Você está na página 1de 5

RELIGIÃO E ESTADO

CAPÍTULO 8
ATENAS
Aristófanes criticava os sofistas porque eles desconstruíam os valores
religiosos. Como Aristófanes compreendia que os valores religiosos eram a base
da comunidade política, uma vez destruídos, a própria sociedade ruiria.

Santo Agostinho compreende:


A cidade de Deus ou cidade celeste é aquela que reúne e condensa os valores eternos
e espirituais aos quais os homens devem se ligar. A cidade celeste tem como base o
amor à verdadeira justiça, que no limite, é o amor a Deus.

A cidade dos homens ou cidade terrena é aquela que reúne e condensa os valores
temporais e materiais. A segunda cidade tem como base o amor a si próprio. Cabe
deixar claro que Santo Agostinho usa a palavra cidade como sinônimo de sociedade
dos homens.
Filosofia de Santo Agostinho influenciou na Política:

Embora Santo Agostinho não tenha dito que a cidade terrena corresponde
necessariamente ao Estado e a cidade celeste corresponda
obrigatoriamente à Igreja, foi assim interpretado pelos poderes durante a
Idade Média. Desse modo, em nome do poder espiritual, a Igreja tomava
medidas que, na prática, eram do poder terreno. O mesmo ocorria com o
Estado.
Valores Religiosos Vs Valores políticos na modernidade?

Por meio do direito natural, isto é, de valores que todos poderiam reconhecer por meio de sua razão,
independentemente da religião.
Estado laico ou laicismo :
Princípio político segundo o qual a esfera da religião deve estar no
campo privado, e a esfera secular do Estado deve estar no campo
público.

Relação do anticlericalismo com o secularismo:

O anticlericalismo é uma hostilidade aberta à religião. Nem todo


secularismo é anticlerical.

Doutrina de acordo com a qual os elementos religiosos devem ser excluídos de ambientes escolares ou públicos.
HABERMAS

Para Habermas, a sociedade secular não está livre da perspectiva religiosa, ou seja, as decisões que
são tomadas no âmbito secular devem estar abertas a escutar todos os que resistirem a uma decisão,
pois o Estado liberal possui fundamentos morais alicerçados exatamente naqueles que resistem e
contestam as decisões seculares.

Mesmo na sociedade utilitarista ainda não houve a libertação das tradições religiosas, se
fazendo necessário ter cuidados nas decisões, pois, segundo o filósofo, o que a sociedade secular
determina não elimina de fato aquilo que ela considera uma perturbação.

Você também pode gostar