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Técnico de Gestão Equipamentos Informáticos

Módulo 1 - Introdução às Redes e Transmissão de


Dados
 A importância das Atividades de Normalização
1. Noção de Norma e de Normalização
1.1. Organizações de normalização
1.2. ISO, ISOC, IEC, IEEE
 
2. Benefícios de uma Redes de dados:
2.1. Partilha de Informação
2.2. Partilha de Hardware e Software
2.3. Partilha de recursos
2.4. Administração centralizada
 
3. As tarefas dos computadores na rede:
3.1. Servidores de Mail
3.2. Servidores de Base de Dados
3.3. Servidores de ficheiros e impressoras
3.4. Servidores de fax
 
A importância das Atividades de Normalização
1. Noção de Norma e de Normalização

A normalização tem como objetivo facilitar o intercâmbio tecnológico


mundial.

A evolução industrial, particularmente na última centena de anos, tem


imposto a necessidade de criar regras para os mais diversos produtos e
processos tecnológicos de modo a promover uma fácil comunicação
entre os diversos agentes produtivos e criar critérios de qualidade.
Assim, entende-se por normalização o conjunto de regras que permitem
entre outras possibilidades:
 tornar mais simples os processos de fabrico;
 a substituição fácil de conjuntos, peças ou objetos que tenham
características comuns (intermutabilidade);
 a especificação do controlo das características (qualidade).
1.1. Noção de Norma e de Normalização
Um dos aspetos que torna a normalização importante nos
processos de transformação dos objetos é o que diz respeito aos
baixos custos de produção.

A normalização permite-nos, ainda, conhecer as características de


um produto, de modo a que possamos saber se ele corresponde
ou não ao desejado.
Foi há cerca de cem anos que foi criado o primeiro organismo de
normalização que se destinava a estabelecer as normas de
instalação e construção de aparelhos elétricos.

O cumprimento da normalização é orientado pelas normas que


são documentos oficiais editados em todos os países.
1.2. Organizações de normalização: ISO, ISOC, IEC, IEEE
As organizações de normalização na área das redes informáticas
podem ser agrupadas, segundo o seu âmbito de atuação, em
quatro níveis:
 
 Organizações de âmbito Internacional
 Organizações de âmbito Regional
 Organizações de âmbito Nacional
 Organizações de âmbito Sectorial
 
Seguidamente é realizado um levantamento das organizações mais
representativas com atividade de normalização na área das redes
informáticas.
 Organizações de âmbito Internacional
 ISO – International Organization Standardization (www.iso.org)

É uma organização não governamental, sem fins lucrativos, onde


estão representadas as organizações nacionais de normalização
dos países membros (atualmente mais de 100).

Na área das redes de comunicação, a principal iniciativa da ISO


consistiu no desenvolvimento do Modelo OSI (Open Systems
Interconnection), cujo objetivo último era o de possibilitar o
desenvolvimento de sistemas abertos, isto é sistemas compatíveis
em termos de funcionalidade de comunicação, independentemente
do seu fabricante.
 Organizações de âmbito Internacional
 ISOC - Internet Society (www.isoc.org)

É uma organização internacional cujo objetivo é o de promover o


desenvolvimento, evolução e utilização da Internet. Para além de
coordenar atividades de natureza técnica – como, por exemplo,
o desenvolvimento de normas e protocolos para a Internet – e de
atuar como fonte oficial de informação sobre a Internet.

A nível técnico, as atividades centram-se na arquitetura protocolar


TCP/IP. Esta arquitetura protocolar, sobre a qual assenta a Internet,
constitui, de facto, uma arquitetura aberta, possibilitando a
interligação de equipamentos dos mais variados fabricantes.
 Organizações de âmbito Internacional
 ITU – International Telecommunications Union (
www.itu.int/home/) net Society (www.isoc.org)

É uma organização intergovernamental para a regulação


e para o desenvolvimento das comunicações terrestres e
via satélite (ex: Utilização do espectro radioelétrico e
definição de orbitas).

Na área das redes informáticas existe uma estreita cooperação entre


a ISO e a ITU-T, que se traduz na adoção cruza de normas entre as
organizações.
 Organizações de âmbito Internacional
 IEC – International Electrotechnical Commission (www.iec.ch/)

É uma organização formada por representações nacionais dos países


industrializados e é responsável pela coordenação de atividades de
normalização na área da eletrotecnia e da eletrónica. Na área das
redes informáticas existe uma grande cooperação entre a ISO e a IEC,
que se traduz na edição conjunta de normas (Normas ISO/IEC).
 Organizações de âmbito Internacional

A normalização de âmbito internacional é normalmente influenciada


por um conjunto de entidades que desenvolvem atividades técnicas
de divulgação e coordenação da adoção de normas internacionais e
também de pré-normalização (e até mesmo de normalização) a nível
regional.
 
Estas organizações são sobretudo, importantes na Europa, onde a
existência de uma união politica entre os estados potencia o
aparecimento de organizações supranacionais e, também, na Ásia,
embora num grau bastante inferior.
 Organizações de âmbito Regional

Na área das redes informáticas, a nível regional, são de referir as


seguintes:

 CEN – Comité Européen de Normalisation www.cenorm.be/

É a organização responsável pelo processo de normalização a nível


Europeu em todas as áreas, com exceção da área da eletrotecnia que
está a cargo do CENELEC – Comité Européen de Normalisation
Electrotechnique – e das telecomunicações que está a cargo do ETSI
– European Telecommunications Standards Institute.
 
Estas duas organizações trabalham em estreita cooperação com o
CEN
 Organizações de âmbito Nacional

A atividade de normalização tem, muitas vezes, inicio a nível


nacional, sobretudo nos países mais desenvolvidos, sendo comum
que um processo de normalização iniciado a nível nacional venha a
ter uma posterior adoção a nível regional e/ou internacional. As
organizações de normalização de âmbito nacional mais influentes na
área das redes informáticas são referidas no que se segue.

✓ ANSI (www.ansi.org/)
American National Standards Institute – é o principal responsável
pelo processo de normalização dos EUA.
 Organizações de âmbito Sectorial
Para além das organizações de âmbito nacional, regional e
internacional com atividades na área da normalização, existem
múltiplas associações sectoriais – associações de fabricantes, de
consumidores ou de utilizadores e associações de profissionais –
envolvidas em atividades de normalização, normalmente associadas
a uma determinada área tecnológica.
Na área das redes informáticas são de referir a importância, as
seguintes organizações sectoriais.

✓EIA – Electrical Industries Association (


www.eia.org/)

 TIA – Telecommunications Industries


Association (www.tiaonline.org/)
 Organizações de âmbito Sectorial

✓IEEE – Institute of Electrical and Electronics


Engineers (www.ieee.org/)
Organismo internacional de normalização em
várias áreas entre elas computadores e
comunicações.

 ECMA – European Computer


Manufacturers Association (
www.ecma-international.org/)
 Organizações de âmbito Sectorial

Em Portugal, o organismo nacional de normalização é o Instituto


Português da Qualidade que é membro da ISO.

Seguem-se, a título de exemplo, algumas normas com relevância na


informática.
• ISO/IEC 14882 – Define um padrão para a linguagem de
programação C++

• IEEE 802 - Tem como ob¡etivo definir um padrão para redes


locais das camadas 1 e 2 do modelo OSI

• ISSO 9660 – Define o sistema de ficheiros para CD-ROM


2. Benefícios de uma Redes de dados

Ligar computadores em rede vai criar benefícios, como a partilha


de informação, programas e recursos de hardware.

2.1. Partilha de Informação


O benefício mais evidente de uma rede de computadores é a partilha
de informação de uma forma rápida e sem custos, pois é um fator
que tem um interesse muito grande para as empresas. Fornecer
acesso a dados, criar backups e fornecer o acesso ao e-mail a todos
os colaboradores é algo que interessa a uma organização.
2. Benefícios de uma Redes de dados

2.2. Partilha de Hardware e Software

Antes de as redes de computadores serem algo ao alcance de


qualquer empresa, os utilizadores tinham os seus próprios periféricos
ligados ao seu PC, o que aumentava os encargos de uma empresa.
Desta forma, podemos partilhar o acesso a um periférico para um
determinado grupo de utilizadores. A partilha de software é algo a
que não podemos ficar alheios, pois comprar um programa e
respetivas licenças para um número de computadores fica mais
dispendioso do que comprar o mesmo software com a opção de o
podermos instalar em rede e o servidor validar os utilizadores através
de uma licença.
2. Benefícios de uma Redes de dados

2.3. Partilha de recursos

Existem diversos recursos que podem ser partilhados como, por


exemplo: impressoras, discos, ligação à Internet, programas e dados.
Em vez de termos uma impressora para cada computador,
partilhamos uma que vai servir todos os utilizadores da rede. Desta
forma poupamos espaço para a colocação das impressoras e recursos
financeiros da empresa, o que é sempre ótimo.

2.4. Administração centralizada

Através de uma rede de computadores, é fácil para o administrador


executar tarefas administrativas em toda a rede a partir do servidor
ou de um posto de trabalho posicionado algures na rede.
3. As tarefas dos computadores na rede:

As tarefas dos computadores na rede


Os computadores numa rede têm a função de clientes, que são os
computadores onde os utilizadores trabalham e fazem os seus
pedidos aos servidores e de servidores, que são computadores que
guardam toda a informação que circula na rede. Pelo menos deveria
ser assim. Os servidores, numa rede alargada, têm várias tarefas
conforme as necessidades dos utilizadores, como, por exemplo,
servidores de mail, servidores de base de dados, servidores de
ficheiros e impressoras e servidores de fax.
3. As tarefas dos computadores na rede
3.1. Servidores de Mail
Os servidores de mail são responsáveis pela entrega e envio dos e-
mails dos utilizadores da rede. A informação é escolhida
seletivamente e enviada do servidor para o posto de trabalho,
conforme os pedidos dos utilizadores.

3.2. Servidores de Base de Dados


Os servidores de base de dados servem para armazenar grandes
quantidades de informação num local centralizado e disponibilizam
essa informação aos utilizadores. Com este tipo de servidor, a
informação mantém-se no servidor e só as alterações é que são
gravadas no mesmo. Por exemplo, se quiser saber as despesas da
empresa de um determinado mês do corrente ano, guardadas num
ficheiro em Access, apenas essa informação é enviada para o seu
computador. O resto dos dados mantém-se no servidor.
3. As tarefas dos computadores na rede

3.3. Servidores de ficheiros e impressoras

Este tipo de servidor permite guardar centralmente qualquer tipo de


ficheiros e mantém instaladas impressoras que vão servir os
utilizadores de uma rede.

Se um utilizador faz um pedido de um ficheiro ao servidor, esse


ficheiro é enviado na totalidade para o local do pedido e colocado na
memória do computador. Depois de efetuadas todas as alterações, é
enviado novamente para o servidor, onde qualquer outro utilizador
da rede pode ir buscá-lo e efetuar alterações, se tiver permissões
para tal.
3. As tarefas dos computadores na rede

3.4. Servidores de fax

Os servidores de fax fazem a partilha de um ou mais fax-modem


instalados no computador. Desta forma é desnecessário haver um
fax-modem em cada computador da rede e qualquer utilizador pode
utilizá-los a partir de qualquer local da rede. Como ¡á foi antes
referido, os utilizadores só podem utilizar os faxes instalados no
servidor se tiverem permissão para tal.
Bibliografia
Sites:
 
Jorge Santos -Processo de comunicação http
://pwp.netcabo.pt/0511134301/comunica.htm
 
http://www.mytwt.net/ipca_arqcomp/myfiles/mydocuments/aulas/13Aula.pdf
 
Fundação para a Computação Científica Nacional, http://www.fccn.pt/
 
http://empresas.telecom.pt/PTPrime/Homepage/ManualUtilizador/Glossario/Ar quivo
/v/

www.estudar.org/.../conceito-extranet.html

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