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Universidade do Estado da Bahia

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais


Colegiado de Engenharia Agronômica

Potássio no Solo

Prof. Emanuel Ernesto Fernandes


IMPORTÂNCIA:

Não encontrado na forma orgânica das plantas;


Não tem função estrutural na planta

Elemento de maior mobilidade no sistema solo-planta;

Absorção: na forma iônica K+;

Cátion mais abundante nas plantas – consumo supérfluo


segundo nutriente mais absorvido
(entre 6 e 50 g kg-1, média: 10 e 30 g kg-1)

Alto potencial de perdas por lixiviação.


IMPORTÂNCIA:

Desenvolvimento da clorofila  fotossíntese e respiração;


Ativador enzimático (mais de 80 enzimas):
metabolismo do N, redução do nitrato;
Processo de fotossíntese e respiração;
síntese de proteínas, ATP – adenosina trifosfato;
decomposição de açúcares;
Mantém turgidez das plantas;
Reduz o "acamamento" em algumas espécies;
Brix e cor em flores e frutos;
Regula abertura e fechamento dos estômatos (transpiração, disponibilidade de água na célula).
Mudança na conformação da molécula – exposição de sítios ativos

Aumento na concentração de K + nas células guarda resulta em absorção de água


das células adjacentes que correspondem em aumento da célula guarda e a
abertura estomatal.
Sintomas de deficiência:

Folhas velhas (clorose das bordas para o centro das folhas, posteriormente
necrose);
(mobilidade floema)

Folhas verde-escuras ou azul-esverdeadas;

Manchas necróticas. Necrose marginal ou murcha da folha;

Morte das gemas laterais;

Reduz os internódios, dominância apical (crescimento das plantas)


CICLO DO POTÁSSIO:

Remoção Erosão e
Fertilizantes culturas lixiviação

Resíduos vegetais e
animais

Adaptado de: http://www.nutricaodesafras.com.br/potassio#in-soil


FORMAS DE OCORRÊNCIA NO SOLO:

RELATIVAMENTE INASSIMILÁVEL (K+ ESTRUTURAL)

(Minerais Primários e secundários ): 90 a 98% do K total

Feldspatos (4 a 12% de K2O): KAlSi3O8 (ortoclásio),

http://www.rc.unesp.br/museudpm/banc
Micas: KAl2(OH)2AlSi3O10 (muscovita), (7 a 11% de K2O)

o/silicatos/filossilicatos/biotita.html
K(Mg, Fe)3(OH)2AlSi3O10 (biotita), (6 a 10% de K2O)

Liberados lentamente pelos processos de intemperismo


Biotita
FORMAS DE OCORRÊNCIA NO SOLO:

FORMAS LENTAMENTE ASSIMILÁVEL (TROCÁVEL/FIXADO):


Ligados aos coloides orgânicos e inorgânicos do solo (cargas negativas - adsorção);

Reposição de K+ para solução do solo


(absorvidos pelas plantas/ perdidos por lixiviação)

Os íons K encaixam no permeio das unidades cristalográficas (minerais de argila 2:1);


Fixado (não prontamente disponível)
FORMAS DE OCORRÊNCIA NO SOLO:

MATÉRIA ORGÂNICA: (0,5 a 2 %)


rápida disponibilidade
“lavado” x mineralização x importância.

FORMAS PRONTAMENTE ASSIMILÁVEL:


1 a 2 % do volume de K+ de um solo mineral típico;
Solução do solo (forma iônica)
assimilação pelas plantas;
perdas por lixiviação (esgota-se rapidamente)
Permutável: manutenção do equilíbrio do K+ na solução do solo
FORMAS DE OCORRÊNCIA NO SOLO:
POTÁSSIO ASSIMILÁVEL PELAS
PLANTAS:
Forma iônica K+ (solução do solo e trocável)

Solução do solo (difusão - 70% a 80% e fluxo de massa - 10 a 15%);

Trocável (intercepção radicular - 2 a 5%)

Manutenção do equilíbrio do K+ na solução do solo


FATORES QUE AFETAM A DSIPONIBILIDADE DE K+

1) Coloides do solo:
Tipo:
Argila do tipo 2:1 (maior nas vermiculitas) (FIXAÇÃO )
Solos tropicais - predomínio de caulinita, fixação desprezível;

K K K K K K K K
Teor de argila:

Quanto maior o teor de argila maior, capacidade da fixação ;

aodeplantas/potassio112.pdf
http://people.ufpr.br/~nutric
K Fixado

Difusão

http://people.ufpr.br/~nutricaodeplantas/potassio112.pdf
FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DE K+

2) Concentração do K na solução do solo


quanto  concentração de K+ na solução  fixação;

3) Reação do solo:
Ácido: raio do íon H+, semelhante ao do íon K+
pH próximo a neutralidade:
 fixação;
 perdas por lixiviação;
aumento de Ca e Mg reduz a absorção de K pelas plantas .

4) Capacidade de troca catiônica: sítios de troca


serie liotrópica (equilíbrio iônico solução)
LIXIVIAÇÃO DO POTÁSSIO;

Teor do elemento na solução do solo;


Quantidade de água que percola no perfil;
Textura do solo:
arenosos 
argilosos 
LIXIVIAÇÃO DO POTÁSSIO;
 Capacidade de troca catiônica (CTC):
 CTC  perdas maiores 
 Presença de outros cátions (deslocamento de K +)
 pH do solo (calagem aumento cargas negativas)
migração de K+ da solução do solo coloides
 Solos arenosos, pobres em MO e baixa CTC
 Alta precipitação pluvial
 Gessagem
MINIMIZAR AS PERDAS POR LIXIVIAÇÃO:
Calagem (aumenta sítios de troca);
Aumento da concentração de Ca++ e Mg++ pode provocar a lixiviação de K+

Forma de aplicação:
Sulco: maiores perdas - concentração de K na solução, maior lixiviação);
Lanço: maior possibilidade de fixação/adsorção.
Parcelar (evitar consumo supérfluo).
MANEJO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA

Dose: teor de K+ no solo, espécie vegetal, expectativa de rendimento.

Época de aplicação:
K+ disponível no solo,

CTC baixa
CTC parcelar
Solos arenosos

Textura
Estádio de desenvolvimento – (índice salino);
Necessidade da planta x expectativa de rendimento;

Método de aplicação:
Linha ou a lanço (movimentação do K+ no solo)
FERTILIZANTES POTÁSSICOS:

http://slideplayer.com.br/slide/379667/
FERTILIZANTES POTÁSSICOS:

Cloreto de Potássio (KCl) – 60 % de K2O e 47 % de Cl


Obtido de jazidas naturais;
Mais barato dos fertilizantes potássicos;
Elevado índice salino;
Rápida dissolução;
Não recomendável culturas  fumo e batata (combustão e
produção de amido)
FERTILIZANTES POTÁSSICOS:

Sulfato de Potássio: K2SO4 (50 % de K2O e 17 % de S)


Segundo fertilizante potássico mais utilizado (fumo e batata);
Combinação do H2SO4 + KCl ou com quieserita (MgSO4.H2O);
Baixo índice salino..
FERTILIZANTES POTÁSSICOS:

Nitrato de Potássio: KNO3 (13% de N e 44 % de K2O)

HNO3 + KCl  KNO3 + HCl

NaNO3 + KCl  KNO3 + NaCl


R$ ;
Baixo índice salino;
Pulverizações foliares;
http://people.ufpr.br/~nutricaodeplantas/potassio112.pdf
DINÂMICA DE POTÁSSIO NO SOLO:
DINÂMICA DE POTÁSSIO NO SOLO:

NACHITIGAIL E VAN RAIJ (2004). in: https://doczz.com.br/doc/434966/an%C3%A1lise-do-pot%C3%A1ssio-no-solo---ipni


(BENITES, et al., 2010)
Diagrama dos ciclos de potássio, cálcio e magnésio no sistema solo planta
BENITES, V. DE M.; CARVALHO, M. DA C. S.; RESENDE, A.V, et al. O potássio, o cálcio e o magnésio na agricultura brasileira. In:
PROCHNOW, L.I., V; CASARIN, e S.R. STIPP. (org.). Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes. Piracicaba: IPNI, 2010, 2:53-65
BRADY, N. C. Natureza e propriedades dos solos. 7. ed. Rio de Janeiro: F. Bastos, 1989. 878p
ERNANI, P.R.; ALMEIDA, J.A. e SANTOS, F.C. Potássio. In: NOVAIS, R.F.; ALVAREZ V.,V.H.; BARROS, N.F.; FONTES, R.L.F.; CANTARUTTI,
R.B. & NEVES, J.C.L. (org). Fertilidade do Solo. Viçosa, MG, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2007b. p.551-594.
WERLE, R; GARCIA, R.A e ROSOLEM, C.A Lixiviação de potássio em função da textura e da disponibilidade do nutriente no solo. R.
Bras. Ci. Solo, 32:2297-2305, 2008. disponivel em http://www.scielo.br/pdf/rbcs/v32n6/v32n6a09.pdf

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