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A profissão de Perito-Contador
A profissão de Perito-Contador
Autor: André Roberto Cillo
Como citar este documento: CILLO, André Roberto. A profissão de Perito-Contador. Valinhos: 2016.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Características do profissional perito-contador 04
Unidade 2: Deveres e direitos do perito 26
Unidade 3: Independência, impedimentos e suspeição 47
Unidade 4: Responsabilidades do perito 70
Unidade 5: Zelo profissional 93
Unidade 6: A prestação de esclarecimentos – obrigatório 116
Unidade 7: Formulação de quesitos 140
Unidade 8: Apresentação da proposta de honorários e execução 160
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Apresentação da Disciplina
Nesta disciplina, iremos estudar e analisar Contabilidade que trata do perfil profissio-
as características do profissional que exer- nal do Perito Contador. O CPC trata da Perí-
ce a função de perito, sua responsabilidade cia Judicial e determina as normas a serem
e o zelo profissional necessário na realiza- seguidas por todos os Peritos Judiciais, de
ção dos trabalhos, bem como os honorários todas as áreas do conhecimento humano,
profissionais a que tem direito. enquanto a NBC PP 01 trata das normas a
Dentre os vários objetivos deste curso, po- serem seguidas pelos profissionais da con-
demos destacar, em especial, três deles: tabilidade quando exercerem a função de
compreender as características do profis- perito contador.
sional perito-contador; saber quem pode
exercer a função de perito-contador e como
ele é remunerado; estudar os preceitos éti-
cos da profissão e a responsabilidade social
envolvida.
O conteúdo está amparado pelos artigos
464 a 480 do CPC – Código de Processo Ci-
vil, que tratam da Perícia Judicial, e pela NBC
PP 01, de 19/03/2015, Norma Brasileira de
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Unidade 1
Características do profissional perito-contador
Objetivos
No estudo das características do profissional perito-contador, trataremos três tópicos, que
podemos resumir como sendo:
1. A competência profissional que se espera do Perito.
2. A missão do Perito como auxiliar da Justiça.
3. As qualidades pessoais do Perito no serviço à comunidade.
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Introdução
De acordo com a NBC PP 01 2015, Norma Brasileira de Contabilidade que estabelece critérios
inerentes à atuação do contador que atua na perícia contábil, perito é o contador, regularmente
registrado no Conselho Regional de Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pes-
soal, devendo ser profundo conhecedor da matéria periciada, por suas qualidades e experiências.
Perito oficial, ou perito judicial, é o profissional investido na função por lei e pertencente a órgão
especial do Estado destinado, exclusivamente, a produzir perícias e que exerce a atividade por
profissão. O perito judicial é o profissional nomeado pelo juiz para o exercício da perícia contábil.
O perito assistente, também chamado de assistente técnico, é o profissional contratado e in-
dicado pela parte em perícias contábeis, o qual tem a função de acompanhar os trabalhos do
Perito Judicial e auxiliar quem o contratou na elaboração de quesitos a serem respondidos pelo
perito judicial, bem como analisar o laudo pericial por ele apresentado.
Tanto o perito judicial quanto o perito assistente devem obedecer à NBC PP 01, além de seguir
as normas previstas no Código de Ética Profissional do Contador (Resolução CFC nº 803/96), na
NBC PG 100 (Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade) e na NBC PG 200 (contadores
que prestam serviços), naqueles aspectos não abordados por essa norma.
O exame pericial tem por objetivo gerar in- A perícia, no aspecto técnico, requer um
formação fidedigna, pois origina-se da ne- profissional com integral conhecimento da
cessidade de ajudar o judiciário a resolver matéria, cujo exame e relato baseiam-se
conflito de interesses, controvérsia entre nos princípios contábeis e conhecimentos
litigantes, e o trabalho do perito é requisi- correlatos, como administração, economia,
tado pelas partes ou pelas autoridades ju- direito, matemática, entre outros.
diciárias a auxiliar neste trabalho. A perícia, A primeira condição para um julgamento é a
portanto, tem um aspecto social, que é a apuração exata dos fatos e o conhecimento
função de auxiliar a justiça. preciso das causas que deram origem ao li-
1.2 Quem pode exercer a função A escolha do perito judicial é feita pelo ma-
de perito – A escolha do perito gistrado, que nomeia, para exercer tão im-
contábil portante função, profissional de sua con-
fiança. A decisão da realização da perícia é
No aspecto profissional, de natureza con- do juiz, mas uma das partes poderá requerer
tábil, é o contador, bacharel em Ciências a realização, quando julgar que a prova a ser
Contábeis, quem pode exercer a função de realizada pelo exame pericial será impor-
perito contador. O contador deve reunir tante para a elucidação dos fatos em litígio.
os conhecimentos sólidos da disciplina e No entanto, mesmo sem pedido das partes,
orientar seus trabalhos pela ética. O conta- o magistrado pode decidir pela realização
dor é profissional de fé pública e sua função da perícia. Em qualquer dos casos, a deci-
é tanto mais complexa quanto maior for a são pela realização da perícia cabe sempre
soma de interesses em jogo, assumindo ele ao juiz, bem como o profissional a ser indi-
a responsabilidade de suas afirmações que cado para tal tarefa.
são, afinal, ponto de apoio para decisões de
autoridades judiciárias e para a solução de-
finitiva de litígios, às vezes de importância
capital na aplicação da justiça.
Já podemos, a essa altura do estudo, ter uma ideia de quais características devem compor o per-
fil profissional daqueles que atuam na perícia, quais sejam, as duas formas de excelência que
encontramos na definição de Aristóteles, encontrada nas lições de Alberto (2012): a excelência
moral (honestidade, moderação, equidade etc.) e a excelência intelectual (inteligência, conhe-
cimento, discernimento etc.). Essas virtudes demonstrarão a consciência do perito diante dos
conflitos sobre os quais dissertará, de forma equilibrada, executando com perfeição o encargo
do qual está investido.
Nas palavras do jurista Moacyr Amaral Santos, citado por Ornelas (2011, p.34), o perito
?
Questão
para
reflexão
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Considerações Finais
Como se vê, o perito deve possuir conhecimento geral e contábil profundo, que
lhe permitam colaborar com o magistrado na verificação dos fatos contábeis
objetos da lide, de modo a auxiliar na busca da verdade.
Além dessas qualidades, deve o perito ter uma postura crítica, aceitando como
verdadeiro aquilo que é evidente e comprovado, e somente afirmar aquilo que
pode ser confirmado com fundamentos técnicos e embasado em documentos.
Nas palavras do mestre Francisco D’Áuria, citado por Ornelas (2011, p.35),
“o perito não deve se arrecear de fazer afirmações que contrariem interesses
alheios, porquanto ele nada inventa ou imagina, limitando-se a reportar coisas
e fatos autênticos e opinando, sempre, com integral imparcialidade”.
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Referências
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MAGALHÃES, Antonio de Deus Farias et al. Perícia contábil. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEVES, Antonio Gomes das. Curso de perícia contábil. 3. ed. São Paulo: LTR, 2012.
ORNELAS, Martinho M. G. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SÁ, Antonio Lopes de. Perícia contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
a) o juiz;
b) o requerido;
c) o juiz, ouvidos os advogados das partes;
d) o requerente;
e) o perito-assistente.
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Questão 2
2. A principal função da prova pericial é:
a) prestar esclarecimentos;
b) transformar os fatos relativos a lide em verdade formal;
c) responder aos quesitos elencados no Saneador;
d) apresentar os interesses das partes envolvidas no litígio;
e) liquidar a sentença judicial.
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Questão 3
3. A perícia contábil, tanto a judicial como a extrajudicial:
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Questão 4
4. A indicação do assistente técnico é feita:
a) pelo juiz
b) pela promotoria
c) pelo perito contábil
d) pelo empresário
e) pelas partes
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Questão 5
5. A prova pericial é considerada:
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Gabarito
1. Resposta: A. 3. Resposta: D.
O perito judicial é nomeado pelo juiz, sem Somente os contadores podem exercer a
ouvir as partes, haja vista que se trata de função de peritos na área contábil. Conta-
pessoa de confiança do Magistrado. dores são os bacharéis em Ciências Con-
tábeis devidamente inscritos no Conselho
2. Resposta: B. Regional de Contabilidade de seu Estado de
atuação.
Verdade formal é aquela que pode ser pro-
vada. Para que o Magistrado forme sua con- 4. Resposta: E.
vicção em relação aos fatos da lide, ele irá
considerar todas as provas colocadas à sua Os peritos assistentes são contratados e pa-
disposição. Portanto, a função da prova é gos pelas partes de uma ação judicial, sem-
transformar os fatos em realidade formal. pre que desejarem ter o acompanhamento
do trabalho do perito judicial por um espe-
cialista da área. As partes não são obrigadas
a contratar Perito Assistente.
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Gabarito
5. Resposta: C.
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Unidade 2
Deveres e direitos do perito
Objetivos
No estudo dos deveres e direitos do pe-
rito, trataremos, em especial, de dois as-
pectos, que podemos resumir como sen-
do:
1. Obrigações do perito
2. Direitos do perito
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Introdução
fissional tem domínio sobre todas as questões relacionadas às áreas em que atua, razão
pela qual o perito pode se deparar com uma ação que trate de algum assunto sobre o
qual não tem conhecimentos suficientes para realizar a perícia e tem o direito de recusar
a nomeação, justificando-se perante o juiz;
b. Aqueles aplicáveis à suspeição e impedimentos do juiz, devendo considerar-se, ainda,
que a ninguém é dado eximir-se de colaborar para que a verdade venha aos autos. O
perito judicial deve declarar-se suspeito quando, após nomeado ou escolhido, verificar
a ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em função da sua imparciali-
dade ou independência e, dessa maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em
relação à decisão. Os impedimentos e suspeições do juiz estão previstos nos artigos 144
a 146 do CPC. Em relação ao Perito, o artigo 148, II, do CPC, reza que “aplicam-se os mo-
tivos de impedimento e de suspeição aos auxiliares da justiça”, e o artigo 467 determina
que “o perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição”, ou seja,
pode recusar a nomeação para a realização da perícia;
c. A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da sus-
peição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.
Essa é a determinação do CPC em seu artigo 157, §1º, e isso significa que o perito deve
apresentar sua manifestação de liberação do encargo no prazo máximo de 15 dias a
28/182 Unidade 2 • Deveres e direitos do perito
partir da data em que tomar ciên- go 156, §1º, do CPC. Os peritos devem
cia de sua nomeação. manter seus registros ativos nos Con-
d. É importante ressaltar que a fun- selhos de Classe e devem comprovar
ção pericial não é um cargo para essa condição ao se cadastrar nos
o qual o profissional deve ou não Cartórios de cada Vara a que se vincu-
aceitar considerando apenas seus lar, na Justiça Federal, Trabalhista ou
interesses, de atuação e remune- Cível.
ração, pois a perícia é um encargo
de serviço à sociedade, de auxiliar
da justiça, e, como tal, se constitui Link
em um dever de excelência técnica. O Conselho Federal de Contabilidade instituiu um
2. Dever de comprovar sua habilitação: Cadastro Nacional de Peritos Contábeis por meio
os peritos serão nomeados entre os da Resolução CFC n.º 1.502 , de 19 de fevereiro de
profissionais legalmente habilitados 2016, tendo o objetivo de oferecer ao judiciário e
nos órgãos técnicos ou científicos, e à sociedade uma lista de profissionais qualifica-
devidamente inscritos em cadastro dos que atuam como peritos contábeis.
mantido pelo tribunal ao qual o juiz
está vinculado, de acordo com o arti-
29/182 Unidade 2 • Deveres e direitos do perito
O Código Civil de 2015, que entrou em vigor em março de 2016, determinou a criação de um ca-
dastro de peritos e os juízes deverão consultar esse cadastro para a nomeação dos profissionais
a serem chamados para os trabalhos periciais.
3. Dever de respeitar os prazos: o Código de Processo Civil, em seu artigo 157, é expresso
neste sentido, pois determina que “o Perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que
lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência”, ou seja, aceito o encargo, o perito
deve envidar todos os esforços para cumprir o ofício, pois o andamento do processo e a
solução da lide dependem da realização do trabalho pericial. Somente em situações excep-
cionais pode o perito deixar de cumprir o prazo estabelecido pelo magistrado, e o pedido de
30/182 Unidade 2 • Deveres e direitos do perito
prorrogação do prazo deve ser proto- 5. Dever de cumprir escrupulosamente
colado com as devidas justificativas, o encargo: essa obrigação, determi-
haja vista a importância do laudo pe- nada pelo artigo 466 do CPC, deve re-
ricial para a resolução de conflitos no fletir a prudência do profissional, que
judiciário. deve agir para o bem e para a verdade,
4. Dever de lealdade: nesse contexto, com toda dedicação e dentro da ética
ser leal significa ser correto, honesto, profissional, para que o laudo reflita a
verdadeiro. O perito tem o dever de imparcialidade do perito. Deve o pe-
prestar somente informações verda- rito sempre agir para o bem e para a
deiras, agindo com lealdade para com verdade, agindo com todo o cuidado,
os usuários de seus serviços. Esse de- dedicação e bom senso, para que a
ver decorre da interpretação do artigo verdade prevaleça e a justiça seja fei-
158 do CPC, que estabelece penali- ta.
dades ao Perito caso preste informa- 6. Dever de prestar os esclarecimentos:
ções inverídicas em seu laudo pericial, após a apresentação do laudo pericial,
obrigando o expert a uma conduta leal as partes podem ainda ter dúvidas a
para com os usuários de seus serviços. respeito das questões apresentadas
ao perito. Nesses casos, deve o perito
31/182 Unidade 2 • Deveres e direitos do perito
atender a todo pedido de esclarecimento feito pelas partes, desde que respeitadas as for-
malidades legais.
Considerando que o objetivo da perícia é buscar a verdade, ou seja, oferecer ao magistrado ele-
mentos que o ajudem a chegar à veracidade dos fatos, o esclarecimento do perito, do ponto de
vista técnico, é dever inerente à própria finalidade pericial. O esclarecimento pode ser solicitado
por escrito, através de laudo complementar, ou pode o perito ser chamado a prestar esclareci-
mentos em audiência.
Glossário
Superveniente: subsequente.
CNPC: Cadastro Nacional de Peritos Contábeis
CPC: Código de Processo Civil
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Considerações Finais
Como vimos, no exercício da profissão o perito tem deveres, que devem
ser respeitados pelos magistrados e pelas partes envolvidas na lide, e
direitos, que devem ser respeitados pelo perito para evitar que ele seja
condenado a cumprir penalidades civis e criminais a que estará sujeito,
caso deixe de cumprir suas obrigações no exercício da profissão, espe-
cialmente se cometer algum ato ilícito.
A perícia é um exercício de cidadania, já que, ao dispor e ordenar direitos
de outrem, o perito tem o dever de fazê-lo com total isenção de ânimo.
O perito deve despir-se de todos os preconceitos para ofertar aos ci-
dadãos a garantia de um serviço tecnicamente perfeito e moralmente
isento e justo. Dessa forma, a perícia é uma instituição da justiça, que
atua sobre o direito de pessoas e coletividades, e tem o perito o dever de
bem servir.
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Referências
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MAGALHÃES, Antonio de Deus Farias et al. Perícia contábil. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEVES, Antonio Gomes das. Curso de perícia contábil. 3. ed. São Paulo: LTR, 2012.
ORNELAS, Martinho M. G. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SÁ, Antonio Lopes de. Perícia contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
Questão 1
1. Segundo o que foi estudado, não é direito do perito contábil:
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Questão 2
2. O uso de diligências para pesquisa de fontes e documentos é direito do
perito e deve ser utilizado:
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Questão 3
3. Quando há impossibilidade no cumprimento do prazo para realização da
perícia, deve-se:
42/182
Questão 4
4. Para escusar-se de uma nomeação para a realização de uma perícia, é consi-
derado um motivo legítimo:
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Questão 5
5. Em relação aos honorários pela realização da perícia:
a) O perito não tem direito por se tratar de uma atividade auxiliar à justiça;
b) O perito-assistente tem seus honorários determinados pelo juiz;
c) O perito judicial tem seus honorários determinados pelo juiz;
d) Perito judicial e perito-assistente têm seus honorários determinados pelo juiz;
e) O perito judicial recebe seus honorários diretamente das partes.
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Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: C.
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Gabarito
5. Resposta: C.
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Unidade 3
Independência, impedimentos e suspeição
Objetivos
No estudo da independência, impedimento e suspeição, trataremos das condições de trabalho
do perito quanto à impossibilidade de interferência de terceiros na realização de seu trabalho,
bem como das situações em que o profissional não deverá aceitar o trabalho, por impedimento
ou suspeição.
Dessa forma, esse módulo tratará de três tópicos:
1. Independência
2. Impedimentos
3. Suspeição
47/182
Introdução
Trataremos neste tema sobre três tópicos o perito de exercer, regularmente, suas fun-
muito importantes no dia a dia do perito, ções ou realizar atividade pericial em pro-
pois as questões que serão estudadas hoje cesso judicial ou extrajudicial, inclusive ar-
poderão ocorrer em qualquer trabalho pe- bitral.
ricial, desde os mais simples até os mais
complexos, e em qualquer área da perícia 1. Independência do perito
contábil.
No tema em que estudamos os direitos e
Estudaremos inicialmente a questão da in-
deveres do perito, vimos que o perito judi-
dependência do perito no desempenho de
cial é nomeado pelo juiz quando este en-
suas funções, uma característica marcante
tender que, para solucionar o litígio, neces-
e necessária no desenvolvimento do traba-
sita comprovar algo que dependa de conhe-
lho pericial. Em seguida, analisaremos al-
cimento técnico-científico. Vimos também
gumas situações especiais em que o perito
que o perito-assistente é indicado ou con-
poderá ser obrigado a renunciar à nomea-
tratado quando a parte ou a contratante
ção de perito judicial, por questões éticas
desejar ser assistida por contador.
ou por questões legais.
Por essa razão, como já estudamos também,
Impedimento e suspeição são situações fá-
o profissional só deve aceitar o encargo se
ticas ou circunstanciais que impossibilitam
48/182 Unidade 3 • Independência, impedimentos e suspeição
reconhecer estar capacitado com conheci- deve ser apresentado no laudo, podendo,
mento suficiente para executar o trabalho obviamente, determinar quais indicadores
com excelência. Além disso, outra questão econômicos e juros devem ser utilizados em
importante para discernimento do perito é determinado cálculo financeiro ou traba-
avaliar se ele poderá desempenhar seu tra- lhista, quais os direitos cabem a cada parte
balho com irrestrita independência e liber- do processo e como quer que os cálculos se-
dade científica, para a realização da perícia jam realizados, especialmente em trabalhos
de forma imparcial e justa. de liquidação de sentença.
O perito é nomeado pela justiça e goza de O perito tem total liberdade de autoria em
independência total em sua atuação, ten- seu relatório e as conclusões a que chega
do total autonomia no desempenho de suas não estão sujeitas a interferências externas,
funções. O magistrado e as partes envolvi- o que faz desse trabalho uma atividade soli-
das no processo judicial não têm o direito tária, diferentemente da maioria dos servi-
de dizer ao perito como querem que o laudo ços que realizamos fora da justiça, nos quais
seja escrito, nem podem pressioná-lo quan- normalmente sofremos influência em rela-
to aos resultados. ção ao resultado final daquilo que fazemos.
Nem mesmo ao juiz é permitido interferir Mas, na justiça, é diferente: o perito des-
nas tarefas do perito, determinando o que fruta de autonomia nas diligências que
49/182 Unidade 3 • Independência, impedimentos e suspeição
2.1 Impedimento
2.2 Suspeição
?
Questão
para
reflexão
60/182
Considerações Finais
A independência é uma prerrogativa do trabalho do perito, e essencial para que ele possa execu-
tar seu trabalho com imparcialidade e auxiliar o magistrado no estabelecimento da justiça. Sem
independência, o trabalho do perito estaria maculado e serviria apenas para atender a interesses
que podem estar em desacordo com a justiça.
E, para que o perito possa bem desempenhar suas funções e cumprir com a honrosa missão a ele
confiada, deve estar acima de qualquer suspeita, escusando-se do trabalho a ser realizado sem-
pre que pairar qualquer dúvida sobre sua capacidade de trabalhar de forma imparcial e indepen-
dente. Dessa forma, sempre que houver qualquer impedimento, legal ou técnico, ou suspeição,
deve o perito renunciar ao encargo.
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Referências
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MAGALHÃES, Antonio de Deus Farias et al. Perícia contábil. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEVES, Antonio Gomes das. Curso de perícia contábil. 3. ed. São Paulo: LTR, 2012.
ORNELAS, Martinho M. G. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SÁ, Antonio Lopes de. Perícia contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
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Questão 2
2. O perito-contador está impedido de exercer suas funções quando:
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Questão 3
3. O perito-contador deve declarar-se suspeito quando, após nomeado, con-
tratado ou escolhido, verificar a ocorrência de situações que venham susci-
tar suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e, dessa
maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em relação à decisão.
Assinale a opção que apresenta uma situação que NÃO configura um caso
de suspeição:
a) A filha de uma das partes tem uma dívida em atraso com o perito-contador.
b) O perito-contador é herdeiro presuntivo da esposa de uma das partes.
c) O perito-contador não é especialista na matéria em litígio.
d) Um dos litigantes é amigo íntimo do perito-contador.
e) Uma das partes é um empregado do perito judicial
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Questão 4
4. Trata-se de um impedimento legal, em que o perito deve escusar-se da
nomeação como perito judicial:
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Questão 5
5. Trata-se de um impedimento técnico, em que o perito deve escusar-se da
nomeação como perito judicial:
a) Tiver interesse, direto ou indireto, no resultado do trabalho pericial;
b) Tiver atuado como perito contador contratado ou prestado depoimento como testemunha
no processo;
c) Ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes;
d) Aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da discussão;
e) A matéria em litígio não ser de especialidade do perito.
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Gabarito
1. Resposta: A.
2. Resposta: C.
As demais alternativas não representam casos de impedimento ou suspeição. A alternativa A é
um caso de foro íntimo, que não deve interferir no trabalho do perito, a alternativa B é um caso
particular do profissional com o órgão de classe e a alternativa D é um assunto entre o perito e o
magistrado.
3. Resposta: C.
Não ser um especialista na matéria em litígio pode ser um impedimento técnico, mas não um
caso de suspeição. As demais alternativas caracterizam-se como casos de suspeição.
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Gabarito
4. Resposta: B.
Não ser um especialista na matéria em litígio pode ser um impedimento técnico, mas não legal.
As alternativas C e D são casos de suspeição.
5. Resposta: E.
As alternativas A e B são casos de impedimento técnico, e as alternativas C e D são casos de sus-
peição.
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Unidade 4
Responsabilidades do perito
Objetivos
Neste tema, iremos estudar as responsabilidades sociais, éticas, profissionais e legais do peri-
to, bem como as penalidades civis e criminais a que estará sujeito caso deixe de cumprir suas
obrigações no exercício da profissão, especialmente se cometer algum ato ilícito. Para tanto,
trataremos do assunto em tópicos, que podemos resumir como sendo:
1. Responsabilidade sociais, éticas, profissionais e legais.
2. Responsabilidade civil e penal.
3. Penalidades civis e criminais.
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Introdução
O perito é o profissional escolhido pelo juiz como garantia suas qualidades de especia-
para auxiliá-lo na solução de conflitos de lista, bem como seus atributos éticos e mo-
interesse sempre que a apuração dos fa- rais.
tos depender de conhecimento técnico es-
pecializado, ocasião em que o judiciário se 1. Responsabilidades sociais, éti-
vale dos conhecimentos de especialistas cas, profissionais e legais
em cada assunto.
A perícia é um exercício de cidadania, já
O perito é nomeado pelo juiz e assume o
que, ao dispor e ordenar direitos de outrem,
compromisso de cumprir, de forma escru-
o perito tem o dever de fazê-lo com total
pulosa, o encargo que lhe foi confiado. A
isenção de ânimo. O perito deve despir-se
perícia tem meios de informar e esclarecer o
de todos os preconceitos para ofertar aos
julgador, de forma a auxiliá-lo em suas de-
cidadãos a garantia de um serviço tecnica-
cisões.
mente perfeito e moralmente isento e justo.
A responsabilidade que pesa sobre os om-
Dessa forma, sendo a perícia uma institui-
bros do juiz é repartida com a do perito que
ção da justiça, que atua sobre o direito de
o auxiliou, que o certificou das causas e fa-
pessoas e coletividades, tem o perito o de-
tos através do laudo pericial. A parcela de
responsabilidade que cabe ao perito tem
71/182 Unidade 4 • Responsabilidades do perito
ver de bem servir. A NBC PP 01, de 2015, respeitar os princípios da ética e do direito,
determina, nos seus itens 18 a 22, as res- atuando com lealdade, idoneidade e hones-
ponsabilidades e obrigações do perito, as tidade no desempenho de suas atividades,
quais passaremos a analisar. sob pena de responder civil, criminal, ética
O item 18 determina que “o perito deve co- e profissionalmente por seus atos”. O perito
nhecer as responsabilidades sociais, éticas, é pessoa de confiança de juiz, que o ajuda-
profissionais e legais às quais está sujeito rá a resolver conflitos de interesses levados
no momento em que aceita o encargo para ao judiciário, e tem o dever de respeitar os
a execução de perícias contábeis judiciais e princípios da ética e do direito, e respon-
extrajudiciais, inclusive arbitral”. Isso quer derá por seus atos quando deixar de agir de
dizer que o perito não deve aceitar a nomea- forma correta.
ção como perito judicial ou a contratação O item 20 reforça o entendimento do item
como perito assistente apenas pensando anterior, ao dispor que “a responsabilidade
na remuneração que irá receber, mas pen- do perito decorre da relevância que o re-
sando nas consequências de sua aceitação sultado de sua atuação pode produzir para
e nas responsabilidades de seus atos. a solução da lide”, ou seja, o perito respon-
O item 19 reza que “o termo ‘responsabi- derá pelo dano que causar às partes e à so-
lidade’ refere-se à obrigação do perito em ciedade, sendo que, quanto maior o dano,
72/182 Unidade 4 • Responsabilidades do perito
maior a responsabilidade e maior a pena a ser a ele aplicada.
O item 21 trata da responsabilidade do perito ao aceitar o encargo que a ele foi confiado, agindo
como auxiliar da justiça, podendo, no entanto, escusar-se dele, desde que se justifique perante o
juiz. A norma determina que
Esse dispositivo da norma visa evitar que o perito seja imparcial em suas análises e trate com im-
parcialidade as partes e seus assistentes técnicos, permitindo aos colegas contadores o acesso
às mesmas informações. Ressalta, porém, que o atendimento às partes, individualmente, não
caracteriza imparcialidade, desde que assegure o mesmo tratamento à outra parte.
Como todo exercício profissional, a função de perito está sujeita a penalidades civis e criminais
quando a conduta do profissional estiver em desacordo com as normas e procedimentos relativo
às leis civis e criminais.
Estudaremos, inicialmente, a NBC PP 01, de 2015, que determina nos seus itens 23 e 24 as res-
ponsabilidades civis e penais do perito, as quais passaremos a analisar.
?
Questão
para
reflexão
O artigo 342 do Código Penal Brasileiro reza que é cri-
me “fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade
como testemunha, perito, contador, tradutor ou intér-
prete em processo judicial, ou administrativo, inquérito
policial, ou em juízo arbitral”. Por outro lado, o artigo 473
do Código de Processo Civil estabelece, em seu §1º, que,
na elaboração do laudo, “o perito deve apresentar sua
fundamentação em linguagem simples e com coerên-
cia lógica, indicando como alcançou suas conclusões”
e o §2º determina que “é vedado ao perito ultrapassar
os limites de sua designação, bem como emitir opiniões
pessoais que excedam o exame técnico ou científico do
objeto da perícia”.
82/182
?
Questão
para
reflexão
Assim, como deve se comportar o perito quando detec-
tar uma verdade que deve ser levada aos autos e não
conseguir provas documentais para dar sustentação ao
seu laudo? Calar sobre a verdade e correr o risco de ser
acusado de calar a verdade ou mencionar o fato no lau-
do e correr o risco de ser acusado de falsa perícia?
83/182
Considerações Finais
É dever do perito judicial, bem como do assistente técnico, honrar sua
função, seguindo as presentes Normas e Procedimentos e, quando pro-
fissional, os preceitos constantes do Código de Ética de sua profissão. A
nomeação do Perito Judicial e a indicação do assistente técnico devem ser
considerados sempre, por eles, como distinção e reconhecimento de sua
capacidade e honorabilidade e delas declinação nos casos previstos no
Código de Processo Civil.
A cidadania está diretamente relacionada com a responsabilidade e pode
ser exercida por todos aqueles que estão em pleno gozo de seus direitos
políticos e civis que tem deveres e obrigações perante a sociedade. O pe-
rito, como um bom cidadão, tem seus deveres e obrigações substanciados
no próprio exercício da perícia, pois, ao dispor e ordenar direitos de outrem,
deve fazê-los de forma firme, correta e verdadeira sem envolver qualquer
temperamento ou vontade, para que se possa garantir um serviço moral-
mente isento e tecnicamente perfeito.
84/182
Referências
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MAGALHÃES, Antonio de Deus Farias et al. Perícia contábil. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEVES, Antonio Gomes das. Curso de perícia contábil. 3. ed. São Paulo: LTR, 2012.
ORNELAS, Martinho M. G. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SÁ, Antonio Lopes de. Perícia contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
Questão 1
1. Dentre as ações do perito que o sujeitam a penalidades civis e criminais
estão o dolo e a culpa, o que caracteriza a culpa?
a) Quando o perito age com a intenção de causar o dano.
b) Quanto o perito assume o risco de cometer um ato ilícito.
c) Quando o perito não comete nenhum ato ilícito.
d) Quando o perito age com imprudência, imperícia ou negligência.
e) Quando o perito age com elevado conservadorismo.
86/182
Questão 2
2. Dentre as ações do perito que o sujeitam a penalidades civis e
criminais, estão o dolo e a culpa. O que caracteriza o dolo?
87/182
Questão 3
3. O item 20 da NBC PP 01 do CFC dispõe que “a responsabilidade do
perito decorre da relevância que o resultado de sua atuação pode
produzir para a solução da lide”. Isso significa que:
a) O juiz responde pelos atos do perito, pois a palavra final é do magistrado;
b) O resultado de sua atuação significa o valor a ser pago ao perito;
c) A solução da lide significa que o autor terá seu pleito atendido pelo juiz;
d) A responsabilidade do perito decorre do valor da causa;
e) Quanto maior o dano, maior a responsabilidade e maior a pena a ser a ele aplicada.
88/182
Questão 4
4. O tratamento imparcial que o perito deve dispensar aos peritos assis-
tentes significa que:
a) O perito judicial não deve passar nenhuma informação aos peritos assistentes;
b) O perito judicial deve compartilhar com os peritos assistentes todas as informações que ob-
tiver;
c) O perito judicial só deve passar qualquer informação se todas as partes da lide nomearem
peritos assistentes;
d) O perito deve dar o mesmo tratamento e compartilhar as mesmas informações com todos
os peritos assistentes;
e) O perito deve compartilhar seu laudo aos peritos assistentes antes de apresentá-lo ao ma-
gistrado.
89/182
Questão 5
5. A falsa perícia pode induzir o juiz a erro, levando-o a cometer uma in-
justiça. O perito que, na elaboração do laudo, prestar ao magistrado infor-
mações que o levem a julgamento errôneo da matéria poderá, de acordo
com o Código Penal Brasileiro:
a) Indenizar a parte prejudicada;
b) Indenizar o estado;
c) Ter seu registro cassado pelo conselho regional de contabilidade;
d) Ser preso e pagar multa;
e) Ser processado pelo juiz da causa.
90/182
Gabarito
1. Resposta: D.
O que caracteriza a culpa, quando a pessoa age sem a intenção de causar dano a alguém, é a
imprudência, imperícia ou negligência. Imprudência é uma ação precipitada e sem cautela, uma
conduta diversa da esperada; imperícia é a falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou
ausência de conhecimentos elementares e básicos de uma profissão; e negligência é agir com
descuido, indiferença ou desatenção, não tomando as devidas precauções.
2. Resposta: A.
3. Resposta: E.
Quanto maior o dano, maior poderá ser a pena imposta pelo juiz, pois a indenização significa
compensar a parte pelo dano causado.
91/182
Gabarito
4. Resposta: D.
O perito deve dar o mesmo tratamento e compartilhar as mesmas informações com todos os pe-
ritos assistentes, seja qual for a informação com eles compartilhada, e a parte que não nomear
perito assistente abre mão de ter esse apoio técnico no desenvolvimento da perícia.
5. Resposta: D.
Quando se tratar de falsa perícia o Código Penal prevê multa e prisão. Obviamente que o perito
pode também ter seu registro cassado pelo CRC e o juiz da ação pode condená-lo a pagar multa
ou indenização, mas a previsão do Código Penal é a pena de prisão.
92/182
Unidade 5
Zelo profissional
Objetivos
93/182
Introdução
3. Transparência e Respeito
O item 27 da NBC PP 01 reza que a transparência e o respeito recíprocos entre o perito do juízo
e o perito-assistente pressupõem tratamento impessoal, restringindo os trabalhos, exclusiva-
mente, ao conteúdo técnico-científico.
Ainda que os profissionais tenham opiniões divergentes, e considerando que o perito-assistente
trabalha em prol das partes, qualquer divergência deve se restringir ao campo técnico-científico,
não podendo, em hipótese alguma, haver qualquer desrespeito de um profissional com o outro.
No item 28, vimos que o perito é responsável pelo trabalho de sua equipe técnica, a qual com-
99/182 Unidade 5 • Zelo profissional
preende os auxiliares para execução do tra- Já vimos que o perito deve entregar o lau-
balho complementar do laudo pericial con- do pericial no prazo fixado pelo juiz, e que
tábil e/ou parecer técnico-contábil. pode pedir prorrogação de prazo que julgar
O significado desse item da NBC é que o pe- necessário, desde que apresente as justifi-
rito pode valer-se de outros peritos, bem cativas para tal pedido. Ressalte-se, porém,
como assistentes e auxiliares, ou seja, pode que tal pedido deve ser feito antes do ven-
ter uma equipe técnica que o auxilie na ela- cimento do prazo do qual se solicita prorro-
boração dos trabalhos periciais, mas a res- gação.
ponsabilidade pelos resultados será sempre De acordo com o item 30 da NBC, na perícia
do perito nomeado pelo juiz. extrajudicial o perito deve estipular os pra-
O item 29 trata dos prazos que o perito deve zos necessários para a execução dos traba-
cumprir na entrega do laudo, e estabelece lhos junto com a proposta de honorários e
que, sempre que não for possível concluir o com a descrição dos serviços a executar.
laudo pericial contábil no prazo fixado pelo Nesse caso, a norma trata do trabalho peri-
juiz, deve o perito do juízo requerer a sua di- cial realizado fora do âmbito judicial, a pe-
lação antes de vencido aquele, apresentan- rícia extrajudicial, em que as partes envol-
do os motivos que ensejaram a solicitação. vidas num conflito decidem contratar um
perito para que elabore um trabalho téc-
100/182 Unidade 5 • Zelo profissional
nico e emita uma opinião sobre a questão parem da obtenção das provas que o perito
discutida, para que as partes possam tomar judicial necessitará para elaborar seu laudo.
uma decisão e, preferencialmente, chegar a Por derradeiro, cabe mencionar que o item
um acordo sem a necessidade de promover 32 da NBC PP 01 estabelece que o peri-
uma ação judicial. to pode valer-se de especialistas de outras
O item 31 estabelece que, quando o peri- áreas para a realização do trabalho, quando
to tiver de realizar diligências para obten- parte da matéria-objeto da perícia assim o
ção de documentos e informações durante requeira.
a elaboração do laudo pericial, para busca Se o perito utilizar informações de especia-
de provas, deve comunicar às partes para lista, inclusive se anexar documento emiti-
ciência de seus peritos-assistentes, com o do por especialista, o perito é responsável
objetivo de permitir a participação deles na por todas as informações contidas em seu
realização dos trabalhos. laudo ou parecer.
Esse procedimento, além de aproximar o Podemos citar como exemplo a necessida-
perito judicial dos peritos-assistentes, per- de de um perito contador que, ao elaborar
mite a agilidade na busca por documentos a avaliação de um patrimônio, de uma em-
e informações, e pode evitar contestações presa, se depara com a existência de um
ao laudo pericial, se os assistentes partici-
101/182 Unidade 5 • Zelo profissional
imóvel, o qual também precisa ser avaliado para compor o patrimônio que está sendo levantado
pelo contador.
Caso o perito contador solicite a um outro perito a elaboração de um laudo de avaliação do imó-
vel e o utilize juntamente com seu laudo, o perito contador será responsável pelas informações
prestadas pelo outro perito.
Neste tópico, estudaremos cinco itens do Código de Ética do Profissional da Contabilidade que
dizem respeito ao zelo do profissional quando investido da função de perito.
1. Dever de recusar a indicação quando não se achar capacitado para bem desempenhar o
102/182 Unidade 5 • Zelo profissional
encargo (Código de Ética Profissional parcialidade do trabalho pericial, evitando
do Contabilista, art. 5º, item I). qualquer interferência, seja das partes seja
Quando o profissional não se sente capaci- de terceiros que tenham interesse no pro-
tado a desempenhar a função, em virtude cesso.
da matéria a que se refere o trabalho peri- 3. Dever profissional de abster-se de dar
cial, tem esse o dever de recusar a nomea- sua convicção pessoal sobre direitos
ção e esclarecer os motivos da recusa. das partes, mantendo seu laudo no
2. Dever profissional de evitar interpre- âmbito técnico (Código de Ética Pro-
tações tendenciosas, mantendo ab- fissional do Contabilista, art. 5º, item
soluta independência moral e técnica III).
(Código de Ética Profissional do Con- O laudo pericial deve, ao máximo possível,
tabilista, art. 5º, item II). esclarecer as dúvidas levantadas no proces-
A principal característica do perito judicial, so, respondendo de forma clara e objetiva
nesse contexto, é a independência. Não às questões levantadas pelas partes. No en-
deve o profissional estar sujeito a nenhu- tanto, não deve opinar sobre matéria de di-
ma interferência em seu trabalho. Essa in- reito, posicionar-se parcialmente, deixando
dependência é essencial para manter a im- essa função para o magistrado, que utiliza-
rá o laudo pericial para este fim.
103/182 Unidade 5 • Zelo profissional
4. Dever profissional de apreciar com O laudo pericial deve estar, sempre, respal-
imparcialidade o pensamento expos- dado em informações e documentos que
to em laudo pericial que lhe for sub- garantam ao profissional convicção a res-
metido (Código de Ética Profissional peito da conclusão exposta na peça. A obri-
do Contabilista, art. 5º, item IV). gação de cumprir o prazo não deve ser mo-
Quando o perito realizar trabalho de assis- tivo para que o perito elabore seu lado sem
tente técnico ou for chamado a dar parecer estar suficientemente convicto em relação
sobre laudo elaborado por outro colega, às opiniões exaradas na peça pericial.
deve se ater a opinar tecnicamente, emba-
sando suas opiniões em documentos e in-
formações fidedignas, evitando qualquer
parecer tendencioso ou imparcial.
5. Dever profissional de abster-se de dar
parecer ou emitir opinião sem estar
suficientemente informado ou docu-
mentado (Código de Ética Profissional
do Contabilista, art. 5º, item VI).
?
Questão
para
reflexão
Um perito realiza um trabalho como perito-assistente e acompanha
os trabalhos desenvolvidos pelo perito judicial, e concorda com as
conclusões a que esse chegou, tendo a mesma opinião. No entan-
to, ao apresentar os resultados do trabalho pericial, a parte que o
contratou não concordou com as conclusões do perito judicial, pois
contraria suas pretensões. Seu cliente pede para que você elabore
um parecer pericial que apresente resultados diferentes do perito
judicial, que vá ao encontro de suas pretensões na ação. O que deve
fazer o perito-assistente? Mantém sua opinião técnica e se nega a
fazer o parecer como pede seu cliente, ou se rende ao pedido, haja
vista que ele foi contratado e pago pela parte?
106/182
Considerações Finais
Conforme vimos, o perito judicial tem muita responsabilidade sobre seus om-
bros, tem muitas obrigações e pode influenciar o juiz na solução da lide, razão
pela qual deve primar pela excelência moral (honestidade, moderação, equi-
dade etc.) e a excelência intelectual (inteligência, conhecimento, discernimen-
to etc.).
107/182
Referências
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MAGALHÃES, Antonio de Deus Farias et al. Perícia contábil. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEVES, Antonio Gomes das. Curso de perícia contábil. 3. ed. São Paulo: LTR, 2012.
ORNELAS, Martinho M. G. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SÁ, Antonio Lopes de. Perícia contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
109/182
Questão 2
2. O perito, como pessoa pública, de fé pública, tem a obrigação de de-
monstrar elevado padrão ético e moral, oferecendo um trabalho de eleva-
da qualidade:
110/182
Questão 3
3. Após a entrega do laudo:
111/182
Questão 4
4. Se o perito judicial utilizar informações de outro perito, inclusive se
anexar documento emitido por esse especialista:
a) O perito só é responsável pelas informações por ele apuradas;
b) Cada perito responde por seu laudo pericial;
c) O perito judicial responde por todas as informações contidas em seu laudo;
d) O juiz decide quem é o responsável por cada informação;
e) As partes decidem quem é o responsável por cada informação
112/182
Questão 5
5. O laudo pericial deve estar sempre respaldado em informações e docu-
mentos que garantam ao profissional ter convicção a respeito da conclu-
são exposta na peça:
113/182
Gabarito
1. Resposta: E.
O perito responderá pelo dano que causar às partes porque divide com o juiz a responsabilidade
pela sentença, à medida que o perito pode fazer afirmações falsas, induzindo o juiz a erro.
2. Resposta: A.
O perito tem fé pública e por isso tem a obrigação de demonstrar elevado padrão ético e moral,
elaborando sempre um laudo de elevada qualidade.
3. Resposta: E.
Após a entrega do laudo, o perito judicial tem obrigação de prestar os esclarecimentos que se
fizerem necessários perante o juiz, os peritos-assistentes e as partes.
114/182
Gabarito
4. Resposta: C.
Se o perito utilizar informações de outro perito, inclusive se anexar documento ou laudo emiti-
do por outro especialista, o perito é responsável por todas as informações prestadas pelo outro
profissional.
5. Resposta: B.
O laudo pericial deve estar sempre respaldado em informações e documentos que garantam ao
profissional ter convicção a respeito da conclusão exposta na peça, pela qual responderá civil e
criminalmente.
115/182
Unidade 6
A prestação de esclarecimentos – obrigatório
Objetivos
No estudo da obrigatoriedade do perito na pres-
tação de esclarecimentos, trataremos dos tópi-
cos:
1. As determinações do CPC e da NBC PP 01.
2. Laudo complementar e de esclarecimentos.
3. Esclarecimentos em audiência.
116/182
Introdução
A primeira parte do citado item da norma estabelece que o perito judicial deve prestar esclare-
cimentos sobre o laudo pericial apresentado, e que o perito-assistente deve prestar esclareci-
mentos sobre seu parecer pericial, quando juntados aos autos. Digo quando juntados aos autos
porque o perito-assistente pode emitir um parecer sobre o laudo do perito judicial somente para
a parte que o contratou, que fará uso do parecer para apresentar sua contestação ao laudo judi-
cial.
O artigo 473 do CPC orienta como deve o perito fazer a apresentação de seu trabalho, indicando
o que deve conter o laudo pericial. O citado artigo diz que o laudo pericial deverá conter:
I. A exposição do objeto da perícia;
II. A análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III. A indicação do método utilizado, es- todos e técnicas utilizados são de aceitação
clarecendo se é predominantemente predominante pelos especialistas da área
aceito pelos especialistas da área; ou não, ou seja, se o perito está seguindo
IV. Resposta conclusiva a todos os quesi- uma corrente de pensamento já aceita pe-
tos apresentados pelo juiz. los especialistas e academia.
A exposição do objeto da perícia é a introdu- Em seguida, deve o perito apresentar suas
ção ao trabalho, momento em que o perito observações relevantes, e espera-se do pe-
esclarece ao leitor qual a matéria tratada no rito que apresente respostas conclusivas
laudo pericial, o que motivou o pedido da aos quesitos apresentados, com clareza,
perícia e quais objetivos devem ser alcan- objetividade e concisão. O perito deve uti-
çados pelo trabalho do perito. lizar linguagem clara e coerente, permitin-
do a fácil compreensão do magistrado e das
Na sequência, o perito passa a fazer a análi-
partes, evitando-se, assim, a necessidade
se técnica ou científica da matéria periciada
de esclarecimentos posteriores.
e desenvolve o laudo pericial. Exige-se do
perito, nessa parte do trabalho, que indique O § 1º do artigo 473 do CPC determina que
qual foi o método e os critérios utilizados na cabe ao perito apresentar sua fundamenta-
realização do laudo, esclarecendo se os mé- ção em linguagem simples e com coerên-
cia lógica, indicando como alcançou suas
120/182 Unidade 6 • A prestação de esclarecimentos – obrigatório
conclusões. Esse dispositivo legal reforça o muito cuidado em respeitar limites de sua
que foi dito anteriormente, pois a utilização designação, ou seja, tratar apenas do obje-
de uma linguagem simples facilita a com- to da perícia, da questão que foi colocada
preensão do leitor, e coerência lógica per- para sua análise.
mite ao magistrado e às partes entenderem O § 3º do CPC determina algumas prerro-
a quais conclusões chegou o perito. gativas importantes para o perito judicial,
O § 2º do mesmo artigo determina que “é ao permitir que, para o desempenho de sua
vedado ao perito ultrapassar os limites de função, o perito e os assistentes técnicos
sua designação, bem como emitir opiniões possam valer-se de todos os meios neces-
pessoais que excedam o exame técnico ou sários, ouvindo testemunhas, obtendo in-
científico do objeto da perícia”. Existe uma formações, solicitando documentos que
linha tênue que separa a omissão da verda- estejam em poder da parte, de terceiros ou
de e a afirmação sem a devida prova, e lidar em repartições públicas, bem como instruir
com isso não é uma tarefa fácil, que o perito o laudo com planilhas, mapas, plantas, de-
precisa aprender a fazer. senhos, fotografias ou outros elementos
O perito não pode fazer afirmações que não necessários ao esclarecimento do objeto da
possa provar, nem calar sobre verdade que perícia.
vier a saber, razão pela qual precisa tomar Essa é uma prerrogativa importante para o
121/182 Unidade 6 • A prestação de esclarecimentos – obrigatório
perito judicial e também para o perito-as- esse profissional atua em nome do juízo,
sistente desenvolverem seus trabalhos, pois ou seja, em nome da Instituição do Judiciá-
nem sempre os autos do processo trazem rio, como auxiliar da Justiça, cujo laudo irá
a esses profissionais todas as informações contribuir com o magistrado na solução de
e documentos necessários à realização da conflitos levados à apreciação do Judiciário.
perícia. Pode ocorrer que as partes ou funcionários
Muitas vezes, o perito necessita de docu- de repartições públicas dificultem o traba-
mentos e informações que estão em poder lho do perito e neguem ao profissional a in-
das partes, de terceiros ou em repartições formação ou documento solicitado, e, neste
públicas e o perito pode solicitar o acesso a caso, deve o perito fazer tal comunicado ao
eles. Quando se tratar de informações, pode magistrado para que possa tomar as provi-
o perito solicitá-las por meio de entrevistas dências cabíveis. Em outras palavras, o pe-
e reuniões com as partes e seus peritos-as- rito pode solicitar documentos diretamente
sistentes, e quando se tratar de documen- às partes e às repartições públicas, mas, se
tos pode requisitá-los, inclusive solicitando houver recusa na entrega deles, deve o pe-
cópias dos mesmos quando julgar necessá- rito fazer o pedido ao juiz.
rio.
Essa prerrogativa é dada ao perito porque
122/182 Unidade 6 • A prestação de esclarecimentos – obrigatório
tre a entrega do laudo pelo perito judicial e
2. Laudo complementar e de
a audiência de instrução e julgamento.
esclarecimentos
Na audiência de instrução, o juiz ouvirá as
O artigo 477 do CPC determina que o perito partes e as testemunhas, e certamente o
protocolará o laudo em juízo, no prazo fixa- resultado do laudo pericial será objeto de
do pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias an- análise, razão pela qual o laudo deve ser
tes da audiência de instrução e julgamento. protocolado pelo perito com uma antece-
Esse dispositivo da lei estabelece que não dência de 20 dias antes da audiência. O juiz
pode haver um curto espaço de tempo en- pode adiar a audiência se esse prazo não for
O artigo 475 do CPC autoriza que, tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma
área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito, e a parte, indicar
mais de um assistente técnico. Isso pode acontecer quando uma ação tiver questões técnicas a
serem elucidadas que envolvam mais de uma especialização técnica, e que requeira o trabalho
de mais de um especialista, como, por exemplo, um contador e um atuário, um contador e um
engenheiro.
O artigo 480 do CPC reza que o juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a rea-
O §4º estabelece que o especialista deverá ter formação acadêmica específica na área objeto
de seu depoimento, e que poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de
sons e imagens com o fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa.
?
Questão
para
reflexão
130/182
Considerações Finais
131/182
Referências
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MAGALHÃES, Antonio de Deus Farias et al. Perícia contábil. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEVES, Antonio Gomes das. Curso de perícia contábil. 3. ed. São Paulo: LTR, 2012.
ORNELAS, Martinho M. G. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SÁ, Antonio Lopes de. Perícia contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
133/182
Questão 2
2. Se o perito for chamado na audiência, ele deve comparecer:
134/182
Questão 3
3. Se o perito-assistente protocolar nos autos do processo parecer pericial
e esse estiver divergente do laudo do perito judicial, o juiz:
a) Considerará somente o laudo do perito judicial;
b) Fará uma média entre os valores dos dois laudos;
c) Pedirá para o perito judicial explicar a divergência;
d) Decidirá o que fazer em cada caso, pois a ele cabe a decisão final;
e) Chamará o perito-assistente para explicar a divergência.
135/182
Questão 4
4. Se restarem muitas dúvidas sobre o laudo pericial, pode o juiz determi-
nar a realização de outra perícia. Se isso acontecer:
136/182
Questão 5
5. O juiz pode dispensar a realização de perícia e apresentação de laudo
pericial escrito, solicitando a presença do perito em audiência. Isso
poderá ocorrer quando:
137/182
Gabarito
1. Resposta: C.
O perito deve responder a todas as dúvidas a ele apresentadas, tanto do juiz quanto das partes,
e até mesmo do Ministério Público, conforme previsão legal. A prestação de esclarecimentos é
dever inerente à função de perito judicial.
2. Resposta: A.
Se for avisado com a antecedência mínima de dez dias, o perito é obrigado a comparecer na au-
diência, mas, se ele for avisado com um prazo menor e puder comparecer, deverá fazê-lo, pois
isso demonstraria ao magistrado e às partes sua disposição em bem servir.
3. Resposta: D.
O juiz decidirá o que fazer em cada caso, pois a ele cabe a decisão final. Sendo o perito judicial
pessoa de confiança do magistrado, o laudo desse perito sempre terá muito crédito perante o
juiz, mas o parecer pericial pode ser considerado e o perito judicial pode ser solicitado a explicar
as divergências, mas somente se o juiz assim o decidir.
138/182
Gabarito
4. Resposta: E.
O juiz é livre para decidir sobre qualquer uma das perícias, da mesma forma que é ele quem de-
cide se há a necessidade da realização da primeira perícia, bem como da segunda.
5. Resposta: B.
139/182
Unidade 7
Formulação de quesitos
Objetivos
140/182
Introdução
A formulação de quesitos é um ato proces- pelas partes, mas também podem ser for-
sual que antecede o trabalho do perito judi- mulados pelo magistrado. Os quesitos são
cial, e muitas vezes representa o início dos apresentados ao perito antes do início das
trabalhos do perito-assistente, pois esse diligências e da produção das provas peri-
pode auxiliar seu cliente na elaboração dos ciais.
quesitos a serem respondidos pelo perito Oferecer resposta correta e adequada aos
do juízo. quesitos formulados requer boa leitura dos
Trataremos, portanto, da elaboração autos e das questões formuladas e entender
dos quesitos, trabalho em que a participa- o que está sendo indagado, tarefa essa que
ção do perito-assistente é muito importan- nem sempre é fácil, especialmente quando
te, e das respostas aos quesitos, trabalho do as perguntas não são bem formuladas, dan-
perito judicial. do margem a dúvida quanto ao seu sentido
ou que permita mais de uma interpretação
1. O que são quesitos técnica.
CPC, o juiz nomeará perito especializado cesso que contratou seus serviços de perito.
no objeto da perícia e fixará de imediato o Como especialista na área em que será rea-
prazo para a entrega do laudo. Isso significa lizada a prova pericial, o assistente técnico
que, ao nomear o perito, o juiz já determi- pode ajudar seu cliente na formulação dos
nará o prazo que o expert terá para fazer a quesitos.
entrega do laudo. É muito comum o perito-assistente ser con-
O §1º do mesmo artigo determina que as tratado após o despacho do juiz, e com fre-
partes terão 15 (quinze) dias, contados da quência o profissional tem pouco tempo
intimação do despacho de nomeação do para ler os autos do processo, inteirar-se do
perito, para: assunto e formular os quesitos a serem res-
I. Arguir o impedimento ou a suspeição pondidos pelo perito judicial. Esse trabalho
do perito, se for o caso; requer do perito-assistente muita atenção
e cuidado, pois seu cliente não terá outra
II. Indicar assistente técnico;
oportunidade para apresentar quesitos, a
III. Apresentar quesitos. menos que o magistrado aceite a apresen-
Esse é o momento em que o perito-assis- tação de quesitos suplementares, que tra-
tente pode começar a desenvolver seu tra- taremos mais adiante.
balho junto ao seu cliente, à parte do pro- Obviamente que o trabalho do perito-as-
142/182 Unidade 7 • Formulação de quesitos
sistente não para por aí, pois ele poderá trabalhar junto ao perito judicial no desenvolvimento
dos trabalhos periciais e poderá também apresentar seu parecer pericial, ou auxiliar seu cliente
na contestação do laudo do perito judicial, quando for necessário.
O perito judicial deve informar aos peritos-
Para saber mais -assistentes quando e onde fará diligências,
com antecedência mínima de 5 (cinco) dias,
O artigo 466 do CPC determina que o perito cum-
cuja comunicação deve ser comprovada nos
prirá escrupulosamente o encargo que lhe foi co-
autos do processo. Deverá também permitir
metido, independentemente de termo de com-
que os assistentes técnicos acompanhem os
promisso. Estabelece ainda, em seu §2º, que o
trabalhos nas diligências e os exames que
perito deve assegurar aos assistentes das partes
realizar em documentos, compartilhando
o acesso e o acompanhamento das diligências e
as informações a que tiver acesso.
dos exames que realizar, com prévia comunica-
ção, comprovada nos autos, com antecedência
mínima de 5 (cinco) dias.
3. Quesitos suplementares
Algumas vezes, o perito se depara com quesitos impertinentes, ou seja, quesitos que são desne-
cessários ou que buscam do perito contábil opinião fora de sua competência legal. Pode o perito,
por petição, se dirigir ao magistrado e pedir orientação a respeito do tratamento a ser dado aos
quesitos impertinentes.
Cuidado especial deve ter o perito ao responder quesito cujo conteúdo envolva matéria de di-
reito, devendo o perito contábil se eximir de oferecer resposta que não seja de natureza técnica,
pois tal procedimento está fora de sua competência legal.
Não é muito comum os juízes formularem quesitos, especialmente nas perícias para liquidação
de sentença. No entanto, ao prolatar a sentença o magistrado dá o direcionamento que deseja
do profissional da perícia, estabelecendo o que ele buscar saber, os critérios de cálculos, a taxa de
juros, o índice de correção monetária, a base legal desses indicadores, entre outras informações.
Nas demais ações, especialmente naquelas em que a perícia servirá como produção de prova
para auxiliar o magistrado na sentença, o mais comum é o juiz deixar as partes formularem os
quesitos ao perito, raramente formulando ele próprio seus quesitos, a despeito da previsão legal.
indicados sejam plenamente capazes e a causa possa ser resolvida por autocomposição.
Vejam que o CPC condiciona a nomeação pelos peritos pelas partes, ou seja, quando a causa
possa ser resolvida por autocomposição, ou seja, quando as partes estiverem dispostas a fazer
um acordo mediante o resultado da perícia.
Além disso, o CPC determina que as partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos
assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local
previamente anunciados, ou seja, as partes devem indicar o perito que fará o laudo pericial e os
peritos-assistentes.
O mesmo artigo do CPC reza que o perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectiva-
mente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz, ou seja, cada perito apresentará seu laudo,
a despeito de terem realizado o trabalho conjuntamente. A perícia consensual substitui, para
todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo juiz.
?
Questão
para
reflexão
Um perito é nomeado para fazer uma perícia numa ação
de prestação de contas, em que uma empresa aciona
um escritório de contabilidade com a acusação de que o
segundo recebeu dinheiro de seu cliente para o recolhi-
mento de tributos. A perícia comprovou que os valores
dos impostos recolhidos pelo escritório de contabilidade
foram inferiores aos valores entregues pelo cliente ao es-
critório. Em seus quesitos, o autor da ação pede ao perito
para que ele responda se houve crime de apropriação in-
débita. Como deve o perito responder a esse quesito?
150/182
Considerações Finais
A apresentação de respostas aos quesitos formulados pelas partes e pelos magistrados pode
representar o trabalho mais importante num laudo pericial, especialmente naqueles em que a
perícia estiver sendo realizada para a formação de prova. Para que o perito possa realizar um tra-
balho com excelência, deve ler e estudar atentamente os autos do processo e se inteirar de tudo
o que está sendo discutido e o que se espera do laudo pericial. Em seguida, munir-se de todos
os documentos e informações, cálculos e reflexão, para responder aos quesitos e apresentar ao
magistrado o auxílio que se espera do perito.
151/182
Referências
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MAGALHÃES, Antonio de Deus Farias et al. Perícia contábil. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEVES, Antonio Gomes das. Curso de perícia contábil. 3. ed. São Paulo: LTR, 2012.
ORNELAS, Martinho M. G. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SÁ, Antonio Lopes de. Perícia contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
153/182
Questão 2
2. Em qual momento são apresentados os Quesitos ao Perito Judicial?
154/182
Questão 3
3. Quesitos são:
155/182
Questão 4
4. Não havendo quesitos, a perícia será orientada:
a) Pelo perito;
b) Pelo objeto da ação;
c) Pelo réu da ação;
d) Pelo autor da ação;
e) Pelo perito-assistente.
156/182
Questão 5
5. A nomeação do perito judicial pelas partes só é possível:
157/182
Gabarito
1. Resposta: C.
O CPC determina que tanto as partes quanto o juiz possam apresentar quesitos ao perito judicial.
2. Resposta: E.
A apresentação de quesitos ao perito é feita após a nomeação dele, no prazo dado pelo magis-
trado. Nos casos de perícias para liquidação de sentença, a apresentação dos quesitos se dá logo
após a sentença judicial, mas pós a nomeação do perito, no prazo dado pelo magistrado.
3. Resposta: D.
Quesitos são as dúvidas acerca do processo que precisam ser elucidadas por parecer técnico es-
pecífico, que muitas vezes aparecem para o perito na forma de perguntas, mas algumas vezes o
perito precisa detectar qual é a dúvida acerca do processo, e elucidar o caso.
158/182
Gabarito
4. Resposta: B.
Não havendo quesitos na forma de perguntas, a perícia será orientada pelo objeto da ação, ou
seja, o perito deverá estudar e interpretar os autos do processo e indicar as respostas às dúvidas
a ele apresentadas.
5. Resposta: A.
159/182
Unidade 8
Apresentação da proposta de honorários e execução
Objetivos
No estudo da proposta de honorários e execução, tratare-
mos dos tópicos:
1. Arbitramento dos honorários.
2. Depósito prévio e complementar.
3. Levantamento dos honorários.
4. A elaboração da estimativa de honorários.
160/182
Introdução
Neste tema, iremos estudar como são es- pete àquele fixar sua remuneração. Esse ato
tabelecidos os honorários do perito pelos processual praticado pelo magistrado é co-
juízes, como os peritos podem estimar seus nhecido por arbitramento. Sendo o perito
honorários e a forma como esses valores contratado pela parte como assistente téc-
são pagos aos peritos. nico, seus honorários são livremente nego-
Estudaremos as regras constantes no CPC ciados entre as partes; ele não está sujeito a
– Código de Processo Civil e na NBC PP 01 – nenhuma regra do CPC, mas deve seguir as
Norma Brasileira de Contabilidade. orientações da NBC PP 01.
De acordo com o artigo 465 do CPC, o juiz
1. Arbitramento nomeará perito especializado no objeto da
perícia e fixará de imediato o prazo para a
A remuneração do trabalho pericial pode ser entrega do laudo. O §1º do mesmo artigo
abordada sob duas dimensões: a primeira, determina que as partes terão 15 (quinze)
relativa ao perito contábil quando na fun- dias para apresentar seus quesitos.
ção judicial, e a segunda, quando na função
O §2º do artigo 465 determina que, após
de assistente técnico.
tomar ciência da nomeação, o perito terá 5
Sendo o perito contábil nomeado pelo ma- (cinco) dias para apresentar sua proposta de
gistrado, portanto na função judicial, com- honorários e seu currículo, com a compro-
161/182 Unidade 8 • Apresentação da proposta de honorários e execução
Na petição de requerimento do arbitramento de seus honorários, o perito contábil fará uma ex-
posição resumida dos principais eventos de seu trabalho, a título de justificativa e embasamento
para o valor requerido. Esse procedimento é usualmente realizado no mesmo momento em que
é entregue o laudo pericial contábil em cartório, mas pode ser feito antes de iniciadas as diligên-
cias se for solicitada pelo juiz.
Feito o estudo preliminar, está o perito apto Após a entrega do laudo pericial, o magis-
a oferecer petição contendo a estimativa do trado fixa os honorários definitivos e, haven-
custo do trabalho pericial. Esse estudo tem do depósito prévio, determina que seja rea-
sido facilitado nos casos dos processos di- lizado depósito judicial complementar, que
gitais, pois o perito pode acessar o conteú- consiste na diferença entre os honorários
do todo do processo de seu escritório, sem fixados e os já depositados previamente. Na
deslocamentos e viagens. ausência de depósito prévio, os honorários
definitivos são depositados à ordem do ma-
À vista dessa petição, o magistrado pode- gistrado numa totalidade fixada, no prazo
165/182 Unidade 8 • Apresentação da proposta de honorários e execução
O item 34 da NBC PP 01 determina que o perito deve elaborar a proposta de honorários estiman-
do, quando possível, o número de horas para a realização do trabalho, por etapa e por qualifica-
ção dos profissionais, considerando os trabalhos a seguir especificados:
a. Retirada e entrega do processo ou procedimento arbitral;
b. Leitura e interpretação do processo;
168/182 Unidade 8 • Apresentação da proposta de honorários e execução
c. Elaboração de termos de diligências pervenientes.
para arrecadação de provas e comu- O item 35 da NBC estabelece que o pe-
nicações às partes, terceiros e peri- rito deve ressaltar, em sua proposta de ho-
tos-assistentes; norários, que essa não contempla os hono-
d. Realização de diligências; rários relativos a quesitos suplementares
e. Pesquisa documental e exame de li- e, se estes forem formulados pelo juiz e/ou
vros contábeis, fiscais e societários; pelas partes, pode haver incidência de ho-
norários complementares a serem requeri-
f. Elaboração de planilhas de cálculo,
dos, observando os mesmos critérios ado-
quadros, gráficos, simulações e análi-
tados para elaboração da proposta inicial.
ses de resultados;
g. Elaboração do laudo; Os itens 36 e 37 da NBC determinam que
o perito deve apresentar sua proposta de
h. Reuniões com peritos-assistentes,
honorários devidamente fundamentada, e
quando for o caso;
que o perito-assistente deve explicitar a sua
i. Revisão final; proposta no contrato que, obrigatoriamen-
j. Despesas com viagens, hospedagens, te, celebrará com o seu cliente, observando
transporte, alimentação etc.; as normas estabelecidas pelo CFC – Conse-
k. Outros trabalhos com despesas su- lho Federal de Contabilidade.
169/182 Unidade 8 • Apresentação da proposta de honorários e execução
O perito pode requerer a liberação parcial dos honorários quando julgar necessário para o cus-
teio de despesas durante a realização dos trabalhos. Os honorários periciais fixados ou arbitra-
dos e não quitados podem ser executados, judicialmente, pelo perito em conformidade com os
dispositivos do Código de Processo Civil.
Nos casos em que houver necessidade de desembolso para despesas supervenientes, como via-
gens e estadas, para a realização de outras diligências, o perito deve requerer ao juízo ou solicitar
ao contratante o pagamento das despesas, apresentando a respectiva comprovação, desde que
não estejam contempladas ou quantificadas na proposta inicial de honorários.
?
Questão
para
reflexão
Um perito atua em determinada vara cível e é nomeado pelo juiz há
vários anos. Em determinada ação, após estimar seus honorários, a
pedido do juiz, a parte do processo que deve efetuar o pagamento
dos honorários periciais contesta o valor apresentado, argumentan-
do que o valor pedido é muito elevado em virtude do valor da ação e
da complexidade do trabalho. Mediante essa contestação, o juiz ar-
bitra seus honorários em valor equivalente a 1/3 do valor estimado.
O que deve fazer o perito? Aceitar a redução, haja vista que o juiz o
prestigia há tanto tempo? Apresentar um pedido de reconsideração,
apresentando seus argumentos? Apresentar agravo de instrumen-
to, por aviltamento de honorários?
172/182
Considerações Finais
A fixação da remuneração pericial é um ato arbitral do magistrado que, normalmente, ao decidir,
leva em consideração a relevância e qualidade do trabalho pericial oferecido, a complexidade
técnica da prova produzida, o custo apresentado pelo perito contábil e as possibilidades econô-
mico-financeiras das partes, bem como as eventuais reações das partes.
173/182
Referências
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MAGALHÃES, Antonio de Deus Farias et al. Perícia contábil. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEVES, Antonio Gomes das. Curso de perícia contábil. 3. ed. São Paulo: LTR, 2012.
ORNELAS, Martinho M. G. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SÁ, Antonio Lopes de. Perícia contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
175/182
Questão 2
2. Em relação aos honorários do perito-assistente:
176/182
Questão 3
3. Em relação ao pagamento dos honorários do perito judicial:
177/182
Questão 4
4. Em relação ao pagamento dos honorários do perito-assistente:
178/182
Questão 5
5. Em relação à apresentação da proposta de honorários, o perito judicial
deve:
a) Considerar a capacidade intelectual do perito judicial;
b) Considerar o valor a ser pago ao perito-assistente;
c) Considerar o valor da causa;
d) Considerar a capacidade de pagamento das partes;
e) Considerar a relevância, o vulto, o risco, a complexidade, o tempo gasto.
179/182
Gabarito
1. Resposta: B.
O juiz tem a prerrogativa de fixar o valor. O magistrado pode solicitar ao perito que faça uma es-
timativa dos honorários, mas a palavra final é dele.
2. Resposta: C.
As partes negociam com o perito o valor a ser pago, pois o valor a ser pago ao perito-assistente é
de livre negociação entre as partes e não guarda nenhuma relação com os honorários do perito
judicial.
3. Resposta: B.
180/182
Gabarito
4. Resposta: D.
O pagamento é livremente negociado entre as partes e o perito. Tanto o valor como a forma de
pagamento do perito-assistente é livremente negociado com quem o contratou.
5. Resposta: E.
Considerar a relevância, o vulto, o risco, a complexidade, o tempo gasto. O perito judicial deve
considerar apenas seu trabalho e se preocupar em realizá-lo com qualidade, sem considerar o
valor a ser pago ao perito-assistente, nem o valor da causa ou a capacidade de pagamento das
partes.
181/182