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AEPCON Concursos Públicos

Sumário

IMPLICAÇÃO LÓGICA ............................................................................................................................................ 2


1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 2
2. MÉTODOS DE RESOLUÇÃO ............................................................................................................................... 2
2.1. RESOLUÇÃO DE IMPLICAÇÃO LÓGICA DO TIPO 1 ................................................................................. 3

Lei
Lei do Direito do Direito
Autoral Autoral
nº 9.610, denº
199.610, de 19 de
de Fevereiro deFevereiro de 1998:
1998: Proíbe Proíbe a reprodução
a reprodução totaldesse
total ou parcial ou parcial desse
material material ou com
ou divulgação
divulgação
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive com sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.
na Internet,
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos
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Públicos.
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IMPLICAÇÃO LÓGICA

1. INTRODUÇÃO
Este tipo de questão é muito cobrado em provas de concurso, qualquer que seja a
elaboradora.
É fácil identificar uma questão de Implicação Lógica, são aquelas cujo enunciado traz
um conjunto de afirmações, as quais são proposições simples ou compostas, e ao final solicita
uma conclusão para essas afirmações.
A opção correta para este tipo de questão é aquela que traz uma conclusão que é
necessariamente verdadeira para o conjunto de afirmações.
Vejamos um exemplo:
(ESAF) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente, então Caio é culpado. Caio é
inocente se e somente se Dênis é culpado. Dênis é culpado. Logo:
a) Caio e Beto são inocentes d) Caio e Dênis são culpados
b) André e Caio são inocentes e) André e Dênis são culpados
c) André e Beto são inocentes

Destacamos acima, nas cores vermelha e azul, as quatro afirmações do enunciado.


Três dessas afirmações são proposições compostas (na ordem: uma disjunção, uma
condicional, uma bicondicional) e apenas uma proposição simples.
Observe que ao final do enunciado aparece a palavra “Logo” indicando que devemos
encontrar, dentre as opções de resposta, aquela que traz uma conclusão necessariamente
verdadeira.
Comparativamente, este tipo de questão se assemelha as questões de Argumento.
Onde as afirmações trazidas no enunciado da questão são as premissas do Argumento, e a
opção correta da questão é a conclusão que torna o argumento válido.

2. MÉTODOS DE RESOLUÇÃO
A maneira de resolver a questão dependerá da estrutura lógica das premissas, assim,
dividiremos as questões de implicações lógicas em dois tipos:
1º) Implicações Lógicas do tipo 1: quando nas premissas trazidas no enunciado da questão
houver uma proposição simples ou uma conjunção. Assim, teremos uma sentença apropriada
para ser o ponto de partida da resolução. E por que isso? Porque tais tipos de sentença só
têm uma forma de ser verdadeira!

Lei
Lei do Direito do Direito
Autoral Autoral
nº 9.610, denº
199.610, de 19 de
de Fevereiro deFevereiro de 1998:
1998: Proíbe Proíbe a reprodução
a reprodução totaldesse
total ou parcial ou parcial desse
material material ou com
ou divulgação
divulgação
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive com sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.
na Internet,
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2º) Implicações Lógicas do tipo 2: simplesmente, aquelas que não são do tipo 1, ou seja, que
não aparece, entre as premissas, uma proposição simples ou uma conjunção.

2.1. RESOLUÇÃO DE IMPLICAÇÃO LÓGICA DO TIPO 1


Esse tipo de implicação lógica será resolvido facilmente através do segundo método
de verificação da validade do argumento, visto na aula de Lógica de Argumentação.
Baseando-se no segundo método do Argumento, realizaremos os seguintes passos:
1º passo: considerar as premissas verdadeiras, e com o conhecimento das tabelas-verdade
dos conectivos, descobrir os valores lógicos das proposições simples presentes nas
premissas.
2º passo: Substituir os valores lógicos das proposições simples, encontrados no passo
anterior, em cada uma das opções de resposta. Aquela que for necessariamente
verdadeira é a opção correta da questão.

Exemplo 01. (ESAF) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente, então Caio é
culpado. Caio é inocente se e somente se Dênis é culpado. Ora, Dênis é culpado. Logo:
a) Caio e Beto são inocentes d) Caio e Dênis são culpados
b) André e Caio são inocentes e) André e Dênis são culpados
c) André e Beto são inocentes

Solução:
O enunciado da questão apresenta quatro afirmações (premissas), que são
apresentadas abaixo:
P1. André é inocente ou Beto é inocente.
P2. Se Beto é inocente, então Caio é culpado.
P3. Caio é inocente se e somente se Dênis é culpado.
P4. Dênis é culpado.
Apesar das premissas serem frases pequenas, nós as traduziremos para a forma
simbólica. Para isso, vamos definir as seguintes proposições simples:
A = André é inocente
B = Beto é inocente
C = Caio é inocente
D = Dênis é inocente

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Observe que colocamos “inocente” para todos. Isso foi feito para padronizar! Assim, a
representação de “Caio é culpado”, que aparece na segunda premissa, será ~C.
Destarte, as frases traduzidas para a linguagem simbólica ficam assim:
P1. A ou B
P2. B  ~C
P3. C  ~D
P4. ~D
Agora passemos à solução propriamente dita. Observemos os passos abaixo:
1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e, a partir do conhecimento das
tabelas-verdade dos conectivos, vamos obter o valor lógico das proposições simples (A, B, C
e D). Vejamos a seqüência abaixo:
a) Começaremos pela 4ª premissa, pois esta é uma proposição simples, e, portanto, só tem
uma forma de ser verdadeira.
P1. A ou B

P2. B  ~C

P3. C  ~D

P4. ~D  ~D é V. Logo, D é F.

Resultado: O valor lógico de D é F.


b) Substituir D por F (ou ~D por V) na 3ª premissa:
P1. A ou B

P2. B  ~C

P3. C  V  para que a bicondicional seja verdade, é necessário que C seja V

P4. V

Resultado: O valor lógico de C é V.


c) Substituir C por V (ou ~C por F) na 2ª premissa
P1. A ou B

P2. B  F para que a condicional seja verdade, é necessário que B seja F.

P3. V  V

P4. V

Resultado: O valor lógico de B é F.

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d) Substituir B por F na 1ª premissa


P1. A ou F  para que a conjunção seja verdade, A deve ser V.

P2. F  F

P3. V  V

P4. V

Resultado: O valor lógico de A é V.


 Compilando os resultados obtidos acima, teremos:

A é V , significa que “André é inocente!”


B é F , significa que “Beto é inocente” é falso. Daí: “Beto é culpado!”
C é V , significa que “Caio é inocente!”
D é F , significa que “Dênis é culpado” é falso. Daí: “Dênis é inocente!”

2º PASSO: De posse das verdades obtidas no 1° passo, verificar qual é a alternativa que traz
uma proposição necessariamente verdadeira.
a) Caio e Beto são inocentes.  falso

b) André e Caio são inocentes  verdade

c) André e Beto são inocentes  falso

d) Caio e Dênis são culpados  falso

e) André e Dênis são culpados  falso

A única alternativa que traz uma proposição verdadeira é a “B”  Resposta!

Exemplo 02. (ESAF) Se a professora de matemática foi à reunião, nem a professora de inglês
nem a professora de francês deram aula. Se a professora de francês não deu aula, a
professora de português foi à reunião. Se a professora de português foi à reunião, todos os
problemas foram resolvidos. Ora, pelo menos um problema não foi resolvido. Logo,
a) a professora de matemática não foi à reunião e a professora de francês não deu aula.

b) a professora de matemática e a professora de português não foram à reunião.

c) a professora de francês não deu aula e a professora de português não foi à reunião.

d) a professora de francês não deu aula ou a professora de português foi à reunião.

e) a professora de inglês e a professora de francês não deram aula.

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Solução:
O enunciado da questão apresenta quatro afirmações (premissas), que são
apresentadas abaixo:
P1. Se a professora de matemática foi à reunião, então nem a professora de inglês nem a
professora de francês deram aula.
P2. Se a professora de francês não deu aula, então a professora de português foi à reunião.
P3. Se a professora de português foi à reunião, então todos os problemas foram resolvidos.
P4. Pelo menos um problema não foi resolvido.
Na premissa P1 aparece a palavra nem. Podemos reescrever esta premissa
substituindo o nem por uma conjunção da seguinte forma:
P1. Se a professora de matemática foi à reunião, então a professora de inglês não deu aula e
a professora de francês não deu aula.
Na premissa P3 temos a proposição: “todos os problemas foram resolvidos”, e na
premissa P4 temos a proposição: “Pelo menos um problema não foi resolvido”. Qual a
relação entre estas duas proposições?
Ora, a proposição “Pelo menos um problema não foi resolvido” é a negação de
“todos os problemas foram resolvidos”. Vamos utilizar este resultado na representação
simbólica das premissas que será feita a seguir.
Traduziremos as premissas para a forma simbólica. Para isso, vamos definir as
seguintes proposições simples:
A = a professora de matemática foi à reunião

B = a professora de inglês deu aula

C = a professora de francês deu aula

D = a professora de português foi à reunião

E = todos os problemas foram resolvidos


Assim, as frases traduzidas para a linguagem simbólica serão as seguintes:
P1. A  (~B e ~C)
P2. ~C  D
P3. D  E
P4. ~E
Agora vamos a solução propriamente dita. Observemos os passos abaixo:

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1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e a partir do conhecimento das


tabelas-verdade dos conectivos, vamos obter o valor lógico das proposições simples. Veja a
seqüência abaixo:
a) Iniciaremos pela 4ª premissa, pois esta é uma proposição simples, e, portanto, só tem uma
forma de ser verdadeira.

P4. ~E  como ~E é V , então E é F


b) Substituir E por F na 3ª premissa

P3. D  F  para que a condicional seja verdade, D deve ser F


c) Substituir D por F na 2ª premissa

P2. ~C  F  para que a condicional seja verdade, ~C deve ser F, daí C é V


d) Substituir ~C por F na 1ª premissa

P1. A  (~B e F)  A conjunção (~B e F) tem um termo F, daí o valor da conjunção


também é F. Daí a condicional passa a ser: A  F. Para que esta
condicional seja verdadeira, A deve ser F.
O valor lógico de B não pôde ser encontrado na premissa P1. Portanto, o valor lógico
de B está indeterminado.
Compilando os resultados obtidos acima, teremos:
A é F, significa que “A professora de matemática não foi à reunião!”.
B é indeterminado. Daí, não sabemos se é verdade ou se é falso que “a professora de inglês
deu aula”.
C é V, significa que “A professora de francês deu aula!”
D é F, significa que “A professora de português não foi à reunião!”
E é F , significa que “Pelo menos um problema não foi resolvido!”

2º PASSO: De posse das verdades obtidas no 1° passo, verificar qual é a alternativa que traz
uma proposição necessariamente verdadeira.
V F
a) a de matemática não foi à reunião e a de francês não deu aula. F
V V
b) a de matemática não foi à reunião e a de português não foi à reunião. V

F V
c) a de francês não deu aula e a de português não foi à reunião. F

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F F
d) a de francês não deu aula ou a de português foi à reunião. F

indeterminado F
e) a de inglês não deu aula e a de francês não deu aula. F

A única alternativa que traz uma proposição verdadeira é a B  Resposta!

Exemplo 03. (ESAF) Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão. Ou Alberto é
alemão, ou Egídio é espanhol. Se Pedro não é português, então Frederico é francês. Ora,
nem Egídio é espanhol nem Isaura é italiana. Logo:
a) Pedro é português e Frederico é francês d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês

b) Pedro é português e Alberto é alemão e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês

c) Pedro não é português e Alberto é alemão

Solução:
O enunciado da questão traz quatro afirmações (premissas), que são apresentadas
abaixo:
P1. Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão.

P2. Ou Alberto é alemão, ou Egídio é espanhol.

P3. Se Pedro não é português, então Frederico é francês.

P4. Nem Egídio é espanhol nem Isaura é italiana.

Na premissa P4 aparece a palavra nem. Vamos reescrever esta premissa de outra


maneira (sem mudar o sentido):
P4. Egídio não é espanhol e Isaura não é italiana.
Traduziremos as premissas para a forma simbólica. Para isso, vamos definir as
seguintes proposições simples:
R = Frederico é francês
A = Alberto é alemão
P = Pedro é português
E = Egídio é espanhol
I = Isaura é italiana

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Destarte, as frases traduzidas para a linguagem simbólica ficam assim:


P1. R  ~A
P2. A ou E
P3. ~P  R
P4. ~E e ~I
Passemos à solução propriamente dita. Observemos os passos abaixo:
1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e, a partir do conhecimento das
tabelas-verdade dos conectivos, vamos obter o valor lógico das proposições simples. Veja a
seqüência abaixo:
a) Iniciaremos pela 4ª premissa, pois esta é uma proposição composta que usa somente o
conectivo “e”, e, portanto, só tem uma forma de ser verdadeira.

P4. ~E e ~I  para que a conjunção seja verdade, ambos os seus termos devem ser V,
daí ~E deve ser V e ~I deve ser V. Portanto, E é F e I é F.

b) Substituir E por F na 2ª premissa

P2. A ou F  para que a disjunção seja verdade, A deve ser V.

c) Substituir A por V (ou ~A por F) na 2ª premissa

P1. R  F  para que a condicional seja verdade, R deve ser F.

d) Substituir R por F na 2ª premissa

P3. ~P  F  para que a condicional seja verdade, ~P deve ser F, daí P é V.

 Compilando os resultados obtidos acima, teremos:

R é F , significa que “Frederico não é francês!”.


A é V , significa que “Alberto é alemão!”.
P é V , significa que “Pedro é português!”.
E é F , significa que “Egídio não é espanhol!”.
I é F , significa que “Isaura não é italiana!”.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou
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2º PASSO: De posse das verdades obtidas no 1° passo, verificaremos qual é a alternativa que
traz uma proposição necessariamente verdadeira.
V F
a) Pedro é português e Frederico é francês F

V V
b) Pedro é português e Alberto é alemão V
F V
c) Pedro não é português e Alberto é alemão F
F F
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês F
V F
e) Se Alberto é alemão, então Frederico é francês. F

A única alternativa que traz uma proposição verdadeira é a B  Resposta!

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