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Concreto:

Controle de qualidade das estruturas


Armazenamento de materiais
Cimento ensacado:

 O cimento deverá ser armazenado separadamente, de acordo com a


sua marca, tipo e classe.

 O cimento ensacado deve ser armazenado em local fechado, seco e


protegido da chuva, sobre estrado ou "pallet" de madeira para evitar
contato com o piso.
 Os sacos devem ser estocados e identificados para permitir o seu
uso pela ordem de chegada.
 Os sacos devem ser empilhados em altura de, no máximo, 15
unidades (para estoque inferior a 15 dias ou em altura de, no
máximo, 10 unidades (para empilhamento por período superior).
 Ideal que a estocagem máxima seja de até 15 dias, podendo ser
prolongada para 30 dias em climas secos e baixa umidade ou
reduzido para 10 dias em climas úmidos e umidade > 70%.
Armazenamento de materiais
 Cimento à granel:

 O cimento recebido a granel deve ser estocado em


silo estanque à água ou ao pó.

 Da mesma forma que o cimento em saco, não é


permitido o armazenamento de cimento a granel com
marca, tipo e classe diferente em um mesmo silo.

 Com relação à temperatura do cimento, em saco ou


granel, a mesma não deve superar a 55°C no
momento de sua utilização.

 Cimentos estocados em silos metálicos estanques à


água e em boas condições de conservação, podem ser
armazenados por períodos prolongados, sem risco de
hidratação. Ex.: em alguns casos por períodos
superiores a 6 meses sem comprometimento de suas
características. É recomendável a análise laboratorial
para definir sobre a conveniência ou não de seu uso.
Armazenamento de materiais
Agregados
 Armazenados separadamente, em função do tipo (calcário,
basalto, granito etc.) e graduação do agregado miúdo e
graúdo.
 Não deve haver contato físico direto entre as diferentes
graduações e o local de estocagem deve ser ligeiramente
inclinado de modo a permitir o escoamento da água livre.
 Os depósitos devem ser protegidos de enxurradas de águas
pluviais.
 Não existindo silo ou muro de separação a distância mínima
entre os montes deve ser de 1,5 metros.
 O local de armazenagem deve ser o mais próximo possível da
central de concreto ou betoneira.
Armazenamento de materiais
Agregados
A altura máxima das pilhas deve ser
de 2,5 metros.
Devem-se tomar cuidados para que
não ocorra contaminação do
agregado por óleo, graxas e
materiais terrosos nas operações de
carga e descarga.
A temperatura dos agregados no
instante de sua utilização não deve
superar 45°C.
Armazenamento de materiais
Água
 A água destinada ao
amassamento do concreto
deve ser guardada em caixas
estanques e tampadas para
evitar a contaminação por
substâncias estranhas.
Água – Limites máximos (NBR 6118)
 A princípio considera-se que
pH 5,8 a 8,0
toda água potável é
Matéria orgânica 3 mg/L
apropriada para uso em
concreto. Águas não Resíduo sólido 5000 mg/L
potáveis que atendam aos Sulfatos 300 mg/L
requisitos da NBR 6118 Cloretos 500 mg/L
também podem ser Açucar 5 mg/L
empregadas como água de
amassamento e cura.
Armazenamento de materiais
Água
 Deve-se evitar o contato direto dos operários com a água,
não permitindo a contaminação com óleos, graxas, sabões,
detergentes, etc. 
 Em caso de dúvida, colete amostras e submeta a ensaios
comparativos, tipo: resistência à compressão; início e fim
de pega.
 Admite-se uma redução máxima de 10% entre o resultado
obtido com argamassa preparada com água de qualidade
comprovada e o resultado obtido com argamassa preparada
com a água "suspeita".
 No ensaio de início e fim de pega admite-se variações nos
tempos de pega de, no máximo, 30 min.
 A temperatura da água no instante de sua utilização não
deve superar 35ºC.
Armazenamento de materiais
Aditivos
 Devem ser mantidos na embalagem
original e em local abrigado.
 O aditivo, líquido ou pó, deve ser
armazenado em ordem cronológica de
entrada e de tal modo que a sua
identificação seja facilitada.
 Aditivos com idade superior a 6 meses de fabricação devem ser
ensaiados para verificação de sua eficiência.
 Aditivos com idade superior a data de validade deverão ser rejeitados e
retirados da obra.
 O aditivo líquido, utilizado em sua embalagem original, deve ser
homogeneizado energicamente antes de seu uso. Deve também ser
mantido em depósito estanque, não sujeito a corrosão, protegido contra
contaminantes ambientais e provido de agitador. 
Mistura
Betoneira estacionária
 Determinar a umidade da areia no início da concretagem e a cada três
horas de trabalho, ou sempre que ocorrer alterações significativas no
abatimento do concreto;
 Verificar as dimensões e o estado das padiolas de areia e brita.

 Durante a operação de enchimento das padiolas orientar os operários no


sentido de encher plenamente os mesmos, evitando sobra ou falta de
material.

 No caso do cimento rasgar o saco e colocar cuidadosamente na betoneira,


evitando perdas na operação.

 No caso da água utilizar, preferencialmente, baldes plásticos transparentes


e graduados.
Mistura Ordem de colocação na betoneira

Betoneira estacionária Pedra (brita)

A água complementar deve


ser colocada aos poucos para Metade da água
não ultrapassar o abatimento
pretendido
Areia / Cimento
O tempo recomendável de
mistura, após a colocação de todos
os materiais, é de 40 seg. para cada Cimento / Areia
0,5 m3 de concreto produzido

Após cada descarga não Resto da água


deverão ficar retidos no (e aditivos se usados)
interior da betoneira mais de
5% do volume produzido
Mistura
Caminhão betoneira
 Antes do descarregamento, deve-se verificar no documento de entrega todas
as características especificadas no pedido, tais como: volume, resistência, tipo
de agregado graúdo, faixa de abatimento (slump-test), etc. Não receber o
caminhão se houver alguma discordância.
 Verificar se o concreto está com a consistência desejada ou se o mesmo
ultrapassou o abatimento limite especificado no documento de entrega.
Somente após a determinação do abatimento o caminhão estará liberado para
a descarga.
 Regras da NBR 7212:

 A reposição de água só é permitida para distâncias de transporte superior a


15 min.
 O abatimento deve ser igual ou superior a 10 mm;
 O abatimento só pode ser corrigido em até 25 mm;
 O abatimento, após adição da água complementar, não pode ultrapassar o
limite máximo especificado no documento de entrega.
Mistura
Caminhão betoneira

A adição de água, acima do


limite, solicitada pela obra,
exime a concreteira da
responsabilidade quanto às
características do concreto
Formas
 Antes do lançamento do concreto deverão ser
conferidas as medidas e o posicionamento das
formas para garantir que a geometria da
estrutura corresponda ao projeto.
 O interior das formas deve ser limpo e as
juntas vedadas, para evitar fuga de nata. Nas
formas altas (paredes, pilares e vigas estreitas
e altas), devem-se deixar aberturas, próximas
ao fundo, para limpeza.
 Deve-se molhar a superfície das formas
imediatamente antes do lançamento do
concreto para evitar a absorção da água de
amassamento da interface do concreto com a
madeira seca e altamente absorvente. 
 Quando as formas forem tratadas com
produtos antiaderentes, com o objetivo de
facilitar a desmoldagem, esse tratamento
deverá ser feito antes da colocação da
armadura. Os produtos empregados não
deverão deixar na superfície do concreto
resíduos que possam dificultar a aderência. 
Escoramento
O escoramento deverá impedir que, sob a ação de seu
peso próprio, da estrutura e das cargas acidentais,
ocorram deformações prejudiciais à forma arquitetônica
da estrutura ou esforços no concreto, na fase de
endurecimento.
Em condições normais de concretagem, onde não se
emprega cimento ARI ou concreto de alta resistência:
Recomendação da antiga NBR 6118/78 Prazos usuais adotados para
descimbramento
Faces laterais 3 dias
Faces inferiores Faces laterais 1 dias
(com pontalete) 14 dias
Faces inferiores
(com pontalete) 7 dias
Faces inferiores
(sem pontaletes) 21 dias
Faces inferiores
(sem pontaletes) 21 dias
Escoramento
Atualmente a responsabilidade pela definição de prazos e
procedimentos para a retirada do escoramento é da NBR 14931
– Execução de estruturas de concreto armado. O texto
normativo especifica:
“A retirada das formas e escoramentos só pode ser feita
quando o concreto estiver suficientemente endurecido para
resistir às ações que sobre ele atuarem e não conduzir a
deformações inaceitáveis, tendo em vista o baixo valor do
módulo de elasticidade do concreto e a maior probabilidade
diferida no tempo quando o concreto é solicitado com pouca
idade.
Para o atendimento dessas condições, o responsável pelo
projeto da estrutura deve informar ao responsável pela
execução da obra os valores mínimos de resistência e módulo
que devem ser obedecidos para a retirada das fôrmas e do
escoramento, bem como a necessidade de um plano particular
de retirada do escoramento”.
Acesso ao local de concretagem
Prepare o acesso de tal forma que toda a operação de
concretagem possa ser realizada sem impedimentos e com um
caminho livre e seguro até o local da aplicação, seja ela realizada
por meio de empresas prestadoras de serviço de concretagem ou
concreto dosado na obra.
Descarga
 Para concreto pré-misturado o fluxo dos
caminhões deve ser organizado para que o
caminhão seguinte não impeça a saída do
caminhão vazio.
 O lugar da descarga deve ser definido para que a
operação demande o menor tempo possível, sem
necessidade de manobras difíceis e perigosas. 
 A descarga deve ser efetuada o mais rápido
possível para garantir a plasticidade original do
concreto e impedir contínuas adições de água.

 O tempo total de descarga (preparo, transporte e lançamento) não pode ser superior
ao tempo de início de pega.
 O tempo máximo de transporte e descarga do concreto não pode ultrapassar os
limites definidos no contrato de prestação de serviços.
 Deve-se, também, conferir o número do lacre (garantia de recebimento do volume
solicitado). Após a descarga deixar o balão girar durante 30 seg. para certeza de que
foi totalmente descarregado.
Lançamento
 O concreto deverá ser lançado o mais
próximo possível de sua posição final.
 A altura de lançamento irá depender da
característica do concreto utilizado
(abatimento, dimensão da pedra, teor de
argamassa, etc.).
 Como regra geral:
 em peças delgadas e densamente armadas,
recomenda-se não ultrapassar a altura de 2
metros;
 em peças maiores e com baixa concentração
de armaduras a altura de lançamento pode
atingir 3 metros – especialmente nos casos
em que se utilizam concretos mais
argamassados e com pedras de pequena
dimensão (B0 e B1).
Adensamento
 O concreto deverá ser adensado por vibração,
garantindo sua compacidade e o preenchimento
de toda a área da forma, evitando a formação de
bolsas de ar, brocas e ninho de pedra.

 O vibrador deve trabalhar na posição vertical e as


camadas não poderão ultrapassar a ¾ do
comprimento da agulha. A imersão e retirada do
vibrador devem ser feitas lentamente, para evitar
bolsas de ar no interior do concreto.

 O excesso de vibração desloca o agregado graúdo


para a camada inferior prejudicando a
homogeneidade do concreto. Deve-se evitar a
vibração da armadura para que não se formem
vazios ao seu redor, com prejuízo da aderência.
Juntas de concretagem
 Usadas quando o lançamento do concreto é
interrompido.
 Ao reiniciar o lançamento, deverão ser tomadas as
precauções necessárias para garantir a suficiente
ligação do concreto já endurecido com o do novo
trecho.
 O preparo da superfície pode ser feito deixando-se
barras cravadas no concreto, retirando-se a nata
superficial com água sob pressão, escarificando a
superfície do concreto para melhorar a aderência,
aplicando produtos adesivos na superfície do
concreto endurecido, etc. 
 As juntas devem ser localizadas onde forem menores os esforços de
cisalhamento, preferencialmente em posição normal aos de compressão,
salvo se demonstrado que a junta não diminuirá a resistência da peça. O
concreto deverá ser perfeitamente adensado até a superfície da junta.
Cura  O concreto deverá ser curado o mais rápido
possível (assim que puder transitar sobre
ele), protegendo-o contra a perda da água de
amassamento. Não deixe, em hipótese
alguma, para iniciar a cura no dia seguinte.

 A cura poderá ser executada através da


molhagem contínua com água, ou
espalhando-se sacos umedecidos, serragem
molhada ou areia molhada sobre a
superfície do concreto durante 7 dias.

 No período de cura o concreto deverá ficar


protegido de agentes externos, tipo:
mudança brusca de temperatura, vento,
água torrencial, agentes químicos, choque e
vibrações.
Concretagem em climas quentes
 Com a chegada do verão e consequente elevação da
temperatura, especialmente no caso de concreto pré-
misturado, é necessário redobrar os cuidados durante
o processo de execução, transporte, descarga,
vibração e cura do concreto, tais como:

 Necessidade de adição complementar de água, antes da


descarga, para compensar a evaporação ocorrida no
transporte;
 Problemas com o aumento na água de amassamento dos
traços;
 Perda acentuada de plasticidade durante o transporte e
descarga;
 Redução do tempo disponível para descarga em função
de início de pega acelerado;
 Ocorrência de fissuras na superfície do concreto,
principalmente lajes, decorrentes de retração hidráulica
e térmica.
Concretagem em climas quentes
 Alguns cuidados prescritos pela NBR 7212 sempre que a temperatura
diária ultrapassar 32°C:

 Evitar que o cimento utilizado (na concreteira) esteja com temperatura


superior a 55°C.
 Molhar constantemente os agregados graúdos com aspersores.
 Manter a caixa d’água em local sombreado e a sua tubulação protegida e
pintada de branco (para evitar aquecimento)

 Outros cuidados especiais:

 Nos dias de fortes pancadas de chuva, recomenda-se o tamponamento da


abertura do funil do caminhão betoneira com lona plástica fixada com
elástico. Este procedimento visa reduzir o risco do caminhão absorver uma
grande quantidade de chuva.
 Correto dimensionamento da equipe de concretagem (até 150 minutos)
 Progamar entrega para períodos menos quentes (manhã ou final da tarde)
Ensaios de controle do concreto
Introdução a ensaios
Definição da resistência mecânica e cuidados para
garantir durabilidade Calculista

Determinação dos parâmetros relacionados à


correta execução do concreto (escolha dos
materiais, consistência ideal, dimensão máxima, Eng. da obra
estudo de dosagem, parâmetros de controle,
equipamentos de produção, etc.

Supervisão do controle tecnológico do concreto


dando à obra todas as condições técnicas: pessoal, Responsável
equipamento e materiais que garantam o
atendimento das exigências definidas pelo projeto e Técnico
pelas normas brasileiras.
Introdução a ensaios
Maior risco com dosagem  adição excessiva de água,
alterando abatimento e relação A/C, comprometendo a
resistência do concreto.

Exemplo:

OK, se dosado para


Concreto com
ter esse
slump 150 mm
abatimento!!!

Deve ser rejeitado


Concreto com se dosagem previa
slump 150 mm slump de 80 mm
Introdução a ensaios
Ensaios principais são os de abatimento e resistência à
compressão.
 Abatimento  serve para decidir se o concreto será utilizado ou
não.

 Resistência  representa a resistência do concreto utilizado.

Cuidado com a amostragem representativa!!!


Por isso, para caminhões-betoneira, a norma
estabelece que a amostra de concreto a ser ensaiada
deve ser proveniente do terço médio do caminhão
(ainda que na prática se faça no momento da
descarga).
NM 67 – Determinação da consistência
pelo abatimento do tronco de cone
 Finalidade: Determinar a consistência do concreto através do
abatimento, com auxílio do cone de Abrams. Quanto maior o
abatimento maior a plasticidade. Esse ensaio somente poderá
ser aplicado a concretos com, no mínimo, 10 mm de
abatimento e dimensão máxima de 38 mm.
 Amostra retirada com pá ou desviando a calha do caminhão
 Concretos dosados com brita com Dmax. > 38 mm devem ser
peneirados na malha 38 mm

Sequência:
25 golpes por
camada Desmoldagem vertical
Moldagem de
(distribuidos com velocidade constante
3 camadas
e sem atingir e uniforme, em um tempo
a camada entre 8 e 12 seg.
subacente)
NBR 5738 – Concreto – Moldagem e cura de
corpos de prova (cilíndricos e prismáticos)
 Finalidade: Essa norma prescreve o procedimento para moldagem,
desforma, transporte, cura e capeamento de corpos de prova cilíndricos e
prismáticos destinados a determinação da resistência à compressão axial,
tração na flexão e compressão diametral.

 Amostra retirada com pá ou desviando a calha do caminhão


 Após a retirada e homogeneização da amostra os corpos de prova serão
moldados utilizando-se processo de adensamento compatível com a
consistência do concreto, definida através do ensaio de abatimento.
NBR 5738 – Concreto – Moldagem e cura de
corpos de prova (cilíndricos e prismáticos)
Moldes:
 Cilíndricos: Molde metálico de formato cilíndrico, com 10, 15, 20, 25.
30 ou 45 cm de diâmetro e altura equivalente ao dobro do diâmetro
(dimensões internas);
 
 Prismáticos: Molde metálico de formato retangular, com seção
quadrada de aresta (d) igual a 150 mm e comprimento de 500 mm
(dimensões internas), espessura da chapa: parede = 12 mm; base = 12
mm.
 
Obs.: A dimensão básica do corpo de prova deve ser, no
mínimo, quatro vezes maior que a dimensão nominal
máxima do agregado graúdo.
NBR 5738 – Concreto – Moldagem e cura de
corpos de prova (cilíndricos e prismáticos)
 O concreto deve ser colocado no molde em camadas de alturas
aproximadamente iguais e adensado, conforme indicado na tabela a seguir:
NBR 5738 – Concreto – Moldagem e cura de
corpos de prova (cilíndricos e prismáticos)
Vibrador Interno: deve ter freqüência de, no mínimo, 100
hertz (6000 vibrações por minuto) e diâmetro da agulha de,
no mínimo, 19 mm e, no máximo, 1/4 do diâmetro interno do
molde cilíndrico e 1/3 da aresta interna do molde prismático.
 
Vibrador Externo: deve ter freqüência de, no mínimo, 50
hertz (3000 vibrações por minuto) e deverá ser dotado de
dispositivo que permita a fixação do molde.
NBR 5738 – Concreto – Moldagem e cura de
corpos de prova (cilíndricos e prismáticos)
Cuidados no adensamento:
 Se manual, o corpo de prova deverá ser moldado em camadas sucessivas com
alturas aproximadamente iguais. Os golpes deverão ser distribuídos de modo
uniforme. Se a haste de socamento criar vazios na massa do concreto, deve-se
bater levemente na face externa do molde até o fechamento dos mesmos.
 Se por vibração, cada camada será adensada pelo tempo suficiente para que o
concreto apresente superfície lisa e brilhante. A ponta de vibrador de imersão
não deve penetrar mais de 20 mm na camada anterior nem encostar nas
laterais e fundo da forma. Terminado o adensamento o vibrador deve ser
retirado lenta e cuidadosamente para não deixar vazios no concreto.
Recomenda-se bater levemente na lateral da forma para eliminá-los.

 
Qualquer que seja o processo de adensamento adotado a superfície do
topo dos corpos de prova deve ser alisada com a colher de pedreiro.
NBR 5738 – Concreto – Moldagem e cura de
corpos de prova (cilíndricos e prismáticos)

Sequência:

Moldagem dos Capeamento (pasta de


Identificação cimento, 6-15 h da
corpos de prova
moldagem)

Transporte para o
Desforma
laboratório após 24 horas

Cura (submersa) ou Capeamento


câmara úmida (95% (pasta de Rompimento
umidade e 23±2°C) enxofre) /
Retificação
NBR 5739 – Ensaio de compressão de
corpos de prova cilíndricos de concreto
 Finalidade: Esta norma prescreve o modo pelo qual devem ser ensaiados
os corpos-de-prova cilíndricos.

 Os corpos de prova curados em tanque ou câmara úmida devem ser testados logo após a
retirada dos mesmos. 

 Antes do rompimento é necessário verificar se o capeamento / retificação foi executado


corretamente.

 A superfície do prato e do corpo de prova devem ser limpas antes do ensaio.

 O corpo de prova deve ser cuidadosamente centralizado. 

 O carregamento deve ser contínuo, sem choques, com velocidade entre de 0.45±0.15
MPa por segundo.

 Considera-se encerrado o ensaio somente quando o ponteiro recuar em torno de 10% da


carga máxima, que será anotada como carga de ruptura do corpo de prova. Máquinas
modernas registram o fim do ensaio quando a carga cai mais que 20% de um valor
máximo.
NBR 5739 – Ensaio de compressão de
corpos de prova cilíndricos de concreto
 Resultado: A resistência à compressão do concreto é definida através da
relação entre a carga de ruptura e a área da seção transversal do corpo de
prova, expressa com aproximação de 0,1 MPa.
NBR – Determinação da resistência à tração
por compressão diametral
 A determinação da resistência à tração é feita indiretamente, através do
ensaio de compressão em um corpo de prova cilíndrico deitado. Este
ensaio foi desenvolvido no Brasil pelo Engenheiro Fernando Lobo
Carneiro e é mundialmente conhecido pelo nome de “Brazilian test”.

 Se F é a carga em N, d e L são, respectivamente, o diâmetro e altura do


corpo de prova em mm, respectivamente, a resistência à tração na flexão
(MPa) é dada por:
NBR 12142 – Determinação da resistência à
tração na flexão do concreto
 Finalidade: Essa norma estabelece os procedimentos de ensaio para
determinação da resistência à tração na flexão do concreto (fctM), através
de corpos de prova prismáticos. Procedimento:
 . Apoiar e centrar uma das faces maiores do corpo de prova
nos cutelos de suporte. Para corpos de prova prismáticos de
500 mm de comprimento a distância entre os cutelos de
apoio é de 450 mm (L)
. Instalar os cutelos de aplicação de carga na face oposta,
nas distâncias equivalentes a 1/3 e 2/3 da distância entre os
cutelos de apoio.
 . Centralizar o dispositivo de carregamento da máquina de
ensaio.
 . Aplicar carga sobre o corpo de prova com velocidade
constante de 13 N/s (130 kgf/s), até ocorrer a ruptura. Anotar
carga de ruptura (P).
NBR 12142 – Determinação da resistência à
tração na flexão do concreto
 Resultados:
 Ruptura no terço médio da distância entre cutelos de apoio

Seção transversal

L
NBR 12142 – Determinação da resistência à
tração na flexão do concreto
 Resultados:
 Ruptura fora do terço médio é aceitável, no seguinte caso:

 Calcula-se a distância “a”,


dada como a medida em mm
entre a linha de ruptura na
face tracionada e o apoio
mais próximo.

 Se a > 0,283 L, onde a é


definida através de pelo
menos 3 medidas, a
resistência à tração na flexão
é calculada pela expressão:

L
0,33 L
NBR 7680 – Extração, preparo, ensaio e análise de
testemunhos de estruturas de concreto
 Finalidade: Essa norma estabelece as condições necessárias para extração,
tratamento e rompimento de corpos de prova (testemunhos) extraídos de
estruturas em concreto simples ou armado. O resultado de resistência à
compressão de testemunhos de concreto é, sem dúvida, o método
avaliativo mais confiável e adotado pelos calculistas

 Aparelhagem: Sonda rotativa com coroa circular cravejada de diamante industrial, com
diversos diâmetros.

 Amostragem para cada lote: 6 exemplares para corpos de prova com diâmetro de 15 ou
10 cm e no mínimo 10 para diâmetros inferiores. O tamanho máximo dos lotes é dado
abaixo:

 
NBR 7680 – Extração, preparo, ensaio e análise de
testemunhos de estruturas de concreto
 Considerações importantes:
 O diâmetro do testemunho não pode ser menor que 3 (três) vezes a dimensão máxima
do agregado graúdo, sendo preferencialemente > 100 mm. 

 O testemunho deve apresentar relação altura/diâmetro igual a 2. Não sendo possível


deve ser aplicado os fatores de correção a seguir. A relação H/d menor que 1 só é
admitida para testemunhos retirados de pavimentos.

 
NBR 7680 – Extração, preparo, ensaio e análise de
testemunhos de estruturas de concreto
 Considerações importantes:
 O resultado deve ser expresso em MPa, arredondando-se ao décimo mais próximo. 
NBR 7584 – Avaliação da dureza superficial
pelo esclerômetro de reflexão
 Finalidade: se baseia no princípio de ação e reação e foi desenvolvido em 1894
pelo engenheiro suíço Ernest Schmidt, consistindo na aplicação de um impacto
na superfície do concreto, efetuado através de uma massa martelo impulsionada
por mola e transmitida por uma haste com ponta em forma de calota.
 Quanto maior a dureza superficial do concreto maior será a reação do mesmo
sobre o aparelho e, com isso, maior o índice esclerométrico. Esse índice é
transformado, através de gráfico ou tabela, em resistência mecânica.
 A confiabilidade e precisão são contestados por inúmeros técnicos, devido ao
número excessivo de variáveis que podem alterar para mais ou para menos os
valores encontrados:
 Tipo de cimento;
 Tipo de agregado (impactos sobre pedra devem ser descartados);
 Textura superficial (em alguns casos é necessário lixar a superfície)
 Grau de umidade da estrutura (umidade amortece o choque)
 Vazios internos (impactos sobre vazios devem ser desconsiderados)
 Concentração da armadura (valores muito altos devem ser descartados)
 Idade do concreto
NBR 7584 – Avaliação da dureza superficial
pelo esclerômetro de reflexão
 A idade do concreto leva a um fator de correção, já que a carbonatação natural
enrijece a superfície do concreto. Quanto maior a idade mais profunda é a
carbonatação e consequentemente maior o índice de minoração.

 Características do ensaio:

 A área de ensaio deve se situar a pelo menos 50 mm de cantos e arestas das peças e
corresponder ao mínimo de 50 cm2 (7 x 7)cm e máximo de 400 cm2 (20 x 20) cm .

 A definição do número de áreas e dos locais a serem ensaiados depende da


heterogeneidade e do volume de concreto a ser analisado além do tipo e importância das
peças a serem testadas.
NBR 7584 – Avaliação da dureza superficial
pelo esclerômetro de reflexão
 Características do ensaio:
 Em cada área de ensaio devem ser efetuados no mínimo 5 pontos e no máximo 16.
Aconselha-se 9 pontos.

 Os impactos devem ser distribuídos uniformemente na área do ensaio, conforme figura


abaixo.

 Resultados:

 Calcular a média aritmética dos valores encontrados em cada ponto (X1)

 Todos os valores com variações acima de + 10% em relação a média aritmética devem
ser desprezados.
NBR 7584 – Avaliação da dureza superficial
pelo esclerômetro de reflexão
 Resultados:

 Calcular nova e definitiva média com os valores restantes, mínimo de 5 (X2).

 Caso, após o cálculo da nova média, ainda for constatado valores com variações
superiores a + 10% o ponto correspondente a área ensaiada deve ser abandonado.

 O valor de leitura é o do Índice Esclerométrico (IE). Em caso de teste efetuado em


posição não horizontal corrigir o IE médio pelo coeficiente definido pelo fabricante do
aparelho. O índice esclerométrico médio (final e corrigido) ainda é multiplicado por um
fator de aferição do aparelho, obtendo-se o índice esclerométrico médido Efetivo (Ie e). K
é o fator de aferição do aparelho.

 
NBR 7584 – Avaliação da dureza superficial
pelo esclerômetro de reflexão
 Resultados:

 Definido o valor de IEe o próximo passo é converte-lo em resistência à compressão. Para


atingir esse objetivo deve-se utilizar a tabela fornecida pelo fabricante do aparelho.

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