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Teoria dos Sistemas

Surgimento da Teoria dos Sistemas

 Alta especialização de cada área do conhecimento;


 Na ausência de comunicação e interacção entre as
distintas áreas do saber;
 As teorias apenas explicam os processos e fenómenos
isoladamente
 Devido à falta de uma visão global, que levasse em
conta as inter-relações entre as partes.
Teoria dos Sistemas

 A teoria dos sistemas tem como principal


objectivo

 Sociedade, mercado e organização se


revelem que cada vez mais a
interdependentes e complementares.
Bertalanffy – Noção de Sistema

 Cada ciência deve explicar e compreender


as diferentes realidades que se observam de
uma forma integrada e universal.
Características dos sistemas
 Globalidade - o sistema é mais do que a soma das suas
partes.
 Interacção - os elementos estão inter-relacionados, o
funcionamento do sistema depende da inter-relação entre
as partes.
 Estrutura - a organização e os seus elementos estão
dispostos segundo uma dada estrutura, a qual define o
lugar que cada elemento ocupa.
 Abertura - o sistema precisa dos inputs do meio
ambiente, e fornece os seus outputs. Funcionamento de
um mecanismo de feedback entre a organização e o seu
meio externo.
Propriedades das organizações

 Interacção constante com o exterior


 Auto-regulação: Através do mecanismo de
feedback é possível receber informação do
exterior, detectando alguns desvios possíveis
em relação ao cumprimento dos objectivos.
 Entropia negativa: tendência negativa que
os sistemas fechados têm de se desorganizar
e cair ao longo do tempo.
Propriedades das organizações
 Variedade e diferenciação: as organizações
tendem a tornar-se cada vez mais complexas
de modo a lidarem com a crescente
complexidade do ambiente externo.

Equifinalidade: tendência de adaptação.
Sistema Aberto/Sistema Fechado
Sistema aberto Sistema fechado
 Mecanismo de  Está isolados do meio

feedback que permite ambiente.


receber informações do
meio ambiente;  Entropia positiva

 Entropia negativa;
Abordagem sistémica das
organizações
 As organizações são vistas como sistemas
abertos compostos de diferentes partes inter-
relacionadas, as quais operam na
prossecução de objectivos comuns.
 Este sistema é caracterizado não pelas suas
partes, mas sim pelas inter-relações
existentes entre elas.
 O sistema é visto como um todo.
 O feedback seja ele positivo ou negativo é o
motor da evolução da organização.
Abordagem sociotécnica
Abordagem sociotécnica
 A abordagem sociotécnica resultou dos estudos
efectuados por investigadores do Instituto de
Tavistock.
 Esta abordagem decorre essencialmente de duas
premissas básicas.

 O subsistema técnico e o subsistema teórico.


 Apoia-se em técnicas e métodos baseados na
investigação-acção para intervir nas organizações.
Abordagem sociotécnica
 Sist. tecnológico Interacção Sist. social

 Sistema tecnológico, é determinado pelas


exigências típicas das tarefas que são realizadas em
cada organização, quer a nível de competências,
conhecimentos, equipamento, matérias-primas e
instalações físicas.
Abordagem sociotécnica

 Sistema social, constituído pelas pessoas e


respectivas interacções.
 Tanto o sistema tecnológico como o sistema
social são mutuamente dependentes,
sofrendo influências um do outro.
As organizações como sistemas técnicos
e humanos
 Para um perfeito funcionamento da
organização é extremamente necessário
desenvolver uma boa relação entre o sistema
humano e não humano.
 Sendo assim, os sistemas tecnológicos e
humanos devem ser organizados e
optimizados no conjunto da organização.
Abordagem sociotécnica

 Método da investigação-acção.
Este método consiste num programa de
estudos, experimentação e acção tendo em
vista a resolução de problemas e a mudança
organizacional, em que investigadores
externos e membros da organização têm
uma intervenção activa e directa no
processo.
Pressupostos da investigação-acção
 A interdependência entre os dois sistemas é essencial para o
funcionamento da organização.
 Todos os membros da organização são portadores de uma
capacidade de decisão e de participação.
 A intervenção tem como objectivo estabelecer um equilíbrio
entre os aspectos técnicos e sociais no processo de
mudança.
 A investigação é conseguida através da acção conjunta entre
investigadores externos e das diferentes categorias de
pessoal que procuram solucionar os seus problemas e os da
organização.
Abordagem Contigencial
Nesta abordagem, o ambiente externo
passa a determinar todo o funcionamento da
empresa, nas suas áreas de actuação.
Existem vários modelos de organização
para ajustamento ao meio externo.
Princípios básicos
•Não existe nenhum modelo organizacional óptimo para as
organizações.
•O mais eficiente e competitivo é aquele que consegue
adaptar-se o melhor possível às contingências do seu ambiente
pertinente, através da diferenciação e integração estrutural e
funcional.
•A gestão da organização baseia-se na adaptação da
organização ao meio externo.
•O processo de ajustamento às condições do meio ambiente é
feito de forma continuada.
Tipos de ambientes externos
(Emery e Trist)
 Em repouso, estável e aleatório;
 Em repouso estável, mas com existência de
elementos aglomerados;
 Reactivo-desordenado;
 Turbulento.
Conclusão dos estudos

A eficácia de uma organização vai ter em


conta a conciliação dos factores internos da
empresa com o meio exterior.
Processos como decisão, liderança ou
controlo são determinados pelas contigências
externas à organização.
Exemplos de factores externos

 Tecnologia;

 Mercados;

 Pressão Populacional.
Teóricos da teoria contingencial
•Charles Perrow - Impacto das tecnologias sobre o conteúdo
e as forma diferenciadas de funcionamento interno das
organizações.
•James Thompson - Análise das organizações como sistema
aberto focado no comportamento dos indivíduos e dos
grupos.
•Burns e Stalker – Modelos organizacionais internos partindo
do ambiente externo
•Paul Lawrence e Jay Lorsch - Para serem funcionais e
competitivas, as organizações precisam ajustar-se e reagir de
forma apropriada aos mecanismos contingênciais do seu
ambiente externo.
Tecnologia e configurações das
estruturas organizacionais
Joan Woodward foi responsável pelo
estudo promenorizada da influência das
tecnologias no modo de organização da
empresa.

• Produção unitária ou de pequenos lotes;


• Produção em massa ou de grandes lotes;
• Produção em processo contínuo ou atomatizada.
Produção unitária ou de pequenos
lotes
 Ênfase Funcional:  Aspectos Internos:

1. Marketing;  Qualificação: ALTA


2. Investigação e  Formalização: BAIXA
Desenvolvimento;  Centralização: BAIXA
3. Produção.  Níveis Hierárquicos:
POUCOS
Produção em massa ou de grandes
lotes
 Ênfase Funcional:  Aspectos Internos:

1. Investigação e  Qualificação: BAIXA


desenvolvimento;  Formalização: ALTA
2. Produção;  Centralização: ALTA
3. Marketing.  Níveis Hierárquicos:
ALGUNS
Produção em processo contínuo ou
atomitazada
 Ênfase Funcional:  Aspectos Internos:

1. Investigação e  Qualificação: ALTA


Desenvolvimento;  Formalização: BAIXA
2. Marketing;  Centralização: BAIXA
3. Produção.  Níveis Hierárquicos:
MUITOS
Abordagem contingencial

Organização

Meio externo adaptação Características

Organização eficiente
Adaptação da organização

•Necessidade crescente de organizações complexas,


diversificadas e flexíveis.

Modelo mecanicista Modelo orgânico

Divisão e especialização de Reduzida divisão de tarefas


tarefas Flexibilidade e ajustamento
Elevada padronização na definição de tarefas
Baixa qualificação dos Reduzida formalização

níveis debase Comunicação vertical


Estrutura formal Níveis de conhecimento
Comunicação vertical dispersos
Modelos organizacionais tendo em conta
ambientes diferenciados
Ambiente estável Ambiente turbulento

Formalização Elevada formalização Baixa formalização


da estrutura
Elevada hierarquização Baixa hierarquização
Elevada padronização Baixa padronização
Relações
Concentração nas tarefas Concentração nos
interpessoais
colaboradores

Orientação Curto prazo Médio e longo prazo


temporal

Prossecução Concentração nos objectivos Concentração em objectivos


dos objectivos
de cada departamento globais
específico
Ideias chave da abordagem contingencial

•As organizações têm que se ajustar ao meio ambiente


para serem competitivas
•Quanto mais complexa e turbulento for o meio externo
mais complexo e diferenciada vai ser a organização
•Não existe modelo organizacional base. O mais
eficiente e competitivo é aquele que consegue adaptar-
se o melhor possível às contingências do seu ambiente
pertinente, através da diferenciação e integração
estrutural e funcional.
Biblioteca Municipal de Barcelos
Entrevista ao Dr. Vítor Pinho

 Biblioteca Municipal funciona desde 1996

 Grande Investimento da Câmara Municipal

 Colmatar ausência de locais semelhantes no


concelho
Aspectos gerais sobre a Biblioteca

 2 Salas de Leitura, para adultos e crianças

 Auditório

 Centro de audiovisuais

 Espaço para exposições


Interacção com o exterior
 Separação das salas para adultos e para
Crianças;
 Criação da Hora do Conto;

 Separação da área geral em relação às

obras de referência;
 Publicitação do trabalho de artistas locais.

 Cooperação com as escolas do concelho.


Auto-Regulação

 Aposta na constante inovação

 Extrema atenção às reacções do público


perante as novidades

 Resposta rápida perante novidades menos


bem aceites
Entropia Negativa

Para contrariar a tendência de desorganização


ao longo do tempo...

Incentivo ao empreendorismo dos funcionários


e à aceitação de ideias do exterior
Variedade e diferenciação

 Utilização do auditório para sessões de


cinema, espectáculos musicais e de teatro

 Criação de um pequeno centro virtual

 Tentativa de responder às exigências de um


público cada vez mais vasto
Estrutura

 Relação muito informal entre director e


funcionários;

 Relação aberta com o público, incentivando a


cooperação.

 Funcionários com bastante poder de decisão,


evitando a burocracia.
Conclusões

 Interacção com o público é fundamental

 Decisões são tomadas de acordo com os


seus gostos e necessidades

 Tentativa constante de melhorar para melhor


servir
Conclusões

 Informalidade nas relações provoca um


sentimento de confiança

 Ambição de abarcar um público cada vez


mais vasto
“É muito gratificante andar na
rua e ser saudado por todos, que
reconhecem o nosso esforço. É
também isso que nos faz querer
fazer cada vez melhor…”
Trabalho realizado por:

 Hugo Guimarães
 João Simões
 Mariana Sá
 Tatiana Lopes

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