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Técnico de Gestão Equipamentos Informáticos

Módulo 2 - Caracterização de Redes e


Comunicação de Dados
3. Topologias
3.1. Conceito de Topologia, topologia física e lógica e
Tipos de topologias
3.2. Topologia bus ou barramento
3.3. Topologia ring ou anel
3.4. Topologia star ou em estrela
3.5. Topologia mesh ou em malha
3.6. Topologia estrela hierárquica ou em árvore
3.7. Topologia baseada num backbone ou espinha dorsal
3.8. Topologia Mista
3.1. Conceito de Topologia, topologia física e lógica e
Tipos de topologias

A topologia de rede descreve o modo como todos os


dispositivos estão ligados entre si, bem como se processa
a troca de informação entre eles. Ela garante a redução
de custos e aumento da eficiência do sistema através da
combinação de recursos outrora dispersos.

A escolha da topologia mais adequada a um


determinado sistema é feita através da análise dos seus
objetivos e necessidades. Por vezes, até são utilizadas
várias topologias para se conseguir a melhor eficiência ao
melhor preço.
É frequente distinguir entre:
 topologia física – a que se refere à disposição física
dos computadores e cabos da rede.
 topologia lógica – a que diz respeito ao modo como
os sinais circulam entre os computadores da rede.

Quando aplicada a LANs, topologia refere-se ao conjunto


dos cabos e localização física dos dispositivos de rede,
representando portanto a configuração física da rede.
Para as WANs, topologia refere-se principalmente à
forma como se ligam os vários locais remotos, ou por
outras palavras, quais os locais ligados entre si e como se
faz essa ligação.
Vejamos então as 6 topologias físicas das redes de
computadores que são:

 topologia bus ou barramento


 topologia ring ou anel
 topologia star ou estrela
 topologia mesh ou malha
 topologia de estrela hierárquica, em árvore ou
cascading star
 topologias baseadas num backbone ou espinha dorsal
3.2. Topologia bus ou barramento
Nesta topologia temos um cabo, com as extremidades
separadas, ao longo do qual se ligam os dispositivos.
Os sinais são transmitidos de cada computador, através de
um cabo comum, para todos os nós da rede ao mesmo
tempo; porém as mensagens são recebidas apenas pelo
computador ou computadores a que se destinam.
Nesta topologia, utilizam-se normalmente cabos coaxiais;
neste caso, cada computador liga-se ao cabo através de um
conector em T. Nas extremidades do cabo são colocados
terminadores.
A junção de um computador numa rede com esta topologia
faz-se juntando ou retirando um conector ao cabo
barramento.
Portanto observando as figuras pode-se verificar que o cabo
que liga os vários dispositivos da rede é único, terminando
em cada uma das suas extremidades por uma resistência
denominada terminador.
Uma rede com topologia em bus tem um meio de
transmissão comum aonde estão ligados múltiplos
dispositivos.

Esta característica obriga a existência de um protocolo que


determina a utilização do meio de transmissão por todos os
dispositivos existentes na rede.

Como o meio de transmissão é único, é necessária a


identificação unívoca de cada dispositivo. Isto é conseguido
através da atribuição de endereços únicos a cada
interveniente da rede.
Como todos os dispositivos estão atentos à rede, a
informação que é transmitida por um dispositivo é detetada
por todos os outros, mas só o destinatário é que a retira da
rede.

Apesar desta topologia limitar a distância entre dispositivos e


o número dos mesmos, ela permite o uso de altos débitos
com enorme fiabilidade.

A perda de um dos nós da rede não afeta o comportamento


geral da mesma, a não ser que o bus falhe por completo.
3.3. Topologia ring ou anel

Nesta topologia existe


um cabo fechado sobre
si próprio, o anel, ao qual
se ligam os vários
computadores da rede.
Os sinais circulam dentro
do referido cabo em
anel, passando
sequencialmente de
ligação em ligação até
chegar ao destinatário.
As topologias em anel simples são pouco utilizadas devido ao
facto de uma avaria ou falha numa ligação de
um computador ao anel poder provocar a quebra de toda a
rede.

Um padrão de redes designado por FDDI utiliza uma


topologia em anel duplo de fibra ótica, o qual serve de
backbone ou cabo principal onde vão ligar-se as várias sub-
redes. Com a tecnologia dos hubs passou a ser possível
instalar redes com configuração em estrela, mas em que o
sinal circula em anel no interior do hub.

A topologia em anel consiste em ligações ponto-a-ponto


entre pares de dispositivos que, no seu conjunto, formam um
ciclo fechado.
A informação é transmitida através do anel sob a forma de
um pacote de dados que são enviados rotativamente
segundo uma direção pré- definida. Os mesmos contém a
informação sobre o originador da transmissão do respetivo
destinatário, para além da informação propriamente dita. Ao
receber o pacote, cada dispositivo analisa a informação do
destinatário e ou o retira da rede (é o destinatário) ou o
passa ao dispositivo seguinte (não é o destinatário). Graças a
este protocolo de acesso ao meio, a fiabilidade da rede é
assegurada, pois cada vez que o pacote é transmitido entre
dois dispositivos o sinal é regenerado.
3.3. Topologia star ou em estrela
Nesta topologia existe um
dispositivo central, hub, ao qual se
ligam os vários computadores da
rede, através de cabos individuais.
As mensagens enviadas por um
computador vão para o hub,
também chamado concentrador, e
daí são transmitidas para os outros
computadores ligados à rede.
Os hubs proporcionam muitas
vantagens em termos de ligação dos
computadores à rede, uma vez que,
para inserir ou retirar um
computador na rede, basta inserir
ou retirar o cabo de ligação desse
computador a um conector do hub.
Um hub tem um determinado número de pontos de conexão,
podendo sempre interligar-se vários hubs para aumentar esse
número. Foram os hubs que introduziram alguma confusão na
definição das topologias das redes.
Os hubs mais evoluídos permitem a criação de redes estruturadas,
podendo então aparecer topologias de estrela hierárquica. Por
outro lado alguns hubs fazem as ligações internas utilizando uma
topologia em anel, sendo a topologia exterior e de uma estrela.
A topologia em estrela não é mais do que um
dispositivo central que interliga todos os
dispositivos da rede com ligações ponto-a- ponto
ou multiponto.
O aumento do número de dispositivos na rede em
estrela é ilimitado, bem como o tamanho do meio
físico de transmissão, o que torna fácil a expansão
da rede. Ao contrário da topologia em bus, o
protocolo de acesso à rede é relativamente simples,
pois o dispositivo central é que dirige e gere o
tráfego da rede.
Esta topologia tem como principal desvantagem a
pouca fiabilidade da rede, pois basta falhar o
dispositivo central para que toda a rede pare por
completo. Por outro lado, a troca de grandes
quantidades de informação podem sobrecarregar o
dispositivo central, congestionando o fluxo de
informação na rede.
3.4. Topologia mesh ou em malha
Numa topologia em malha, os
computadores e redes locais
ligam-se entre si, ponto a ponto,
através de cabos e dispositivos
de interligação adequados,
formando como que uma malha,
sem uma configuração bem
definida.
Este tipo de topologia é muito
utilizado nas WANs, onde os
vários locais se ligam uns aos
outros com base em linhas
telefónicas já existentes.
O papel fundamental cabe, neste caso, aos dispositivos de
interligação, como os routers, que se encarregam do
encaminhamento das mensagens através dos vários nós da
malha constituída.

Neste tipo de topologia todos os nós estão interligados uns aos


outros, portanto reduz drasticamente a perda de pacotes já
que um mesmo pacote pode chegar ao endereço destinatário
por vários caminhos.
3.6. Topologia estrela hierárquica ou em árvore

Este género de topologia é baseado em hubs ou dispositivos de


centralização das ligações, os quais permitem uma estruturação
hierárquica de várias redes e sub-redes. Um hub central interliga
várias redes, as quais, por sua vez, também são formadas por hubs
onde se ligam computadores ou sub-redes.

Trata-se de uma topologia muito adotada atualmente para


estruturação de novas redes, uma vez que permite, com bastante
facilidade e flexibilidade, a expansão das redes ou a interligação de
novas redes, bem como assegura uma boa manutenção e gestão do
conjunto de redes assim interligadas.
A topologia em hierarquia também é designada como topologia em árvore,
e tal como o nome indica é estruturada em níveis (o nível superior é
chamado de root - raiz). Ela combina muitas características da topologia
em bus, em estrela, etc, quer seja com ligações ponto-a-ponto ou
multiponto.
Ao contrário da topologia em estrela, o nível superior não é o único a tratar
do endereçamento e gerência do fluxo da informação na rede. A
informação transmitida por um dispositivo num nível mais baixo só recua o
suficiente até trocar de segmento de rede para chegar ao seu destino,
podendo nem passar pela root.
Este protocolo de acesso ao meio permite que, no caso de falha da rede, a
mesma continue operacional.
3.7. Topologia baseada num backbone ou
espinha dorsal
Este tipo de topologia caracteriza-se pela existência de um
cabo que desempenha o papel de espinha dorsal, isto é, um
cabo normalmente de elevado desempenho que cobre uma
determinada área, mais ou menos extensa, ao qual se ligam
diversas redes ou sub-redes, através de dispositivos de
interligação, bridges e routers.

Existem redes em que o backbone tem topologia em bus e


outras em que está em anel. Trata-se de uma topologia
bastante adequada para redes de maior dimensão
constituídas por diversas sub-redes, que necessitam de estar
em comunicação umas com as outras numa base regular e
permanente.
3.8. Topologia Mista
Encontramos, ainda, a possibilidade de combinar as duas
topologias, o que não é comum de se fazer:
O exemplo à direita mostra o diagrama
simplificado de uma rede numa
topologia mista. Muitas vezes
acontecem demandas imediatas de
conexões e a empresa não dispõe de
recursos, naquele momento, para a
aquisição de produtos adequados para
a montagem da rede.
Nestes casos, a administração de
redes pode utilizar os equipamentos já
disponíveis considerando as vantagens
e desvantagens das topologias
utilizadas.

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