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Infraestruturas - TIC

Eng.º Fernando Barreiro


Infraestruturas - TIC

Internetworking
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING
 Conceitos Básicos

 Normalização

 Evolução dos Dispositivos de Rede


função dos Domínios de Colisão e
de Broadcast

 Modelos de Referência

 Diagramas de Rede
Internetworking

Conceitos Básicos
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – CONCEITOS BÁSICOS
Nesta introdução pretende-se fornecer os conceitos
básicos de INTERNETWORKING, com foco na forma como são
dimensionadas as Redes de Comunicações e efectuada a
respectiva Interligação usando as Tecnologias/Sistemas de
Switching e Routing.

LAN Switching / Routing

OPERADOR(ES)
ROUTER
WAN
TECNOLOGIAS DE COMUTAÇÃO / COMUNICAÇÃO
INTERFACES DE ACESSO
ROUTER

LAN Switching / Routing


ROUTER

Interligação Física (LAN / WAN) e


LAN Switching / Routing configuração do Esquema de Endereçamento
Lógico de REDE (Protocolo IP)
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – CONCEITOS BÁSICOS
ASPECTOS RELEVANTES:

 Descrição / Identificação dos vários Componentes


que integram as Infraestruturas de Rede e
respectivas Funções;
 Seleccionar os Componentes adequados no
dimensionamento de Soluções Tecnológicas /
Arquitecturas de Rede, de forma a alcançar os
respectivos Requisitos Técnicos e Funcionais;
 Utilizar os Modelos OSI (Open Systems
Interconnection) e TCP/IP (Transmission Control
Protocol/Internet Protocol), bem como os
respectivos protocolos associados, para
identificar a forma como a informação é
encaminhada através de uma Rede entre a Origem e
o Destino;
 Elaboração e Interpretação de Diagramas de Rede –
Físicos / Lógicos.
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – CONCEITOS BÁSICOS
EVOLUÇÃO:

 Digitalização / Compressão de Sinais Analógicos


 Convergência de Serviços
 Utilização de Tecnologia IP
 Maiores Débitos de Comunicação
 Qualidade de Serviço (QoS)
 Qualidade de Experiência (QoE)
 Segurança
 Mobilidade
 Paradigma Fixo - Móvel
Internetworking

Normalização
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO
 Desenvolvimento de sistemas de acordo com
funções base comuns
 Garantia de Interoperabilidade entre
sistemas de diferentes Fabricantes
 Maior leque de opções em função de
requisitos específicos de uma solução
 Evitam-se efeitos colaterais resultantes
de alteração, inserção e/ou remoção de
sistemas
 Protecção do investimento realizado pelo
utilizador
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO
A Normalização é assim um aspecto
fundamental a ter em consideração no
Desenho, Planeamento e Instalação de
Infraestruturas de Rede. Devem ser
observadas em primeiro lugar as Normas
Internacionais, na ausência destas para
determinados aspectos específicos respeitar
as Normas Regionais, Nacionais ou de
Associações de Profissionais / Fabricantes.
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO

http://www.iso.org/iso/home.html

É uma Organização Internacional não Governamental, sem


fins lucrativos, onde estão representadas as Organizações
Nacionais de Normalização dos países membros (actualmente
mais de 100). É a mais importante Organização Mundial de
Normalização em todas as áreas. A actividade está
organizada por TC (+/- 250) -> SC -> WG.

Na área das Tecnologias de Informação e Comunicação


(TIC), a principal iniciativa da ISO centrou-se no
desenvolvimento do Modelo OSI (Open Systems
Interconnection), cujo objectivo era o de possibilitar o
desenvolvimento de Sistemas Abertos (sistemas compatíveis
em termos de funcionalidades de operação
independentemente do respectivo fabricante).
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INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO

http://www.isoc.org/

ISOC (Internet SOCiety) é uma Organização Internacional


cujo objectivo é o de promover o desenvolvimento,
evolução e utilização da Internet. Foca-se no
desenvolvimento de Normas / Protocolos para a Internet e
iniciativas Educacionais / Promocionais tendo em vista
fomentar a utilização daquela Rede.

Os trabalhos de natureza técnica são realizados pelos


organismos IETF (Internet Engineering Task Force) e IAB
(Internet Architecture Board), tendo os documentos
publicados normalmente a designação de RFC (Request for
Comments).

http://www.ietf.org/

http://www.iab.org/
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INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO

http://www.itu.int/

ITU (International Telecommunication Union) Esta


Organização Internacional é uma Agência das Nações Unidas
fundamentalmente vocacionada para a regulamentação e
desenvolvimento das áreas das Tecnologias de Informação e
Comunicação. Dentro da ITU o sector das telecomunicações
é designado por ITU-T e das Radiocomunicações por ITU-R.

A ITU-T promove o desenvolvimento de Normas com o


objectivo de facilitar a interoperabilidade entre
Sistemas de Telecomunicações de vários Países /
Fabricantes. Na área das Tecnologias de Informação e
Comunicação existe uma estreita cooperação entre a ISO e
a ITU-T.
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INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO

http://www.iec.ch/

IEC (International Electrotechnical Commission) é uma


Organização Internacional formada por representações
nacionais dos Países Industrializados e é responsável pela
coordenação de actividades de normalização nas áreas
Tecnológicas da Electrónica e Rede Eléctrica
(Electrotechnology).

Na área das Redes de Comunicações existe uma estreita


cooperação entre a ISO e a IEC que se traduz na edição
conjunta de normas (Normas ISO / IEC).
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INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO

http://www.cen.eu/

CEN (Comité Européen de Normalisation) é a Organização


Regional responsável pelo processo de normalização a
nível europeu em todas as áreas, com excepção da área da
Electrotecnia que está a cargo da CENELEC – Comité
Européen de Normalisation Electrotechnique e a das
Telecomunicações que está a cargo da ETSI – European
Telecommunications Standards Institute. Estas duas
organizações trabalham em estrita colaboração com a CEN.

http://www.cenelec.eu/Cenelec/Homepage.htm
http://www.etsi.org/WebSite/homepage.aspx
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INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO

http://www.ansi.org/

ANSI (American National Standards Institute) É a


principal organização responsável pelo processo de
normalização nos EUA.
Representa o País na ISO e na IEC.

http://www.inacom.og.ao

O INACOM (Instituto Angolano das Comunicações) foi criado pelo


Decreto nº 12/99, de 25 de Junho e reformulado através do Decreto
nº115/08, de 07 de Outubro, é o organismo responsável em Angola,
de assegurar a regulamentação e monitorização da actividade de
prestação de serviços de telecomunicações.
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INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO

http://www.eia.org/

EIA (Electronic Industries Alliance) – É uma Associação Sectorial


dos Industriais de Electrotecnia e Electrónica, fundamentalmente
a nível dos EUA. Actividade: Normalização na área das Redes de
Comunicações, Estudos de Mercado e Realização de Seminários.

http://www.tiaonline.org/

A TIA (Telecommunications Industries Association) - É uma


Associação congénere para a área das Indústrias de Tecnologias de
Informação e Comunicação.

http://www.isalliance.org/
ISAlliance (Internet Security Alliance) - É uma Associação
congénere vocacionada para a área da Segurança da Informação.
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INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO

http://www.ieee.org/portal/site

IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) – É uma


das maiores Associações profissionais do mundo. Envolve mais de
400 mil profissionais na actividade de normalização nas áreas da
Engenharia Electrónica, Electrotécnica e Tecnologias de
Informação / Comunicação.

http://www.ecma-international.org/

ECMA (European Computer Manufacturers Association) – É uma


Organização representativa dos Fabricantes Europeus de
Computadores. Teve envolvimento importante na definição da
arquitectura ISO para as Redes de Tecnologias de Informação e
Comunicação (Modelo OSI), desenvolvendo a sua actividade de
normalização na área específica das TIC.
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INTERNETWORKING - NORMALIZAÇÃO
http://www.3gpp.org

3GPP (3rd Generation Partnership Project) – Constituído por


Associações de Telecomunicações e Operadores com a missão
original de especificar Standards para a evolução dos Sistemas
GSM (2G) até à 3ª Geração (UMTS). Contudo, após completar as
primeiras especificações LTE / EPC o Grupo 3GPP tornou-se o ponto
focal de desenvolvimento de Sistemas Móveis para tecnologias
posteriores à 3G e Futuras.

http://www.3gpp2.org

3GPP2 (3rd Generation Partnership Project 2) – Na prática o 3GPP2


é um grupo de Associações e Operadores de Telecomunicações com a
missão de especificar Standards para a evolução dos Sistemas CDMA
de 2ª Geração (IS-95) até à 3ª Geração (CDMA2000). O UMB (Ultra
Mobile Broadband) foi um projecto do 3GPP2 para desenvolvimento
do sucessor de 4ª Geração do sistema CDMA2000.
Internetworking

Dispositivos de Rede
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE

Domínio de Colisão / Domínio de Broadcast:

 Domínio de Colisão: É uma Área Lógica, Segmento de


Rede, onde as Tramas podem colidir umas com as
outras;
 Domínio de Broadcast: É um Segmento Lógico de uma
Rede em que um HOST é capaz de comunicar com qualquer
outro HOST na Rede sem necessidade de utilizar
Dispositivos de Routing. Por outras palavras pode-se
definir como a área de abrangência até onde uma Trama
/ Pacote de Broadcast se pode propagar na rede.
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
Repetidores, HUBs e BRIDGES:

 Repetidores - Operam apenas na Camada Física, não


tendo por isso capacidade de filtrar tramas de
Nível 2. São usados para aumentar a distância de
troços de rede por meio da regeneração de sinais
fracos;
 Concentradores (HUBs) – Não fazem tratamento
lógico algum dos dados recebidos. Praticamente só
amplificam (analógico) / restauram (digital) o
sinal recebido na porta de entrada para depois
retransmiti-lo para todas as retantes portas.
Também só trabalham na Camada Física, por isso o
HUB pode assim ser considerado como um tipo de
repetidor multiporta;
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
Repetidores, HUBs e BRIDGES: (Continuação)

 BRIDGES – São fundamentalmente dispositivos que


interligam dois segmentos de rede que usam o
mesmo protocolo de comunicação. Uma Ponte
(Bridge) filtra e encaminha para o outro segmento
de rede, fluxos de tráfego de entrada com base no
endereçamento MAC da respectiva Trama (Frame).
Trabalha na Camada de Enlace (Nível 2) e é usada
para segmentação da LAN, podendo igualmente
reforçar o nível do sinal, sendo assim mais
inteligente que o repetidor;
 SWITCHES E ROUTERS - Evolução
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
HUBS
HOST A HOST B

REDE BÁSICA

(HUB)

• A Linguagem de Computador é em Código Binário (0s e 1s)


• O HUB é fundamentalmente um Repetidor Multiporta
• Utiliza Meio Partilhado do Tipo BUS
• CSMA/CD - Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection
• Apenas um HOST pode transmitir dados de cada vez (Half-Duplex)
• Todos os HOSTS operam à mesma velocidade
• Um Domínio de Colisão (Collision) e um Domínio de Broadcast
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INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
HUBS (Continuação) HOST A HOST B

REDE BÁSICA

(HUB)

• Possibilita a troca de Informação entre os Equipamentos


(HOST A e B)
• Os HOSTS comunicam entre si utilizando os Endereços MAC
(Hardware)
• DNS (Domain Name System / Service) – Resolução de nomes
(Obtenção do endereço IP a partir do nome do HOST)
• ARP (Address Resolution Protocol) – Obtenção do Endereço
MAC a partir do IP. RARP – Obtenção do IP a partir do MAC
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INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
ADIÇÃO DE HUBS PARA EXPANSÃO DA CONECTIVIDADE EM REDE

(HUB)

(HUB) (HUB)

HOST A HOST N

Continuamos a ter um Domínio de Colisão (Collision) e um Domínio


de Broadcast
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
O crescimento das Infraestruturas de Rede, se não for
devidamente dimensionado, pode causar Congestionamento de
Tráfego normalmente derivado de:

 Demasiados HOSTS num mesmo Domínio de Broadcast;


 Broadcast Storms;
 Tráfego Multicast;
 Reduzida Largura de Banda;
 Adição de HUBS para assegurar a conectividade em
Rede;
 Demasiados pedidos ARP.
A resposta a estes problemas está na Segmentação da Rede
em termos de Domínios de Colisão e Broadcast. Esta
Segmentação é realizada fundamentalmente através da
utilização de Switches e Routers.
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
SUBSTITUIÇÃO DO HUB CENTRAL POR UM SWITCH
SWITCH
(HUB)

(HUB) (HUB)

HOST A HOST N
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
SUBSTITUIÇÃO DO HUB CENTRAL POR UM SWITCH
SWITCH

(HUB)

HOST A HOST N

• Os Switches asseguram a separação dos Domínios de Colisão


(1 por porta) mas mantêm um único Domínio de Broadcast
• Três Domínios de Colisão (Collision) e um Domínio de Broadcast
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INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
EXERCÍCIO

Identificar os Domínios de Colisão e Broadcast

SWITCH
HUB

(HUB)
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
INTEGRAÇÃO DE ROUTERS

SWITCH

WAN
ROUTER

SWITCH

• Interligação de Redes e Encaminhamento de Pacotes entre elas


• Separação de Domínios de Broadcast / Colisão por porta (2 no
Router)
• Ligação aos Serviços WAN
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
As principais vantagens da utilização de Routers na Rede
relacionam-se com:

 Separação de Domínios de Broadcast / Colisão;


 Por defeito não encaminham o Tráfego de Broadcast;
 Filtragem de Rede com base na informação (Ex.
Endereço IP) de Layer 3 (Nível de Rede).

Referem-se, entre outras, as seguintes 4 (quatro) funções


dos Routers na Rede:

 Comutação de Pacotes (Ex. Routing de IP);


 Filtragem de Pacotes (ACLs);
 Assegurar a Comunicação entre Redes;
 Selecção de Encaminhamentos (Tabelas de Routing).
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
EXERCÍCIO

Identificar os Domínios de Colisão e Broadcast

ROUTER

(HUB) (HUB) (HUB)


INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
EXERCÍCIO

Identificar os Domínios de Colisão e Broadcast

SWITCH

WAN
ROUTER

SWITCH
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
EXERCÍCIO

Identificar os Domínios de Colisão e Broadcast

(HUB)

SWITCH ROUTER
(HUB)

(HUB) SWITCH

(HUB) (HUB) SWITCH SWITCH


INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
Arquitectura Routing / Switching – VLANs (Virtual LANs)

SWITCH

ROUTER

SWITCH SWITCH
VLAN1 VLAN2
VLAN3
VLAN1 VLAN1 VLAN4
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
Arquitectura Routing / Switching – VLANs (Virtual LANs)

SWITCH

ROUTER

SWITCH SWITCH
VLAN1 VLAN2
VLAN3
VLAN1 VLAN1 VLAN4

• Cada VLAN é um Domínio de Broadcast separado


• Há necessidade de Routing para Encaminhamento de Tráfego
entre VLANs
• Existem 9 Domínios de Colisão e 5 de Broadcast
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DISPOSITIVOS DE REDE
EXERCÍCIO

Identificar os Domínios de Colisão e Broadcast

SWITCH

ROUTER

SWITCH SWITCH
VLAN1 VLAN2
VLAN2
VLAN1 VLAN1 VLAN2
Internetworking

Modelos de Referência
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
Ambiente de Comunicação Aberto
Sistema A Sistema B
Protocolos
7 Aplicação Aplicação 7
6 Apresentação Apresentação 6
5 Sessão Sessão 5
Serviços

4 Transporte Transporte 4

3 Rede Rede 3

2 Enlace Enlace 2

1 Físico Físico 1

Meio Físico de Comunicação

Garantir a Interoperabilidade entre Infraestruturas de


diferentes Fabricantes
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
As vantagens de utilizar o modelo OSI com uma
arquitectura definida por níveis (Layers), entre outras,
incluem:

 Divide todo o processo de Comunicação em Rede em


componentes mais pequenos e simples, facilitando
as tarefas relacionadas com o desenho,
desenvolvimento e respectiva validação;
 Permite aos diversos Fabricantes o desenvolvimento
dos seus produtos em conformidade com Componentes
Standard;
 Interoperabilidade entre diferentes tipos de
Hardware / Software de Rede;
 Normalização das funcionalidades de cada nível;
 Evita que alterações efectuadas num nível possam
afectar o funcionamento dos restantes.
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
Ambiente de Comunicação Aberto
Sistema A Sistema B
Protocolos
7 Aplicação Aplicação 7
6 Apresentação Comunicação das Aplicações entre Apresentação 6
Sistemas e com o Utilizador
5 Sessão (Camada Funcional) Sessão 5
Serviços

4 Transporte Transporte 4

3 Rede Definem a forma como os Dados Rede 3


são transmitidos Extremo a Extremo
2 Enlace (Camada Física) Enlace 2

1 Físico Físico 1

Meio Físico de Comunicação


INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
Ambiente de Comunicação Aberto
Sistema A Sistema B
Protocolos
7 Aplicação Interface com o Utilizador Aplicação 7
Apresentação Apresentação dos Dados Apresentação
6 Processamento (Ex. Encriptação)
6
5 Sessão Mantém os dados das diferentes Sessão 5
aplicações separados
Serviços

Entregas Fiáveis ou Não Fiáveis


4 Transporte Executa correcção de erros (Fiáveis)
Transporte 4
Rede Fornece o endereçamento lógico usado Rede
3 para estabelecer o Encaminhamento
3

2 Enlace Controlo de Acesso ao Meio Enlace 2


Detecção de Erros

1 Físico Transferência dos Bits entre Sistemas Físico 1


Define Tensões, Débitos e PIN-OUT (Cabos)

Meio Físico de Comunicação


INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
Ambiente de Comunicação Aberto
Sistema A Sistema B
Protocolos
7 Aplicação Serviços Aplicacionais, Ficheiros, Base de Aplicação 7
Dados, Mensagem e Impressão
Apresentação Serviços de Encriptação, Compressão Apresentação
6 e Conversão de Dados
6
5 Sessão Controlo de Dialogo Sessão 5
Serviços

Ligação Extremo a Extremo


4 Transporte Segmentação / Reagrupamento de Dados
Transporte 4

3 Rede Encaminhamento Lógico (Routing IP) Rede 3

2 Enlace Estrutura de Trama (Framing) Enlace 2


Encaminhamento MAC

1 Físico Topologia Física Físico 1

Meio Físico de Comunicação


INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
Níveis 4 – 1:

 O Nível de Transporte (L4):


 Segmentação / Reagrupamento;
 Transporte Extremo a Extremo (Ligação Lógica entre
HOSTS, comunicações orientadas à conexão – TCP);
 Garantia de Qualidade de Serviço (Entregas
Fiáveis). O TCP Controla a Confirmação de
Recepção, Sequência, Fluxo e Erros (evita
Congestão, Sobrecarga e Perda de Dados na Rede);
 Comunicações não orientadas à conexão e não
fiáveis quando se utiliza o protocolo UDP. A
garantia de serviço é assegurada pelas aplicações.

 O Nível de Rede (L3):


 Selecciona o melhor caminho para envio dos Pacotes
(Dados) na Rede com base no Endereçamento Lógico
(IP).
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MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
Nível de Transporte (Host to Host)
Aplicação 7
WAN Apresentação 6
SWITCH Sessão 5
Transporte 4
Rede 3
ROUTER
Enlace (Data Link) 2
Físico 1
SWITCH

SEGMENTO TCP ou UDP Porta Porta


------------- DADOS
ORIGEM DESTINO
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MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
Formato do Segmento TCP (Tansmission Control Protocol)

http://www.iana.org/assignments/port-numbers
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MODELO DE REFERÊNCIA – OSI

Formato do Segmento UDP (User Datagram Protocol)


INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
Comparação TCP - UDP

TCP UDP
Serviço orientado à Conexão. É estabelecido um Serviço não orientado à Conexão. Não é
Circuito Virtual entre Hosts. estabelecido um Circuito Virtual entre Hosts.
Garante as entregas através de confirmações,
Não garante ou Confirma a entrega ou sequência
bem como a sequência dos dados e correcção de
dos dados. Não efectua correcção de erros.
erros.
As Aplicações que usam TCP têm garantia de É da responsabilidade das Aplicações a
transporte confiável de dados. comunicação confiável de dados.

É mais lento no transporte de dados. Assegura um transporte rápido de dados.

Elevado Overhead nas comunicações em Rede. Overhead Reduzido.

Aplicações orientadas a conexão e que precisam Serviços que admitem certa perda de dados
de confiabilidade. Transferência de Ficheiros, (Comunicações em Tempo Real, Multicast,
Correio Electrónico, Aplicações Financeiras, ... Broadcast). VoIP, Streaming de Áudio e Vídeo, …
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
Níveis 4 – 1 (Continuação):

 O Nível de Enlace (L2):


 Assegura a entrega, na LAN, das Tramas (Dados) aos
dispositivos correctos com base no respectivo
Endereçamento Físico (MAC);
 Faz a conversão dos Pacotes recebidos do Nível de
Rede em Bits a serem transmitidos pelo Nível
Físico;
 O nível de Enlace (IEEE Ethernet Data Link layer)
é constituído por dois Subníveis:
 Media Access Control (MAC) 802.3: Define a
forma como as Tramas são colocadas no Meio. É
aqui que também se controla o correspondente
Endereçamento Físico (MAC);
 Logical Link Control (LLC) 802.2: Responsável
pela identificação dos protocolos de Nível de
Rede e encapsulá-los.
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
Níveis 4 – 1 (Continuação):

 O Nível Físico (L1):


 Envia Bits e Recebe Bits através do Interface com
o Meio de Comunicação;
 Comunica directamente com os vários Meios de
Comunicação disponibilizados pelas Infraestruturas
de Rede;
 Especifica os requisitos do Interface DTE / DCE.
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
EXERCÍCIO 1

Completar a Tabela

DESCRIÇÃO Equipamento ou Nível OSI


Este Nível especifica as Tensão, Débitos dos Interfaces e PINOUT dos cabos
Este Nível cria um Circuito Virtual antes da transmissão entre Sistemas Terminais
Este Dispositivo recebe e envia informação ao Nível de Rede
O Endereçamento Hardware é definido neste Nível
Nível que efectua a segmentação e reagrupamento de um “Stream” de Dados
Este dispositivo nunca funciona no modo Full-Duplex
Este dispositivo segmenta os Domínios de Broadcast e Colisão
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – OSI
EXERCÍCIO 2

Completar a Tabela

Equipamento, Protocolo ou
DESCRIÇÃO
Nível OSI
Este Nível é reponsável por converter as Tramas provenientes do Nível de Enlace
(Data Link ) em Sinais Eléctricos
Este Dispositivo Cria um Domínio de Colisão e um Domínio de Broadcast
Qual é o Nível responsável por manter os dados das diferentes aplicações
separados em Rede
Este Dispositivo utiliza os Endereços Lógicos (IP ) para Filtragem em Rede
Este nível define a forma como os dados são Formatados, Codificados,
Convertidos e Apresentados para Aplicações em Rede
Este Dispositivo Cria muitos Domínios de Colisão mais pequenos, mas a Rede
continua a ser um único Domínio de Broadcast
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – TCP/IP

Modelo TCP /IP Modelo OSI

Aplicação 7
Processo / Apresentação 6
Aplicação
Sessão 5

Host - Host Transporte 4

Internet Rede 3
Enlace 2
Interface de
Rede Físico 1
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – TCP/IP
Modelo TCP /IP Protocolos

Telnet FTP LDP SNMP DNS


Processo /
Aplicação TFTP SMTP NFS X Window DHCP

Host - Host UDP TCP

ICMP ARP RARP


Internet
IP

Interface de Fast
Rede Ethernet Token Ring FDDI
Ethernet
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – TCP/IP
Principais aspectos relacionados com o Modelo TCP / IP:

 Criado pelo DoD (Department of Defense) de forma a


assegurar e preservar a integridade dos dados, bem
como manter as correspondentes comunicações em
cenários de catástrofe;
 Pode-se dizer que este modelo é fundamentalmente
uma versão condensada / simplificada do Modelo
OSI, integrando apenas 4 níveis em vez dos 7 que
compõem o referido Modelo OSI.
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – TCP/IP
Níveis do Modelo TCP / IP:

 Processo / Aplicação – Corresponde aos três níveis


superiores do Modelo OSI. Este nível define um
conjunto de protocolos que asseguram a comunicação
das aplicações entre nós da rede e controla as
especificações do interface de utilizador;
 Host – Host (Transporte) – Tem funções idênticas
ao nível de Transporte do Modelo OSI. Designa os
protocolos que asseguram o serviço de transmissão
para as aplicações;
 Internet – Tem funções idênticas ao nível de Rede
do Modelo OSI. Designa os protocolos que asseguram
a transmissão lógica dos pacotes através da Rede
Global. Funções de Endereçamento IP e Routing;
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – TCP/IP
Níveis do Modelo TCP / IP (Continuação):

 Interface de Rede (Acesso à Rede) – É equivalente


ao conjunto dos níveis de Enlace e Físico do
Modelo OSI. Este nível monitoriza a troca de dados
entre o Host e a Rede. Controla o Endereçamento
Hardware (MAC) e define os protocolos para o
acesso / transmissão física dos dados.
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELO DE REFERÊNCIA – TCP/IP

EXERCÍCIO 3

Completar a Tabela

Protocolo, Nível OSI ou


DESCRIÇÃO
TCP/IP
Nível OSI equivalente ao INTERNET no Modelo TCP/IP
Nível TCP/IP equivalente ao Nível 4 (Transporte) do Modelo OSI
Qual o Protocolo que possibilita a obtenção do endereço MAC a partir do
correspondente Endereço IP
Qual o Protocolo utilizado para fornecer o endereçamento IP aos Hosts de uma
rede
Os serviços DNS são disponibilizados em que nível do Modelo TCP/IP
O Protocolo IP é utilizado em que nível do Modelo TCP/IP
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELOS DE REFERÊNCIA – ENCAPSULAMENTO DADOS
Encapsulamento de Dados (Modelo OSI)

Aplicação

Apresentação

Dados – N. Superiores Sessão

Cabeçalho TCP Dados – N. Superiores Transporte SEGMENTO

Cabeçalho IP Dados Rede PACOTE

Cabeçalho MAC Dados FCS Enlace TRAMA (FRAME)

010111000011101011110101010111101010 Físico BITS


INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELOS DE REFERÊNCIA – ENCAPSULAMENTO DADOS
Numa comunicação o Método de Encapsulamento de Dados é
realizado da seguinte forma:

 A Informação do Utilizador/Aplicações é convertida


em Dados para transmissão através da Rede;
 Os Dados são convertidos em Segmentos,
identificadas as Portas (Origem / Destino) e é
estabelecida uma ligação fiável entre os HOSTS
(TCP);
 Os Segmentos são convertidos em Pacotes e colocado
o endereçamento lógico (IP) no cabeçalho de cada
pacote. Routing através da Rede;
 Os Pacotes são convertidos em Tramas para
comunicação na LAN. É adicionado o endereçamento
MAC no cabeçalho de cada Trama Ethernet;
 As Tramas são convertidas em BITS, utilizando-se
um esquema de codificação e sincronismo para
acesso ao meio físico de comunicação.
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELOS DE REFERÊNCIA – ENCAPSULAMENTO DADOS
Encapsulamento / Endereçamento de Dados
Dados – N. Superiores

Porta Porta
------------- DADOS SEGMENTO
ORIGEM DESTINO

IP IP SEGMENTO
ORIGEM DESTINO PROTOCOLO ------------- PACOTE
(Dados)

MAC MAC PACOTE TRAMA (FRAME)


DESTINO ORIGEM TIPO / COMP. FCS
(Dados)

010111000011101011110101010111101010 BITS

MEIO DE COMUNICAÇÃO
INFRAESTRUTURAS - TIC
MODELOS DE REFERÊNCIA – ENCAPSULAMENTO DADOS
Desencapsulamento / Endereçamento de Dados
Dados – N. Superiores

Porta Porta
------------- DADOS SEGMENTO
ORIGEM DESTINO

IP IP SEGMENTO
ORIGEM DESTINO PROTOCOLO ------------- PACOTE
(Dados)

MAC MAC PACOTE TRAMA (FRAME)


DESTINO ORIGEM TIPO / COMP. FCS
(Dados)

010111000011101011110101010111101010 BITS

MEIO DE COMUNICAÇÃO
Internetworking

Diagramas de Rede
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DIAGRAMAS DE REDE

LAN Switching

OPERADOR(ES)
LAN
LAN Switching

LAN / WLAN
MAN

MAN WAN
WAN
LAN Switching

LAN
LAN Switching

CAN LAN / WLAN


LAN Switching LAN Switching

Backbone
LAN / WLAN LAN
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DIAGRAMAS DE REDE
Router

LAN Switching
Router LAN OPERADOR(ES)

LAN Switching
LAN

WAN
TECNOLOGIAS DE COMUTAÇÃO / COMUNICAÇÃO
INTERFACES DE ACESSO
Router

LAN Switching
Router
LAN

LAN Switching
Router LAN
LAN Switching LAN Switching CAN
LAN Backbone LAN
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DIAGRAMAS DE REDE
Rede Externa Zona DMZ Rede Core Interna Rede Acesso Interna

Servidores Aplicacionais
Virtualizados
Servidores (WWW, FTP,
Mail, etc.) alguns
virtualizados ou não

Servidor Departamental
PC

DMZ

Switch Acesso
PC

Routers
Internos
Impressora de Rede
Switches de
Internet Core / Distribuição

Router
Internet Firewall 1 Firewall 2 WLAN
Portátil

Firewall
Delegações PC
Switch Acesso
IDS / IPS

Servidor Gestão
Servidor Departamental
Servidor AAA

Rede WAN WAN


Rede Interna
Delegações
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DIAGRAMAS DE REDE
Principais Funções dos Diferentes Componentes:

 Os Routers são normalmente usados para:


 Acesso à WAN / INTERNET;
 Funções de Routing, incluindo Routing entre
VLANs;
 Estabelecimento de Listas de Controlo de Acesso.
 Implementação de VPNs.

 O Firewall pode ser usado para:


 Bloquear tráfego de dados indesejado e autorizar
os restantes, utilizando mecanismos de Filtragem
de Pacotes, Proxy (Firewall de Aplicação) e/ou
Stateful Inspection (Inspecção de Estados);
 Terminação de VPNs e criação de DMZs;
 Pode integrar funções de IDS / IPS.

 Sistemas IDS / IPS:


 Monitorizar o comportamento anómalo na rede,
enviar alertas e desencadear acções.
INFRAESTRUTURAS - TIC
INTERNETWORKING – DIAGRAMAS DE REDE
Principais Funções dos Diferentes Componentes:

 O Switch é tipicamente utilizado para:


 Segmentação da Rede através de VLANs;
 Acesso / Comutação L2 entre dispositivos através de
sistemas de cablagem estruturada;
 Os Switches Multilayer (L2/L3) podem executar
também funções de Routing, nomeadamente entre
VLANs.

 Ponto de Acesso Wireless (AP) pode ser usado para:


 Segmentação da Rede sem fio;
 Acesso aos recursos da rede através de dispositivos
móveis sem fio.

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