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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Gilbert Ryle.
2. La Mettrie.
3. Hilary Putnam.
4. Patricia Churchland e Paul Churchland.
5. John Searle.
6. Máquina de Turing.
7. Ciências Cognitivas.
1 - A crítica de Gilbert Ryle
 A mente não pode ser tratada como substância distinta
porque ela não é algo à parte do corpo. A formulação de uma
teoria que junte ou separe a mente do corpo seria sem
sentido. Portanto, o dualismo cartesiano se torna um
problema de linguagem.

 Ryle defende que muitos problemas que são tratados na


filosofia são frutos do mal uso da linguagem. Então, é
necessária uma análise da linguagem para melhor resolver
problemas filosóficos.
 As formas substantivadas dos estados mentais como
pensamento, desejo, não possuem status ontológicos, mas
nós as usamos como se fossem. Ryle chama essas
atribuições de enunciados quase-ontológicos. O enunciado
gramatical nem sempre corresponde à estrutura lógica dos
fatos.

 A mente não pode ser pensada como algo paralelo ao


corpo. Ryle não leva a mente para fora do corpo e nem a
localiza em algum ponto do corpo. Ele toma a atividade
mental como uma subclasse das atividades corporais.
 PERGUNTA CAPITAL:

Onde situar a mente se incorrer em invenções ontológicas?


2 - Materialismo de La Mettrie
 Julien Offray De La Mettrie (1709-1751) considerava que o
cérebro deveria ser estudado à parte. O pensamento poderia
ser uma das propriedades da matéria organizada.

 O corpo e a mente são correlacionados entre si. Os danos ao


corpo repercutem na mente. As intervenções no corpo
podem afetar a capacidade cognitiva e de escolhas morais do
indivíduo. O pensamento resulta de ações mecânicas do
cérebro e do sistema nervoso.
3 - O funcionalismo de Hilary Putnam
 Como resposta, o funcionalismo põe em relevo não a
identificação entre físico e mental, mas as funções do
cérebro. O funcionalismo compreende os estados mentais
em termos de funções que eles servem. As entidades que
realizam essas funções são processos materiais do cérebro.

 A mente funciona como um computador. Para cada comando
de entrada, resulta um comportamento. Ela pode ser
compreendida como um sistema organizado que pode
executar certas funções e não é exclusividade do corpo
humano.
 Um computador pode desempenhar funções semelhantes ao
de um cérebro e serve de analogia para compreender a
relação entre corpo e mente. O corpo é o hardware e a
mente, o software.
4 - O eliminativismo

 O eliminativismo é também uma reação à teoria da


identidade de foi proposto por Patricia Churchland e Paul
Churchland. Segundo os teóricos, a falha dessa teoria em
identificar todos os estados mentais com o cérebro porque
muitos desses estados são falsas identificações da psicologia
popular. A linguagem mentalista da psicologia precisa ser
eliminada com o avanço das neurociências (GONZALEZ;
BROENS; LECLERC, 2012, p. 14).
5 - O naturalismo de John Searle

John Searle se posiciona contra as falhas do funcionalismo.


Esses sistemas demasiadamente objetivos não dão conta da
consciência e da intencionalidade. O desafio da filosofia da
mente é conciliar a existência de um universo mecânico com a
intencionalidade da mente humana.
Segundo Searle, as respostas dadas anteriormente estavam
dependentes da terminologia cartesiana. Havia uma resistência
em admitir que os fenômenos mentais são físicos. A concepção
da mente precisa ser naturalizada. A mente e os estados
mentais são processos cerebrais (MORACA, 2013, p. 49-51).
6 - Máquina de Turing

A filosofia da mente e as ciências cognitivas foram dominadas durante


um período pelo fascínio de representar a mente humana através de um
computador. Um dos primeiros modelos foi a máquina de Turing descrita
em 1936. Trata-se de uma idealização de uma máquina que executa tarefas
como memória, estado e transições. Mais tarde, vieram os computadores e
a inteligência artificial.
Em 1976, Turing ensaiou a possibilidade de uma máquina pensar. As
idealizações de Turing tratam a mente de modo mecanicista. O mesmo
procedimento do cérebro poderia também ser imitado pela máquina. Esses
princípios influenciaram o funcionalismo computacional de Hilary Putnam
(MORACA, 2013, p.59-65).
7 - Abordagens das Ciências Cognitivas

A primeira fase das ciências cognitivas teve como principais


expoentes Norbert Wiener, John Von Neumann e William Ross
Ashby.

Quadro a seguir:
AUTORES ABORDAGEM
1 - Cibernética de Norbert Wiener Ele se interessava pelo estudo do
comportamento de máquinas e de organismo.
Ele distancia da noção de estímulo-resposta tão
cara ao behaviorismo e adota a ideia de
causalidade circular. Segundo esse princípio os
sistemas são capazes de alteração a si mesmo e
ao seu meio. O sistema é capaz de ajustar a
resposta a um input e aprender com seus
erros. A era atual das ciências cognitivas
defende a relação e trocas mútuas entre a
máquina e o meio .
2 – Teoria da mente incorporada A mente incorporada quer dizer que ela é
enraizada no corpo. O corpo e a mente são
integrados e até mesmo a abstração é um
esquema adquirido pelo corpo. Além disso,
essa concepção de mente considerada que ela
está sintonizada com o ambiente. Todas as
funções abstratas estão no corpo. A mente não
se separa do corpo. Ela é um conjunto de
atividades sensório-motor em interação com o
meio.
AUTORES ABORDAGEM
3 – John von Neumann John von Neumann compara a máquina com o
cérebro humano e salienta que a grande
diferença entre eles é a capacidade do
organismo de autorreprodução e
autorreparação. Isso o torna mais capaz de se
adaptar à situação e contorna desordens. Para
competir com essa qualidade, a lógica não é
capaz, por ser rígida demais

4 – William Ashby William Ashby (1903-1972) pensando nisso,


recorre à noção de auto-organização. A vida e a
inteligência se desenvolvem em sistemas semi-
isolados. Estar vivo é manter o controle
variáveis necessárias internas em interação
com o ambiente. Essas condições podem ser
recriadas em máquinas, mas a capacidade de
auto-organização .
AUTORES ABORDAGEM
5 – Inteligências Artificiais Os pesquisadores da Inteligência Artificial
partiram do pressuposto de que todo
procedimento da mente que pode ser descrito,
pode ser realizado por uma máquina. Outro
pressuposto é de que estruturas não-biológicas
possam ter mentes. 111. Os processos mentais
podem ser estudados sem um sujeito (isto é,
uma consciência humana).

6 – Redes Neurais Artificiais de É uma concepção lógica de funcionamento do


McCulloch e Pitts neurônio no processamento de informações.
Essa concepção é importante por levar esses
estudos para o campo da simulação da mente
humana. Pode meio do modelo de perceptrons,
houve mais tarde a simulação de um sistema
que aprende padrões. O modelo de Kohonen
procurou simular a aprendizagem por
competição (MORACA, 2013, p. 118-129).
Leitura individual:

1. Ler e destacar as ideias principais:

Vasconcellos, S. J. L. (2008). A filosofia da mente: Uma revisão crítica. Psico,


38(2), 2007. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/
index.php/revistapsico/article/view/2566#:~:text
=A%20filosofia%20da%20mente%20corresponde,per%C3%ADodo%20de%20
1949%20at%C3%A9%202005
.

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