Você está na página 1de 10

APRESENTAÇÃ Cantigas de Escárnio

O ORAL
e  Maldizer
ORIGEM
TEMPORAL E
GEOGRÁFICA
 Séculos XII – XIV

 Galego-português
Poesia Trovadoresca

Cantigas Cantigas Cantigas de


De De Escárnio e
 Amigo Amor  Maldizer

1700
 cantigas
CANTIGAS DE
ESCÁRNIO E
MALDIZER

Cantigas de Cantigas de
Escárnio:  Maldizer:
- Desdenho - Desdenho
indireto direto
l igios a
e Re Sátira Política e Militar
i r a Moral
Sá t

TEMÁTICAS

Sátira t e r ária
S
dos C ocial e  a Li
ostum Sátir
es
Ai, dona fea! Foste-vos queixar
que vos nunca louv'en meu trobar;
mas ora quero fazer um cantar
E
en que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
S
Ai, dona fea! Se Deus me pardon! C
pois avedes [a] tan gran coraçon
que vos eu loe, en esta razon
vos quero já loar toda via; Á
e vedes qual será a loaçon:
dona fea, velha e sandia!
R
Dona fea, nunca vos eu loei
en meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já un bon cantar farei, N
en que vos loarei toda via;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia! I
https://www.youtube.com/watch?v=tPAiExKvETE
O
mordaz – impiedosa
Ai, dona fea! Foste-vos queixar aa
Repetição e Tripla adjetivação ab
que vos nunca louv'en meu trobar;
mas ora quero fazer um cantar ab
en que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Anáfora Ai, dona fea! Se Deus me pardon!
pois avedes [a] tan gran coraçon
que vos eu loe, en esta razon
vos quero já loar toda via;
e vedes qual será a loaçon:
dona fea, velha e sandia!

    Métrica Dona fea, nunca vos eu loei


en meu trobar, pero muito trobei;
Ai/do/na/fe/a/Fos/te/vos/quei/xar mais ora já un bon cantar farei,
en que vos loarei toda via;
do/na/fea/ve/lha e/san/di/a e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!
 María Pérez se maenfestou

M
noutro día, ca por mui pecador
se sentiu, e log'a Nostro Senhor
pormeteu, polo mal en que andou,
que tevess'un clérig'a seu poder,

A
polos pecados que lhi faz fazer
o Demo, con que x'ela sempr'andou.

L
Maenfestou-se, ca diz que s'achou
pecador muit', e por én rogador
foi log'a Deus, ca teve por melhor
de guardar a el ca o que aguardou;

D
e, mentre viva, diz que quer teer
un clérigo con que se defender
possa do Demo, que sempre guardou.

E pois que ben seus pecados catou,


de sa morte houv'ela gran pavor
e d'esmolnar houv'ela gran sabor;
e logu'entón un clérigo filhou
I
e deu-lh'a cama en que sol jazer,
e diz que o terrá, mentre viver;
e est'afán todo por Deus filhou!
Z
E pois que s'este preito começou
antr'eles ambos, houve grand'amor
antr'ela sempr'e o Demo maior,
E
R
ata que se Balteira confessou;
mais, pois que viu o clérigo caer
antr'eles ambos, houvi-a perder
o Demo, des que s'ela confessou.
Repetição

a María Pérez se maenfestou a E pois que ben seus pecados catou,


b noutro día, ca por mui pecador b de sa morte houv'ela gran pavor
b se sentiu, e log'a Nostro Senhor b e d'esmolnar houv'ela gran sabor;
a pormeteu, polo mal en que andou, a e logu'entón un clérigo filhou
c que tevess'un clérig'a seu poder, c e deu-lh'a cama en que sol jazer,
c polos pecados que lhi faz fazer c e diz que o terrá, mentre viver;
a o Demo, con que x'ela sempr'andou a e est'afán todo por Deus filhou!
    Métrica Maenfestou-se, ca diz que s'achou E pois que s'este preito começou
a a
pecador muit', e por én rogador antr'eles ambos, houve grand'amor
b b
Ma/rí/a/Pé/rez/se/ma/en/fes/tou foi log'a Deus, ca teve por melhor
a antr'ela sempr'e o Demo maior,
b
de guardar a el ca o que aguardou; ata que se Balteira confessou;
a c
e, mentre viva, diz que quer teer mais, pois que viu o clérigo caer
c c
un clérigo con que se defender antr'eles ambos, houvi-a perder
c a
possa do Demo, que sempre guardou. o Demo, des que s'ela confessou.
a
Trabalho realizado por:
Luís Martins Nº16
Maria Rodrigues Nº18

CONCLUS
ÃO 

Você também pode gostar