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O CREAS: construindo

possibilidades de atuação

Lucimaira Cabreira
Psicóloga
Quais são os eixos norteadores da atenção ofertada nos CREAS?

• TERRITÓRIO e LOCALIZAÇÃO;
• ATENÇÃO ESPECIALIZADA;
• CENTRALIDADE NA FAMÍLIA;
• ACESSO A DIREITOS SOCIOASSISTENCIAIS;
• TRABALHO EM REDE;
• Atividades Essenciais:

- Entrevistas de acolhida e avaliação inicial;


- Atendimento psicossocial (individual, familiar e em grupo);
- Construção do Plano de Atendimento;
- Orientação jurídico-social;
- Elaboração de relatórios técnicos sobre o acompanhamento realizado;
- Ações de mobilização e enfrentamento;
- Acompanhamento dos encaminhamentos;
- Visita domiciliar, quando necessário.
O TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS
• Qualquer trabalho com as famílias deve ser algo sistemático, processual
e contínuo. Ou seja: não interessa uma palestra que não tenha uma
conexão com um propósito de atendimento;
• É a dimensão sistemática e processual do trabalho que oportuniza uma
constante avaliação da prática das pessoas, e consequentemente, a
modificação de hábitos e a interiorização de propostas;
• É fundamental que as famílias deixem de ser objeto da assistência
social, e passem a ser sujeitos de processos, ou seja, os processos e
atendimento devem ser decididos em conjunto com a família e não
decididos por outros para elas (famílias) cumpra.
O TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS
• O conhecimento e a informação são instrumentos necessários à
modificação da realidade. O conhecer pelo conhecer tem pouco valor;

• O trabalho social com famílias deve ser reforçar as capacidades das


pessoas e dos grupos e resgatar ou construir o processo de estima e a
dimensão cidadã dos indivíduos e famílias atendidas;

• É fundamental partir sempre da realidade e da vida de pessoas e


grupos, para que gradativamente vá sendo construído o conhecimento
que possa auxiliá-los na transformação dessa realidade;
O TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS
• Todos e qualquer processo metodológico deve seguir os seguintes
passos:

CONHECER – ANALISAR – TRANSFORMAR

• Tanto as famílias em atendimento com os profissionais devem percorrer esse


caminho, que é composto de: primeiramente constatar como são ou
funcionam os processos; seguido de um exercício de comparar seus
funcionamentos atuais com os que deveriam acontecer e finalmente, decidir
o que fazer para reencaminhar os processos de funcionamento.
PENSANDO O CREAS...

Entrada do caso:
PAF
Demanda livre, Atendimento
sistema de garantia
de direitos, rede
intersetorial e
Socioassistencial

Participação da
REDE CREAS Acompanhamento

Finalização do
CRITÉRIOS DE ciclo de
DESLIGAMENTO MONITORAMENTO atendimento
Desligamento planejado no
PAF
PLANO DE ATENDIMENTO FAMILIAR
- PAF
• Essencial que a família compreenda que está em acompanhamento!

• Essencial que a família esteja inserida em um contexto de atendimento


que possibilite o reconhecimento da presença de violência em seu
funcionamento.

• PAF – instrumento que valida a participação da família no processo de


atendimento, e deve conversar com o PAF que é construído pelo CRAS
e deve também dialogar com um possível PIA (MSE/ACOLHIMENTO), e
considerar a REDE Socioassistencial e Intersetorial.
ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO
ELABORAÇÃO DE PAF – PRONTUÁRIO
DO PAF
PLANO DE ATENDIMENTO FAMILIAR
- PAF

SUGESTÃO DE MODELO DE PAF


PAEFI, também deve estar atento:
• Documental civil.
• Necessidade dos benefícios eventuais.
• Necessidade de benefícios de transferência de renda.
• Ao Cadastro Único;
Intervenções Coletivas no CREAS
SUGESTÃO: Considerar duas possibilidades de organização

OFICINAS / GRUPOS

• Objetiva fortalecer a função protetiva do grupo familiar, a reflexão do cotidiano e da


dinâmica familiar, a superação e transformação das condutas de violações de direitos.

• As intervenções coletivas devem estar sob a responsabilidade dos profissionais de


nível superior, podendo contar com o apoio de técnicos de nível médio (Educador
Social ou Oficineiros).

• O atendimento em grupo não exclui a realização do atendimento particularizado/individualizado


à família.
Intervenções Coletivas no CREAS
• GRUPO: Um sequencia de encontros, sistemáticos e dirigidos a um determinado
coletivo de famílias que se encontram em acompanhamento no PAEFI. A
periodicidade e a duração dos grupos devem ser avaliadas pelos técnicos de
acordo com as necessidades sociais e emocionais dos indivíduos e das famílias.
O serviço deve promover ações em grupo, para desencadear processos
coletivos, que fortaleçam socialmente e emocionalmente o público alvo.

• OFICINAS:  As oficinas são definidas como encontros previamente organizados


com o objetivo de curto prazo (começo, meio e fim) a serem atingidos. Podem
ocorrer em apenas um ou mais encontros. Podem ser destinada para as famílias
que estão em atendimento ou acompanhamento.
Intervenções Coletivas no CREAS
• Algumas questões sobre a família devem acompanhar, em todos os
momentos, o profissional:
Quais são os padrões de conduta da família?
Quem faz o quê, para quem e como?
Quais são seus códigos e regras?
Em que contexto essa família está inserida?
TEMAS ESSENCIAIS: os modelos e os papeis sociais e familiares; as relações
parentais e a conjugalidade; a dinâmica dos vínculos familiares; o vínculos
de cuidado e proteção; comunicação na família; a violências que se
reproduz dentro da família; a violência e suas consequências.
PROCESSO DE DESLIGAMENTO
• O Desligamento do PAEFI ocorrerá quando verificado o cumprimento dos objetivos do PIA/PAF e for
constatada a superação das condições violadora dos direitos, bem como em situações de óbito,
mudança de município.

• Conclusão do ciclo de acompanhamento:


A superação das condições de violação de direitos que originaram o atendimento no CREAS
deve ser avaliada pela equipe em conjunto com a família, quando são analisados os
progressos efetivados, determinando-se a necessidade ou não de continuidade do
atendimento no CREAS.
Devem ser identificados, em conjunto com a família, os recursos e apoios possíveis na sua
rede de relações e rede de proteção social, procedendo então, o desligamento do serviço e
realizando a contrarreferência com o CRAS para continuidade do atendimento pela Proteção
Social Básica.
Em muitas situações é necessária a atuação concomitantemente nas duas proteções: básica e
especial.
PROCESSO DE DESLIGAMENTO
Para a etapa avaliativa é necessário analisar os seguintes aspectos quantitativos e
qualitativos.
Alguns aspectos qualitativos:
• Houve mudança de percepção da situação de violência vivenciada?
• Quais foram os avanços da família perante a administração da situação de crise?
• Qual a persistência e a responsabilização perante os obstáculos surgidos?
• O acesso a redes protetivas, sendo elas comunitárias, familiares e rede de serviços.
• Participação durante as atividades.
Alguns aspectos quantitativos:
• Frequência nos encontros e atendimentos;
• Reincidência da procura ao CREA.
Outro aspecto a ser planejado:
• INTERVENÇÕES NO TERRITÓRIO:

A Intervenção no território para prevenção e/ou enfrentamento de


violações de direitos a partir da solicitação da rede socioassistencial e
intersetorial presentes no território, ou de demandas levantadas pela
vigilância socioassistencial.

Serão desenvolvidas por meio de: palestras, campanhas, eventos,


encontros, debates, entre outras estratégias.
INTERVENÇÕES NO TERRITÓRIO

• A intervenção no território também poder ser desenvolvida para o


atendimento das demandas mapeadas pelas equipes do CREAS,
provenientes das referências da rede socioassistencial e intersetorial,
desenvolvidas através de oficinas com indivíduos ou famílias.
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DO PAEFI

• Coordenador;
• Assistente social;
• Psicólogo;
• Técnico de nível médio – educador social.
ORIENTADOR JURÍDICO-SOCIAL
• Participar das reuniões de equipe.
• Participar em conjunto com a equipe e famílias da proposição do PAF, sempre que for
acionado.
• Auxiliar os demais técnicos na elaboração de relatórios a serem encaminhados ao
Ministério Público e Varas Especializadas.
• Orientar os usuários em relação aos Processos junto ao Poder Judiciário.
• Realizar visitas domiciliares e atendimentos individuais para orientação na área do
direito, sempre que for apontada necessidade pelo técnico de referência do território.
• Participar de oficinas ou grupos, conforme planejamento em conjunto com equipe.
• Realizar orientação jurídico social a indivíduos e famílias, sempre que necessário.
• Prestar orientação técnica na área de direito à equipe, sempre que necessário.
• Articular com Núcleos de Práticas Jurídicas para realizar encaminhamentos dos usuários,
assim como realizar ações em conjunto.
• Executar outras ações correlatas.
RELAÇÃO DO CREAS/PAEFI COM O SERVIÇO ESPECIALIZADO EM
ABORDAGEM SOCIAL

• As crianças e adolescentes atendidas pelo Serviço Especializado em


Abordagem Social deverão ser encaminhadas ao Conselho Tutelar.
• O Serviço Especializado em Abordagem Social deve realizar busca
ativa das famílias e encaminhar ao PAEFI do território, por meio de
referência.
• O PAEFI deve realizar o acompanhamento das crianças e adolescentes
em situação de trabalho infantil de forma planejada e articulada com
o Serviço Especializado em Abordagem Social, considerando que as
crianças e adolescentes podem continuar ou retornar a situação de
trabalho infantil.
RELAÇÃO DO CREAS/PAEFI COM O SERVIÇO DE CONVIVENCIA E
FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS

• Os encaminhamentos para o SCFV, independente de se tratarem de usuários em


situação prioritária, inserem-se na lógica da complementariedade do trabalho
social com famílias.

PUBLICO PRIORITÁRIO:
Nesse sentido, os usuários são encaminhados aos SCFV pelo CRAS, após a família
receber atendimento do PAEFI – ou por equipe técnica que responda pela proteção
social especial.

• Caberá à equipe técnica dos referidos serviços indicarem a(s) situações(s) de


prioridade, assumindo a responsabilidade pelo acompanhamento familiar.
RELAÇÃO DO CREAS/PAEFI COM O SERVIÇO DE CONVIVENCIA E
FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS

• Nenhuma situação de prioridade para o atendimento do SCFV deverá ser


atribuída ao usuário se que haja possibilidade de comprová-la por meio
de documento técnico no qual a situação vivenciada pelo usuário esteja
descrita.
• Cabe ao técnico do PAEFI, responsável pelo
atendimento/acompanhamento à família ou ao usuário em situação de
prioridade para o atendimento no SCFV, a produção do referido
documento técnico.

• O documento técnico mencionado subsidia a marcação realizada no SISC.


PÚBLICO PRIORITÁRIO
ATENDIMENTO DA PESSOAS IDOSA
• Desafio na construção de metodologia de atendimento, algumas sugestões:

1) Desenvolvimento de oficinas de sensibilização – especialmente para aqueles


que avaliamos que poderão se tornar potenciais cuidadores; Estratégia esta que
pode ser adotada tanto para o processo de atendimento como acompanhamento.

2) Desenvolvimento de intervenções de grupo com formato intersetorial,


especialmente para os cuidadores: encontros organizados e desenvolvidos pela
PSB, PSE, saúde mental do município. Organizado em módulos, que podem ser
distribuídos por competências e habilidades de cada serviço. Ao fim desses
módulos, o processo de referenciamento precisa acontecer, ou seja, são famílias
que precisam ser reconhecidas pela rede de atendimento.
ATENDIMENTO DA PESSOAS IDOSA
• Encaminhamento para o SCFV, como público prioritário;

• Reuniões familiares, são estratégias importantes. São espaços onde serão


realizadas pactuações com as famílias, lembrando que não se trata de tribunal, ou
seja, não tem poder legal, mas sim um “poder” emocional e social.
• São espaços de mediação, e desta forma precisam ofertar espaço de fala para todos,
necessitando de um FACILITADOR desse diálogo. É fundamental fortalecer alguns membros,
para que funcionem como elo com os demais, por isso a importante desenvolver
estratégias paralelas como as oficinas de sensibilização, ou os grupos de cuidadores.
• Importante assinaturas nas pactuações definidas, assim desenvolve um compromisso com
os combinados realizados.
• É interessante construir um PLANO DE CUIDADO em conjunto, isto tanto para idosos como
para pessoas com deficiências. Auxiliar a família a organizar a rotina de cuidado.
• Interessante fazer reuniões de família para reavaliações, não apenas retomar quando os
combinados não estão sendo cumpridos.
ATENDIMENTO DA PESSOAS IDOSA

• Orientações sócio jurídicas, são necessárias em alguns momentos,


considerando a necessidade de ações de cunho jurídico, como ações
de curatela, de ação de alimentos e outras.

• O processo de monitoramento do caso, pode ser desenvolvido em


conjunto com a rede setorial e intersetorial, em especial com a saúde.
Estudos de casos com a rede, de forma sistemática e planejada são
essenciais para estes momentos.
ALGUMAS INQUIETAÇÕES....
A Relação do conceito de redução de danos com o trabalho social
desenvolvidos com as famílias no PAEFI.

• A RD não pressupõe que deva haver imediata e obrigatória extinção


do uso de drogas – no âmbito da sociedade ou no caso de cada
sujeito –, seu foco incide na formulação de práticas, direcionadas aos
usuários de drogas e aos grupos sociais com os quais eles convivem,
que têm por objetivo a diminuição dos danos causados pelo uso de
drogas.
• Nas estratégias de cuidado pautadas na Redução de Danos, a definição do
objetivo, das metas intermediárias e dos procedimentos não é imposta, mas
discutida com o usuário.

• A interrupção do uso de álcool e de outras drogas quase sempre é um dos


objetivos, mas outros avanços são valorizados, como evitar colocar-se em
risco, melhorar o relacionamento familiar e recuperar a atividade profissional.

• Muitas outras dimensões da vida (relacionamento familiar e no


trabalho/escola, condições clínicas e psíquicas, relações com a lei etc.) são
usadas também para a avaliação do resultado do tratamento.

• A participação do usuário nas escolhas das metas e etapas do tratamento


valoriza e aumenta a sua motivação e seu engajamento.
• O tratamento ao usuário que tem a Redução de Danos como uma das
estratégias de cuidado não tem como foco principal a substância, mas
o sujeito integral e sua rede de relações.

• Importante destacar que o cuidado, não é dirigido apenas ao


individuo, mas o cuidado com sua REDE, incluindo especialmente o
membros do grupo familiar e considerando a vida comunitária que
necessita ser reconhecida e potencializada, como estratégias de
cuidado.
ALGUMAS INQUIETAÇÕES....
• Mediação de conflito como estratégia de intervenção com grupos conflituosos.

• A perspectiva da Comunicação não Violenta pode ser um caminho para construir uma
metodologia de mediação de conflitos.

• A Comunicação Não Violenta, também conhecida como CNV, é uma abordagem criada
pelo psicólogo, Marshall Rosenberg, que busca a resolução de conflitos por meio de
diversas práticas que estimulam a compaixão e a empatia.

•  Muitas vezes o que o sujeito diz não é o que realmente quer dizer. E os conflitos nascem


justamente da incapacidade de se fazer entendido e de entender o outro.
Mediação de conflito
• A maioria dos conflitos entre as pessoas surgem a partir de
uma comunicação equivocada de suas necessidades não atendidas.

• Por trás de todo comportamento existe uma necessidade. Todo ato


violento é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida.
• Por exemplo, quando sua mulher chega em casa e briga com você
porque que a pia está cheia de louça suja e você não fez
absolutamente nada sobre isso, ela pode estar apenas comunicando
que a sua necessidade de descanso não está sendo atendida, já que
se você não lavou, ela terá que lavar, mesmo depois de um dia super
cansativo.

• Só que ela optou por comunicar isso de uma forma violenta, que
pode fazer com que você se sinta agredido e, em vez de reconhecer a
sua necessidade, inicia um conflito.
ETAPAS
1) Observar sem julgar
2) Nomear os sentimentos
3) Identificar e expressar necessidades
4) Formular pedidos claros e viáveis

Passos para aplicar a CNV na prática:


• quando você sentir a necessidade de falar algo que possa estar incomodando para o
interlocutor, faça isso como uma observação, e não uma crítica;
• fale sobre o sentimento que essa observação lhe causou e escute o que outro tem a dizer;
• informe suas necessidades e valores em relação aos sentimentos falados anteriormente;
• peça que ações sejam realizadas de forma com que atendam essas necessidades e valores.
DESAFIOS DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL MÉDIA
COMPLEXIDADE

• As situações onde a violência está presente, por si só é


desafiadora!
• A violência é um padrão de funcionamento familiar, desconstruir
este padrão e construir novos, não é tarefa fácil!
• Identificar e ampliar as potencialidades do sistema familiar!
• Em algumas situações, necessário solicitar o afastamento do
sistema familiar!
O TRABALHO DO CREAS,
O TRABELHO EM REDE
E
O ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
PARA REFLETIR

QUAL O LUGAR DO CREAS NO ATENDIMENTO DE CRIANÇAS


E ADOLESCENTES ACOLHIDOS?
PRÉ ACOLHIMENTO

O ACOLHIMENTO – MEDIDA PROTETIVA

PÓS ACOLHIMENTO - REINTEGRAÇÕES


TAREFA DA REDE
• Localizar a família no percurso do acolhimento!

• Localiza a criança e o adolescente no percurso


do acolhimento!
Experiência da COMISSÃO MUNICIPAL DE ANÁLISE TÉCNICA
PARA ESTUDO PRÉ- ACOLHIMENTO DE CRIANÇA E
ADOLESCENTE 
• Comissão composta por representantes da rede intersetorial, que tem
como objetivo estudar os casos que apresentam demanda para uma
medida protetiva, por meio de Decreto Municipal.
• Encaminhados pelo Conselho Tutelar e/ou Ministério Público.
• Existem acolhimentos emergenciais que não são estudados pela
comissão de Pré Acolhimento.
• Vinculada a Secretaria de Assistência Social – PSE.
• Os serviços que atendem o caso apresentado são convidados para a
discussão e propostas de planejamentos. A REDE CRIA COMPROMISSOS
CONJUNTOS! Informações são repassadas ao CT e MP!
DECRETO Nº 13.078 DE 20 DE
SETEMBRO DE 2016
O ACOLHIMENTO
• Os encaminhamentos para a rede intersetorial das crianças e o
adolescentes, assim como da família de origem.

• Importante que as ações sejam desenvolvidas pelas diversas políticas


públicas, considerando as demandas que se apresentam. A exemplo
das situações de saúde mental e os desafios do retorno ao sistema
escolar.

• Essencial estratégias intersetoriais;


O ACOLHIMENTO
• Reconhecimento das demandas que se apresentam.

Desafio de tornar o PIA em um plano intersetorial;


Desafio
PÓS ACOLHIMENTO/REINTEGRAÇÕES
• Como a REDE visualiza e reconhece as famílias que tem seus filhos reintegrados!?

• PROPOSTA METODOLOGICA:
Reuniões Intersetorias de Pós Acolhimento!
“Com o objetivo de dar visibilidade as famílias para que sejam fortalecidas no
processo de reintegrações”.
• Em conjunto todos “olham” para estas famílias e fazem os “acordos
interventivos” – compromissos da rede para com a família;
• Acompanham em conjunto novas medidas protetivas, nos casos necessários
(retorno da reintegração);
Desafio
PÓS ACOLHIMENTO/REINTEGRAÇÕES
• PROPOSTA ...

• Construir metodologias intersetoriais para o atendimento


das famílias de origem!

• SUGESTÃO: Sequencia de encontros organizados de forma


intersetorial, com (Co)responsabilidades para as famílias
que estão em fase de reintegração ou as que já foram
reintegradas.
Desafio
PÓS ACOLHIMENTO/REINTEGRAÇÕES
SUGESTÃO – (co)responsabilidades para encontros com as famílias!
1) CREAS: TEMA – FUNÇÃO PROTETIVA DA FAMÍLIA;
2) SAÚDE (ATENÇÃO PRIMÁRIA): TEMA – FAMÍLIA E AS ASPECTOS DE SAÚDE;
3) PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA: TEMA – ACESSO AOS DIREITOS SOCIAIS;
4) EDUCAÇÃO - FAMÍLIA E OS ASPECTOS EDUCACIONAIS;
5) CONSELHO TUTELAR – FAMÍLIA E O ECA;
6) SAÚDE ( SAÚDE MENTAL): TEMA – FAMÍLIA E A PROMOÇÃO DA SAÚDE
MENTAL;
7) CREAS – COMPROMISSOS COM A NOSSA FAMÍLIA.
As ações em REDE na Assistência Social
• Qual a relação do CREAS/PAEFI com o acolhimento?

• Qual a relação da Proteção Social Básica CRAS/PAIF e SCFV com o acolhimento?

• Qual a relação da medida socioeducativa com o acolhimento?

• Qual a relação dos benefícios eventuais e programas de transferência de renda com o


acolhimento?

• Qual a relação dos Programas de Inclusão Produtiva com o acolhimento?

IMPORTANTE: Ações integradas junto a rede de proteção social.


No âmbito da Proteção Social Especial, a articulação
intersetorial propicia um acompanhamento e
encaminhamentos mais eficazes, principalmente às famílias
e/ou indivíduos atendidos pela equipe do CREAS, que
desenvolve um trabalho social mediante a elaboração de
um Plano de Acompanhamento, e cujo objetivo pressupõe
além da escuta qualificada, a compreensão da realidade
social vivenciada pelas famílias e/ou indivíduos para a
construção de um projeto de vida que vise o fortalecimento
da autonomia e o acesso a direitos.
Outros desafios...
• A Família com filhos destituídos!

• COMO A REDE RECONHECE E OLHA PARA ESTA FAMÍLIA?

• ALERTA: são famílias que saem da invisibilidade quando outros filhos são
acolhidos!

• São famílias do CREAS, do CRAS, da SAÚDE ... De todos!


• Também são publico de ações intersetoriais!
• São famílias que necessitam de ações mais estratégicas.
Tecendo a REDE de
PROTEÇÃO
O TRABALHO INTERSETORIAL
• Trata-se da articulação entre as políticas públicas por meio
do desenvolvimento de ações conjuntas destinadas a
proteção, inclusão e promoção da família vítima do processo
de exclusão social. Considera-se a intersetorialidade um
princípio que orienta as práticas de construção de redes de
serviços.
O TRABALHO INTERSETORIAL

O trabalho conjunto realizado de forma articulada e


integrada, além de contribuir para a troca de saberes,
proporciona uma solução ao considerar a totalidade dos 
problemas do usuário, ou seja, a complexidade da
realidade social, de modo que, seus problemas não sejam
tratados de forma fragmentada, através de ações
desarticuladas que dificultam sua inclusão social.
Desafio: Compreender o usuário em sua
totalidade.

Lógicas de
encaminhamento
que produzem uma
fragmentação do
sujeito e de suas
histórias.
Exercitando trabalho em REDE
• A simbologia da rede permite também um olhar sobre os
“nós”. Estes são necessários para o funcionamento do todo.
• O termo “nó” é definido pelo dicionário de português como
“entrelaçamento de fios”, mas também como “união,
vínculo” ou “problema, empecilho”.
• Os nós permitem a um conjunto de cordas de se tornarem
uma rede. Os nós nascem de um vínculo, de uma relação, de
uma comunicação entre as partes envolvidas.
• Os nós malfeitos acabam prejudicando o trabalho do todo,
se tornando um empecilho, um problema.
Exercitando trabalho em REDE
• O maior desafio do
trabalho em rede:
Como entrelaçar as cordas?

Quais relações, quais


vínculos estabelecer entre
as sujeitos envolvidos na
rede?
Exercitando o trabalho em REDE
• Necessário espaços e instrumentos de “diálogos” intersetoriais.

• Para tanto fundamental COMUNICAÇÃO, clara e eficiente.

• Criação de sistemas interligados que viabilizem as informações entre as políticas


setoriais

COMO SE FAZ:
No exercício da REFERENCIA e CONTRA REFERENCIA
Construção de Fluxos de Atendimento
Estudos de casos em rede
PARA REFLETIR:
• Importância do trabalho em REDE!
Exercitando a REDE
• Fundamental que todos (re)conheçam as funções e
atribuições de todos os atores que compõe a REDE; no
entanto é essencial que os Serviços reconheçam SUAS
PRÓPRIAS ATRIBUIÇÕES.

• Fundamental espaços que possibilitem que os saberes e


práticas possam ser compartilhadas.
QUAL O OBJETIVO DAS NOSSAS
INTERVENÇÕES?
OBRIGADO

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