Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Embrapa
EMBRAPA
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
25 ANOS DE COMPROMISSO
COM PESSOAS, INFORMAÇÃO
E CONHECIMENTO
EMBRAPA
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
25 ANOS DE COMPROMISSO
COM PESSOAS, INFORMAÇÃO
E CONHECIMENTO
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
EMBRAPA
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
25 ANOS DE COMPROMISSO
COM PESSOAS, INFORMAÇÃO
E CONHECIMENTO
Embrapa
Brasília, DF
2016
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:
Coordenação editorial
Selma Lúcia Lira Beltrão
Lucilene Maria de Andrade
Nilda Maria da Cunha Sette
Textos
Maria Clara Guaraldo Notaroberto
Maria Luiza Costa Brochado
Colaboração
Selma Lúcia Lira Beltrão
Lucilene Maria de Andrade
Nilda Maria da Cunha Sette
Revisão de texto
Jane Baptistone de Araújo
Normalização bibliográfica
Iara Del Fiaco Rocha
Rejane Maria de Oliveira
1ª edição
1ª impressão (2016): 300 exemplares
ISBN 978-85-7035-590-4
CDD 630.72
© Embrapa, 2016
APRESENTAÇÃO
Esta é uma história construída por pessoas, sonhos, informação e muito conhecimento.
Ela começou em 1991 com o desafio de qualificar a informação científica e tecnológica
gerada pela pesquisa agropecuária, de forma a repassá-la à sociedade em diversos
meios – impresso, digital, eletrônico e audiovisual.
Passados 25 anos, e uma acelerada evolução mundial no campo tecnológico e dos meios
de difusão da informação, podemos afirmar que hoje a Embrapa Informação Tecnológica
é uma jovem Unidade, que consolida sua complexa e qualificada atuação como editora e
promotora da gestão da informação tecnológica e da comunicação científica, bem como
da comunicação para a transferência e o intercâmbio de conhecimentos, com o objetivo
de possibilitar que as informações e o conhecimento agropecuário cheguem mais longe e,
ao mesmo tempo, estejam cada vez mais próximo do homem do campo.
Muitos são os avanços e as conquistas obtidas pela Unidade nessas duas décadas e meia
de trabalho para acompanhar as tendências e os desafios propostos. Os livros impressos
passaram a ser publicados também em suporte digital, embora os impressos continuem
tendo seu espaço de destaque no mercado editorial; a área gráfica vem modernizando-se
a cada dia; o rádio e a televisão – oriundos da era eletrônica – adaptam-se ao mundo
digital; a gestão da informação técnico-científica adequa-se à complexidade da ciência
e do avanço do conhecimento; e a internacionalização da comunicação científica vem
exigindo periódicos cada vez mais qualificados para acompanhar os avanços da ciência.
A história desta Unidade, dos pioneiros, daqueles que os sucederam, dos resultados
conquistados e a projeção de desafios que se anteveem para o avanço da gestão e da
difusão da informação técnico-científica estão registradas de forma breve, porém vívida e
instigante, nesta publicação que tenho a honra de apresentar.
INTRODUÇÃO
A inauguração da Embrapa Informação Tecnológica, em 1991, trouxe consigo as histórias
de empregados da Embrapa, como os do extinto Departamento de Informação e Documen-
tação (DID). Naquele momento, eles se juntaram e assumiram o compromisso de construir
uma nova Unidade, liderados por pessoas que sempre acreditaram que a gestão da informa-
ção técnico-científica, assim como o seu compartilhamento com a sociedade são tão impor-
tantes quanto a construção do conhecimento científico e a geração de novas tecnologias e
inovação para a agricultura.
Nesses 25 anos, muitos foram os desafios superados pela Embrapa Informação Tecnológica
até chegar ao que é hoje – Unidade Descentralizada que se destaca entre as 46 outras por ter
uma missão completamente diferente das demais: organizar e adequar a informação e o co-
nhecimento da pesquisa para fazê-los chegar de forma mais compreensível e até lúdica aos
diversos públicos – produtores; agricultores familiares; guardiões de sementes; estudantes
de pós-graduação; jovens das escolas-famílias agrícolas; professores universitários; represen-
tantes da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater); comunidades quilombolas e indígenas;
mulheres agricultoras. Enfim, a todo um Brasil que produz e gera riquezas.
E para atender a essa gama da sociedade, foi necessário pensar na utilização dos diversos
suportes: televisão; rádio; internet; publicações impressas e digitais; bibliotecas; sistemas de
10
acesso aberto; blogs; sites, etc. Também foi preciso refletir sobre as estratégias para estimular
o uso e o consumo dessa informação. Enfim, era necessário se aproximar mais da sociedade
e mostrar que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) não gerava só o
conhecimento científico, mas estava comprometida com seu acesso e sua aplicação. E assim
o é até hoje.
De 1991 até hoje, muitas foram as alterações ocorridas na forma de atuar da Unidade a fim de
facilitar esse acesso: dos pacotes tecnológicos passou-se à construção coletiva do conhecimen-
to. Os processos manuais de editoração – com fotografias e originais sendo entregues pelos
pesquisadores dentro de um envelope ou pacote de papel – foram substituídos por sistemas de
gestão editorial e de um moderno parque gráfico, com maquinários e softwares que reduziram
o tempo de produção de um livro impresso de 30 para apenas 7 dias ou menos.
Os antigos computadores Intel 286 deram lugar à internet. Os e-books somaram-se às edi-
ções de publicações impressas, e o rádio e a televisão ampliaram seu público. Hoje, a Uni-
dade também é responsável por um sistema de acesso aberto que disponibiliza na web um
conjunto de publicações eletrônicas e um banco de dados com informações sobre diversas
culturas, plantios e criações.
Esta publicação tem o objetivo de contar um pouco dessa história e destacar, acima de tudo,
que nada disso seria possível sem o compromisso e a dedicação dos empregados e colabo-
radores que por aqui passaram e aos que ainda permanecem, em um total de 137 pessoas.
Sem deixar de considerar também as importantes alianças com parceiros externos que se
consolidaram nos últimos anos e contribuíram para a melhoria das práticas agrícolas, da
inclusão social e produtiva no meio rural.
No entanto, percebeu-se que, sem informação científica sobre o que estava sendo
produzido no mundo e sem uma estrutura mínima para a difusão da informação
e do conhecimento da Embrapa, a ciência agrícola brasileira não poderia avançar.
Portanto, tornava-se um desafio organizar a informação na Empresa e garantir que
os pesquisadores recebessem, a tempo e a hora, uma base informacional sobre o
que a ciência estava produzindo no mundo no campo da agricultura.
16
A gênese da Unidade
Tudo começou em 1974, um ano após a criação da Embrapa, quando foi criado o Departa-
mento de Informação e Documentação, o DID. Durante 9 anos, esse departamento contou
com recursos internacionais do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco
Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) para cumprir sua principal missão:
construir as bases da informação científica da Embrapa.
Hoje, com o advento da internet, essas iniciativas não parecem tão importantes em face da
disponibilidade de inúmeros periódicos nacionais e internacionais na web. No entanto, para
aquela época, quando ainda não se sonhava com o mundo virtual, as assinaturas de perió-
dicos eram fundamentais. Em entrevista concedida para esta publicação, Ubaldino Dantas
Machado, um dos primeiros chefes do DID, comenta que: “saber o que acontecia no mundo
em termos de ciência era essencial para os nossos pesquisadores”.
Mas a missão do DID foi muito além. Uma de suas ações significativas foi a organização das
bibliotecas da Embrapa, em rede, e a capacitação dos profissionais que atuavam nesses espa-
ços. Já naquela época, o pensamento era de que o papel de uma biblioteca não era apenas o
de catalogar livros e de organizá-los em prateleiras, mas sim o de fazer algo mais dinâmico,
voltado para a organização e a disseminação da informação.
Ainda segundo Ubaldino, existiam inúmeros documentos não formais, produzidos artesa-
nalmente pelos pesquisadores, os quais, até então, não tinham sidos publicados. Com isso,
os bibliotecários foram orientados a recolher esses materiais nas Unidades e organizá-los de
forma que pudessem ser disponibilizados à sociedade. E uma das primeiras publicações a ser
disponibilizada foi Resumos Informativos.
17
Foto: Carlos Eduardo Felice Barbeiro
Os pacotes tecnológicos buscaram inspiração na chamada Revolução Verde, que, naquela épo-
ca, dava o tom ao desenvolvimento. Ao lançá-los, a Embrapa pretendia levar as tecnologias
geradas pela Empresa e instituições parceiras para um número maior possível de agricultores.
O DID, além de coordenar a gestão das bibliotecas e liderar o Sistema de Informação Técnico-
-Científica da Embrapa – o chamado SITCE, algo semelhante ao atual Sistema Embrapa de
Bibliotecas (SEB) –, passou a editar outros tipos de publicações e a produzir audiovisuais que
facilitassem a disseminação das informações da Empresa.
18
A atividade de produção gráfica também começou na era do DID, quando foram adquiridos
os primeiros equipamentos, com recursos do Bird e do BID. O primeiro prédio ocupado pela
gráfica localizava-se na Embrapa Cerrados, em Planaltina, DF, onde anteriormente funciona-
va o laboratório de Entomologia daquela Unidade.
Assim escreveu Osmar Rodrigues de Faria, na época responsável pela administração do DID1:
“Foi criado um grupo de trabalho, liderado por Luiz Carlos Cruz Riasco, que foi ao Rio de
Janeiro e a São Paulo para ver o que havia de melhor no mercado em equipamentos gráficos.
Depois de preparado, o projeto foi encaminhado para o Departamento de Compras para
providenciar a concorrência. Logo que caiu no conhecimento público, e, principalmente, do
parque gráfico de Brasília, iniciaram-se as ações contra a aquisição do parque, pois os em-
presários do setor acreditavam que a gráfica iria reduzir seus serviços e arrecadação, já que
a Embrapa era uma empresa com grande potencial de consumo.”
“Hoje a gente percebe que foi uma decisão acertada a instalação de um parque gráfico
para atender toda a demanda de produção editorial da Empresa, cada vez mais crescente”,
destaca Osmar, atual supervisor de Gestão de Pessoas da Embrapa Informação Tecnológica.
Há 41 anos na Embrapa, Osmar acumula, em sua trajetória profissional, diversas supervisões
e significativas colaborações na criação de vários projetos da Unidade, entre eles o Dia de
Campo na TV, as Minibibliotecas e o Prosa Rural.
1
Informação fornecida por Osmar Rodrigues de Faria, na época responsável pela administração do DID (não existia o cargo de
supervisão), no documento interno História da gráfica da Embrapa Informação Tecnológica, não publicado.
19
Diretrizes do
processo editorial
Em 1979, surgiram as primeiras orientações para a elabora-
ção do processo editorial da Empresa (EMBRAPA INFORMA-
ÇÃO TECNOLÓGICA, 2002). Três anos depois, um comitê
formado por bibliotecárias e outros especialistas realizou o
levantamento do conjunto de publicações existentes e iden-
tificou um número bastante diversificado de títulos, mas
sem identidade editorial corporativa. Cada Unidade cons-
truía sua própria identidade, portanto era preciso pensar em
algo novo e acessível a todos.
o Departamento de Publicações
(DPU).
Todas essas alterações em sua denominação não aconteceram por acaso, foram
reflexo das transformações pelas quais passou a Unidade nesses 25 anos, tanto em
sua forma de atuação quanto em seu modo de gerar impacto na sociedade.
“Em 1991, eu estava em São Paulo, fazendo mestrado, e recebi um convite para
propor a reestruturação da área de comunicação científica da Embrapa e a conse-
quente extinção do Departamento de Publicações, o DPU. A missão era desenhar
um projeto alternativo que permitisse que as atividades até então desenvolvidas
pelo DPU pudessem ser incorporadas a uma nova estrutura. Junto comigo estava a
colega Marília Paranhos, outra companheira de nascimento do que é hoje o SCT”,
contou Tenisson Waldow de Souza, analista da Embrapa.
O grande desafio do SPI, tão logo se constituiu, foi promover uma comunicação
segmentada para atender às necessidades de públicos diferenciados, em uma
época em que já não se podia mais contar com a participação dos técnicos da
Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrater) para realizar
a chamada “difusão” da informação. Era necessário pensar o objetivo de cada
coleção que estava sendo criada e torná-la atraente aos olhos do leitor.
24
Primeiro passo
Adaptar a informação para públicos diversos
Em 1991, muita coisa acontecia pelo mundo e no Brasil. No campo tecnológico, surgia a
A criação em dois passos
primeira página da web – a World Wide Web ou simplesmente www –, dando início à nave-
gação por páginas na internet, algo que até então não se imaginava possível.
Nesse contexto, é criado o SPI, cuja finalidade era dar qualidade ao produto editorial da
Embrapa para que pudesse chegar à sociedade de forma didática e compreensível. Além de
documentar a produção científica e de facilitar a publicação dos trabalhos dos pesquisado-
res, o novo projeto se propôs a levar o conhecimento científico a um público diversificado:
cientistas, agricultores, extensionistas e estudantes.
Para isso, foram desenvolvidas coleções impressas que se adequassem ao perfil dos dife-
rentes públicos da Embrapa, além de vídeos voltados principalmente para os agricultores e
técnicos da extensão rural. Nesse período, também se começou a pensar em outras formas
de ampliar o acesso à informação da Embrapa, por meio da internet.
Segundo passo
Organizar a informação
“No meio desse processo, a gente se deparou com um problema: a informação era qualifi-
cada, mas estava desorganizada. Aí começamos a falar em gestão da informação, gestão do
conhecimento, porque, à medida que você faz a gestão da informação, você está fazendo
a gestão do conhecimento. Estamos falando de 1994. E a modernidade veio a falar disso a
partir do ano 2000”, relembra Tenisson.
O conceito de organização da informação surgiu um ano depois da inauguração da Unidade,
com o apoio do novo gerente-geral, Lúcio Brunale, em 1992.
“Nós tínhamos a primeira etapa, a de qualificar a informação, a segunda era organizá-la e,
em seguida, criar mecanismos para que essas informações fossem acessadas por todos os
segmentos. Nossa preocupação era que a informação fosse realmente assimilada e aplicada,
que ajudasse o agricultor a aumentar sua produtividade. E quando realmente isso acontece,
entramos no conceito de inovação”, destaca Lúcio Brunale, atualmente assessor do gabiente
da Presidência da Embrapa.
Foto: Carlos Eduardo Felice Barbeiro
Lúcio Brunale
Gerente-Geral de 1992 a 2003
26
PRODUÇÃO EDITORIAL
Em 1994, a Embrapa Informação Tecnológica lançou suas 50 primeiras publicações em
evento realizado no Teatro Nacional, em Brasília. Murilo Xavier Flores, presidente da Em-
brapa de 1991 a 1994, organizou uma mostra de 8 mil tecnologias desenvolvidas pela
Empresa. E coube ao SPI apresentar suas 50 primeiras publicações com temas que contem-
plassem essas tecnologias. O evento mostrou-se um sucesso.
Mas foi o reconhecimento da Unesco ao livro Atlas do meio ambiente do Brasil, com a pri-
meira edição publicada em 1994, e a segunda, revista e ampliada, em 1996, que estimulou
o trabalho editorial do recém-criado SPI (ATLAS..., 1994, 1996). Ao todo, foram mais de 70
mil exemplares impressos e distribuídos para um público além da agropecuária, como escolas
públicas de várias partes do País. As edições e reimpressões contaram com o apoio do Banco
do Brasil.
“Nos anos 1980, éramos uma instituição com pouca participação das mulheres na
pesquisa e na gestão. Para se ter uma ideia, na época do DID, havia 40 editores
representantes das Unidades, e eu era a única mulher.”
Nesse período, foram criadas as coleções Plantar, Criar, Saber e 500 Perguntas 500 Respostas.
Para atender aos agricultores do Nordeste que produziam em área irrigada para exportação,
foi lançada, na mesma época, a Coleção Frupex e, no ano 2000, a Coleção Frutas do Brasil.
A partir de 2003, surgiram novas coleções, como a ABC da Agricultura Familiar (2004); a
Agroindústria Familiar (2005); e mais recentemente as coleções Transição Agroecológica –
que começou a ser desenhada em 2009 e teve sua primeira publicação impressa em 2013 –,
e Povos e Comunidades Tradicionais (2016).
28
A publicação Peixes do Pantanal (BRITSKI et al., 1999) também surpreendeu pela riqueza de
detalhes. O livro, um manual de identificação dos peixes que habitam o complexo ecossis-
tema do Pantanal, teve como proposta familiarizar professores
e alunos com os nomes científicos e a classificação dos peixes
desse bioma.
A publicação mais recente, Cavalo Pantaneiro: rústico por natureza (SANTOS et al., 2016),
narra a história e a importância do cavalo Pantaneiro.
29
“Há pouco mais de 10 anos, Arailde Fontes Urben, pesquisadora da Embrapa, desviou sua
atenção para o milenar povo chinês. Na Universidade de Fuzhou, China, aprendeu uma
tecnologia de produção de cogumelos comestíveis e medicinais.” (URBEN; SIQUEIRA, 2003)
Esse foi um dos primeiros livros de receitas publicados pela Embrapa. Em 2003, a Unidade
iniciou a produção nessa linha como forma de valorizar os conhecimentos dos pesquisa-
dores e, ao mesmo tempo, alavancar as vendas, oferecendo à população dicas de como
montar cardápios saborosos e nutritivos. Daí surgiram as obras: Sabores das carnes caprina
e ovina (CAVALCANTE, 2008), Receitas com soja para uma vida saudável (CARRÃO-PANIZZI;
MANDARINO, 2014), entre outros.
30
Lucilene de Andrade
Gerente-Adjunta de Projetos Editoriais
Desde então, a Embrapa organiza sua produção editorial em quatro principais linhas:
• Técnico-Científica
• Transferência de Tecnologia
• Ensino-Aprendizagem
• Memória
31
Livros digitais
O ano de 2012 é um marco para a Embrapa na produção de livros digitais (e-books), no forma-
to ePub. Acompanhando as tendências do mercado editorial brasileiro e mundial, a Unidade
iniciou a publicação de livros digitais que podem ser lidos nos principais tablets do mercado, e
em plataforma Android ou IOS, bem como em computadores (com softwares de leitura).
1998 2001
1999
2015
Amazônia: meio ambiente e
desenvolvimento agrícola Agricultura conservacionista no Brasil
1º lugar na categoria 2º lugar na categoria Ciências da Natureza,
Ciências Naturais e Medicina Meio Ambiente e Matemática
32
Durante esses 25 anos, a produção editorial da Unidade ganhou força e foram muitas as
conquistas. Nasceram coleções, livros, cartilhas... Muitos prêmios. E esse esforço foi cuida-
dosamente construído por diagramadores, revisores, bibliotecários, ilustradores e editores,
para colocar à disposição do leitor um produto que integra conteúdo de qualidade técnica e
respaldo científico, além de beleza e conceitos editoriais.
Muito trabalho e investimentos pautaram esse crescimento. E, se tudo começou com uma
equipe pequena – alguns com experiência, outros se capacitando no dia a dia –, os últimos
concursos exigiram mais qualificação dos candidatos também em outras áreas do conheci-
mento. Com isso, as equipes foram reorganizadas, e os fluxos de trabalho ganharam em
agilidade, economia e qualidade.
“Em 1995, lembro que a digitalização das imagens ainda era terceirizada, e isso
demandava tempo e aumentava muito os custos de produção. A compra de novos
equipamentos e softwares foi um avanço em autonomia na dinâmica do nosso tra-
balho e abriu novas possibilidades na criação das obras”, destaca Caseda.
A melhoria nos processos editoriais conta ainda com uma forte aliada, cada vez mais imprescin-
dível: a tecnologia. Aqui ela começou a fazer a diferença em 2002, quando o então presidente
Alberto Duque Portugal solicitou à Embrapa Informação Tecnológica a criação de um sistema
de cadastro de publicações para registrar toda a produção técnico-científica da Empresa.
Para consolidar essa estratégia de trabalho, em 2015, a equipe editorial fez um treinamento,
por meio de videoconferências, para 45 unidades da Embrapa.
34
Profissionalização da Unidade
O primeiro concurso público realizado para atender à Embrapa
Informação Tecnológica foi realizado em 1994, quando foram se-
lecionados profissionais na área de produção de roteiros, edição e
produção para TV e vídeo, cinegrafista, operador de audiovisual,
diagramador e revisor de textos técnico-científicos. Um concurso
que chamou a atenção por fugir do perfil profissional da época,
composto por agrônomos, biólogos, veterinários, entre outros da
área das ciências agrárias.
“Entrei na Embrapa Informação Tecnológica em 1991, tão logo foi inaugurada. E aqui
fiquei, pois sempre acreditei no papel da Unidade, de organizar e disseminar as infor-
mações, em uma linguagem acessível para todos os públicos. Acho que isso é contribuir
para o desenvolvimento do País, pois tão importante quanto os resultados da pesquisa
é a forma com que a população toma conhecimento desses resultados e os utiliza, e
essa é a nossa contribuição.”
MARLENE FRANÇA
Gerente-Adjunta de Administração
É com esse registro histórico que abrimos a página para falar de um setor onde
pesquisas, histórias e informações se transformam em mensagem, contribuindo
para a construção do conhecimento. E é esse conhecimento que pode transformar
uma sociedade. Por isso, cada publicação finalizada na gráfica é a concretização
de um projeto e de todas as etapas pelas quais passa a produção editorial, com a
participação de muitos empregados.
44
para a gravação das chapas das publicações, sem contar a mudança que proporcionou na
organização do espaço físico e no ambiente.
Em 2010, foram compradas uma máquina de corte e vinco, uma dobradeira mais moderna
e outras duas máquinas para acabamento. Além disso, desde 2014, o setor passou a contar
com a impressora quatro cores, garantindo mais qualidade e agilidade à impressão.
46
“Um trabalho que exige cuidados especiais de toda a equipe, com leiautes criati-
vos, análise do processo de impressão mais adequado com a base estética, tipo de
papel, tiragem, economia de tinta e papel, buscando tornar a produção gráfica o
mais eficiente possível. Depois da impressão, é a vez da finalização do processo,
que são as dobras, revestimentos, vernizes, cortes especiais, empacotamento e,
ANGELITA MENEZES
Supervisora da Gráfica
Para se ter uma ideia do avanço que esses equipamentos promoveram nos serviços gráficos
da Embrapa, Angelita cita como exemplo o tempo de impressão de um livro com 600 pági-
nas coloridas, que passou de 28 dias para 10 dias, e com qualidade muito superior.
Outra conquista para a gráfica foi a instalação do Ecobrisa, um sistema desenvolvido para
resfriar pequenos e grandes ambientes, o qual veio substituir os antigos ventiladores usados
pelos empregados.
“Angelita e eu visitamos algumas gráficas para saber como era o sistema de resfriamento e
verificamos que o ar condicionado era o mais frequente. Mas avaliando melhor, decidimos
que o climatizador seria mais eficiente para o nosso ambiente, pois os empregados poderiam
trabalhar com as janelas abertas, além de consumir menos energia que o ar condicionado e
ter manutenção mais barata. Acertamos na escolha”, recorda Lucilene de Andrade.
Nessa mesma época, parte dos compressores internos das máquinas foi retirada e instalada
na parte externa do prédio da gráfica, o que reduziu consideravelmente o ruído no local e
atendeu às normas de segurança no trabalho.
Eles trabalham em dois turnos: de dia e de noite. Assim a equipe da gráfica se desdobra
para dar conta das demandas de produção e impressão, que totalizam entre 600 e 800 mil
impressões por mês.
Livraria Embrapa
um mercado aberto
49
Foram selecionados para o portfólio inicial alguns livros cujos conteúdos e trata-
mentos editoriais se aproximavam da nova filosofia de trabalho, os demais fo-
ram destinados aos centros de pesquisa, como estímulo para que se organizassem
como pontos de venda.
50
Uma iniciativa arrojada e que teve grande repercussão na época foi o contrato firmado com
a Distribuidora Nacional de Publicações (Dinapi), para comercializar as coleções de bolso nas
bancas de revista no Estado de São Paulo. Mas, se antes a gráfica rodava 1,5 mil exempla-
res, a produção passou para 10 mil, o
Foto: Acervo Embrapa
que acabou esbarrando na capacidade
de produção e inviabilizando o projeto.
A partir de 2009, o espaço para comercialização dos produtos na internet, denominado Livra-
ria Virtual, passou a se chamar Livraria Embrapa e ganhou uma página2 atualizada e mais ami-
gável para o cliente. A livraria ampliou sua abrangência ao chegar, em 2012, às redes sociais.
Em 2015, foram registrados no Facebook3 mais de 13.500 seguidores do Brasil e do exterior.
A história das bibliotecas começa nos anos 1970, tão logo se dá a inauguração
da Embrapa. Algumas delas já existiam antes mesmo da criação da Empresa, pois
faziam parte da estrutura de institutos regionais de pesquisa ou de diretorias es-
taduais do Ministério da Agricultura, órgãos que foram incorporados à Embrapa
quando de sua constituição. Desde sua concepção, as bibliotecas sempre seguiram
a lógica de organização em rede para melhor atender os usuários, principalmente
os pesquisadores da Empresa que necessitavam de informações atualizadas sobre
o desenvolvimento da ciência no mundo para gerar novos conhecimentos. Por isso,
já em 1974 as recém-criadas bibliotecas passaram a compor o Sistema de Informa-
ção Técnico-Científica da Embrapa, o SITCE, que, com o passar dos anos, evoluiu
até chegar ao que se tem hoje: o Sistema Embrapa de Bibliotecas (SEB). História
que será contada a seguir, e também a do Arquivo Central, que desde 2003 está
sob a coordenação da Embrapa Informação Tecnológica, com o objetivo de preser-
var a memória institucional da Empresa.
56
O SITCE era formado por um órgão coordenador – o DID –, e por setores de informação
e documentação das Unidades. Sua forma de organização serviu de referência para várias
outras bibliotecas do Brasil.
“A diretoria, na época, não queria bibliotecas tradicionais, mas especializadas nas áreas de
pesquisa de cada Unidade”, assim relata Maria Helena Kurihara, bibliotecária da Embrapa
que coordenou, durante 20 anos, o que é hoje o SEB.
Do correio à web
É quase impossível contar a história do SEB sem associá-lo à evolução das tecnologias. Na dé-
cada de 1970, o grande desafio era lidar com as limitações de um mundo sem internet. Todo
contato entre as bibliotecas (solicitação de bibliografias, teses, periódicos, livros e outras
publicações) era feito pelo serviço de correio. A realização de um levantamento bibliográfico
levava dias ou até semanas, pois eram necessárias consultas nacionais e internacionais, e as
informações chegavam com certo atraso à Embrapa.
Mesmo assim, esses profissionais conseguiam dar conta de importantes atribuições. De 1974
a 1990, eram responsáveis pelas atividades de disseminação
seletiva da informação, produção de bases de dados automa- Comutação: obtenção de có-
tizadas, publicação de bibliografias e de resumos informativos, pias de documentos técnico-
-científicos disponíveis nos acer-
serviço de comutação nacional e internacional, além da elabo-
vos das principais bibliotecas
ração de coleções de conteúdo significativo para a pesquisa brasileiras e em serviços de
agropecuária no País. informação internacionais.
57
A partir de 1989, foi possível fortalecer o sistema com a aquisição dos melhores computado-
res da época para informatização dos acervos.
Em 2000, as bibliotecas entraram para o mundo virtual com a aquisição dos primeiros perió-
dicos e bases de dados para acesso on-line.
Em 2003, o Sistema Embrapa de Bibliotecas (SEB), como passou a ser chamado, é incorpo-
rado à Embrapa Informação Tecnológica, e são integradas a esse sistema 43 bibliotecas das
Unidades. Seu acervo é composto por material impresso e digital, como livros, periódicos,
áudios, vídeos, normas técnicas, folhetos, entre outros, e ainda mais de 900 mil itens que se
encontram organizados pela Base de Dados da Pesquisa Agropecuária (BDPA)4.
Nesse mesmo ano, é firmado convênio para o acesso ao Portal de Periódicos Capes5. Na época,
o SEB era responsável pela gestão de 3.379 títulos de periódicos nacionais e internacionais e
15 bases de dados. Hoje, já são mais de 38 mil periódicos em texto completo e 123 bases, e a
renovação do convênio tem sido feita anualmente, com recursos financeiros da Unidade.
O SEB também coordena os sistemas de acesso aberto da Empresa, criados a partir de 2011, os
quais são compostos pelos repositórios: Informação Tecnológica em Agricultura (Infoteca-e)6,
Acesso Livre à Informação Científica da Embrapa (Alice)7 e Sistema Aberto e Integrado de In-
formação em Agricultura (Sabiia)8.
O sistema Ainfo
O software Ainfo foi desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP).
Sua primeira versão, concluída em 1991, permitiu o início da automação e integração de todo
4
Disponível em: <https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/>.
5
Disponível em: <http://www-periodicos-capes-gov-br.ez103.periodicos.capes.gov.br/>.
6
Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/>.
7
Disponível em: <https://www.alice.cnptia.embrapa.br/>.
8
Disponível em: <https://www.sabiia.cnptia.embrapa.br/>.
58
o acervo das bibliotecas, mas o grande salto ocorreu em 2009, com a implantação do Ainfo
WEB, versão mais moderna, com novas aplicabilidades para o gerenciamento de acervos.
“Hoje, qualquer documento produzido pela Embrapa deve, obrigatoriamente, ser registrado
e indexado no Ainfo, que vai formar a base de dados da pesquisa agropecuária e a memória
técnica da Empresa”, afirma Rosangela Galon Arruda, bibliotecária e supervisora do setor
durante 10 anos.
Difusão da Informação.
Muito trabalho e dedicação fizeram parte do dia a dia de uma equipe comprometida com
a organização do acervo e com as melhorias dos processos de gestão documental. E foram
muitas essas melhorias.
Em 2012, anos depois da redação dos primeiros documentos para sua implantação, foi
instituído o Sistema Embrapa de Arquivos (Searq), integrado por representantes de todas as
Unidades da Empresa, cuja função era a de planejar, acompanhar, orientar e coordenar as
atividades de gestão documental arquivística nas unidades do sistema, além de assessorar a
59
“Me lembro de 1995, quando ainda era estagiária de arquivologia, e o arquivo era apenas um
amontoado de documentos sem identificação em meio a um labirinto de estantes. É muito bom
ver o quanto conseguimos evoluir. Hoje temos um acervo modelo, que regularmente é visitado
por grupos de alunos do Curso de Arquivologia da Universidade de Brasília. Agora nossa inten-
ção é ir além e, por meio do Searq, fazer com que todos os arquivos das Unidades da Embrapa
também se tornem modelo”, relata Lânia Almeida, arquivista da Embrapa desde 2002.
Fotos: Carlos Eduardo Felice Barbeiro
De olho no futuro e nas novas tecnologias, o Arquivo Central contribuiu também para que a Embrapa
aderisse ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI), ferramenta utilizada pelo projeto Processo Eletrônico
Nacional (PEN) coordenado pelo Ministério do Planejamento, o qual promoverá impactos importantes
para a melhoria da gestão documental e, consequentemente, para a gestão organizacional, com ganhos
de produtividade e aprimoramento dos fluxos de trabalho. O Arquivo Central foi o primeiro a implantar
o SEI, já em julho de 2015, e a trabalhar com 100% de seus processos em ambiente eletrônico.
Comunicação
técnico-científica
63
Nessa perspectiva, a Embrapa Informação Tecnológica, desde sua criação, tem en-
tre seus projetos a produção editorial de periódicos técnico-científicos, nos quais
investe e estimula, por compreender sua importância no contexto das inovações
tecnológicas para a agricultura tropical, da segurança na produção de alimentos e
da popularização da ciência.
Revista PAB
Cinquenta anos. Esse é o tempo que marca a trajetória da revista Pesquisa Agropecuária
Brasileira, a PAB. Uma trajetória que caminhou junto a tantos fatos marcantes, a começar
pela data de sua criação, em 1966, ano em que a sonda soviética Venera 3 chega a Vênus,
mantendo contato por rádio com a Terra, e torna-se o primeiro objeto terrestre a pousar
em outro planeta.
As primeiras edições da PAB foram impressas na gráfica do IBGE, no Rio de Janeiro, com pe-
riodicidade anual. A partir do terceiro volume, a revista passou a ser semestral e foi subdivi-
dida em três séries (Agronomia, Veterinária e Zootecnia), buscando com isso compensar sua
heterogeneidade e favorecer assinaturas e a distribuição por meio da edição de periódicos
de temática segmentada.
Daí em diante, em 1977, a revista passou a ser editada pela Embrapa, em Brasília. E com a
criação do SPI, em 1991, a PAB se estabeleceu definitivamente na Unidade.
É esta parte da história da revista, que empresta tanta importância aos 25 anos da Embrapa
Informação Tecnológica, que queremos contar aqui.
Foto: Acervo Embrapa
O investimento em computadores, a
contratação de equipe com dedicação
exclusiva e a ampliação do número de
65
OS EDITORES DA PAB
Jürgen Döbereiner Luiz Carlos Riascos Cruz Allert Rosa Suhet Emilson França de Queiroz
Foram muitas as conquistas nesses anos. A indexação nas principais bases internacionais de
dados (Web of Science, Cab Abstractsm, Scopus, Agris) e a publicação eletrônica em acesso
aberto do periódico na plataforma SciELO foram algumas delas. Em pesquisa realizada entre
2001 e 2006, dados indicam que o acesso à página da PAB eletrônica na SciELO9 quadrupli-
cou, enquanto os acessos diretos aos artigos aumentaram 50 vezes. Em 2015, o número de
acessos diretos aos artigos foi de 1.783.879, o que representa um aumento de 177 vezes.
9
Disponível em: <http://www.scielo.br/pab>.
66
e Barbeiro
Foto: Carlos Eduardo Felic
“Um sistema informatizado para tramitação dos manuscritos não existia. Tudo dependia
da digitação de documentos em máquina de datilografia e do serviço dos Correios; não
havia uma equipe dedicada às edições, como também eram poucos os assessores para
avaliar os artigos. Com isso, o tempo médio de avaliação chegava a ser superior a 30
meses. Superar essas limitações foi um trabalho diário, sofrido e de muito empenho.”
Hoje novas tecnologias foram introduzidas, como a marcação dos artigos em XML (lingua-
gem que garante o acesso aos conteúdos da revista a partir de celulares e tablets) e o com-
partilhamento pelas redes sociais. E mais, a adoção do Identificador de Objeto Digital (DOI),
que identifica e autentica os artigos, permite sua localização em todo o acervo científico
mundial.
Outros desafios estão logo à frente, como publicar pelo menos 50% dos artigos em inglês,
para melhorar a visibilidade científica internacional da revista e atender aos critérios de regis-
tro da SciELO, além de contínua modernização nos fluxos de produção e na sua divulgação,
como o uso de blogs e mídias sociais.
E novos desafios virão, consolidando a história e o papel da PAB como veículo de comunica-
ção técnico-científica e de disseminação do conhecimento.
A RPA aceita artigos científicos e trabalhos que se enquadrem nas áreas temáticas de polí-
tica agrícola, agrária, gestão e tecnologias para o agronegócio, estudos de caso aplicados
a sistemas de produção, uso de recursos naturais e desenvolvimento sustentável, além de
artigos de opinião e textos para debates. Os artigos passam por uma análise do conselho
editorial, que é composto por representantes da Embrapa, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e por consultores independentes.
Comunicação
para transferência
e intercâmbio de
conhecimentos
71
Esta é uma das ações estratégicas da Embrapa Informação Tecnológica que co-
meçou a se fortalecer nos últimos anos. A Unidade, além de atuar no âmbito da
comunicação técnico-científica, fortalecendo a troca de informações entre pesqui-
sadores, também tem forte atuação em projetos, sistemas e ações que contribuem
para a transferência de tecnologia e o intercâmbio de conhecimentos. São eles:
Sistemas de Produção, Coleção 500 Perguntas 500 Respostas, Agência Embrapa
de Informação Tecnológica, Prosa Rural, Dia de Campo na TV e Minibibliotecas. Es-
ses projetos têm como público agricultores, extensionistas, educadores, juventude
rural e comunidades tradicionais, e procuram falar diretamente com eles, por meio
do rádio, da televisão, da web e de publicações impressas.
Somado a essas ações está o Contando Ciência na Web10, um site voltado para o
público infantojuvenil e que tem como desafio a popularização da ciência.
11
Disponível em: <https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/>.
73
Com uma média de 90 mil acessos por semana, os Sistemas de Produção Embrapa, ou
simplesmente SPE, como passaram a ser chamados, estão entre as publicações eletrônicas da
Empresa mais acessadas. Contam hoje com uma ferramenta que permite ao público realizar
pesquisas sobre as variadas cadeias produtivas, as quais incluem processos de pré-produção,
produção e pós-produção. São mais de 145 sistemas.
A regionalidade continua sendo sua principal característica. Assim como nos antigos
fascículos, há Sistemas de Produção que tratam, por exemplo, do cultivo da banana para o
Estado do Amazonas ou do Pará. Há ainda aqueles com caráter microrregional, a exemplo do
Cultivo da bananeira para o Agropolo Jaguaribe–Apodi, Ceará (BORGES; MESQUITA, 2014).
Em 2013, os Sistemas de Produção foram atualizados: uma nova plataforma foi desenvol-
vida (Liferay), com novo leiaute e outras funcionalidades, além de um gestor de conteúdos
e tutoriais de uso que facilitam sua edição. Parte dos sistemas atuais já se encontra na nova
plataforma12, e o desafio para os próximos anos é fazer a migração de todos eles.
Para isso, a Embrapa criou uma linha editorial específica de transferência de tecnologia:
a Coleção 500 Perguntas 500 Respostas.
12
Disponível em: <https://www.spo.cnptia.embrapa.br/>.
74
1
Disponível em: <http://mais500p500r.sct.embrapa.br/view/in-
dex.php>
75
Desde a década de 1990 até hoje, já foram publicados 39 títulos da coleção com variados
assuntos.
Em todas elas, é possível consultar informações referentes aos três segmentos da cadeia pro-
dutiva – pré-produção, produção e pós-produção – quando se trata de cultivos e criações.
Em 2015, a Ageitec teve uma média de 3.500 acessos diários.
Essa ferramenta teve seu desenvolvimento iniciado em 2000, por meio de um projeto que
envolveu a parceria entre a Embrapa Informação Tecnológica, a Embrapa Informática Agro-
pecuária e a Embrapa Gado de Corte. Em 2002, realizou-se um treinamento com todas as
Unidades da Embrapa para uso da ferramenta e, em 2004, aprovou-se um projeto corpora-
76
Para Tenisson, o desafio era permitir que diversos agentes em espaços geográficos
diferentes pudessem acessar a informação em qualquer tempo e hora.
Agora o desafio da Ageitec é manter-se atualizada, em face das
constantes inovações tecnológicas do mercado.
VIDEOTECA RURAL
Qualificar a informação significou desde o princípio tratá-la adequadamente, de modo
que ela pudesse ser entendida e assimilada pelo público a que se destinasse. Era esse o
grande desafio que o então Serviço de Produção da Informação (SPI) tinha pela frente ao se
estabelecer como uma Unidade de Serviço.
Mas como colocar em prática esse projeto com uma equipe reduzida, sem a capacitação espe-
cífica para trabalhar com as novas tecnologias informacionais e com equipamentos pouco ade-
quados? A contratação de editores, cinegrafistas e técnicos de áudio e vídeo permitiu à Unidade
formar novas equipes e inovar em seus projetos. A transferência de tecnologia passa a ser forte-
mente demandada na Empresa, e a Unidade incorpora o conceito ao seu próprio nome, que é
modificado para Serviço de Comunicação para Transferência de Tecnologia (SCT).
77
de queimadas na lavoura foi usado como peça central da campanha do governo federal
com esse propósito.
Outras parcerias resultaram em novas produções de sucesso, como a Série Agronegócio, feita
com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que continha dez
temas. Seu conteúdo buscou somar a experiência de especialistas com a vivência de pequenos
empresários e produtores rurais, numa abordagem clara e objetiva dos diversos segmentos da
cadeia produtiva, incluindo processo de produção, boas práticas de produção e recomenda-
ções para a construção de estruturas para o agronegócio e a gestão do negócio rural. Todos os
vídeos eram acompanhados de manuais impressos.
“Essa foi uma experiência muito diferenciada porque foi a primeira vez que trabalhamos
na produção de videoaulas, para serem usadas como apoio em cursos oferecidos para o
Sebrae a novos empreendedores. Foi um trabalho de dedicação intensa. Para a produção dos
roteiros, por exemplo, tivemos de consultar documentos e visitar instituições como a Anvisa,
para orientar sobre os cuidados na manipulação de alimentos, limpeza dos equipamentos e
ambientes. Outra questão que exigia muito era o cuidado durante as filmagens com o uso de
roupas apropriadas nas etapas da produção, como botas, luvas, toucas e aventais. Lembro
que brincos, pulseiras e outros adereços jamais podiam entrar em cena. E não foram poucas
as vezes que tivemos de trocar as imagens por computação gráfica na hora da edição, para
atender às exigências da legislação e do Sebrae. A tarefa foi difícil, mas valeu à pena.”
Quem recorda esses detalhes é Juliana Miura, jornalista da Embrapa que durante 8 anos
trabalhou na Unidade, onde atuou no Setor de Mídia Eletrônica e depois no Prosa Rural.
dia de Campo na TV
Antes mesmo da criação de seu próprio programa, o Dia de Campo na TV (DCTV), a Embrapa
Informação Tecnológica estabeleceu muitas parcerias para a veiculação na mídia televisiva,
como TV Escola, Canal Futura, Rede Bandeirantes de TV e IPCTV.
O DCTV foi um grande desafio. Tudo começou como uma demanda da diretoria da Embrapa
que tinha o propósito de investir na transferência de tecnologia. Era preciso divulgar os re-
sultados da pesquisa em novos formatos, atingir outros públicos e envolver a extensão rural.
79
Foto: Carlos Eduardo Felice Barbeiro
“Cheguei no SPI em 1995. Era um momento em que a empresa estava investindo, e uma
grande oportunidade se abria para que pudéssemos desenvolver a videoteca e depois
outros projetos em mídia eletrônica. Houve uma produção muito forte na época e, como
eu trabalhava na Globo, onde fiquei 15 anos, aprendi que a qualidade era essencial
para o resultado do trabalho, e esse aprendizado me ajudou bastante a buscar, com
os cinegrafistas, editores, redatores e outros integrantes da equipe, qualificar nossas
produções.”
É nesse contexto que a Embrapa Informação Tecnológica coloca no ar pela primeira vez o
programa Dia de Campo na TV.
Dois anos após sua criação, um projeto de melhoria de processo promoveu amplo diagnósti-
co e apontou necessidades de estruturação do programa. A contratação de mais técnicos e
os investimentos em equipamentos garantiram mais profissionalismo ao DCTV, o que resul-
tou em uma produção mais arrojada e um produto final com mais qualidade.
Com a parceria com o Canal Rural, a partir de 2001, o DCTV passou a fazer parte da progra-
mação da emissora, entrando ao vivo, toda sexta-feira, durante 1 hora. Isso representou um
aumento significativo de sua abrangência entre os 32 milhões de telespectadores potenciais
da TV a cabo, e também a exigir bem mais da sua equipe de produção.
80
“A entrada ao vivo era sempre o momento mais tenso. Tudo tinha que estar pronto na hora
exata. Lembro que dependíamos da Embratel e se acontecia de atrasar a liberação do sinal, era
um corre-corre, pois poderia levar o Canal Rural a reprisar um programa e ninguém queria isso.
Com tudo sob controle, o programa seguia em frente e ao final a gente comemorava”, recorda
a jornalista Maria Luiza Brochado, supervisora do Setor de Mídia Eletrônica durante 9 anos.
e Barbeiro
Foto: Carlos Eduardo Felic
Sérgio Figueiredo está na Embrapa desde 1998, quando chegou com 26 anos.
Mas antes mesmo de ser contratado, ele já editava vídeos para o SPI, como o institucio-
nal exibido na inauguração da nova sede da Unidade.
“Lembro bem daquele dia. Era muita gente participando da festa, e na hora da exibição
do vídeo foi emocionante ver um trabalho que eu tinha feito ser apresentado naquele
momento especial.”
Sérgio tem muitas histórias e experiências como editor, cinegrafista e diretor de imagem.
Trabalhou na Globo, em produtoras de vídeo e nos contou que foi editor do Jornal da
Câmara, o piloto para a criação da TV Câmara.
Esta é parte de uma história de 18 anos. Mas o que muitos nem imaginam é que, até chegar
o momento de ir ao ar semanalmente, são consumidas dezenas de horas de trabalho, estres-
se e adrenalina. Desde as gravações pelo Brasil afora até a edição final, nada é tão simples
quanto pode parecer.
“Para o primeiro programa do DCTV, que foi exibido a partir dos estúdios da Emater, em
Belo Horizonte, fiz a direção e a edição da reportagem; no segundo, além de editar a
matéria, fui com o encargo de observar os movimentos de bastidores, pois iríamos trazer
o programa para nossos estúdios, ou seja, acompanhei muito de perto aquele começo.”
Além do DCTV, Elias participou de muitos outros projetos, entre eles os documentários
do Plano Brasil Sem Miséria.
13
Disponível em: <https://www.youtube.com/channel/UCtP56j8IZ9GXMmENJcmx7-Q>.
83
Prosa Rural
O ano era 2003, e as políticas públicas para o enfrentamento da pobreza estavam entre
as principais estratégias do governo federal para a cidade e o campo. O entendimento da
Embrapa foi de que, para combater a fome e possibilitar a segurança alimentar para as fa-
mílias de agricultores familiares, era preciso disseminar o conhecimento agropecuário numa
linguagem acessível para quem mais precisava da informação e com uso de um veículo bas-
tante popular.
O Prosa Rural começou a tomar forma, tendo como base uma pesquisa realizada na região
Nordeste, para identificar o formato para o programa que melhor atendesse ao público a
que se destinava – jovens e agricultores familiares do Semiárido. Foi definido que o progra-
ma deveria ser de variedades, contendo entrevistas sobre tecnologias, com pesquisadores,
extensionistas e agricultores, além de receitas culinárias, dicas, músicas, poesias e outras
expressões culturais da região.
Depois de tudo pronto, em janeiro de 2004 o primeiro programa vai ao ar. No começo, o
Prosa Rural era veiculado apenas em 50 emissoras da região Nordeste e do Vale do Jequiti-
nhonha, MG. A partir de 2005, ele chega à região Norte, depois ao Centro-Oeste/Sudeste
e, finalmente, ao Sul do País.
84
Ilka Oliveira está na equipe do Prosa Rural antes mesmo de o programa ser veicu-
lado. Por já trabalhar com o rádio em Brasília naquela época, sua experiência foi fun-
damental na estruturação do programa, ao trazer informações e envolver profissionais
de rádio para participar da construção do projeto. Sua voz está em praticamente todas
as edições, por isso, para ela falar do Prosa Rural é como falar de um filho.
“Filho que já está com 13 anos e que não é só meu, mas de todos que acreditaram
e confiaram que o projeto seria um sucesso. Ao longo do tempo, a equipe venceu
muitos desafios e o programa conquistou milhares de emissoras e ouvintes em todo o
Brasil. Com isso, a Embrapa tornou-se mais conhecida e o programa estratégico para
a transferência de tecnologia.”
nível na página do Prosa Rural. Nessa edição, há links para áudios de quadros do programa
que exemplificam as orientações apresentadas.
Ao todo são 48 programas para cada região. Para participar do Prosa Rural, as Unidades
da Embrapa e instituições parceiras concorrem a um edital lançado anualmente. Ser uma
tecnologia de baixo custo e estar validada e apropriada à realidade do agricultor familiar
são alguns critérios decisivos para sua escolha. Também integram a programação quadros
especiais com a participação do Serviço Florestal Brasileiro, na grade da região Norte; da
Emater-RS, na região Sul; e do Plano Brasil Sem Miséria (PBSM), no Nordeste. A Associação
Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) também contribui para a articulação com
as emissoras. Até maio de 2016, o programa contou com o apoio do então Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Agora o novo desafio para o Prosa Rural é oferecer a opção de rádio web, que, entre outras
facilidades, permite ao usuário escolher exatamente o conteúdo que deseja acessar.
O supervisor do Prosa Rural, Nilo Falcão Filho, está animado com a ideia e garante que a
repercussão vai ser muito positiva.
“Com a rádio web, vamos popularizar ainda mais o programa Prosa Rural e contribuir para a
divulgação das tecnologias da Embrapa e de outras informações que o programa veicula se-
manalmente. Ao deixar de ser ouvido exclusivamente pelo público que escuta o rádio de forma
tradicional, o programa irá atrair também o internauta, cada vez em maior número no País.”
86
Patrícia bertin
Supervisora do Setor de Organização da Informação
14
Jansen (2016).
15
Disponível em: <http://ccw.sct.embrapa.br>.
Foto: Carlos Eduardo Felice Barbeiro 87
Uma empresa foi contratada para desenvolver o site, e uma equipe técnica se encarregou
de elaborar os conteúdos sobre as tecnologias da Embrapa, adaptadas a uma linguagem
acessível e apropriada para a faixa etária de 6 a 14 anos.
Antes de seu lançamento oficial, em 2010 foi feita uma avaliação dos conteúdos e uso e
aplicabilidade do site com 20 crianças, das quais três com deficiências (visual, motora e cog-
nitiva). Os resultados foram animadores e, no ano seguinte, o site foi lançado e envolveu
todas as Unidades de Pesquisa da Embrapa.
O site traz informações sobre ciência, tecnologia e meio ambiente, apresentadas de forma lúdi-
ca e pedagógica, por meio de jogos, biblioteca virtual e programa infantil de rádio. Na medida
certa para interagir com seu público de interesse, também formado por professores e outros
adultos, que usam o espaço como fórum para tirar dúvidas e buscar informações técnicas.
A partir do site, foi criado um CD-Rom para atender as comunidades sem acesso à internet.
“Este foi um dos primeiros trabalhos que fiz quando cheguei aqui na Unidade. Foi uma ex-
periência bem bacana e teve uma repercussão interessante entre as crianças em feiras e em
outros eventos da Embrapa”, conta Lúcio Scartezini, especialista em Sistema da Informação.
A repercussão que o site teve, logo nos primeiros anos do lançamento, em mídias nacionais
e no boletim internacional da América do Sul (Procisur) mostra a importância do Contando
Ciência na Web como uma tecnologia que integra conhecimento, inovação e ciência em um
único portal e que desperta em crianças e adolescentes o interesse pela ciência e pela pes-
quisa agropecuária brasileira.
Agora o CCWeb está migrando para a plataforma Liferay, que irá permitir uma atualização
mais ágil e o acesso do público a partir de dispositivos móveis. A proposta também inclui a
criação de outros conteúdos, como campanhas educativas, quiz e e-books.
Informação
que faz a
diferença na
agricultura
familiar
91
Em um país com elevada desigualdade social, onde a extrema pobreza está pre-
sente em 47% dos territórios rurais (PLANO..., 2014), levar informações sobre tec-
nologias agropecuárias de baixo custo, fácil aplicação e adaptadas à realidade do
agricultor faz toda a diferença se o objetivo é contribuir para melhoria da vida no
campo. Iniciativa da Embrapa Informação Tecnológica, as Minibibliotecas cumprem
esse papel. Por isso, ganharam reconhecimento como estratégia de estímulo à
leitura e, ao mesmo tempo, de apoio à inclusão produtiva rural. Em sua trajetória,
as Minibibliotecas conquistaram diversos parceiros – institucionais e da sociedade
civil –, e hoje já são mais de cinco mil kits compostos por livros, cartilhas e material
audiovisual, elaborados pela Embrapa, disponíveis para milhares de agricultores,
técnicos da extensão rural, estudantes de escolas do campo e professores. Muitas
ações foram realizadas ao longo desses anos para aumentar o seu alcance no Bra-
sil, como concursos de redação nas escolas, avaliações de impacto e capacitações.
Como tudo começou e quais foram os caminhos percorridos pelas Minibibliotecas
é a história que será apresentada ao leitor a partir de agora.
92
Minibibliotecas
As Minibibliotecas nasceram de um desejo da Embrapa de falar mais diretamente com agri-
cultores, jovens rurais, pescadores e comunidades tradicionais.
E foi assim que, a partir de 2003, kits compostos inicialmente por 108 títulos de publicações
impressas, com dois exemplares de cada, além de audiovisuais com programas do Prosa
Rural e do DCTV, começaram a chegar às escolas do Semiárido brasileiro. O primeiro nome
dado a essa estratégia foi Minibibliotecas do Semiárido, cujo objetivo era estimular a leitura
e a inclusão produtiva no meio rural (BELTRÃO et al., 2011).
O projeto resultou da parceria entre a Embrapa e o então Programa Fome Zero, do Ministério
Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome (MESA), em 2003, para a região
do Semiárido do Nordeste e, em 2004, para o Vale do Jequitinhonha, MG.
A partir de 2006, a ação se expandiu para outras regiões do País e hoje já são mais de 5 mil
Minibibliotecas implantadas no Brasil, em um total de 996 municípios. O acervo que com-
põe cada kit também foi ampliado para 120 publicações impressas, além de novas faixas de
programas de televisão e de rádio.
Seus conteúdos incluem temas como cultivo de grãos, de frutas e de hortaliças; produção
leiteira; combate a pragas e doenças na lavoura; agroindústria; produção de doces, geleias,
licores; coleções infantojuvenis; entre outros.
eiro
Foto: Carlos Eduardo Felice Barb
Fernando Amaral
Gerente-Geral de 2003 a 2013
93
Elas estão presentes em escolas rurais, escritórios de extensão rural, sindicatos, cooperativas,
associações, comunidades rurais e até em Moçambique, onde há 12 Minibibliotecas em fun-
cionamento em escolas-famílias rurais. No Brasil, qua-
se todos os Centros de Formação das Escolas-Famílias
Agrícolas já receberam as Minibibliotecas.
minibibliotecas
Em todos esses anos, o projeto contou com o apoio pREMIADa
do Ministério do Desenvolvimento Social e Comba-
te à Fome (MDS), do Ministério do Desenvolvimento
Tecnologia Social da Fundação
Agrário (MDA), do Instituto Nacional de Colonização Banco do Brasil – 2009
e Reforma Agrária (Incra) e da Fundação Banco do Fundação Banco do Brasil
Brasil (FBB). de Tecnologia Social.
Capacitação de mediadores
Em 2015, foi publicada a segunda edição ampliada e revisada da cartilha usada em capaci-
tação de mediadores. “Publicação importante por trazer uma proposta de trabalho flexível,
permitindo ao mediador, responsável pelo acervo das Minibibliotecas, criar outras dinâmicas
de acordo com o contexto no qual o acervo está inserido”, esclarece Marluce Freire, uma das
idealizadoras das Minibibliotecas e também responsável pelas capacitações.
Lá estão os livros das coleções Plantar, Criar, Saber, ABC da Agricultura Familiar, Agroindús-
tria Familiar, além de títulos infantojuvenis e programas do Prosa Rural e do DCTV, todos
disponíveis para download. Com esse conjunto de publicações e mais a segunda edição da
cartilha de capacitação, o desafio das Minibibliotecas agora é desenvolver uma metodologia
para realizar capacitações on-line em plataformas de educação a distância.
A comunicação em rede
Trabalhar em rede sempre esteve no DNA da Embrapa Informação Tecnológica. Por isso,
a partir de 2003, com o Prosa Rural, milhares de radialistas se integraram nessa forma de
16
Disponível em: <https://www.embrapa.br/minibibliotecas/virtual>.
97
territórios da cidadania
onde foram realizadas as
oficinas de comunicação.
comunicação. Em 2012, tão logo se iniciaram as capacitações, foi a vez dos mediadores das
Minibibliotecas.
Assim, em 2012, para fortalecer essa ação, 90 radialistas da região Nordeste participaram
dos eventos Prosa em Sintonia – Encontro de Rádios Parceiras do Prosa Rural, nos quais
também estiveram presentes comunicadores das Unidades de Pesquisa e das Oepas. Essa
iniciativa, inédita até então, integrou o conjunto de ações da Embrapa em apoio ao PBSM.
Os dois encontros, realizados em Recife, PE, e Salvador, BA, promoveram amplos debates so-
bre o uso do rádio como instrumento de apoio aos processos de transferência de tecnologia
e de intercâmbio de conhecimentos da Embrapa.
Em 2014, inspirada em uma ação já iniciada pela Embrapa Agroindústria Tropical com as
comunidades rurais do Território Alto Oeste Potiguar, RN, a Unidade propôs o projeto Ações
de Capacitação e de Divulgação de Informações Tecnológicas em Apoio à Inclusão Produtiva
Rural no Plano Brasil Sem Miséria (Macroprograma 4).
Iniciou-se aí uma nova fase das capacitações, incluindo nessa rede, além dos radialistas par-
ceiros do Prosa Rural, lideranças comunitárias, agricultores, extensionistas e comunicadores.
98
Eles produziram entrevistas de rádio, fotografias e imagens de vídeo, todas captadas a partir
de celulares, como forma de divulgar as notícias de seus territórios, incluindo as ações da
Embrapa no PBSM. Também divulgaram para outras redes de comunicadores, fazendo uso
da grande rede mundial da internet, em grupos do Facebook e do WhatsApp.
“Essa experiência tem sido inovadora, pois dá voz aos atores sociais e valoriza os parceiros
locais, em um processo de construção coletiva”, destaca Maria Clara Guaraldo, jornalista da
Embrapa Informação Tecnológica e uma das coordenadoras das oficinas.
Acesso aberto
e o desafio da
governança
da informação
técnico-científica
101
O pioneirismo a que Kuramoto se refere estava, sem dúvida, no fato de ser a Embrapa, até
aquela época, uma das poucas instituições de pesquisa do País a trilhar a tendência mundial
dos sistemas de acesso aberto, iniciativa que, até o início da década de 2010, continuava
restrita a algumas universidades brasileiras e à plataforma SciELO.
Por compreender que a informação e seus fluxos devem ser pensados como elementos
estratégicos da instituição, a Embrapa Informação Tecnológica liderou o projeto Acesso Aberto
na Embrapa: Maximizando o Impacto da Pesquisa, a Visibilidade e a Gestão da Informação
Científica (Macroprograma 5), cujo resultado foi a criação dos repositórios institucionais de
acesso aberto à informação cientifica e tecnológica na Embrapa.
Criado para reunir e permitir o acesso aberto a informações tecnológicas produzidas pela
Embrapa e parceiros – editadas para produtores rurais, extensionistas, técnicos agrícolas,
cooperativas, professores, estudantes e outros interessados –, o Infoteca-e, desde o
lançamento em 2011, recebe uma média de 2 milhões de acesso por ano. Isso inclui a
realização de downloads e de consultas aos mais de 35 mil documentos disponíveis em
suportes variados – áudios, vídeos e versão (em PDF) de publicações impressas –, além de
confirmar o interesse da sociedade nacional e internacional por informações da pesquisa
agropecuária.
lar e nossa
nhecimento popu
“Nós temos o co resgatar algumas práticas
isa
comunidade prec mpo. O co-
qu e se pe rderam com o te
agrícol as te na s cartilhas e
to cie nt ífico presen
nh ec im en ões que pu-
a trouxe informaç de e nos
livros da Embrap re ali da
uadas à nossa
deram ser adeq m ais su ste ntabilida-
uzir com
auxiliaram a prod rotóxicos e, principalmen-
ag
de, sem o uso de .”
nossas tradições
te, sem perder as olvi-
ente de desenv
Souza Filho, ag eição
João Carlos de mb ola de Co nc
sociação Quilo
mento rural da As
Cr iou las , Sa lgu eiro, PE.
das
107
“Para nós é um prazer transmitir o programa,
pois traz muitas informações, inclusive para os
ouvintes da nossa região do Semiárido. E eu te-
nho certeza que muitos ouvintes já colocaram
em prática algumas das informações transmiti-
das pelo programa. É um prazer fazer parte do
Prosa Rural e da rede da Embrapa de comuni- “Nossa região é carent
cadores do Semiárido.” e de informações, por
isso utilizo o Prosa Rural
para levar ao homem
Nicélio Leite, Rádio Sertãozinho FM, de Major do campo informações
sobre tecnologias que
Isidoro, AL. contribuam para a me
lhoria da agricultura e
da qualidade de vida da
população. Aqui em
Brejinho, ele é veiculado
todos os dias, com
reapresentação sempre
aos sábados pela ma-
nhã. A partir de inform
ações divulgadas pela
Embrapa, agricultores
do Alto Sertão do Pajeú
conseguiram aumentar
a criação de cabras
de leite e também ins
talaram na cidade um
pequena agroindústria a
para o processamento
do caju. O programa
foi o ponto de partida,
pois estimulou a comun
idade a se organizar e
buscar apoio para essas
atividades nas instân-
cias locais, como o Ins
tituto Agronômico de
Pernambuco (IPA) e a pre
feitura.”
José Anchieta Souza,
Rádio Comunitária Som
Norte, Brejinho, PE. Ent do
revista concedida durant
encontro Prosa em Sinton eo
ia, em 2012, em Recife.
stas:
“O livro 500 perguntas, 500 respo
de
Gado de Leite é uma das publicações a so-
maior sucesso da Emb rapa Gado de Leite de “As oficinas de comunicação favorecem
tem ação de expe riênc ias e o inter câmb io de
todo s os temp os. Mas o que esse livro cializ
são e
que agradou ao leitor? Bom, podemos
fazer conhecimentos entre a pesquisa, a exten
a fami liar. Essa é uma das açõe s da
várias conje ctura s. A prim eira é que aten de a agricultur
or artic ulaçã o
às principais perguntas do próprio leito
r; ali Embrapa que contribui para melh
rede com outra s instit uiçõe s
estão reunidas as perguntas mais impo
rtan- da Empresa em
o pon- tamb ém dese nvolv em impo rtant es tecno-
tes do dia a dia dos prod utore s. Outr que
Semiári-
to é que é organizado em subt ema s, o que logias para melhor convivência com o
e ro dos princ ípios da Agro ecolo gia.”
facilita a busc a. As perg unta s são diret as do e dent
. Além disso , r da Embra-
as respostas breves e objetivas Fernando Fleury Curado, pesquisado
o que facili ta a com pree nsão iros (Arac aju, SE) e líder de um
traz desenhos, pa Tabuleiros Coste
no território
quer tiva rural
e ainda permite a leitura parcial de qual dos projetos de inclus ão produ
.
ponto: basta abri-lo ao acas o, ler algu m tre- Agreste Alagoano e Alto Sertão Sergipano
fech ar. Para a Emb rapa , essa publ i-
cho e
deixa uma lição :
cação é uma referência e
ico de suce sso preci sa ter um
um livro técn
formato editorial apropriado.”
ferên-
William F. Bernardo, chefe-adjunto de Trans
Leite.
cia de Tecnologia da Embrapa Gado de
“O curso no
s trouxe o ap
divulgar mel rendizado so
hor os prod bre como
miliar e, as utos da agri
sim, conseg cultura fa-
comercializaç uir melhora
ão. Sou técn r a nossa
e acredito q ic
ue é possível a em agropecuária
trabalho em a gente real
red izar um
cimentos e ex e para o intercâmbio de
periências.” conhe-
Verônica Sa
ntos Gomes
ria, São José , té
da Tapeta, A cnica em agropecuá-
ocasião da ofi L, depoimen
cina de com to dado po
2015. unicação em r
Alagoas, em
108
ma-
“Os livros publicados pela Embrapa Infor
quali dade técni -
ção Tecnológica são de alta
e de gran de impo rtânc ia para a
ca e editorial,
Em 2012, Antônio Mandu assistiu ao pro- resa,
difusão da tecnologia gerada pela Emp
grama do Dia de Campo na TV “Integração o bara to para o públ i-
além de ser de acess
das tecnologias sociais barraginhas e lagos cont eúdo s dos livros perm item que
co. Os
de múltiplo uso”, procurou Luciano Cordo-
as tecnologias de ponta da Empresa sejam
val, responsável pelo projeto na Embrapa s.
apresentadas de maneira acessível a todo
Milho e Sorgo, e perguntou: “O senhor ga- por
A equipe responsável é competente e,
rante que podemos ressuscitar o nosso cór- sido
isso, a demanda pelo seu trabalho tem
rego, como disse na TV?” . Infeli zmen te, devid o às regra s do
cresc ente
a se-
Luciano deu a ele uma cópia em DVD do serviço público, a Embrapa tem normas
programa, pediu que reunisse as famílias o proc esso de come rcializaçã o de
guir para
o e a vend a de
da comunidade e apresentasse a tecnologia livros, o que limita a divulgaçã
das barraginhas, que tem por objetivo co- edito riais. Se não fosse m essas
seus produtos
m
letar a água da chuva e conter a força das restrições, as publicações da Empresa teria
enxurradas, evitando as erosões e o asso- à socie dade e suas tec-
impacto maior junto
lo.
reamento dos córregos. nologias atingiriam um público mais amp
fio, acred ito ser im-
Foi assim que o projeto começou na comu- Para o futuro, como desa
em
nidade de Capão Inocêncio, no município portante que a Editora seja mais flexível
o o
de Santana de Pirapama, MG, onde já fo- suas normas, que restringem um pouc
r-
ram instaladas 146 barraginhas, com o es- estilo do autor. Normas editoriais são impo
s para gara ntir um padr ão de quali dade
forço de todos, mas principalmente graças tante
pro-
ao senhor Mandu, que assistiu ao DCTV e mínimo, mas elas não devem cercear o
enxergou naquele momento a possibilidade cesso de publ icaçã o.”
de mudar a realidade do local. E quem tam- José Roberto Moreira, pesquisador da
Embrapa
bém comemora é Luciano: “Gostei de sua Gené ticos e Biote cnolo gia (Bras ília, DF).
Recursos
maneira de aproximar, voluntário, não quer
somente para si, mas para todos e para o
córrego, pegamos na mão um do outro e
selamos um pacto, que vem se tornando
realidade passo a passo.”
Relato de Luciano Cordoval de Barros a respeito
da experiência com o líder comunitário Antônio
Mandu, registrado em http://projetobarraginhas.
blospot.com.br
“O investimento na pro
dução editorial pelas pri-
universidades e instituiçõ “A PAB, por ser uma revista que tem
es de fomento ou de dos artig os, tem sido
desenvolvimento da pes mado pela qualidade
quisa científica no Bra- ga-
sil vai muito além da me um importante instrumento para a divul
ra difusão do conhe- e de cons ulta
cimento gerado. Possib ção de resultados de pesquisa
ilita que se demonstre s.
a maturidade acadêmica por pesquisadores de diversas disciplina
dessas organizações, que
contribuindo para a con O grande desafio é criar estratégias
strução de uma iden- uma
tidade educacional nac atraiam resultados de grande impacto,
ional baseada na qua- ness e caso , há conc orrên cia diret a
lidade. Neste contexto, vez que,
como entendemos, nacio nais. Há a
insere-se a editora da de grandes publicações inter
Embrapa, por seu com de se traba lhar inten same nte
promisso com a public - necessidade
ação da produção do c-
conhecimento resultant maneiras de melhorar o seu fator de impa
e do trabalho da insti-
tuição, em obras de qu to.”
alidade pelo conteúdo
e pelo zelo gráfico, e Valéria Pacheco Batista Euclides, agrôn
oma, pes-
também por investir no
estímulo à leitura.” (Campo
quisadora da Embrapa Gado de Corte
rial da
Marcelo Di Renzo, preside Grande, MS), membro do conselho edito
nte da Associação Brasile PAB.
ra de Editoras Universitá i-
rias (Abeu).
“O Dia de Campo na
TV leva informações de
precisão para o produtor
rural, pois aborda te-
mas e assuntos de extrem
a importância para a
vida no campo. Estam
os acompanhando de
perto o trabalho da Em
brapa e consideramos
o DCTV como um pro
duto que deu um eno
me salto de qualidade r-
com os poucos recursos
que a Embrapa tem par
a fazer TV. Algumas
reuniões foram feitas
no decorrer de 2015
nossas dicas notadam e
ente vêm sendo absor-
vidas com entusiasmo
pela equipe do progra
ma. Estamos muito feli -
zes com essa parceria
de sucesso.”
Ana Desani, supervisor
a de programação do
Rural, São Paulo, SP. Canal
110
livros
“Sou cliente da Livraria Embrapa há três anos. “Eu sou da geração que gosta dos
s, tê-lo s na mão , cheir ar, ver a
Sou professora aposentada, morei em Londres impresso
Sou biblió filo. A
por 9 anos, e, logo que retornei ao Brasil, de- qualidade do papel, etc.
o in-
cidi que iria plantar a minha própria comida. Livraria Embrapa tem um acervo muit
is e
Moro em uma chácara no Gama e para quase teressante de livros das ciências socia
Agric ultur a, e, porta nto,
tudo que cultivo uso as orientações que estão das biofísicas da
antes
nos livros que compro na Livraria Embrapa. gosto sempre de olhar os conteúdos
Livra ria desd e que
Minha coleção já passa de 30 publicações. Te- de comprar. Frequento a
Brasi l, há três anos , e gost o dos
nho muita coisa das coleções de bolso (Plantar, cheguei ao
los,
ABC etc.) e também sobre como cultivar milho, conteúdos, pois os considero bem amp
vão desd e ques tões flore s-
arroz, feijão, alho e outros alimentos não tão com temas que
tais, polít icas agríc olas até amb ienta is. Acho
comuns, como a quinoa e o gergelim, tão sau-
ica
dáveis para a alimentação humana. Também de vital importância uma empresa públ
Emb rapa publ icar seus livros , pois
tenho um canteiro com plantas medicinais que como a
s
cultivo com as orientações de livros que com- não é compreensível atingir bons resultado
não divul gá-lo s para todo s os
prei da Livraria da Embrapa. Recentemente, da pesquisa e
el).
recebi da Empresa mudas de mandioca e de meios, sejam eletrônicos ou físicos (pap
agem que abor da com
bananeira que já começaram a produzir muito O livro tem a vant
a-
bem. Só tenho a agradecer.” maior profundidade os temas e suas ilustr
pelo traba lho
ções são essenciais. Parabéns
Maria José Cassimiro, professora aposentada e atual- vida
mente agricultora, Gama, DF. que realiza a Livraria Embrapa e longa
para vocês.”
ão das
Alan Bojanic, representante da Organizaç
Alimenta-
Nações Unidas para a Agricultura e a
ção no Brasil (FAO).
Escolas-Famílias
cas chegaram às
“As Minibibliote ar na formação té
cnica dos
ra aj ud i-
Agrícol as pa es materiais técn
ve ns. O ferece m aos estudant ient am as ex -
jo or
am a pesquisa e
cos que possibilit s, tanto nas escolas, quanto
utiva .
periências prod rios estudantes
da de s rurais dos próp ra a
nas proprie cia lm ente pa
contribuem espe is dos Jovens
As publicações iona
s Projetos Profiss sa
elaboração do m o m at erial de pesqui
bém co
(PPJ), mas tam cn ica e m aterial de
as da área té -
para as disciplin opinião, os prin
os jo vens. Em minha liza-
apoio para ca s sã o a at ua
s Minibibliote
cipais desafios da o dos temas,
er ia is e a regionalizaçã
ção dos mat as e biomas do
em vista os diferentes clim
tendo
nosso País.” Un ião
executiva da
va, secretária- Brasil
Iara Ribeiro Sil las-Famílias Agrícolas do
cio na l da s Esco
Na
na, GO.
(Unefab), Orizo
Perspectivas
e desafios
115
Fazer com que as publicações da Embrapa cheguem mais longe, além das nossas fronteiras,
seja em outras línguas (inglês e espanhol, por exemplo), seja em português, uma vez que a
procura do mercado editorial internacional por edições lusófonas tem crescido consideravel-
mente nos últimos anos, é outro desafio que a Unidade vem buscando alcançar a partir da
presença de alguns títulos em feiras internacionais do livro (México, Colômbia, Portugal) e
nas exposições em centros culturais brasileiros apoiadas pelo Ministério das Relações Exterio-
res. A internacionalização dos periódicos editados pela Embrapa também é outro objetivo da
Unidade para seguir as tendências mundiais. A Embrapa, como principal instituição de pes-
quisa pública para a agricultura tropical tem compromisso com a formação e com o avanço
do conhecimento. Portanto, nossos periódicos precisam dar sua contribuição para a univer-
salização do conhecimento; e o melhor caminho é garantir que os artigos sejam bilíngues.
Apesar de a Unidade ser pioneira na coordenação, a partir dos anos 2000, de uma agência
de informação (hoje denominada Ageitec), com o uso de recursos revolucionários para a
época, como a árvore do conhecimento, com navegação por meio de árvore hiperbólica, e
apesar de possibilitar a adesão da Embrapa, ainda em 2010, ao movimento de acesso aberto,
criando os repositórios Alice, Infoteca-e e o buscador Sabiia, hoje é necessário avançar ainda
mais e garantir uma política institucional que consolide o compromisso da Empresa com
a democratização de sua produção e com acesso ao conhecimento científico gerado pela
pesquisa agropecuária, uma vez que, nos próximos 25 anos, a tendência das organizações
Foto: Carlos Eduardo Felice Barbeiro
117
“Os resultados e as ações em curso na Unidade mostram que sua equipe está em
sintonia com as diretrizes e objetivos estratégicos da Embrapa, e sempre disposta a
contribuir com os desafios do Estado brasileiro.”
No que diz respeito à difusão da informação, a Unidade pegou carona nas ondas do rádio e
criou, em 2003, o Prosa Rural, programa que rapidamente se expandiu para todas as regiões
do País e conquistou o interesse de milhares de rádios brasileiras, mas isso sem deixar de
investir em outro importante veículo para a comunicação com o produtor rural, a TV. Dessa
forma, com a produção do Dia de Campo na TV, a Unidade não somente ampliou, por
meio de parcerias com diversas emissoras, a veiculação do programa para todos os estados
brasileiros, como também passou a utilizar o YouTube como um canal rápido e fácil para
fazer chegar informações sobre tecnologias geradas pela pesquisa agropecuária a quem
precisa e tem interesse.
referências
ATLAS do meio ambiente do Brasil. 2. ed. rev. aum. Brasília, DF: Terra Viva: EMBRAPA-SPI, 1996. 160 p. il.
color.
ATLAS do meio ambiente do Brasil. Brasília, DF: EMBRAPA-SPI: Terra Viva, 1994. 138 p.
BELTRÃO, S. L. L.; ARAÚJO, M. F. de; OLIVEIRA, J. A. B. de; AMARAL, F. P. do. Minibibliotecas – uma
experiência de inclusão social e intercâmbio entre o conhecimento científico e o saber local no meio rural.
Revista Inclusão Social, v. 4, n. 2, p. 11-18, jan./jun. 2011.
BRITSKI, H. A.; SILIMON, K. Z. de S. de; LOPES, B. S. Peixes do Pantanal: manual de identificação. Brasília,
DF: Embrapa Produção de Informação; Corumbá: Embrapa Pantanal, 1999. 184 p. il.
CAMPOS, O. F. de; LIZIEIRE, R. S. (Coord.). Gado de leite: o produtor pergunta, a Embrapa responde.
Brasília, DF: EMBRAPA-SPI; Coronel Pacheco: EMBRAPA-CNPGL, 1993. 213 p. il. (Coleção 500 perguntas 500
respostas).
CARRÃO-PANIZZI, M. C.; MANDARINO, J. M. G. Receitas com soja para uma vida saudável. Brasília, DF:
Embrapa, 2014. 168 p. il. color.
CAVALCANTE, A. C. R. (Ed.). Sabores das carnes caprina e ovina. Brasília, DF: Embrapa Informação
Tecnológica; Sobral: Embrapa Caprinos, 2008. 87 p. il.
EMBRAPA INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA. Sementes da inovação: contribuindo para a modernização da
transferência de tecnologia na Embrapa: 1991 a 2001. Brasília, DF, 2002. 63 p.
JANESEN, R. Brasil vai perder muitos cérebros com fim do Ministério da Ciência: astrofísica brasileira
Duília de Mello, que trabalha na Nasa, critica fusão das pastas de Ciência e Comunicações pelo governo
interino. Carta Capital, 16 jun. 2016. Entrevista. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/politica/
brasil-vai-perder-muitos-cerebros-com-fim-do-ministerio-da-ciencia?utm_content=buffer44c85&utm_
medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer>. Acesso em: 4 jul. 2016.
MARTINS, F.; MACIEL, I. A menina e o espantalho: a história de dois amigos em defesa do meio ambiente.
Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2008.
MELO FILHO, G. A. de; QUEIROZ, H. P. de. (Ed.). Gado de corte: o produtor pergunta, a Embrapa responde.
Embrapa-SPI; Campo Grande: Embrapa-CNPGC, 1996. (Coleção 500 perguntas 500 respostas).
PACOTES tecnológicos para o algodão herbáceo: Pernambuco. Garanhus: EMBRAPA, 1974a. 16 p.
(EMBRAPA. Circular, 10).
PACOTES tecnológicos para o arroz de sequeiro na área da Transamazônica: Altamira-Pará. Belém, PA:
EMBRAPA, 1975. 10 p. (EMBRAPA. Circular, 59).
PACOTES tecnológicos para o pêssego. 2. ed. Pelotas: EMBRAPA-Representação Estadual do Rio Grande do
Sul, 1974b. 52 p.
PLANO Brasil Sem Miséria: resultados no meio rural. Brasília, DF: Ministério do Desenvolvimento Agrário,
2014.
119
PANTANAL: um passeio pelo paraíso ecológico. Corumbá: EMBRAPA-CPAP: Sebrae, [1996?]. 1 CD-ROM.
POTT, A.; POTT, V. J. Plantas do Pantanal. Brasília, DF: EMBRAPA-SPI, 1994. 320 p. il.
RELATÓRIO de avaliação dos impactos das tecnologias geradas pela Embrapa. Nome da tecnologia: Agência
Embrapa de Informação Tecnológica - Ageitec. Campinas: Embrapa, 2014. 58 p.
SANTOS, S. A.; SALIS, S. M. de; COMASTRI FILHO, J. A. (Ed.). Cavalo pantaneiro: rústico por natureza.
Brasília, DF: Embrapa, 2016. 603 p.
SISTEMA de produção para avicultura de corte: Ilha de São Luis. São Luis, MA: Embrapa, 1980. 31 p.
(Boletim, 280).
SISTEMA de produção para melancia: Estado de Goiás. Uruana, GO: Embrapa, 1981. 12 p. (Boletim, 216).
SISTEMAS de produção para a cultura do arroz: Região Norte de Minas Gerais. Belo Horizonte: Embrapa,
1982. 26 p. (Sistemas de produção, 007).
SISTEMAS de produção para os consórcios feijão x milho e algodão x feijão x milho. Recife: Embrapa: Emater-
PE, 1979. 21 p. (Boletim, 169).
SOUZA, A. das G. C. de; SOUSA, N. R.; SILVA, S. E. L. da; NUNES, C. D. M.; CANTO, A. do C.; CRUZ, L. A. de
A. Fruteiras da Amazônia. Brasília, DF: EMBRAPA-SPI; Manaus: EMBRAPA-CPAA, 1996. 204 p. il. (Biblioteca
botânica brasileira, 1).
TERAO, D.; CARVALHO, A. C. P. P.; BARROSO, T. C. da S. F. (Ed.). Flores tropicais. Brasília, DF: Embrapa
Informação Tecnológica; Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2005. 225 p.
URBEN, A. F.; SIQUEIRA, P. Cogumelos e suas delícias. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2003.
161 p.
120
os gerentes
1991–1992
2003–2013
CGPE 13049