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AEPCON Concursos Públicos

Sumário
EQUIVALÊNCIA LÓGICA ......................................................................................................................... 2
1. PROPOSIÇÕES LOGICAMENTE EQUIVALENTES ........................................................................... 2
1.1. Equivalências da CondicionaL ............................................................................................................... 2
1.2. Equivalência entre “Nenhum” e “Todo” ................................................................................................. 5
1.3. Lei da Dupla Negação ............................................................................................................................ 6
1.4. “é não” é equivalente a “não é” .............................................................................................................. 6
1.5. Equivalências Básicas ............................................................................................................................ 7
1.6. Leis Comutativas, Associativas e Distributivas ...................................................................................... 7
1.7. Conjunção e Disjunção de Condicionais................................................................................................. 8

LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
totalououparcial
parcialdesse
dessematerial
materialououdivulgação
divulgaçãocom
com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
comunicação, inclusive
inclusive nana Internet,
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sem autorização
autorização dodo AlfaConConcursos
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EQUIVALÊNCIA LÓGICA

1. PROPOSIÇÕES LOGICAMENTE EQUIVALENTES


Dizemos que duas proposições são logicamente equivalentes (ou simplesmente que são
equivalentes) quando os resultados de suas tabelas-verdade são idênticos.
A equivalência lógica entre duas proposições, p e q, pode ser representada simbolicamente
como: p  q, ou de maneira menos formal: p = q.

Exemplo 01. (CESPE) Julgue o item seguinte:


item 1. A tabela de verdade de pq é igual à tabela de verdade de (p¬q)¬p.
Solução: Vamos construir e comparar as tabelas-verdade. A primeira sentença é uma mera
condicional. Teremos, pois, que:
p q pq
V V V
V F F
F V V
F F V

Agora, passemos à segunda sentença: (p~q)~p. Teremos:


p q ~q p~q ~p (p~q)~p
V V F F F V
V F V V F F
F V F V V V
F F V V V V
Comparando a sequência de valores lógicos da última coluna das duas tabelas, percebemos
que são iguais. Logo, podemos afirmar que as tabelas-verdade são iguais, ou as valorações são
iguais, ou, ainda, que as proposições são equivalentes.
Conclusão: este item está correto!
Veremos agora a descrição de algumas equivalências lógicas.

1.1 Equivalências da Condicional


Apresentarei três equivalências da condicional.

1ª) p  q = ~q  ~p
Observando a equivalência acima, percebemos que a forma equivalente para pq pode ser
obtida pela seguinte regra:

LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
totalououparcial
parcialdesse
dessematerial
materialououdivulgação
divulgaçãocom
com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
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1º) Trocam-se os termos da condicional de posição;


2º) Negam-se ambos os termos da condicional.

2ª) p  q = ~p ou q
Como vemos, a uma outra forma equivalente para uma proposição condicional. Agora, a sua
forma equivalente não é uma outra condicional, mas sim, uma disjunção, pois o símbolo do implica é
trocado pelo conectivo “ou”.
Observando a relação simbólica acima, percebemos que essa outra forma equivalente para
pq pode ser obtida pela seguinte regra:
1º) Nega-se o primeiro termo;
2º) Mantém-se o segundo termo;
3º) Troca-se o símbolo do implica pelo “ou”.

Exemplo 02. (ESAF) Uma sentença logicamente equivalente a “Pedro é economista, então
Luísa é solteira” é:
a) Pedro é economista ou Luísa é solteira.
b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira.
c) Se Luísa é solteira, Pedro é economista;
d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é solteira;
e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista.

Solução: A questão nos trouxe uma condicional e pediu uma proposição equivalente. Podemos testar
as duas equivalências da condicional que conhecemos.
Comecemos pela seguinte: p  q = ~q  ~p
Daí, a partir da proposição do enunciado: “Pedro é economista  Luísa é solteira”,
aplicaremos a regra seguinte:
1º) Trocam-se os termos da condicional de posição:
Luísa é solteira  Pedro é economista
2º) Negam-se ambos os termos da condicional:
Luísa não é solteira  Pedro não é economista
Pronto! Temos a forma equivalente seguinte:
“Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista”.
 Resposta! (Letra E)

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Tivemos sorte de encontrar a resposta logo na primeira tentativa! Todavia, se não houvesse
essa sentença entre as opções de resposta, teríamos que tentar a segunda equivalência da condicional,
a qual resulta em uma disjunção. Teríamos, pois que: pq = ~p ou q.
Aplicaremos a regra de transformar uma condicional em uma disjunção na proposição do
enunciado (também poderíamos usar a condicional obtida acima). Teremos:
“Pedro é economista  Luísa é solteira”
1º) Nega-se o primeiro termo: Pedro não é economista;
2º) Mantém-se o segundo termo: Luísa é solteira;
3º) Troca-se o símbolo do implica pelo “ou”.
Pronto! O resultado final é o seguinte:
“Pedro não é economista ou Luísa é solteira”.
Esta proposição também é equivalente a condicional trazida no enunciado, porém ela não
aparece nas opções de resposta.

3ª) p ou q = ~p  q
A relação simbólica acima nos mostra que podemos transformar uma disjunção numa
condicional, através da seguinte regra:
1º) Nega-se o primeiro termo;
2º) Mantém-se o segundo termo;
3º) Troca-se o “ou” pelo símbolo “”.
É praticamente a mesma regra que vimos anteriormente para transformar uma condicional em
uma disjunção.

Exemplo 03. (ESAF) Dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro” é logicamente
equivalente a dizer que:
a) André é artista se e somente se Bernardo não é engenheiro.
b) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
c) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro
d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
e) André não é artista e Bernardo é engenheiro

Solução: O enunciado nos trouxe a disjunção: “André é artista ou Bernardo não é engenheiro”,
e nos pede a sua forma equivalente. Usaremos a regra seguinte:
1º) Nega-se o primeiro termo, teremos: André não é artista;
2º) Mantém-se o segundo termo, teremos: Bernardo não é engenheiro.
3º) Troca-se o “ou” pelo símbolo “”.
O resultado é o seguinte:

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“André não é artista  Bernardo não é engenheiro”.


Ou seja:
“Se André não é artista, então Bernardo não é engenheiro”.
Pronto!
Ocorre que esta sentença acima não figura entre as opções de resposta. Isso nos leva a
concluir que teremos ainda que mexer com essa condicional, encontrando uma condicional
equivalente a ela. Daí, usaremos a equivalência: pq = ~q~p.
Daí, a partir da condicional: “Se André não é artista, então Bernardo não é engenheiro”,
aplicaremos a regra seguinte:
1º) Trocam-se os termos da condicional de posição:
Bernardo não é engenheiro  André não é artista
2º) Negam-se ambos os termos da condicional:
Bernardo é engenheiro  André é artista
Pronto! Temos a forma equivalente seguinte:
“Se Bernardo é engenheiro, então André é artista”.
 Resposta! (Letra D)

Colocando as fórmulas de equivalência que envolvem a condicional numa tabela, para ajudar
a memorização, teremos:
p  q = ~q  ~p : “troca os termos de posição e nega-os”.
p  q = ~p ou q : “nega o 1º, repete o 2º e troca pelo OU”.
p ou q = ~p  q : “nega o 1º, repete o 2º e troca pelo ”.

1.2 Equivalência entre “nenhum” e “todo”


Muitos concurseiros dizem que não gostam de ver na frase a palavra “não”, porque às vezes
se atrapalham no momento de fazer a equivalência, ou de fazer a negação, ou outra operação lógica.
Como artifício para sumir com a palavra “não”, podemos tentar encontrar uma frase
equivalente sem o “não”. Por exemplo, a proposição “Sandro não é culpado” é equivalente a:
“Sandro é inocente”; a proposição “A porta não está aberta” é equivalente a: “A porta está fechada”;
a proposição “Algum palhaço não é feliz” é equivalente a: “Algum palhaço é infeliz”.
Quando a proposição for do tipo “Todo...não...” ou “Nenhum...não...” podemos sumir com a
palavra “não” utilizando as seguintes formas equivalentes:
1ª) Nenhum A não é B = Todo A é B
2ª) Todo A não é B = Nenhum A é B
Assim, quando se diz que “Nenhuma bola da urna não é azul”, isso quer dizer o mesmo que
“Toda bola da urna é azul”. Facilitou ou não a interpretação? É claro que sim!

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Portanto, procurem utilizar essas equivalências sempre que possíveis.


Outros exemplos:
Nenhum palhaço não é engraçado = Todo palhaço é engraçado.
Todo carro não é roxo = Nenhum carro é roxo.

1.3 Lei da dupla negação


Ao negar duas vezes seguidas, acaba-se desfazendo a negação.
~(~p) = p
Daí, concluiremos ainda que:
 A não é não B = A é B
 Todo A não é não B = Todo A é B
 Algum A não é não B = Algum A é B
 Nenhum A não é não B = Nenhum A é B
Exemplos:
1) A bola não é não esférica = A bola é esférica
2) Todo recifense não é não pernambucano = Todo recifense é pernambucano
3) Algum número racional não é não negativo = Algum número racional é negativo
4) Nenhum número negativo não é não natural = Nenhum número negativo é natural

1.4 “é não” é equivalente a “não é”


 A é não B = A não é B
 Todo A é não B = Todo A não é B
 Algum A é não B = Algum A não é B
 Nenhum A é não B = Nenhum A não é B
É mais comum usarmos a forma “não é” em vez de “é não”. Por exemplo, normalmente
dizemos: “a gordura não é saudável”, em vez de “a gordura é não saudável”. Contudo, as duas
formas estão corretas! A última forma é útil numa representação por conjuntos. A partir dela
podemos afirmar que: o conjunto dos alimentos gordurosos está contido no conjunto dos alimentos
não saudáveis. Outros exemplos:
1) Todo cavalo é não carnívoro = Todo cavalo não é carnívoro
2) Algum carro é não preto = Algum carro não é preto
3) Nenhuma arte é não bela = Nenhuma arte não é bela

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1.5 Equivalências Básicas


 1ª) p e p = p
Exemplo: André é inocente e inocente = André é inocente
 2ª) p ou p = p
Exemplo: Ana foi ao cinema ou ao cinema = Ana foi ao cinema.
 3ª) p  q = (pq) e (qp)
Exemplo: Amo se e somente se vivo = Se amo então vivo, e se vivo então amo.

1.6 Leis Comutativas, Associativas e Distributivas


Na sequência, algumas leis que podem eventualmente nos ser úteis na análise de alguma
questão. São de fácil entendimento, de modo que nos limitaremos a apresentá-las.
 Leis comutativas
1ª) p e q = q e p
Exemplo: O cavalo é forte e veloz = O cavalo é veloz e forte.
2ª) p ou q = q ou p
Exemplo: O carro é branco ou azul = O carro é azul ou branco.
3ª) p  q = q  p
Exemplo: Amo se e somente se vivo = Vivo se e somente se amo.
 Leis associativas
1ª) (p e q) e r = p e (q e r)
Quando todas as proposições simples forem interligadas pelo conectivo E, podemos
associá-las de diferentes formas. Ou seja, podemos iniciar a resolução por (p e q), ou se
quisermos por (q e r). Até mesmo, podemos retirar os parênteses: (p e q) e r = p e q e r.
2ª) (p ou q) ou r = p ou (q ou r)
Quando todas as proposições simples forem interligadas pelo conectivo OU, podemos
associá-las de diferentes formas. Ou seja, podemos iniciar a resolução por (p ou q), ou se
quisermos por (q ou r). Da mesma forma que o conectivo E, podemos também retirar os
parênteses: (p ou q) ou r = p ou q ou r.
 Leis distributivas
Faremos um comparativo com a propriedade associativa das operações aritméticas. Desta
última, temos que:
 a  (b  c)  a  b  a  c
De forma semelhante, usaremos essa propriedade nas proposições abaixo:
p e (q ou s) = (p e q) ou (p e s)
p ou (q e s) = (p ou q) e (p ou s)

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Exemplo 04. Vamos resolver novamente o exemplo 01 sem o uso da tabela-verdade:


Solução:
Temos que saber se a tabela de verdade de pq é igual à tabela de verdade de (p  ¬q) 
¬p, ou seja, se essas proposições são equivalentes.
Vamos transformar a primeira condicional numa disjunção:
pq = ~p ou q
Vamos desenvolver a proposição composta (p  ~q)  ~p:
~(p  ~q) ou ~p =
(p e q) ou ~p =
~p ou (p e q) =
(~p ou p) e (~p ou q) =
V e (~p ou q) =
(~p ou q)
Observe que as duas proposições encontradas são equivalentes, daí o item está Certo!

1.7 Conjunção e Disjunção de Condicionais


A  C e B  C = (A ou B)  C
A  C ou B  C = (A e B)  C

Exemplo 05. (CESPE) Julgue o item a seguir:


1. A proposição “Se não ajo como um homem da minha idade, sou tratado como criança, e se não
tenho um mínimo de maturidade, sou tratado como criança” é equivalente a “Se não ajo como um
homem da minha idade ou não tenho um mínimo de maturidade, sou tratado como criança”.
Solução:
Vamos representar as proposições simples por meio de letras:
A = não ajo como um homem da minha idade
B = não tenho um mínimo de maturidade
C = sou tratado como criança
Desse modo, a conjunção das duas condicionais que aparece no item da questão pode ser
simbolizada por:
AC e BC
A proposição condicional que aparece ao final do item 1 é simbolizada por:
(A ou B)  C
Ora, essas duas proposições são equivalentes. Portanto, o item está Certo!

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