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Economia e Direito

Para satisfazer seus anseios, o homem envolve-se com um grupo. Está criada uma relação com o grupo em que vive. Este grupo tem regras definidas, que na verdade é a estrutura jurídica
do sistema. Esta relação confere elevado grau de interdependência entre o Direito e a Economia, pois compete à lei jurídica situar o homem, a empresa e a sociedade diante do poder
político e da natureza, definindo seus direitos e suas responsabilidades e também fixando as balizas dentro das quais poderá ser exercida a liberdade de ação de cada um.
Atuação do Economista como Perito-
Econômico-Financeiro
O que é Perícia Econômico-Financeira?
É aquela que visa quantificar valores, situações patrimoniais, montantes,
efeitos econômicos e financeiros, entre outras. A perícia econômico-
financeira é de competência de economistas devidamente registrados no
Conselho Regional de Economia, conforme preceitua a Lei 1411, de 13 de
agosto de 1951 e posteriores resoluções do Conselho Federal de Economia.

Os peritos são profissionais liberais ou não, com curso superior e


especialização na área de perícias, como o caso dos Economistas,
habilitados e especializados pelo Conselho Regional de Economia
Âmbito das perícias Econômico-
Financeiras
As perícias podem ser de âmbito:
- judicial, quando nomeada pelo Juízo; e
- extrajudicial, quando atuando como assistente técnico em uma das partes ou
contratado por pessoas físicas ou jurídicas.
Os trabalhos periciais são realizados por meio de exame, vistoria, investigação,
avaliação, arbitramento ou certificação. O perito, no caso de nomeação, deve,
via petição, informar a carga horária e seus honorários aguardando o respectivo
depósito parcial ou total de acordo com a autorização do Juiz, para início de
seus trabalhos, que constarão de fundamentar laudo, respondendo aos
quesitos formulados pelas partes, elucidando as dúvidas constantes.
*Atenção especial ao conteúdo do art. 474 do CPC que trata da comunicação às
partes, com 05 dias de antecedência, sobre diligências a serem realizadas pela
perícia, bem como sobre a comunicação das partes a despeito do início da perícia
Laudo Pericial vs. Parecer Técnico
As conclusões do perito são lançadas em uma peça denominada laudo
pericial. Distingue-se o laudo do mero parecer porque o laudo é feito
para prova de fato que depende de conhecimento especial. Nele o
perito pode proceder livremente, ouvir testemunhas, colher dados e
informações, juntar pesquisas científicas, e etc. Enquanto o parecer é
uma mera resposta à consulta de uma das partes sobre os dados
preexistente
Perícia extrajudicial
O trabalho do economista como assistente técnico possui o seguinte
roteiro:

a)Elaborar parecer técnico para fazer parte da inicial;


b)Estudar o caso e apresentar sugestões de quesitos à banca advocatícia
que apresentará a inicial;
c)Nos dois casos acompanhar o desenvolvimento do processo para
subsidiar respostas, cálculos, contestações;
d)Acompanhar o trabalho do perito nomeado (diligências, pedidos de
documentos, minuta de laudo); e
e)Apresentação de parecer técnico com seus comentários (impugnação)
sobre o laudo pericial.
Habilitação junto ao CORECON
Todas as perícias respeitam as normas e resoluções expedidas pelos
órgãos de classe, estando subordinadas aos mesmos no que concerne a
sua atividade profissional.
No caso do Conselho Regional de Economia, este emite uma habilitação
aos economistas que participam de seus cursos de formação e
atualização, que dá a prerrogativa aos profissionais filiados, e em dia
com suas obrigações pecuniárias, de exercerem a atividade pericial.
O Economista e a Ética: deveres específicos para a atividade de
perito (Seção 3 da resolução 1729/2004)
4.5 - Deveres especiais em relação ao exercício das funções de perito, auditor ou consultor -
Compete ao economista atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público,
devendo, quando perito, auditor ou consultor, limitar seus pareceres às matérias específicas
que tenham sido objeto de exame. O economista deve ainda, quando no exercício da perícia,
auditoria ou consultoria:

a) recusar sua indicação, desde que reconheça achar-se incapacitado para o bom desempenho
do encargo em face da especialização requerida;

b) abster-se de emitir laudo, exarar parecer, apresentar relatório ou emitir opinião sem estar
suficientemente informado e documentado;

c) manter seu laudo, parecer ou relatório no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos,
abstendo-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os
direitos de causa em que estiver interessado, ou da justiça da causa a que estiver servindo;

d) manter absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo, parecer


ou relatório.

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