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CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE

NG5 – Convicção e Firmeza Ética

DR1 - Valores éticos e culturais


A cultura é compreendida como os comportamentos, tradições e conhecimentos de um
determinado grupo social, incluindo a língua, as comidas típicas, as religiões, música local,
artes, vestimenta, entre outros inúmeros aspetos. Junta-se a isto uma rede de
compartilhamento de símbolos, significados e valores. Os mesmos são formados
artificialmente pelo homem, ou seja, de uma maneira não natural.

A origem da palavra cultura vem do termo em latim colere, que significa cuidar,
cultivar e crescer. Por isso o termo também está associado a outras palavras, como a
agricultura, que trata do cultivo e crescimento das plantações.

Os elementos que compõem uma cultura são compartilhados pelos membros da


sociedade, criando-se, assim, uma identidade cultural.

Portugal, o nosso país, é rico em tradições e lendas. Além disso o estilo das
construções, a religião, a gastronomia, o folclore e até as calçadas são marcos principais que
diferem a nossa cultura das demais.

Reza a lenda que “certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As
autoridades resolveram prendê-lo e apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém
acreditou que o galego se dirigisse a Santiago de Compostela, em cumprimento de uma
promessa, e que fosse devoto de Santiago, S. Paulo e Nossa Senhora. Por isso, foi condenado
à forca. Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juíz que o condenara.
Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado que, nesse
momento, se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e,
perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa,
exclamando: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me
enforcarem”. Risos e comentários não se fizeram esperar, mas, pelo sim pelo não, ninguém
tocou no galo.

O que parecia impossível tornou-se, porém, realidade! Quando o peregrino estava a


ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Já ninguém duvidou das afirmações
de inocência do condenado. O juiz correu à forca e viu, com espanto, o pobre homem de
corda ao pescoço. Todavia, o nó lasso impedia o estrangulamento. Imediatamente solto foi
mandado em paz. Passados alguns anos, voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em
louvor a Santiago e à Virgem.”

De forma a eternizar a lenda, o artesão Domingos Côta criou o primeiro Galinho de


Barcelos, uma das maiores tradições portuguesas e um ícone que ainda hoje se mantém
popular. O Galo de Barcelos é um dos símbolos mais famosos de Portugal.

Não só de lendas vive a cultura portuguesa, sendo Portugal um famoso produtor de


vinho há mais de dois milênios, desde a chegada do povo romano com as técnicas de cultivo
e produção. O segmento vinícola cresceu exponencialmente no país devido a grande
diversidade de castas de uvas.
Aliás, em nenhum outro ponto do continente europeu há tantas castas que podem
gerar vinhos portugueses de altíssima qualidade.

Em Portugal existe ainda a região demarcada mais antiga do planeta, no Douro. Esse
local foi desenvolvido para garantir a excelência mundialmente reconhecida do famoso vinho
do Porto.

O que torna o vinho do Porto diferente dos restantes vinhos, além do clima único, é o
facto de a fermentação do vinho não ser completa, sendo parada numa fase inicial (dois ou
três dias depois do início), através da adição de uma aguardente vínica neutra (com cerca de
77º de álcool). Assim o vinho do Porto é um vinho naturalmente doce (visto o açúcar natural
das uvas não se transforma completamente em álcool) e mais forte do que os restantes vinhos
(entre 19 e 22º de álcool).

A culinária de Portugal é muito diversificada e rica. Podemos encontrar uma grande


variedade de receitas típicas em diferentes lugares do país. Além disso, a cozinha portuguesa
está muito relacionada ao clima local.
Ainda, devido às particularidades da história portuguesa, a gastronomia está dividida
entre a área do Mediterrâneo e o Atlântico.
Regada a muito azeite, bacalhau, sardinhas e azeitonas, a culinária de Portugal é rica
em sabor e em qualidade, sendo um símbolo da cultura portuguesa.
Os doces portugueses também são famosos ao redor do mundo, como é o caso dos
Pastéis de Belém.
Internacionalmente, Portugal é considerado um lar de grandes poetas. Inicialmente, a
poesia começou sob influência da trovadoresca e evoluiu com o cimeiro da epopeia, no
Renascimento.
Tudo isto em função da publicação dos Lusíadas, de Luís de Camões. O contexto
universalista apresentou-se na obra de Fernando Pessoa, o poeta português mais traduzido da
história. Além disso, a prosa de José Saramago rendeu um Prêmio Nobel em 1998.

O fado é parte da cultura portuguesa, um estilo musical que só existe cá. O fado é um
fenômeno muito presente nas regiões mais antigas e nas casas típicas. O tom é sempre
voltado para crítica política e social, mas também há espaço para a paixão, a desilusão, a
saudade e os problemas do dia a dia.

Amália Rodrigues foi a principal fadista do país e é considerada uma diva da música
portuguesa, sendo imbatível até hoje na quantidade de discos vendidos.

Portugal também é uma nação recheada de festas típicas e romarias em todas as


regiões. Por ser um país pequeno, é surpreendente a diversidade de comemorações anuais.

Os portugueses são maioritariamente católicos. Aliás, a religião em Portugal está no


centro da vida de milhares de pessoas que ainda tem o hábito de comparecer à missa aos
domingos, além das peregrinações aos santuários para cumprir promessas.

Apesar de ter perdido força na geração mais jovem, a religião ainda faz parte do dia a
dia do país.

A tendência do ser humano nas sociedades é de repudiar ou negar tudo que lhe é
diferente ou não está de acordo com suas tendências, costumes e hábitos, fazendo juízos de
valor daquilo que é considerado diferente.

Por exemplo, enquanto alguns animais como escorpiões e cães não fazem parte da
nossa cultura alimentar, em alguns países asiáticos estes animais são preparados como
alimentos, sendo vendidos na rua da mesma forma como estamos habituados aqui a comer
um pastel ou pipocas. Assim, o que aqui é exótico, lá não o é necessariamente.

Outro exemplo, para além da comida, é o vestuário, pois, tendo como base o costume
do homem urbano da nossa cultura, certamente as poucas vestes dos índios e as roupas típicas
dos escoceses - o chamado kilt - são vistas com estranheza.
Tomemos como exemplo a cultura Mexicana, que a nível de gastronomia, rituais,
crenças e outros, muito difere da nossa.

O México foi o primeiro país a ter a gastronomia reconhecida, em 2010 foi


reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, este título foi-lhes
atribuído por respeito e honra aos mais de mil anos de tradições.

A cozinha tradicional mexicana é um modelo abrangente, que inclui agricultura, ritos,


práticas e costumes herdados de comunidades ancestrais, mas sem esquecer a inovação. Entre
os principais ingredientes de sua culinária estão o milho, o feijão e a pimenta, uma receita
com muita tradição é o PAN DE CAZÓN, é um prato do estado do Campeche, e é feito de
camadas de tortilhas alternadas com peixe, leva também feijão frito, cebola, alho, tomate e
molho de pimenta.

O Dia dos Mortos é uma celebração tradicional no México e considerada Patrimônio


Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. No início do ritual as famílias criam altares
com as comidas e bebidas preferidas do familiar falecido, dizem que um dia depois da
celebração, a comida perde o sabor, o que significa que o espírito da pessoa homenageada
desfrutou da toda aquela preparação por parte dos familiares, a celebração ocorre durante a
festividade de 31 de outubro a 2 de novembro.

Em Portugal, o Dia dos Fiéis Defuntos, é bastante diferente. Os familiares visitam os


cemitérios e levam flores e velas. É uma forma de lembrar quem já partiu, mas onde a tristeza
e a saudade predominam. Não é visto como um dia de festa, mas sim como um dia de oração.

Como vemos as culturas diferem, e a grande questão está em saber lidar e aceitar as
diferenças que se constatam.

Tomar conhecimento do outro sem aceitar sua lógica de pensamento e dos seus
hábitos acaba por gerar uma visão etnocêntrica e preconceituosa, o que pode até mesmo se
desdobrar em conflitos diretos.

DR2 – Deontologia e Normas profissionais


DR3 – Códigos de Conduta Institucional
A deontologia é um conjunto de comportamentos exigíveis aos profissionais, muitas
vezes de forma não codificada e sem regulamentação jurídica. Assim, a deontologia é uma
ética profissional das obrigações práticas, baseada na livre ação da pessoa e no seu carácter
moral.

A ética refere-se aos costumes de vida e estuda os princípios normativos do


comportamento humano e os valores morais que dirigem a vida do homem.

Ou seja, a deontologia refere-se ao conjunto de princípios e regras de conduta — os


deveres — inerentes a uma determinada profissão. Assim, cada profissional está sujeito a
uma deontologia própria a regular o exercício de sua profissão, conforme o Código
Deontológico da sua profissão. Neste caso, é o conjunto codificado das obrigações impostas
aos profissionais de uma determinada área, no exercício da sua profissão.

O objetivo da ética profissional é gerar reflexos positivos tanto para os colaboradores


quanto para a empresa na medida em que estimula a harmonia no ambiente de trabalho,
aumenta a produtividade e auxilia no desenvolvimento profissional das pessoas que fazem
parte da organização.

Por isso, incentivar a ética no trabalho deve ser algo constante e de responsabilidade
de todos que fazem parte da empresa. Para isso, é preciso encorajar um clima organizacional
saudável, por meio de incentivos de práticas baseadas no respeito mútuo e honestidade.

Os funcionários que sustentam os seus comportamentos e as suas ações, almejando o


respeito e a cooperação, também usufruem de um ambiente de trabalho ético.

Na minha opinião considero os seguintes exemplos de atitudes e comportamentos


fundamentais no bom funcionamento da empresa onde trabalho.

O comprometimento deve ser uma atitude constante. Primeiramente, é preciso


comprometer-se com o próprio desenvolvimento e comportar-se de forma adequada, ou seja,
ter atitudes apropriadas para alcançar seus objetivos e metas. O único caminho para isso é
entregar os resultados esperados pela organização.

Também é necessário estar comprometido com os patrões, colegas de trabalho e


clientes.
Na empresa, são tomadas todas medidas para que os erros sejam evitados. No entanto,
as empresas são feitas de pessoas e, por isso, os erros podem acontecer, uma vez ou outra. A
humilde para reconhecer o equívoco e corrigi-lo, com o objetivo de amenizar os prejuízos é
sem dúvida um grande valor no meu ponto de vista.

O ponto mais importante e indispensável para mim é a honestidade com os patrões, os


colegas de equipa e os clientes, mantendo a transparência nas atividades exercidas, de forma
a garantir que todos sejam influenciados de forma positiva com o trabalho, de maneira direta
ou indireta.

Acredito que o bom funcionamento de uma empresa parte muito do ambiente vivido
entre colegas, por isso faz parte de cada trabalhador dar de si o melhor para ter um bom
ambiente no seu emprego, é desta forma que na empresa onde trabalho tentamos ser a cada
dia, a minha postura enquanto funcionário é esta. Estar em sintonia com os colegas e
cooperar em todos os sentidos.

Existe todos os meses uma atividade que acho muito importante para o nosso bem-
estar como equipa, mas sobre tudo como amigos. Todos os meses há um jantar de elementos
do trabalho, no sentido de melhorar o nosso relacionamento e também para troca de ideias no
sentido de melhorar alguns aspetos.

DR4 – Escolhas Morais e Comunitárias

A CARE é uma instituição que está presente em 94 países e tem por missão salvar
vidas, combater a pobreza e alcançar justiça social, as crianças são os principais rostos da
pobreza nas comunidades mais pobres do mundo.

Nas quase oito décadas de experiência da CARE mostram que a capacitação da


população feminina é a chave para famílias inteiras saírem de uma situação de pobreza
extrema.

Foi fundada nos Estados Unidos em 1945. A CARE nasceu da junção de 22


organizações norte-americanas que se mobilizaram para apoiar os sobreviventes da II Guerra
Mundial, através do envio de “Care Packages”, que continham alimentos e outros bens
essenciais Atualmente, a CARE é uma confederação internacional de 14 organizações.
A CARE encontra-se entre as primeiras organizações deste género a chegar ao terreno
numa crise humanitária, durante uma situação de emergência, a organização satisfaz as
necessidades imediatas das pessoas afetadas, fornecendo comida, abrigo, água potável e
produtos de higiene. Através dos seus programas de emergência, a CARE presta auxílio
anualmente a 12 milhões de pessoas, além disso, a CARE ajuda as pessoas, famílias e
comunidades a construírem as suas vidas após uma crise humanitária. A organização prepara-
as ainda para lidarem com catástrofes futuras, de modo a mitigar o seu impacto.

No seu trabalho com as raparigas, a CARE constrói escolas e garante o seu direito à
educação. A organização desenvolve também ações para impedir os casamentos infantis
(antes dos 18 anos) e forçados.

A CARE é líder global dentro de um movimento mundial dedicado a erradicar a


pobreza. São conhecidos em todos os lugares pelo compromisso inabalável com a dignidade
das pessoas. Funcionam em todo o mundo, para salvar vidas e derrotar a pobreza, e alcançar a
justiça social.

Procuram um mundo de esperança, inclusão e justiça social, onde a pobreza seja


superada e todas as pessoas vivam com dignidade e segurança. Colocam mulheres e meninas
no centro porque sabem que não podem superar a pobreza até que todas as pessoas tenham
direitos e oportunidades iguais.

Acreditam na ação urgente, na inovação e na necessidade de transformação - no


mundo e na própria organização.

São responsáveis perante as pessoas e parceiros a quem servem humildemente,


compartilhando de forma transparente os resultados, histórias, e aulas. Sabem que ao abraçar
as diferenças, incluindo ativamente uma variedade de vozes, podem resolver os problemas
mais complexos do mundo.

Acreditam no valor igual de cada ser humano e na importância de respeitar e honrar


cada indivíduo; sabem que a mudança acontece por meio das pessoas.

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