir da maneira como os diferentes atores, pertencentes a organizações distintas,
podem se relacionar e interagir entre si para a construção de diálogos e perspectivas
concordantes. Esse viés poderá ser melhor analisado a partir da interação e interpretação do

19
valor simbólico que aspectos comuns, como Eucaristia, oração, bíblia, Círio de Nazaré e outros,
têm para as diferentes conformações católicas.

CRONOGRAMA
2020
Ações
Ago Set Out Nov Dez
Pesquisa bibliográfica para revisão
X X
de literatura
Monitoramento específico do Círio
X
(caso aconteça)
Reunião do grupo de grupo de
X X X
estudo
Mapeamento e acompanhamento da
produção de perfis católicos em X X X
redes sociais
Participação no seminário de
pesquisa da Estácio (out/2º X
sem/2021)
Participação no Intercom Norte
X
(nov/2020)
Produção de artigos para publicação
X
em revistas acadêmicas
Ações 2021
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Reunião do grupo de grupo de
X X X X
estudo
Sistematização dos dados obtidos no
X X
mapeamento
Análise dos dados e interpretação
X X X
dos processos
Elaboração de relatório parcial da
X
pesquisa
Entrega de relatório parcial da
X
pesquisa
Seminário interno de apresentação
X
dos resultados parciais
Participação no Intercom Nacional X
Produção de artigos para publicação
X X
em revistas acadêmicas
Elaboração do relatório final da
X
pesquisa para entrega em Ago/2021
Seminário de resultados finais X

20
PLANO DE TRABALHO - ALUNO 4
Nome: Mateus Monteiro Miranda
CPF: 918.112.792-87
E-mail: mateus.plaque@hotmail.com
Matrícula: 201803003758
Coeficiente de rendimento acumulado (CRA): 7,29
Campus: Estácio FAP
Endereço do Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7354573672024706
Curso: Comunicação Social / Publicidade e Propaganda
Modalidade do curso: Presencial
Previsão de conclusão do curso: 01/2022
O aluno já participa oficialmente como bolsista ou voluntário no PIBIC/ESTÁCIO FAP?
Não.
O aluno possui outro tipo de bolsa ou desconto (Estácio, órgão de fomento, convênio)?
Sim. PAC.
Caso o projeto seja aprovado e ocorra a impossibilidade de usufruir a bolsa de Iniciação
Científica, o aluno deseja permanecer no projeto como voluntário?
Sim.

PLANO DE TRABALHO
Consumo e circulação da fé: práticas de sustento das atividades econômicas

METODOLOGIA
Com base no protocolo da ARS se fará um mapeamento nas diferentes redes sociais
para se identificar e acompanhar o desenvolvimento de perfis individuais e/ou de instituições
católicas. Dentro deste universo de dados levantados se fará um recorte específico para
identificar práticas comerciais como forma de sustento de pessoas e comunidades. A questão é
analisar como a Igreja católica compreende as dinâmicas do ciberespaço e da cultura
convergente que sustentam as atividades contemporâneas (principalmente neste tempo de
pandemia), uma vez que existe sobre ela o estigma de inadequação às dinâmicas sociais e
culturais do momento atual. E para isso é fundamental analisar essas práticas comerciais a partir
do campo do consumo: é preciso entender como estas se relacionam a outros aspectos culturais
e são capazes de ir além do valor do produto material, adentrando na área dos valores simbólicos

21
das mercadorias, e o quanto podem se tornar elementos comerciais a partir das interações
desenvolvidas em rede.

CRONOGRAMA
2020
Ações
Ago Set Out Nov Dez
Pesquisa bibliográfica para revisão
X X
de literatura
Monitoramento específico do Círio
X
(caso aconteça)
Reunião do grupo de grupo de
X X X
estudo
Mapeamento e acompanhamento da
produção de perfis católicos em X X X
redes sociais
Participação no seminário de
pesquisa da Estácio (out/2º X
sem/2021)
Participação no Intercom Norte
X
(nov/2020)
Produção de artigos para publicação
X
em revistas acadêmicas
Ações 2021
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Reunião do grupo de grupo de
X X X X
estudo
Sistematização dos dados obtidos no
X X
mapeamento
Análise dos dados e interpretação
X X X
dos processos
Elaboração de relatório parcial da
X
pesquisa
Entrega de relatório parcial da
X
pesquisa
Seminário interno de apresentação
X
dos resultados parciais
Participação no Intercom Nacional X
Produção de artigos para publicação
X X
em revistas acadêmicas
Elaboração do relatório final da
X
pesquisa para entrega em Ago/2021
Seminário de resultados finais X

22

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