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SAGARANA

Guimarães Rosa
3ª geração modernista

 (1945...) : Pós –Guerra


 Abandono dos temas sociais
 Metafísica: questões existenciais
 Psicanálise: JUNG e LACAN
 UNIVERSALISMO
GUIMARÃES:
BRUXO DAS PALAVRAS
 MÍTICO
 Cabalístico : mensagem cifradas
 Crença no destino: o que é para ser , será
 Força da palavra: dizer é evocar
 ATÁVICO
 Cuidado com as APARÊNCIAS: ver ALÉM
 SABER LETRADO X SABEDORIA DE VIDA
Personagens preferenciais
 Criança
 Velho
 Animais Aqueles que
 Louco estão à margem
 Sertanejo

 Ruptura da lógica burguesa-capitalista-urbana-


universítária-racional-ocidental-cartesiano
Artesanato linguístico:
LÍNGUA ROSIANA
 Neologismo
 Arcaísmo
 Termos eruditos
 Outras línguas
 Regionalismo
 Exemplos: Amormeuzinho, Estranja,
Nomopadrofilhospritossantamêin, homem-
do-pau-comprido-com-o-marimbondo-na-
ponta
O SERTÃO é o MUNDO

 Regionalismo UNIVERSAL
 (“traz para a literatura regionalista um sopro
renovador, um sentido de epicidade e profundo
conhecimento da alma humana”)

 Sertão (Campos Gerais – Norte de MG


sobretudo): local privilegiado onde agem as
forças naturais e sobrenaturais
PROSA POÉTICA
 “plumagem e canto das palavras”

 Galhudos, gaiolos, estrelos, espácios, combuscos,


cubetos, lobunos, lompardos, caldeiros, cambraias,
chamurros, churriados, corombos, cornetos,
bocalvos, borralhos, chumbados, chitados, vareiros,
silveiros...

 “As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das
vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo
no meio, na massa embolada, com atritos de
couros, estralos de guampas, estrondos e baques,
e o berro queixoso do gado junqueira, de chifres
imensos, com muita tristeza, saudade dos campos,
querência dos pastos de lá do sertão...”

 “Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi


berrando.. . Dança doido, dá de duro, dá de
dentro, dá direito... Vai, vem, volta, vem na vara,
vai não volta, vai varando...”
 “como uma pancada preta, vertiginosa, mas
batendo de grau em grau - um ponto, um
grão, um besouro, um anu, um urubu, um
golpe de noite... E escureceu tudo .”
Estórias dentro da estória

 Valorização da TRANSMISSÃO ORAL do


conhecimento.
Principais temas

 Destino que se manifesta através do ACASO


 Força da palavra
 Saber letrado x saber tradicional (povo)
 Relativização Bem x Mal(eterna dualidade humana )
 HONRA SERTANEJA: outro sistema de
valores/nobreza
 TRAVESSIA
 Cuidado com as APARÊNCIAS
O Burrinho Pedrês
 “Mas nada disso vale fala, porque a estória de um
burrinho, como a história de um homem grande, é bem
dada no resumo de um só dia de sua vida.”
 O DESTINO SE CUMPRIRÁ( a hora e a vez)
 NÃO SE DEIXAR LEVAR PELA APARÊNCIA
 VALOR DA SABEDORIA DE VIDA
 SETE-DE OUROS+ FRANCOLIM+ MAJOR SAULO
+JOÃO MANICO
 SILVINO DESEJA MATAR BADU
 SUBNARRADORES: ESTÓRIA DENTRO DA
ESTÓRIA
 “(...) PONTO DE SE ENTREGAR,CONFIADO, AO
CORRER DA CORRENTEZA(...)”
ESTOICISMO

 ELIMINAR DESEJOS : ELIMINAM-SE


INQUIETAÇÕES E ANGÚSTIAS
 IMPERTUBABILIDADE
 SERENIDADE
 CONTROLE RACIONAL DAS PAIXÕES
A Volta do Marido Pródigo
 Lalino Salãnthiel -MALANDRO BRASILEIRO : atrasa no
serviço, mas encanta com a simpatia
 Ramiro(espanhol)/Maria Rita (esposa de Lalino)
 Sonho de LALINO: RJ
 Pega dinheiro emprestado com o espanhol e promete nunca
mais voltar (vendeu a esposa?). Lalino não cumpre acordo
 Política : cabo eleitoral : falador e simpático.
 Consegue trazer comitiva de político importante
 Major o ajuda a voltar com a esposa
 “Então, o Major (ANACLETO)voltou a aparecer na
varanda, seguro e satisfeito, como quem cresce e acontece,
colaborando, sem o saber, com a direção escondida-de-
todas-as­-coisas-que-devem-depressa-acontecer ”
Sarapalha
 Povoado abandonado : maleita
 Primo Ramiro + Primo Argemiro + empregada
idosa
 Todas as manhãs têm os sintomas da doença
 Argemiro :planos para o futuro
 RAMIRO: aceitação da morte iminente.
Abandonado pela esposa Luísa.
 Argemiro também fora apaixonado poe ela, mas
sempre respeitou o casal.
 RAMIRO expulsa Argemiro
 Discurso indireto livre
Duelo
 Turíbio é traído pela esposa Silivana com o ex-
soldado Cassiano.
 Prepara vingança, mas mata Levindo , irmão de
Cassiano por engano
 Começa uma caça no estilo gato e rato: quem caça
quem? Nunca se encontravam, apesar de estarem
por perto às vezes.
 Visitam Silivana que dá pistas do oponente para o
outro, num jogo dúbio.
 Turíbio quer cansar Cassiano que tinha um
problema cardíaco

 Turíbio dá um tempo na vingança e vai pra SP
ganhar dinheiro
 Cassiano recebe dignóstigo de que morrerá em
breve, despede-se de Silivana , vende tudo o que
tem e ruma pra se despedir da mãe.
 Muito doente, não chegará ao seu objetivo. Para no
´povoado de MOSQUITO.
 Busca um valentão que matasse Turíbio por
dinheiro. Em vão.
 Faz amizade com Timpim-vinte-e-um. Paga o
tratamento do filho do rapaz. Este promete amizade
eterna
 Cassiano morre. Deixa o que tem pra Timpim
 Turíbio soube da morte em SP, retorna.
 Da estação de trem até a cidade dele: um dia de
viagem a cavalo.
 Cruza com Timpim na estrada...seguem juntos
na jornada.
 Timpim mata Turíbio em nome de Cassiano.
 DEIXA-O REZAR PRIMEIRO, NÃO O
MATA TRAIÇOEIRAMENTE (HONRA
SERTANEJA)
Minha Gente - MG
 NARRADOR EM PRIMEIRA PESSOA
 IMAGEM MARCANTE: XADREZ
(SANTANA): jogado até sobre cavalos.
 a) a saga da política (xadrez?) no interior (tio
Emilio);
b) a honra sertaneja (morte do Bento Porfírio);
c) os caprichos do Destino (Prima Maria Irma)
 Ramiro , noiva da amiga Armanda, aparece.
 Irma despreza o narrador e o fica “empurrando”
para Armanda. (jogo de xadrez?)
 Chateado, narrador vai pra casa de outro tio;
 Recebe carta de Santana que quer continuar por
carta a partida anteriormente interrompida e lhe
dá xeque-mate.
 Impressionado com aquilo ( nunca desistir!),
retorna à fazenda de Tio Emílio para procurar
Irma
 Irma está com Armanda . Narrador se encanta
pela moça e se casa em três meses
 Irma casará com Ramiro , ex-noivo da amiga.
 XEQUE-MATE
São Marcos
 NARRADOR em primeira pessoa
 Izé ou José, o narrador
 João Mangolô, feiticeiro, humilhado por José
(bulling)
 No Calango-Frito todos eram um pouco
feiticeiro, alerta a cozinheira do narrador , Sá
Nhá Rita.
 Encontra com Aurísio Maquitola e fala sobre a
oração de São Marcos, para expulsar demônio.
Aurísio morre de medo da oração.
 Narrador se enfia pra dentro do bambual. Começa
a ler algumas inscrições estranhas nos bambus.
 Para provocar o autor dos inscritos, nomeado por
ele de QUEM SERÁ, o narrador escreve o nome
complicado de três reis persas.
 Aprofunda-se ainda mais na mata : descreve
vegetação e da fauna.(Há referências a estilo
arquitetônicos gregos)
 Deita pra descansar: acorda cego.
 Lembra da poderosa reza e a pronuncia:
doideira+ zoeira+ força descomunal+ pavor
 Amedrontado, corre para a casa do velho João
Mangalô. Queria matá-lo.
 Ao chegar, começa a esganá-lo, volta a enxergar

e o feiticeiro revela que fizera um vodu para ele.


 Temas :

a)Sincretismo religioso
b) Saber letrado (inutilidade em certas situações) x
saber do povo :troca cultural
c) A força das palavras raras (nomes dos reis)
d) A “regressão cultural” até a “cegueira”
Corpo Fechado

“A barata diz que tem sete saias de filó, é


mentira da barata , ela tem é uma só”
 Entrevista: O “doutor”, narrador, no decorrer da
história, vai entrevistando Manuel Fulô.
 Conversam sobre os valentões que já haviam passado
pela cidade. Só podia haver um por vez. Se aparecesse
alguém mais forte, o o utro deveria abandonar o lugar.
 O atual era TARGINO;
 Fulô era falador e contador de vantagem Sua paixão:
sua mula Beija-Flor ( mais que a NOIVA)

 “
 Sonho: selar a mular com uma sela mexicana
toda ornamentada que pertencia a Antonico das
Pedras, feiticeiro/curandeiro do lugar. Antonico
não vende a sela e ainda quer comprar a mula
de Fulô.
 Causos de Fulô
 Anuncia que casará com Das Dor
 Surge TARGINO. Anuncia que vai transar com
Das dor só uma vez, depois Fulô pode casar.
 Duelo para dia seguinte. Todos os parentes vão
se despedir de Fulô.
 Chega Antonico das Pedras( ou das Águas).
Conversam em particular.
 Na saída, Fulô manda entregar a mula Beija-
Flor para o curandeiro.
 Este fechara seu corpo contra balas.
 Fulô mata Targino a facadas e se torna o
valentão do local.
Conversa de Bois
 Narrador não identificado conversa com Manuel
Timborna sobre animais conversarem
 Timborna conta ao narrador a história que ouviu
de im Irara
 Carro de bois conduzido por Agenor Soronho
 Guia: menino Tiãozinho
 “Mercadoria”: rapaduras e o cadáver do pai do
menino.
 Bois começam a observar e refletir sobre o que
estava ocorrendo
 Agenor não respeita a tristeza do menino
 Agenor era amante da mãe do menino que o
recebia enquanto o menino cuidada do pai
adoentado em outro quarto.
 O menino “babava água dos olhos” , comentam
os bois
 Um boi conta a história do boi Rodapião, que
aprendeu a raciocinar
 O menino está sonolento e nesse estado de
semi-consciência entra em sintonia com os bois.
 Seus pensamentos de ódio e vingança dse
misturam com a revolta dos animais.
 Agenor dormia sobre o carrro próximo da roda
 Menino e bpois dão um forte solavanco, Agenor
cai e a roda do carro de bois o mata.
 Tiãozinho-Tiãozão
 Carro de bois: ciclo da vida
A Hora e a Vez de Augusto Matraga
A Hora e Vez de Augusto
 Matraga
“Sapo não pula pela boniteza, mas porém por percisão”
(introdução)
 “Eu vou p’ra o céu, e vou mesmo, por bem ou por mal” E
a minha vez há de chegar. P’ra o céu eu vou, nem que seja
a porrete!...”
 Mística do número 3
 Bem x Mal?
 Ele está sempre rezando, rezando de mãos postas, com
punhais cruzados. Mas, no domingo (dia santificado)
passado (...) comeu o companheiro
 Novo Cristo

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