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METÁLICAS II:( Asa9)

PROF. ERNANI CARLOS DE ARAUJO-ESCOLA DE


MINAS – (FUNDADA EM 1876)( 145 anos: contagem
regressiva para os 200 anos) DECIV:
ernanidearaujo@yahoo.com.br
Asa9:TÍTULO:arcos metálicos
RESUMO: projetar um galpão com cobertura metálica em arco destinado à produção agrícola para produção de flores ou verduras (greenhouse) :

TÓPICOS:
1 – Generalidades;
2 – Normas;
3 – Materiais;
4 – Geometria;
5 – Estudo dos esforços internos;
6 – Geratriz Circular;
7 – Geratriz Parabólica;
8 – Modelagem dos Arcos;
9 - Empuxos dos Arcos;
10 – Flechas dos Arcos Circunferenciais;
11 – Espaços Úteis Arquitetônicos;
12 – Materialização dos Nós dos Arcos;
TÓPICOS:
1 – Generalidades;
2 – Normas;
3 – Materiais;
4 – Geometria;
5 – Estudo dos esforços internos;
6 – Geratriz Circular;
7 – Geratriz Parabólica;
8 – Modelagem dos Arcos;
9 - Empuxos dos Arcos;
10 – Flechas dos Arcos Circunferenciais;
11 – Espaços Úteis Arquitetônicos;
12 – Materialização dos Nós dos Arcos;
13 – Logísticas de fabricação, transporte e montagem;
14 – Projeto de uma Greenhouse ( estufa) para grande produção de horta em fazenda ;
• 1 – GENERALIDADES:
• O termo “ARCO” vem do “Latim” e significa um elemento construtivo em forma de
CURVA ARREDONDADA, normalmente de alvenaria, que moldura a parte superior de
um vão(abertura , Passagem) ou reentrância suportando o peso vertical de um muro
ou parede em que se encontra.
• Das diversas aplicações que um arco pode ter, observa – se principalmente a sua
aplicação em portas, janelas, pontes, aquedutos, como elemento de composição
tridimensional de abóbadas e até de retenção de barragens( onde a pressão se efetua
horizontalmente).
• Mas, além de sua função prática de distribuição de carga atuante no arco, os arcos
possuem um forte componente decorativo, permitindo uma grande variedade
formal.É neste sentido estético, que o arco se torna um elemento útil à identificação e
classificação dos diversos movimentos artísticos na Arquitetura.
• Os Etruscos( povo que viveu numa região onde hoje é a Itália- região
da toscana)(1200 a 700 A. C.).
• Os Etruscos primitivamente criaram os Arcos e depois os Romanos
aperfeiçoaram as construções em ARCOS.
• 3 – ORIGEM DOS ARCOS:
• A origem primitiva dos ARCOS, iniciou – se com a descoberta da
CURVA CATENÁRIA. Esta é uma curva que se forma em um fio a partir
de seu peso próprio(colar, corrente, fio elétrico, cabos, etc.)
A equação Analítica da CATENÁRIA, é dada por:

)= a
Onde e= 2,71818284...( conforme Piskunov, pág.50)

SHUI 1: A CATENÁRIA, é uma curva que pode ser Assemelhada à PARÁBOLA. Portanto, a equação analítica da
PARÁBOLA assemelhável à PARÁBOLA, é dada por:
=y=ch()
• SHUI2:Por isto, os Etruscos e depois os Romanos, percebendo que um
fio celulósico ficava perfeitamente TRACIONADO quando sujeito ao
seu peso próprio, é que tiveram a ideia de inverter a curva CATENÁRIA
e aí perceberam que os esforços internos na nova curva também
inverteram para COMPRESSÃO perfeita.
• SHUI3: conclusão, a curva em ARCO que trabalhará exclusivamente a
esforços de COMPRESSÃO quando sujeita a ações externas verticais é
a PARÁBOLA. Estes esforços internos tenderão a passar pelo centro de
Gravidade (C.G.) da alvenaria ou seção em arco metálico e a curva
ideal para que isto ocorra é a PARÁBOLA. A equação analítica da
PARÁBOLA, é dada genericamente, por:
+Bx +C V= -4AC

PRÁTICA:
Um problema PRÁTICO para o uso da PARÁBOLA nas estruturas, é quando torna – se necessário determinar a
equação analítica da PARÁBOLA que passa por 3 pontos considerados, ou seja:
1
Portanto, os pontos coordenados da PARÁBOLA , são:
(1)=; (2)= (3)
• SHUI 4:
• Conhecendo –se três pontos coordenados e tendo – se três equações, forma –se
um sistema de equações lineares, possível e determinado. Deve –se determinar
as constantes, A, B, e C e assim, ter-se – á a equação da PARÁBOLA esperada.
• SHUI 5:
• Da mesma forma, para uma circunferência de raio unitário, pode –se provar que a
equação da circunferência corresponde também a uma equação analítica de uma
PARÁBOLA.
• Assim, concluímos que pode –se usar o arco de Geratriz Circunferencial como
cobertura de grandes vãos com certas restrições, mas com eficiência estrutural
de um arco com predominância de esforços de COMPRESSÃO.
QUADRO RESUMO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS ARCOS CONFORME SUA GERATRIZ

GERATRIZ CIRCUNFERENCIAL GERATRIZ PARABÓLICA

São mais fáceis de ser executados; São mais difíceis de serem executados;

Possuem empuxos relativamente altos; Os empuxos horizontais podem ser praticamente


eliminados;
São necessários os usos de tirantes para combater ou Podem prescindir do uso de tirantes horizontais;
neutralizar os empuxos;
Devido ao uso de tirantes, perde –se o espaço vertical Ganha –se muito espaço vertical útil para a
útil para a arquitetura. arquitetura;
São estruturalmente mais eficientes, pois os esforços
de compressão tendem a passar exatamente pelo
Centro de Gravidade da Seção.
• ASA9: Projetar uma cobertura para uma GREENHOUSE usando ARCO
metálico treliçado de GERATRIZ CIRCUNFERENCIAL:

SHUI 6:Pensando na Modulação em Estruturas Metálicas, a partir do


´módulo 12, usaremos para as distâncias entre pórticos em arcos
igual a 6,0 m. Estes vãos deverão ser vencidos através de vigas vagão
constituídas dos perfis dobrados “U” e tirantes. E a quantidade de
espaços entre pórticos em arcos será igual a:
=20
O número de pórticos será igual a n. espaços +1 = 20 +1 = 21 pórticos
• 2 - NORMAS:

NBR6120 ( Ações)
NBR6123 ( Vento)
NBR8800(estruturas)
3 - MATERIAIS:
Aço Carbono A36
=250MPa = 250xN/
Vigas de Aço Laminado – Perfis Gerdau –Açominas( tabelas)
=205000MPa
=7850Kgf/

tirantes de
Eletrodos específicos para soldas em aço carbono.
Telhas de aço trapezoidais Corrugadas Eternit com pintura Eletrostática,
Espessura de 0,5 mm ou Similar
• SHUI 7:Deve – se primitivamente definir as posições dos Sistemas
Verticais de Estabilizações do Edifício. Colocando os contraventamentos
em “três Planos não simultaneamente paralelos e não convergentes”.
Além disso, deve –se escolher os planos horizontais em planos da
cobertura para se fazer os contraventamentos horizontais.
• No Edifício em questão, deve –se observar que os 21 pórticos transversais
já seriam o suficiente para “garantir” o equilíbrio, no entanto, na
realidade , no sentido transversal, bastaria apenas um pórtico. Mas a
quantidade de pórticos definido trata –se de uma redundância necessária
para os apoios das terças que receberão as coberturas.
• SHUI 8:As terças necessárias para vencer estes vãos de 6 m entre
pórticos, poderão ser executadas com vigas vagão, constituídas de
perfis de aço em chapa dobrada em “U” e com tirantes de
• RELAÇÕES PRÁTICAS PARA DIMENSÕES BÁSICAS DOS ARCOS CIRCULARES:
• =... f = flecha
• = ... h = altura da seção transversal do arco

• SHUI 9:O aumento da flecha “f” proporcionará a diminuição do raio R do arco e com isto, diminui
– se os momentos Fletores nas seções do arco, proporcionando um arco mais otimizado e mais
econômico. Esta é uma estratégia usada para conseguir a otimização do arco e torná – lo mais
econômico.
• SHUI 10:Como o arco deverá ser treliçado, os arcos serão compostos de vários painéis e com um
banzo superior e outro inferior. Estes painéis possuirão dois montantes e uma diagonal. As
diagonais, para possuir eficiência máxima, deverão ser inclinadas de . Neste caso, concluímos que
todos os painéis do arco deverão ser quadrados.
SHUI 11:As diagonais deverão ter seus eixos de gravidade convergindo para apenas um ponto denominado
de PONTO DE TRABALHO (P.T.).
Os painéis deverão ser modulados na forma quadrada para garantir a inclinação de das diagonais. As
chapas de REAÇÕES denominadas de GOUSSETS, poderão ter qualquer forma geométrica,desde que
garanta áreas necessárias para as reações das soldas e dos parafusos de ligações:
CÁLCULO DO RAIO PARA O PROJETO PROPOSTO:
• ==
• Por Pitágoras no triângulo VBC, teremos:
• =+=2500+-40R+400 = 72,5m
• SHUI 12:
• Podemos otimizar ( Racionalizar) a eficiência do arco diminuindo –se
os momentos fletores ao longo das seções. Para isto,devemos
diminuir os raios dos arcos, o que se consegue aumentando – se a
flecha do arco. Adotaremos então f=25 m.
• Por Pitágoras no triângulo VBC, vem:
• =+= 2500+ 50R +625=-50R+3125=0= 62,5m ( O arco está Otimizado).

• SHUI 13:
• Concluímos pelo cálculo, que aumentando –se a flecha f de 20m para
25 m, o raio diminui –se de R=72,5 para R=62,5m. Assim, os
momentos Fletores ao longo da geratriz do arco, tenderão a diminuir
também. Então, o arco ficará assim mais otimizado e econômico.
• COMPRIMENTO DO ARCO CIRCUNFERENCIAL:
• C=2
• Este é o comprimento de “toda” a circunferência, no entanto,
devemos conhecer o comprimento de apenas um arco cuja “corda”
que é o “segmento de reta” que liga dois de seus pontos distintos,
terá um “ângulo Central”. Considere os pontos A e B sobre uma
circunferência. As duas partes formadas que vão de A até B são
chamados de ARCOS da Circunferência.
• O ângulo Central é aquele cujo vértice coincide com o centro da
circunferência.
Se numa Circunferência de Centro “O”, o Ângulo Central determina um ARCO AB, dizemos que AB é o arco
correspondente ao ângulo AÔB. Determinemos o ângulo central do arco menor:
Pela trigonometria,aplicada ao triângulo retângulo OVB, vem:


• Pela trigonometria,aplicada ao triângulo retângulo OVB, vem:

• Tg(=1,33 ()=arctg(1,33)=
• Mas o ângulo Central é igual a 2x =
• SHUI 14:Uma Circunferência total possui um ângulo Central igual a .
Podemos então formar uma regra de três simples para
determinarmos o comprimento do arco Circunferencial desta
Circunferência, ou seja:
• C=22(62,5)


• TRANSPORTE DO ARCO FABRICADO:
• O ARCO será fabricado em uma fábrica de estruturas metálicas e depois transportado por partes em
carretas. O comprimento do arco AB=115,628m deverá ser dividido em comprimentos tais que possam ser
transportados em carretas padrão de 12 metros.
• 1 carreta
• y 115,628m y= 9,6

• y= 9,6 carretas de 12m serão necessárias para transportar o arco inteiro por partes.Mas, pode ser
transportados por trechos menores em uma quantidade menor de carretas.Por exemplo, se diminuirmos os
trechos do arco para 10 metros,, teremos
• =11,5625 carretas
• SHUI 15:
• Se colocarmos 6 módulos de arco fabricado de 10m cada numa carreta,
colocaríamos um comprimento total igual 60m de arco. Então, para o arco
todo ser transportado em módulos de 10m, usando 1 carreta para
transportar 6 módulos. Seriam necessárias
• 1,92
• Assim, deveremos fazer 2 viagens de carretas de 12 metros para
transportar 12 módulos de 10m na carreta para fazer o transporte do arco
inteiro. Para todos os 21 pórticos gastaríamos 21x2= 42viagens em carreta
de 12m.
• EMENDAS( LIGAÇÕES):
• As EMENDAS entre as partes do arco no local de montagem do arco,
deverão ser feitas com duas chapas de topo e 2 parafusos nas regiões
superior e inferior do arco, pois ocorrerão esforços de tração devidos
aos Momentos Fletores provocados pelas inversões de esforços
devidos a alternância de direções das ações do “VENTO”. Forças
cortantes nas ligações também ocorrerão, mas estas serão
insignificantes frente ao limite de escoamento do aço e os parafusos
tenderão resistir a estes esforços sem problemas.
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