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2022

Formador(a): Manuela Perestrelo

25 horas

Manual

UFCD-6228
Organização de eventos Nacionais e
Internacionais
UFCD:6228

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UFCD:6228

Contents
1. Introdução............................................................................................................................4

1. Planeamento de eventos: etapas.............................................................................5


1.ª Objetivos e Público-alvo.............................................................................................6
2.ª Orçamento disponível.................................................................................................6
3.ª Estratégia do evento...................................................................................................6
4.ª Definição do tema......................................................................................................7
5.ª Data e Local................................................................................................................7
6ª Data e Local.................................................................................................................7
7ª Programa.....................................................................................................................8
8ª Afetação de Recursos..................................................................................................8
10. ª Contratação de serviços...........................................................................................9
11 ª Estratégia de Comunicação.....................................................................................10
12 ª Planeamento Logístico............................................................................................10
13 ª Novo 0rçamento.....................................................................................................10
14 ª Avaliação.................................................................................................................11
5.1 Os vários tipos de reuniões......................................................................................12
Congresso.......................................................................................................................12
Conferência....................................................................................................................12
Simpósio.........................................................................................................................12
Seminário.......................................................................................................................13
Colóquio/Palestra...........................................................................................................13
Workshop.......................................................................................................................13
Cimeira...........................................................................................................................14
6. Funções da comissão organizadora....................................................................................14

7. Funções do secretariado.....................................................................................................15

Usos e Costumes Internacionais.....................................................................................16


O protocolo assume as seguintes funções:.....................................................................16
Regras Protocolares.......................................................................................................16
Algumas falhas passam por:...........................................................................................17
Conclusão.......................................................................................................................18
9. A Lei das Precedências do Protocolo do Estado Português - (Lei nº 40/2006)....................18

Artigo 1.º (Objeto)..................................................................................................................18

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Decreto-Lei n.º 150/87 de 30 de março..........................................................................19
Onde deve ser hasteada.................................................................................................19
Quando deve ser hasteada.............................................................................................20
Precedências das Bandeiras...........................................................................................20
10. O protocolo da União Europeia.........................................................................................21

Protocolo (N. 7) Relativo aos privilégios e imunidades da UE.........................................21


Conclusão...............................................................................................................................23

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1. Introdução

Planear eventos com sucesso não é uma tarefa simples, envolve muitas providências de natureza diversa,
que devem ser tomadas em determinada ordem e geralmente em curto espaço de tempo. Qualquer
esquecimento, atraso ou falha em relação a uma delas poderá comprometer o sucesso do evento. Para tal
não acontecer torna-se importante ter presentes os passos, ou etapas, a serem seguidos. A simples listagem
dessas etapas já constitui, por si só, uma ajuda, dando mais segurança ao organizador. No caso de evento
organizado por terceiros, ela pode ser utilizada como check list para a empresa acompanhar a sua
preparação. Se pelo contrário, o evento for organizado pela própria empresa deverá ter a atenção com
cuidados específicos a serem tomados, em relação a cada item da lista, servirá para evitar os problemas
mais comuns ou, pelo menos, para tornar possível lidar com eles em momentos inoportunos que no
decorrer do evento.

Importância do Planeamento

“A melhor preparação para o trabalho de amanhã é o bom trabalho de hoje” (in Ana Santiago, Formação
Portal do Ser);
“Estabelecer o caminho que a organização quer percorrer no futuro, através de estratégias e táticas” (Filipe
Pedro et al);
“Determinação dos meios mais indicados para atingir os fins definidos” (Filipe Pedro et al).

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1. Planeamento de eventos: etapas

Qual é o circuito do processo de planeamento?

1.ª Objetivos e Público-alvo

• Definir de forma clara e precisa o objetivo;


• Controlar a amplitude que se quer atingir;
• Exemplos de objetivos:
- Lançamento de novo produto/marca;
- Reunião de pessoas/discussão de temas;
- Apresentação institucional da empresa;
- Promoção de empresa/produto/marca;
- Divulgação de uma região/destino.

• Identificar e selecionar o público de interesse;


• Identificar os segmentos e áreas geográficas de onde provêm;
• Perceber as suas necessidades, interesses e expectativas;
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• Definir o número de pessoas a atingir.

2.ª Orçamento disponível

• Verificar e analisar o orçamento disponível;


• Estabelecer um orçamento básico e definir o grau de flexibilidade;
• Esta etapa deve anteceder todas as opções e ações estratégicas.

3.ª Estratégia do evento

• Após definição de finalidades e orçamento deve-se optar pela melhor estratégia de execução do evento (micro);
• Essa estratégia é definida já no âmbito de uma estratégia mais geral (macro) do evento.

4.ª Definição do tema

• Definir, explicitar e divulgar é importante e deve ser feito de forma mais rápida possível (porquê?);
• A definição do tema implica escolha dos meios de divulgação do evento, escolha do local, público-alvo, potenciais
patrocinadores, convites;
• O tema principal deverá ser curto, objetivo, claro, com impacto. Deve resumir todos os fins que se espera alcançar
com o evento.

5.ª Data e Local

• Etapas para definição da data: (1) melhor altura para a realização/base de trabalho; (2) verificar aspetos como
feriados, eventos concorrentes, épocas altas e baixas, datas comemorativas; (3) identificar dias da semana mais
adequados;
• A par da data, a escolha do melhor horário é fundamental. Deve-se já prever eventuais atrasos (normal/ a
atividade inicia 30m após).

6ª Data e Local

• A definição do local deve atender aos seguintes elementos:

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a) Gerais: Objetivo do evento; formato, interesses e expectativas público-alvo; disponibilidade do espaço; local
compatível com o orçamento disponível? (avaliar custo/benefício; ter no mínimo 3 opções em carteira);

b) Específicos (condições do espaço) O local tem a “cara do evento”? Tem estacionamento com segurança?
Receção eficiente, agradável, com sinalética adequada? Equipamento audiovisual? É necessário recorrer aos
serviços de fornecedores externos? Existem hotéis, restaurantes, bares no local ou perto dele? Localização,
decoração dos espaços.

7ª Programa

• Definição do programa provisório vs. definitivo; interno vs. Externo;


• Definição do programa geral: horários, interrupções, refeições, duração, conteúdo, espetáculos/animação;
• Qualquer programa deve constar:
- Dias; hora de início e fim; tema principal;
- Oradores e pequeno histórico profissional;
- Resumo de cada intervenção;
- Sala onde terá lugar a atividade;
- Horários e local de refeições;
- Informação clara sobre transporte dos participantes;
- Valor e condições de pagamento;
- Programa social;

8ª Afetação de Recursos

A) Recursos financeiros

• Capital disponível;
• Despesas a efetuar;
• Fontes de financiamento: subsídios públicos, doações de entidades privadas, contribuições particulares,
programas especiais, venda de bilhetes, patrocínio, mecenato.

B) Recursos Humanos

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• Determinar necessidade de pessoal;
• Analisar e descrever funções;
• Definir políticas e procedimentos;
• Elaborar orçamento;
• Efetuar recrutamento e seleção;
• Formar equipa;
• Supervisionar e avaliar desempenho.
C) Recursos físicos, materiais e serviços
• Infraestruturas;
• Equipamentos diversos;
• Serviços diversos: catering, audiovisuais, decoração, etc.
• Serviços de apoio: abastecimento, limpeza;

D) Recursos legais e de risco


• Contratos;
• Registo de marcas;
• Segurança;
• Serviços de emergência;

9.ª Reunir os envolvidos


• Necessidade de transmitir a informação sobre o evento aos colaboradores envolvidos no planeamento,
execução e controlo;
• Envolvidos: colaboradores da empresa, hospedeiros de eventos, fornecedores de serviços;

10. ª Contratação de serviços


Esta fase envolve a contratação de todos os serviços necessários à realização do evento;
- Catering: escolher a empresa, definir tipos de refeições (almoço, banquete, breakfast, café da manhã, chá da
tarde, churrasco, cocktail, coffee-break, happy-hour, jantar, picnic, vinho de honra, welcome drink), formatos de
serviço (sentado, volante, buffet) menus, horários, nº de pessoas para o serviço,
- Animação: artistas circenses (andas, malabaristas, mimos, palhaços, trapézio);
- Decoração: escolha de local (quente/fresco; aberto/fechado; localização/história); tipo de evento (oficial, formal,
informal), duração do evento (tipo de materiais a utilizar);
- Filmagem e fotografia.

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11 ª Estratégia de Comunicação

• Variável do marketing utilizada para divulgar/promover o evento: imagem a criar, mensagem a transmitir,
posicionamento do evento
• Identificar os meios de comunicação em função do público-alvo: publicidade no exterior (outdoors, mupies,
cartazes, banners em fachadas, viaturas, wc públicos, etc.), flyers, desdobráveis, cartas e convites, comunicação de
imprensa/kit de imprensa, merchandising
• Apostar num bom levantamento de meios nacionais, regionais e locais
• Utilizar instrumentos de divulgação como o press release e o convite
• Preparar sempre um Kit de Imprensa que forneça todas as informações necessárias sobre o evento
• A mensagem do evento deve sempre ser clara, concisa, correta, completa

12 ª Planeamento Logístico

• Classificar e ordenar de forma lógica as atividades a desempenhar


• Atribuir responsabilidades e tarefas
•. Fixar alternativas possíveis no caso de sucederem falhas
• Preparar sistema de registo de visitantes, elaborar cronograma geral do evento, checklists, diário de gestão de
espaço

13 ª Novo 0rçamento

• Verificar o indicar o investimento total previsto para o evento


• Após definição clara de toadas as atividades deve-se elaborar novo orçamento mais preciso e real comparando-o
com o preestabelecido e proceder a ajustes
• O orçamento deve indicar todos os serviços a prestar, assim como custos
• Fazer ainda referência a condições do orçamento: modalidades de pagamento, condições de cancelamento,
validade;

14 ª Avaliação

•Fase fundamental do planeamento, muitas vezes esquecida


•Fase essencial que permite fazer um balanço construtivo do evento
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• Permite identificar erros cometidos e aspetos positivos
• Informação fundamental para a realização dos próximos eventos

Em suma
O planeamento do evento deverá responder às seguintes questões:
- O quê?
- Porquê
- Para que?
- Onde?
- Como?
- Quando?
- A quem?
- Quem?
- Com que?

O planeamento do evento deverá responder às seguintes questões:


- O quê (natureza do projeto)?
- Porquê? (origem)
- Para quê? (objetivos)
- Onde? (Local)
- Como? (atividades, planeamento logísticos, metodologia)
- Quando? (calendarização)
- A quem? (público-alvo)
- Quem? (entidade anfitriã, organizadora, colaboradores)
- Com que? (recursos materiais, financeiros)

5. Organização de eventos internacionais


5.1 Os vários tipos de reuniões
Congresso
Pode ter abrangência regional, nacional ou internacional. Tem a duração de alguns dias com inclusão de outros
eventos tais como mesas redondas, comissões de debate, sessões de apresentação de trabalhos (oralmente ou em
poster). É um evento de grande porte que engloba sempre atividades sociais para os participantes. A programação é
centrada numa determinada área de conhecimento.
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Finalidade de se debater assuntos de interesse particular de um segmento de mercado de forma a partilhar
conhecimentos.

Conferência
É interessante para fazer contactos e para se manter informado sobre o que está a acontecer no setor. É uma
reunião essencialmente informativa cujo tema é desenvolvido por especialistas da área, para um grande número de
pessoas. É obrigatória a presença de um presidente de mesa, necessário para fazer a apresentação do orador e
presidir os trabalhos. Não são permitidas, de forma alguma, interrupções durante a apresentação podendo o orador
responder às perguntas do público, enviadas e identificadas por escrito ou realizadas oralmente no final da
apresentação.
Pode ser utilizado na abertura de um evento maior.
Curta duração. Centrado na exposição de um assunto de amplo conhecimento.
Visa um público específico que demonstre familiaridade com o assunto abordado.
Permite aos participantes a absorção de informação prática, realizar contactos e negócios e trocar experiências com
os demais participantes.

Simpósio
Reunião de especialistas que expõem um tema sobre o seu ramo, cada qual apresentando uma parte ou
focalizando-o sob um ponto de vista diferente.
Derivado de mesa redonda (evento que promove o debate e levanta questões sobre determinado tema).
A presença do moderador é importante para gerir o tempo de discussão e controlar ideias divergentes entre os
oradores.
Presença de um ou mais especialistas internacionais que representam determinada instituição, conferindo-lhe(s)
mais credibilidade à sua atuação. Há espaço para o público colocar questões. É um evento prático e simples, de
pequeno porte e curta duração. Pode conter várias conferências e contar com exposições paralelas.

Seminário
Consiste numa exposição oral para participantes que possuam algum conhecimento prévio do assunto a ser
debatido.
Geralmente divide-se em 3 fases: exposição, discussão e conclusão.
Os objetivos são a transmissão, atualização, debate, divulgação ou transferência de conhecimentos e técnicas
centrados num tema básico, que pode ser desdobrado em subtemas. Tem a finalidade de desenvolver capacidades,
conhecimento e aprendizagem por meio do trabalho.

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As decisões podem ser adotadas pela área, mas podem, apenas, ter o propósito de somar informações e
experiências.

Colóquio/Palestra

Reunião fechada na qual se expõe um tema que tem o propósito de não só esclarecer dúvidas, como ajudar na
tomada de decisões.
Muito utilizada por diversas classes de profissionais. Compõe diversos eventos como congressos e conferências e
tem a duração mínima de uma hora.

Workshop

Evento cujo objetivo é debater e ensinar sobre determinado tema. Há uma parte expositiva seguida de
demonstrações do objeto, existindo dinamismo com o público e aliando a teoria com a prática. Poderá fazer parte
de um evento de maior amplitude. Curta duração e de carácter promocional.

Cimeira

Encontro de autoridades máximas de Estado que visa debater e decidir sobre temas importantes, é uma reunião de
dirigentes.

6. Funções da comissão organizadora


Não existe uma estrutura de organização de eventos apropriada a todos os eventos.
A estrutura de organização depende dos objetivos, da dimensão e das características do evento.

- Comissão organizadora
- Comissão / Comité científico
- Comissão de honra
- Equipa da logística
- Equipa de comunicação e divulgação (RP)
- Equipa comercial e contabilidade
- Equipa de secretariado
- Equipa de tenologia de informação
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- Equipa de segurança

São também funções da comissão organizadora planear todo o evento desde o período pré-evento até ao período
pós-evento, sendo da sua inteira responsabilidade todas as ações efetuadas.
- Intervir diretamente em todo o processo, unir esforços para o sucesso do evento.
- Coordenar as demais comissões.
- Realizar contactos de recursos para a realização do evento.
- Oficializar contactos com as organizações envolvidas (públicas, privadas) e imprensa em geral.
O objetivo principal desta equipa é fazer com que o evento ocorra conforme o planeado.

7. Funções do secretariado

O secretariado é o cartão de visitas o evento, por ser o primeiro contacto entre o participante e o evento. Funciona
como um ponto de apoio para as inscrições e é imprescindível demonstrar hospitalidade ao participante. O
participante é a pessoa mais importante do evento.

- Transmitir que se espera que o evento satisfaça as suas expectativas.


- Supervisionar os serviços oferecidos aos participantes, convidados e autoridades;
- Efetuar novas inscrições;
- Entregar materiais aos participantes;
- Prestar informações em geral;
- Entregar os certificados;
- Elaborar controles das tarefas sob sua responsabilidade.

8. O Protocolo e as regras protocolares


Protocolo é o conjunto de regras e procedimentos que, estabelecendo precedências, privilégios e distinções,
regulam as relações dos órgãos e agentes do poder, no seio de uma comunidade, nacional ou internacional.
Está enraizado nos hábitos e costumes dos povos: há regras protocolares em todos os países do mundo, mas não é
possível estabelecer uma regra protocolar uniforme, em virtude dos diversificados padrões culturais.

Usos e Costumes Internacionais


Nas relações com autoridades estrangeiras, devem prevalecer a cultura e o protocolo do nosso país, até porque não
se deve privar o visitante de um contato, mesmo que formal, com as nossas características culturais.

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Há de se considerar, no entanto, a necessidade de se conhecer os hábitos e costumes do visitante para não incorrer
em erros.

O protocolo assume as seguintes funções:

Disciplinar: Impõe e determina as precedências, através da adoção de normas protocolares;


Semiológica: Faz emergir a linguagem formal, as formas de cortesia, etiqueta e de relacionamento em situações
oficiais;
Legislativa: Constitui a conversão efetiva da lei, das regras e dos costumes em normas claras de protocolo;
Organizacional: Define rituais e símbolos de poder a levar a efeito;
Pedagógica: Transmite valores, conhecimento, formas de agir com boas maneiras e de acordo sempre com a
respetiva cultura;
Informal: Utiliza o bom senso adaptado a novas realidades decorrentes do desenvolvimento da sociedade atual.

Regras Protocolares
É frequente considerar que o protocolo não é necessário em qualquer tipologia de eventos.
Em todos os eventos há momentos no programa que carecem de atenção protocolar.
É determinante o uso adequado de palavras, diálogos, regras, formas de tratamento, trajes cerimoniais, normas de
conduta.
Na aplicação das normas protocolares aos eventos há que ter em atenção o tipo e o perfil do convidado,
nomeadamente se este vai ter a presença de altas entidades.
O protocolo é um instrumento elementar para convivência entre os participantes, cada um ocupando o lugar que
lhe cabe em função do seu estatuto profissional.

- Se estiver a usar luvas retire a direita para apresentar a mão.


- Não trate as pessoas por tu sem que tal se tenha proporcionado.
- Saiba tratar as pessoas de acordo com o respetivo título.
- Quando falam consigo, olhe as pessoas nos olhos e responda alguma coisa.
- Evite confidencias à pessoa que acabou de conhecer.
- Não olhe a pessoa de alto a baixo.
- Não faça perguntas indiscretas.
- Não peça favores a alguém que acabou de conhecer.

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Algumas falhas passam por:

- Desrespeitar a pontualidade em função do que foi estabelecido no programa;


- Fazer esperar os convidados ou o por vezes até o próprio anfitrião;
- Descuidar a organização do acontecimento e permitir que isso transpareça para o público;
- Ignorar a agenda em eventos internos gerando perdas de tempo;
- Deixar que o telemóvel interfira no desenrolar do encontro;
- Confundir as normas sociais e as precedências empresariais (por exemplo dar precedência em função do
género e não do cargo);
- Desleixar a seleção do traje e não cumprir as indicações dadas no convite;
- Sentar-se sem que o lugar lhe tenha sido indicado ou alterar a marcação pré-estabelecida:

Conclusão

A cortesia, etiqueta, imagem e protocolo devem fazer parte do nosso dia-a-dia e devem contribuir para a
preservação de uma convivência social agradável, na qual a consideração, a boa educação, a afabilidade, os valores
e o respeito imperem.

A cortesia, etiqueta, imagem e protocolo devem fazer parte do nosso dia-a-dia e devem contribuir para a
preservação de uma convivência social agradável, na qual a consideração, a boa educação, a afabilidade, os valores
e o respeito imperem.

9. A Lei das Precedências do Protocolo do Estado Português - (Lei


nº 40/2006)
Artigo 1.º (Objeto)

1. A presente lei dispõe sobre a hierarquia e o relacionamento protocolar das altas entidades públicas.
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2. A presente lei dispõe também sobre a articulação com tal hierarquia de outras entidades inseridas no esquema
de relações do Estado e ainda sobre a declaração do luto nacional.

Artigo 2.º (Âmbito de aplicação)


A presente lei aplica-se em todo o território nacional e nas representações diplomáticas e consulares de Portugal no
estrangeiro.

Decreto-Lei n.º 150/87 de 30 de março

Estabelece as regras sobre o uso da Bandeira Nacional. A legislação que se refere ao uso da Bandeira Nacional
encontra-se dispersa e é incompleta, sendo datada, em alguns casos, do princípio do século. Constitui exceção a
esta situação a regulamentação, completa e atualizada, que contempla o uso da Bandeira Nacional no âmbito
militar e marítimo.

Onde deve ser hasteada

Locais obrigatórios por Lei:

 Instalações de órgãos das administrações públicas central, regional e local;


 Monumentos nacionais;
 Sedes dos Institutos e Empresas públicas;

Locais opcionais:

 Delegações dos Institutos e Empresas públicas;


 Instalações de entidades privadas e de pessoas coletivas.

Nota: Nos locais onde a Bandeira Nacional pode ser hasteada opcionalmente, se o for, deverá cumprir sempre as
regras e protocolos definidos.

Apesar da Lei não o obrigar especificamente, é aconselhável hasteá-la, todos os dias, em outros locais de maior
simbolismo ou com grande visibilidade, tais como:

 Sedes dos Representantes da República para as Regiões Autónomas;

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 Ministérios da Defesa Nacional e dos Negócios Estrangeiros;
 Governos civis dos distritos;
 Fronteiras, portos e aeroportos internacionais;
 Representações diplomáticas de Portugal no estrangeiro;
 Sedes dos órgãos legislativos e executivos das regiões autónomas;
 Sedes das áreas metropolitanas e de outras comunidades intermunicipais;
 Sedes das câmaras municipais;
 Quartéis-generais das Forças Armadas e de comandos militares;
 Monumentos nacionais de grande afluxo turístico.

Quando deve ser hasteada

Segundo a Lei, a Bandeira Nacional deverá ser hasteada todos os dias nos seguintes locais:
 Presidência da República;
 Assembleia da República;
 Presidência do Conselho de Ministros;
 Supremo Tribunal de Justiça;
 Tribunal Constitucional.

Desde as 09h00 ao pôr do sol;


Aceitável, em locais cujo funcionamento esteja já encerrado ao pôr do sol, que o arrear da Bandeira Nacional seja
realizado à hora do seu encerramento;
Quando a Bandeira Nacional permanecer hasteada durante a noite deverá, sempre que possível, ser iluminada por
meio de projetores.

Precedências das Bandeiras

 Bandeira Nacional;
 Bandeira da União Europeia;
 Bandeiras de organizações internacionais, por ordem alfabética;
 Bandeiras de países estrangeiros, por ordem alfabética;
 Bandeiras de regiões autónomas ou comunidades intermunicipais, por ordem alfabética;
 Bandeiras de municípios, por ordem alfabética;

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 Bandeiras de freguesias, por ordem alfabética;
 Bandeiras de organismos públicos, por ordem alfabética;
 Bandeiras de entidades privadas, por ordem alfabética;
 Bandeiras de serviço (de sinalização, de certificação, etc.).

Nota: Quando forem hasteadas bandeiras de entidades estrangeiras, as mesmas têm precedência imediatamente a
seguir à das entidades portuguesas equivalentes.

10. O protocolo da União Europeia

Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia


Artigo 343.o
A União goza, no território dos Estados-Membros, dos privilégios e imunidades necessários ao cumprimento da sua
missão, nas condições definidas no Protocolo de 8 de abril de 1965 relativo aos Privilégios e Imunidades da União
Europeia. O mesmo regime é aplicável ao Banco Central Europeu e ao Banco Europeu de Investimento.

Protocolo (N. 7) Relativo aos privilégios e imunidades da UE

Representantes dos Estados-Membros que participam nos trabalhos das instituições da União; os seus conselheiros
e peritos técnicos, no exercício das suas funções e durante as deslocações de e para o local da reunião, gozam dos
privilégios, imunidades e facilidades habituais.
O presente artigo é igualmente aplicável aos membros dos órgãos consultivos da União.
No território de cada Estado-Membro e independentemente da sua nacionalidade, os funcionários e outros agentes
da União:
Sob reserva das disposições dos Tratados, são imunes a procedimentos legais relativos a atos praticados por estes
na sua capacidade oficial, incluindo as suas palavras proferidas ou escritas. Eles continuarão a gozar desta
imunidade depois de terem deixado de exercer o cargo;
juntamente com seus cônjuges e membros dependentes de suas famílias, não estão sujeitos a restrições de
imigração ou a formalidades para o registo de estrangeiros; no que diz respeito à regulamentação monetária ou
cambial, devem ser concedidas as mesmas facilidades que são habitualmente concedidas aos funcionários de
organizações internacionais;

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 gozarem do direito de importar, com isenção de direitos, seus móveis e seus efeitos no momento da
primeira entrada em seu posto no país em questão, e o direito de reexportar, com isenção de direitos, seus
móveis e seus efeitos, no término de suas funções naquele país; sujeita em qualquer caso às condições
consideradas necessárias pelo governo do país no qual este direito é exercido;

 têm o direito de importar, com isenção de direitos, um automóvel para uso pessoal, adquirido no país da
sua última residência ou no país de que são nacionais, nos termos em vigor no mercado nacional desse país,
e para exportá-lo com isenção de direitos, sujeito, em qualquer caso, às condições consideradas necessárias
pelo governo do país em questão.

 As instituições da União cooperarão, para efeitos de aplicação do presente protocolo, com as autoridades
responsáveis dos Estados-Membros em causa.

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Conclusão

Cada tipo de eventos possui características peculiares, motivo pelo qual os passos e, às vezes, a sua ordem diferem,
apesar de haver alguma coincidência. A Feira é a que mais difere e que possui maior complexidade dentre os vários
tipos de eventos.
O planeamento do evento deverá inicialmente questionar:
- O quê; - Porquê; - Para quê; - Onde; - Como; - Quando; - A quem; - Quem; e - Com que.
No final o planeamento do evento deverá responder às seguintes questões:
- O que (natureza do projeto); - Por que (origem); - Para que (objetivos); - Onde (Local); - Como (atividades,
planeamento logísticos, metodologia; - Quando (calendarização); - A quem (público-alvo); - Quem (entidade anfitriã,
organizadora, colaboradores); e - Com que (recursos materiais, financeiros).

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Bibliografia

Allen, J., O'Toole, W., Mcdnoell, I. & Harrirs, R. (2003). Organização e Gestão de Eventos, 1ª edição, Rio de Janeiro:
Elsevier Editora.

GIacaglia, M. (2004). Organização de Eventos, Teoria e Prática, 1ª edição. São Paulo: Pioneira Thomson Leaming.

Hoyle Jr., L. (2002). Marketing de Eventos: Como Promover com Sucesso Eventos, Festivais, Convenções e
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Martin, V. (2002). Manual Prático de Eventos, lª edição. São Paulo: Editora Atlas.

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Zanella, L. C. (2003). Manual de Organização de Eventos, 1ª Edição. São Paulo: Editora Atlas

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