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Unidade 2 - GESTÃO DE
MATERIAIS
Profa. Ms. Viviane Szabo

Iniciar

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Introdução
Iniciamos a última unidade falando um pouco sobre uma atividade muito
corriqueira: compras no supermercado. Se eu perguntar para um grupo de pessoas
se eles gostam de fazer compras no mercado, será que a opinião é unânime? É bem
provável que no grupo haja pessoas que gostam de ir ao mercado e outras que não.
Por que algumas pessoas não gostam desta atividade tão rotineira?

Fazer compras de mercado é um processo demorado, em que se perde muito


tempo! Só o fato de se deslocar até o mercado já é um tempo em que poderíamos
fazer outras coisas. Mas além do transporte ainda temos a perda de tempo na
movimentação dentro do mercado para colocar todos os itens que precisamos
dentro do carrinho e aí teremos que tirar tudo do carrinho, colocar na esteira do
caixa para registrar a compra, ensacar os produtos e os colocar no carrinho
novamente. Após realizamos o pagamento temos que nos preparar para tirar tudo
novamente do carrinho e armazenar as compras no carro. O processo acabou? Não!
Ainda temos que tirar tudo do carro e levar para a residência para armazenar tudo
nos seus respectivos locais.

Você provavelmente deve ter uma política de movimentação dentro do


supermercado, outra para colocar as compras no carrinho e no carro, além de uma
política de armazenamento na sua casa. Talvez seja tão intuitivo que você nem a
percebe.

Por exemplo, quais itens você pega primeiro para colocar no carrinho de mercado?
Você pegaria o sorvete sabendo que ele ficará fora da geladeira durante todo o
processo de compra e transporte até em casa ou você o deixaria para o final?
Provavelmente você deixaria o sorvete e todos os itens frios e congelados para o
final, não é mesmo? Você com certeza ainda analisa quais produtos você pode
colocar por cima de outro, está correto? Empilhar corretamente os produtos mais
pesados por baixo e os mais leves por cima é o que garantirá que seu ovo não
chegue quebrado e que suas frutas, verduras e pães não fiquem amassados.

Ao passar seu produto no caixa e o colocar em saquinhos você também deve ter
algumas regrinhas certo? Você colocaria um frango assado ou outro prato quente da
rotisseria junto com o sorvete? E a água sanitária ficaria junto com o pão?  E quando
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finalmente você chega em casa, você tem alguma política para dizer quais produtos
você começa a guardar? Provavelmente os itens de geladeira e congelador são
sempre os primeiros a serem guardados. Afinal, o restante pode esperar!

Por que tantas regrinhas para uma simples atividade de fazer compras no mercado?
Tudo para ter a melhor
gestão dos materiais
!

Você pode estar se perguntando: mas minhas compras são materiais? São sim! Não
importa qual será o processo em que será usado a mercadoria comprada, eles
serão recursos materiais do processo! Veja, se você comprou itens para fazer uma
refeição, estes itens podem ser vistos como matéria-prima deste processo. Se é um
item de limpeza ou higiene, estes são materiais auxiliares destes processos!

Quando falamos de materiais, podemos estar falando de classificações diversas.


Este tem relação direta com os tipos de estoques que nós temos tanto em casa
quanto nas organizações.

Não importa se é uma empresa ou é sua casa, a gestão de materiais e políticas e


técnicas de gestão de estoques são muito importante, não é mesmo? Nesta unidade
falaremos justamente sobre estes aspectos relacionados à gestão de materiais.

1. Classificação dos materiais


Vimos anteriormente que uma empresa pode adotar diferentes tipos de arranjos
físicos e escolher trabalhar com diferentes tipos de processo de transformação
(linha, lote, para estoque ou encomenda), tudo pensando em focar uma prioridade
competitiva, um objetivo de desempenho específico (rapidez, flexibilidade, custo,
qualidade ou confiabilidade). Todos estes aspectos são pensados na estratégia de
produção e estão alinhados à estratégia competitiva da empresa.

O que todas as empresas têm em comum, mesmo que tenham arranjos diferentes?
Todas são um processo de transformação de recursos em produto ou serviço.
Nestas entradas temos os recursos materiais!

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Chiavenato (2014, p. 38) diz que, no caso das indústrias, todas podem ser vistas
como um “fluxo contínuo de materiais que são processados ao longo de várias
atividades no sistema produtivo. Essa dinâmica requer muito cuidado para manter
seu ritmo, sua fluência e sua cadência, de tal maneira que não haja paralisações ou
esperas imprevistas. A busca de maior produtividade está na base desse cuidado. A
preocupação com máquinas, equipamentos e tecnologia deve antes passar pela
preocupação com os materiais que passam por elas. A redução de custos começa
por aí, em termos de quantidades disponíveis, tempo de movimentação, qualidade
etc.”.

Isto quer dizer que os materiais são os insumos básicos para que possamos ter um
produto acabado e estes podem ser de diversos tipos: líquido, sólido, plasma ou
gases. Se analisarmos suas propriedades químicas elas ainda serão vistas com
classificações diferentes e requerem formas diferentes não só de acondicionamento
como também de transporte, estocagem e processamento. Classificar materiais é a
atividade de agrupar ou aglutinar características semelhantes dos materiais. Pode

parecer uma tarefa simples, mas nem tanto. Em engenharia, os materiais sólidos
podem ser agrupados em seis categorias. Observe a seguir.

Propriedades mecânicas

Propriedades elétricas

Propriedades Térmicas

Propriedades magnéticas

Propriedades ópticas

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Propriedades deteriorativas

Será que algumas dessas características vindas da engenharia não foram aplicadas
na gestão de matérias da sua casa? Você se preocupou com propriedade
degenerativas, por exemplo, ao guardar primeiramente os materiais frios antes de
guardar os demais itens de sua compra de mercado?

Não importa qual o item que você tenha comprado, se é um iogurte ou uma lata de
leite condensado. O que é certo? Ambos precisam ser bem transportados e
acomodados de forma cuidadosa se preocupando com a deterioração, a validade
do produto. Uma vez que existe deterioração, o que é certo? Preciso me preocupar
com o
giro
daquele material!

Saiba mais
Giro de estoques
é um dos indicadores mais conhecidos na gestão de
estoque e representa o número de vezes que os estoques se renovam ou giram
em um determinado período (normalmente ano). Giro é “quantas vezes todo o
material comprado ou produzido sai e dá lugar a um novo lote, movimentando o
material” (SZABO, 2015, p. 40).

Gerenciar os materiais e os classificar não é uma tarefa muito simples. Por exemplo,
você sabe que o leite tem um controle de giro, pois trata-se de um produto que se
deteriora, mas em se tratando de classificar o leite, você o consideraria uma
matéria-prima ou um produto acabado pronto para consumo? Percebeu que um
mesmo produto pode ser classificado de formas diferentes, por vezes dependendo
de sua finalidade?

Segundo Viana (2002, p. 51-52) existem infinitas classificações, por isso é importante
considerar alguns atributos para uma boa classificação:

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Abrangência

Flexibilidade

Praticidade

Para o autor, empresas diferentes usam classificações diferentes, mas muitas


organizações tendem a classificar por tipo de demanda, que pode ser de materiais
de estoque e materiais não de estoque (Figura 1).

Figura 1 – Escopo abrangente da gestão de operações. Fonte: Viana (2002, p. 53)

Materiais não de estoque, como o autor classifica, são aqueles que não possuem
parâmetro exato para um ressuprimento automático. Isto ocorre devido ao
consumo irregular para aquele material em específico. Por exemplo, você tem
anchovas estocadas em sua casa? Muito provavelmente este item não possui um
consumo regular, por este motivo você somente vai comprá-lo quando houver um
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pedido especial ou você desejar fazer um prato atípico em sua casa. Quando você o
comprar ficará estocado por um tempo ou será utilizado de maneira quase que
imediata?

Esta é uma característica de materiais não de estoque: ser comprado para utilização
imediata ou serem estocados por um período temporário no almoxarifado.

Notou que na figura os materiais de estoque têm um certo destaque? Eles podem
ser classificados por ordem de importância operacional (método XYZ) ou pelo valor
do consumo anual (Curva ABC).

Estas metodologias são muito importantes para uma boa gestão de materiais, mas
antes precisamos entender um pouco mais sobre materiais de estoque.

2. Materiais de estoque
Quando falamos de estoque, precisamos entender qual a sua função principal:
evitar parada na produção! Mas quanto devemos estocar? A resposta para esta
questão nunca é tão simples, pois estocar demais leva a um custo alto e risco de
obsolescência ou deterioração, entretanto, se estocarmos pouco, correremos o
risco de não conseguir atender uma demanda.

A função dos materiais de estoque é justamente essa! Garantir que haja material
suficiente por meio de um ressuprimento automático, com base em uma estimativa
da demanda e na importância para a empresa. Isto quer dizer que, com base em
uma previsão da demanda, o material será adquirido de forma automática sem a
participação do usuário.

Isto é possível com parcerias com fornecedores e com sistemas interligados (EDI –
Eletronic Data Interchange
). Falaremos na próxima unidade mais detalhes sobre
compras, fornecedores e negociação e tecnologias disponíveis.
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Mas antes de tudo, o que é preciso ter em mente para ter materiais em estoque é
uma
previsão da demanda
. Existem inúmeros métodos de previsão de demanda,
tanto qualitativos quanto quantitativos, mas para saber qual é o melhor método
para a sua empresa, primeiramente é preciso identificar o tipo de demanda.

Você pode estar se perguntando: mas demanda não é tudo igual? Na verdade não é
igual. Veja por exemplo o arroz e o feijão. Estes são itens de consumo regular no
Brasil, certo? Você pode imaginar que a quantidade vendida ao longo de um ano é
relativamente igual parar estes produtos, não é mesmo? Não existe nenhuma época
ao longo de um ano aqui no Brasil que faça as vendas despencarem ou
aumentarem drasticamente. Quando isso ocorre, podemos dizer que a demanda é
constante.

Embora o nome possa sugerir que a demanda é igual todo mês, não é bem assim.
Demanda constante é aquela que ao longo do tempo não existe uma variação muito
expressiva, mas pode ter uma certa variação! Por exemplo, você compra arroz

sempre na mesma quantidade todo mês? É possível que sim, mas para algumas
famílias pode haver uma certa flutuação. Se naquele mês você não ficou muito em
casa e acabou comendo mais na rua, seus estoques durarão um pouco mais. Da
mesma forma se você ficou mais em casa e também recebeu muitos amigos e
parentes para almoçar e jantar, isto se refletirá nos seus estoques, pois acabarão
um pouco antes, não?

Se olharmos pela ótica dos fabricantes destes produtos, podemos então entender
que há uma variação, mas não é tão gritante. Por isso chamamos de
demanda
constante
.

Este tipo de demanda é diferente de outros produtos como o sorvete. Para


entendermos melhor o tipo de demanda para este produto responda: existe uma
época do ano em que você compra mais sorvete? Provavelmente sua resposta é
sim, no calor! Não só você, mas uma grande parte da população tende a consumir
mais sorvete no verão. Isto quer dizer que ao longo de um ano, haverá alguns
meses em que a demanda subirá consideravelmente, neste caso então a demanda
não é constante, será uma
demanda sazonal
.

Ainda há produtos em que a demanda sobe com uma tendência, como, por
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exemplo, celulares, tablets, notebooks. Quando um produto de tecnologia é lançado
no mercado ele tem uma demanda crescente muito acentuada, mas depois de um
tempo, se algum concorrente ou até a mesma empresa lançar alguma versão
superior, as vendas do produto anterior despencarão. Por exemplo, quando a Apple
lançou o iPhone 5 no mercado, rapidamente as vendas cresceram, assim que o
iPhone 6 foi lançado as vendas deste subiu e as do iPhone 5 caíram. Quando este
tipo de comportamento ocorre, chamamos de
demanda por tendência
.

Saiba mais!
Para calcular a previsão da demanda é preciso primeiramente saber se a
demanda é constante, sazonal ou por tendência. Isto porque há métodos de
previsão da demanda que são ideais para demanda constante e outros que são
para demanda sazonal ou por tendência. Os métodos de previsão podem ser

divididos em qualitativos e quantitativos. São métodos qualitativos: método


Delphi; opinião dos executivos; pesquisa de mercado; estimativas da força de
vendas; e analogia histórica. Já os métodos quantitativos podem ser: método
do último período; método da média aritmética; método da média ponderada;
método da suavização exponencial; e o método dos mínimos quadrados, que
por trabalhar com regressão linear é o único método quantitativo que pode ser
utilizado para demanda por tendência. Os demais métodos são apenas
indicados para demandas constantes.

Saber identificar a demanda e escolher o método mais apropriado é muito


importante para uma boa gestão de materiais de estoque. Mas ainda é preciso
lembrar que os materiais de estoque também não são todos iguais. Para Viana
(2002), os materiais de estoque podem ser classificados quanto à sua aplicação,
quanto ao valor de consumo anual ou quanto à importância operacional.

No que trata de aplicação, podemos dividir em materiais produtivos, matérias-


primas, produtos em fabricação, produtos acabados, materiais de manutenção,
materiais improdutivos e materiais de consumo geral. Observe a seguir a
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classificação dos estoques quanto à aplicação.

Materiais produtivos

Matérias-primas

Produtos em fabricação

Produtos acabados

Materiais de manutenção

Materiais improdutivos

Materiais de consumo geral

Embora estas definições sejam úteis, elas não são as únicas que podemos
encontrar na literatura. Szabo (2015, p. 18-22) apresenta as diversas classificações
que podemos encontrar, alguns já são conhecidos como: matéria-prima, materiais
em processo,  produto acabado e material de manutenção, mas existem vários
outros que são apresentados a seguir.

Componentes

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Materiais diretos

Materiais indiretos

Materiais para expediente

Ferramentas

Mercadorias

Estoque em trânsito

Estoque em consignação

Acho que você conseguiu perceber a quantidade diferentes de materiais de


estoques que precisam ser gerenciados nas empresas. Será que todos eles são
usados nas empresas? A resposta é não, nem todas as empresas vão trabalhar com
cada um deles. Estoque de mercadoria, por exemplo, somente é um tipo de material
que se refere exclusivamente para comércio. Precisamos saber e decorar todos
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estes tipos? Não necessariamente, pois o que precisamos de fato compreender são
as particularidades de cada tipo de material e o papel que cada uma dessas
classificações desempenha. Somente depois de entender o porquê destes materiais
de estoque, para que cada um serve, conseguimos fazer uma gestão eficiente e
eficaz de nossos materiais.

E como fazer uma boa gestão destes materiais? Para auxiliar esta tarefa, podemos
associar a classificação dos materiais a métodos que relacionam o material quanto
ao valor de consumo anual (método que separa os materiais essenciais dos demais,
de modo a concentrar sua atenção no que importa, também conhecido como curva
ABC) e quanto à importância operacional (classificação XYZ de importância). Vamos
conhecer estes a seguir.

3. Curva ABC
Em 1897, Vilfredo Pareto, resolveu estudar a distribuição de renda entre a população
em que vivia. O objetivo era identificar uma “certa regularidade na distribuição da
renda nos países capitalistas e também naqueles onde imperavam relações feudais
ou de capitalismo nascente, estabelecendo um princípio”. Sua descoberta foi de
grande importância, pois ficou evidente um princípio que vemos muito nos dias de
hoje: poucos com muito dinheiro e muitos com pouco dinheiro. “Com base em
estatísticas de diferentes países, Pareto anotou uma série de dados sobre o número
de pessoas correspondentes a diferentes faixas de renda recebida”. Isto permitiu
traçar um gráfico com as diferentes faixas de renda e o número de pessoas que
recebiam valores iguais ou superiores a cada uma destas faixas (VIANA, 2002, p. 64).
Assim surgiu o Diagrama de Pareto. Observe a Figura 2.

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Figura 2 - Diagrama de Pareto.

Como pode ser observado na figura, 20% dos itens ou da população já representa
um montante de 80% do valor. Este princípio 80/20n foi adaptado a realidade dos
materiais e dos estoques. No âmbito empresarial, o princípio foi primeiramente
usado por F. Dixie na General Eletric (GE), mas nos últimos anos se tornou uma
importante ferramenta no controle dos materiais justamente por ser e fácil
aplicação.

Você quer ver?


Vilfredo Pareto foi um ilustre economista, sociólogo e engenheiro  do final do
século 19 que, por meio dos estudos sobre distribuição de renda desenvolveu o
princípio 80/20. Isto porque ficou evidente que cerca de 20% (uma pequena
parcela da população) possuía 80%  (uma grande parcela) da renda total na
época. Esta distribuição de 80% e 20%) ficou conhecida como distribuição ou
gráfico de Pareto, e se tornou um princípio com muitas aplicações, inclusive na
produtividade das pessoas.

Quer ver?

Acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=BsgMxLaCPXI&t=10s

A aplicação do princípio de Pareto é chamada de Curva ABC quando aplicada aos


estoques. Trata-se de uma proposta de divisão dos materiais em três grupos por
ordem de importância: classe A, classe B e classe C.

Se fizéssemos um levantamento de todos os itens que estão na nossa despensa,


suas respectivas quantidade e valores, seria possível encontrarmos o mesmo
princípio fundamental da maioria dos estoques: 20/30/50. Isto quer dizer que, se se
analisarmos financeiramente o montante que temos nas prateleiras, veremos que
20% dos itens podem ser considerados como sendo de classe A e eles representam
cerca de 80% de todo o valor investido em estoque. Observe a seguir a classificação
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ABC aplicada aos estoques.

Classe A

Classe B

Classe C

Embora estes sejam os percentuais mais recorrentes, é importante ressaltar que


eles não são exatos em toda organização e é comum variar de empresa para
empresa.

Mas ao analisar os estoques é possível perceber o mesmo que Pareto percebeu! Da


mesma forma que havia uma certa concentração de renda na não de uma pequena
parte da população, nos estoques o efeito é o mesmo: alguns poucos itens já
representam a maior parte do valor investido em estoque.

"Se nos concentrarmos em alguns poucos materiais, conseguiremos economias e


resultados muito mais significativos e com menor esforço do que se tentarmos
gerenciar todos os itens com o mesmo grau de atenção."
(SZABO, 2015, p. 136)

Existem muitos autores que abordam a aplicação da Curva ABC e todos falam de
como pode ser benéfica a sua aplicação. Veja:
Nogueira (2012, p. 104) – muitas empresas ainda mantêm vários itens em
estoque por medo de que os mesmos faltem em sua linha de produção ou no
estoque do centro de distribuição, comprometendo assim a entrega do produto
ao cliente. Para manter um controle melhor do estoque e reduzir seu custo,
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sem comprometer o nível de atendimento, é importante classificar os itens de


acordo com sua importância relativa no estoque.
Moura (2004, p. 5) – a classificação por valor (curva ABC) consiste no
agrupamento de todos os materiais em 3 categorias, de acordo com o valor
atualizado ou corrigido de cada item, de forma a permitir um tratamento
seletivo aos mais representativos. O valor atualizado ou corrigido de cada item
pode ser considerado em relação ao seu saldo em estoques e/ou valor de sua
demanda.
Martins e Alt (2009, 0. 211) – a análise ABC é uma das formas mais usuais de
examinar estoques. Essa análise consiste na verificação, em certo espaço de
tempo (normalmente 6 meses a 1 ano), do consumo, em valor monetário ou
quantidade, dos itens em estoque, para que eles possam ser classificados em
ordem crescente de importância.
Pozo (2009, p. 93) - a utilização da curva ABC é extremamente vantajosa, porque
pode reduzir as imobilizações em estoques sem prejudicar a segurança, pois
ela controla mais rigidamente os itens de classe A e, mais superficialmente, os

de classe C. A classificação ABC é usada em relação a várias unidades de


medidas como peso, tempo, volume, custo unitário etc.

O que todos estes autores concordam? Que por meio da classificação ABC é
possível identificar quais materiais precisarão de mais atenção e de um inventário e
controle mais frequente. Você pode adotar políticas de gestão de estoque diferentes
para cada classificação. Veja a seguir.

Política de estoque para classe A

Política de estoque para classe B

Política de estoque para classe C

Sabemos então que a Curva ABC é uma importante ferramenta para gerenciar
materiais, mas como montar o gráfico e identificar quais itens pertencem a cada
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classe? Para isso precisaremos seguir quatro passos:
1. Listar todos os materiais estocados em uma tabela, com a descrição do
material, o valor por peça, o número de peças em estoque e o valor total.
2. Ordenar esta tabela pelo item de maior valor total para o de menor valor total.
3. Criar uma coluna de valor acumulado. Deve-se somar o valor total do item com
todos os itens anteriores com valor maior, começando do primeiro item.
4. Dividir a tabela em faixas percentuais que mais se aproximam da classificação
ABC (20/30/50).

Identificar cada classe correspondente nos permitirá dar um tratamento


diferenciado para cada um, isto porque os itens de classe A são imprescindíveis e
sua falta interromperá a produção. Os itens de classe B possui um grau de
importância um pouco menor, porém sua falta não impactará a produção no curto
prazo. Por fim temos os itens  de classe C, que não possuem um elevado grau de
importância e passam a ter um controle de estoques menos frequente.

"É importante observar que, nem sempre os itens de alto valor unitário farão parte
da classe A, enquanto que os itens de baixo valor poderão o ser, em função do nível
acumulado da demanda. Os itens A deverão de o estoque de reserva no menor nível
possível. Os itens B deverão ter um estoque de reserva médio. Os itens C podem ter
o seu estoque de reserva com uma margem de segurança. Periodicamente, deve-se
reavaliar a curva ABC traçada, pois a frequência na demanda para cada item varia
com o tempo e, em consequência do desenvolvimento tecnológico crescente, os
estoques tornam-se obsoletos."
(RODRIGUES, 2003, p. 50)

Embora os itens de classe C tenham um grau de importância menor, eles não


devem ser ignorados! A falta de um simples prego pode comprometer toda a
produção de uma mesa, por exemplo. Estes itens você pode comprar em maior
quantidade e deixar nos estoques. Mas lembre-se que isso tem um efeito sobre o
giro dos estoques. Ter mais peças estocadas significa que seus estoques vão ter um
tempo maior de cobertura e você comprará menos vezes ao longo do ano.

Nogueira (2012, p. 109) sugere uma cobertura de estoque para cada classe de itens:
cobertura de 7 dias para itens de classe A; cobertura de 15 dias para itens de classe
B; e cobertura de 30 dias para itens de classe C.  O autor ainda faz ainda algumas
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recomendações quanto aos parâmetros para a classificação ABC. Veja a seguir.

Escopo

Critério de priorização

Sistemática de apuração

Horizonte de alcance

Periodicidade

Responsabilidade

Ponto de corte

Pozo (2009, p. 96) concorda com Nogueira em relação ao Ponto de corte, pois não
existe regra restrita ou fixa para delimitarmos os percentuais das classes. Para o
autor, a classificação dependerá da prioridade exigida para tomar uma decisão  e da
disponibilidade de tempo. O que realmente conta é o bom senso e a sensibilidade
do gestor, pois estas predominam.

Embora a nomenclatura ABC seja a mais habitual, Nogueira (2012, p. 112) ressalta
que em alguns casos, a empresa pode ainda adotar a nomenclatura D e E: D para
itens sem consumo no ano anterior (conhecidos como material de baixa
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rotatividade ou
slow moving
); E para itens obsoletos, desativados ou descontinuados
(que normalmente será retirado do estoque, como sucata ou com destinação para
reciclagem).

Agora que aprendemos sobre curva ABC, sua aplicação e vantagens, vamos treinar
um pouco? Segue alguns exercícios.

Exercício 1

Uma empresa necessita identificar quais os itens em seu estoque possuem maior
grau de importância. Você optou por fazer uma análise da Curva ABC (20/30/50) e
levantou inicialmente os seguintes dados:

Ao finalizar a curva ABC, quais itens você classificou como sendo de classe A e B?
Quais são os seus respectivos percentuais?

Resposta

Exercício 2

Uma empresa necessita identificar quais itens em seu estoque possuem maior grau
de importância. Você optou por fazer uma análise da Curva ABC (20/30/50) e
levantou inicialmente os seguintes dados:

Resposta

https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=u05%2f7THzVHI5tn5TJzsevg%3d%3d&l=U6xycJ1%2f7ZnuU4xXdqLQRQ%3d%3d&cd=EEjSEH400… 18/28
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Agora que você já sabe aplicar a curva ABC, você está apto para gerenciar os
estoques separando o essencial do acessório, se preocupando com o que realmente
é importante em termos de valor de consumo.

Para gerenciar os estoques, também, podemos fazer uso da metodologia XYZ.


Vamos conhecer um pouco mais?

4. Método da criticidade – XYZ


Pense nos materiais diferentes que um hospital precisa ter tanto para atendimento
ambulatorial quanto para procedimentos cirúrgicos, seria uma infinidade, não é
mesmo? E quanto a farmácia do hospital?  Sabemos que os estoques podem ser
avaliados pelo valor financeiro, mas será que na farmácia de um hospital somente
classificar em termos monetários é o bastante? Nem sempre é o bastante. Para isso
foi desenvolvida a metodologia de análise de criticidade, também conhecido como
método XYZ, que estabelece graus de importância para os materiais.

Segundo Viana (2002, p. 54), a maioria dos métodos matemáticos “não diferencia os
diversos materiais de estoque e não considera a sua individualidade, com exceção
para matérias-primas, por terem suas demandas suportadas por programas de
produção e vendas”. Mas e os materiais que não tem grande consumo e se faltar irá
acarretar uma parada na produção? Não seria ainda pior se por falta de um produto
a empresa corresse riscos de poluição ambiental e segurança industrial?  Nestes
casos, o custo da falta do produto é maior do que o custo de estocar.

Para casos como este, o autor sugere o uso da classificação da importância


operacional, pois por meio desta metodologia é possível identificar quais materiais
são imprescindíveis para que a empresa opere normalmente. São as classificações
X, Y e Z:

Materiais X
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Materiais Y

Materiais Z

Não é interessante que o método de análise crítica possa ser aplicado tanto em
indústria quanto em empresas prestadoras de serviço?

Mas como eu poderia aplicar este método na minha indústria ou minha empresa?
Uma técnica possível é responder algumas questões: O material é imprescindível ao
equipamento? O equipamento pertence à linha de produção? O material possui
Similar?

Viana (2002) diz que a combinação das respostas pode levar as situações
apresentadas no Quadro 7.

Q S f
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Quadro 7
– Seleção para classificação de importância operacional.

Fonte: Viana (2002, p.55)

Da mesma forma que é feito em indústrias, na prestação de serviço, como no


hospital, também é possível identificar os materiais XYZ respondendo algumas
perguntas. Barbieri e Machline (2006) apud Lourenço e Castilho (2007) sugerem as
seguintes questões:
Esse material é essencial para alguma atividade vital da organização?
Esse material pode ser adquirido facilmente?
O fornecimento desse material é problemático?
Esse material possui equivalente(s) já especificado(s)?
Algum material equivalente pode ser encontrado facilmente?

Qual é a grande contribuição da análise de criticidade XYZ? Ela classifica os matérias


em termos de produção (e quão crítica é a ausência). O que o difere da Curva ABC? A
curva ABC classifica os materiais apenas em relação ao seu valor.

Fique atento
: um item pode ser de baixo valor e na curva ABC ele seria classificado
como C, entretanto trata-se de um item importado que não pode ser substituído por
um similar e que pode demorar até 3 meses para chegar. Neste caso, a sua
criticidade é muito alta, e este material seria classificado como Z.

Por isto é importante fazermos uso não somente de uma ou outra metodologia,
pois a sua combinação pode ser mais interessante. Neste caso teríamos nove
combinações diferentes. Veja a Figura 3.

Falamos muito de criticidade e essa é um tipo de classificação importante, mas


existem outras, tal como perecibilidade e Periculosidade. Vamos conhecer mais?

5. Conceito de administração
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de materiais
Administrar materiais, em especial nas indústrias, pode não ser uma tarefa tão
simples, não é mesmo? Devo administrar pelo valor do material? Pelo fato dele se
deteriorar mais rápido do que outro produto? Por ele ser perigoso? Por ele ser
essencial à produção? São muitas classificações possíveis e que variam de empresa
para empresa. Você precisa, neste momento, entender os conceitos do que é um
material crítico, o que é periculosidade e perecibilidade. Entendo os conceitos e
como deve gerir estes itens, não importa qual a empresa que você trabalha, você
conseguirá gerir os seus estoques considerando como o material é classificado.
Vamos entender melhor?

Material Crítico

Essa é uma classificação muito usada nas indústrias e as razões por classificar
como crítico podem ser várias: por problemas de obtenção do material, por motivos
econômicos, por problemas de armazenagem e transporte, por problemas de
previsão ou até mesmo por razões de segurança.
Dificuldade de obtenção
:  material importado; fornecido por uma única
empresa; escasso no mercado; é um material estratégico, de difícil obtenção ou
fabricação.
Razões financeiras
: material de alto valor; de alto custo de armazenagem; de
alto custo de transporte.
Dificuldades de armazenagem e transporte
: é perecível; de alta
periculosidade; muito pesado; de dimensões grandes.
Dificuldade de previsão:
o material é difícil de realizar uma previsão de
consumo.
Razões de segurança:
reposição de alto custo; para equipamento vital da
produção.

São muitos motivos para considerar um material como crítico, não é mesmo? Para
facilitar um pouco, Viana (2002, p. 57) propõe um fluxo sequencial de análise para
decidir se o material é crítico ou não. Observe a Figura 4.
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Fi 4 Fl i ld áli l i ã d t i l íti
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Figura 4 – Fluxo sequencial de análise para eleição de material crítico

Fonte: Viana (2002, p. 57)

Reparou que periculosidade e perecibilidade são motivos para considerarmos um


material como crítico? Vamos ver mais sobre isso?

Perecibilidade
Já aconteceu de você jogar algum produto no lixo sem tê-lo usado pelo simples fato
de estar vencido? Isso acontece muito, às vezes, você pode comprar uma
quantidade maior do que consome e o que sobra acaba também estragando. Há
materiais que não se deterioram no curto prazo ou médio prazo, mas outros sim.  O
nome técnico para isso é perecibilidade.

Existem materiais que perdem suas propriedades físico-químicas com o passar do


tempo ou até mesmo como está sendo armazenado. Saber entender e classificar os
materiais como sendo de perecibilidade nos permite algumas medidas:
Mudar o tamanho do lote de compra para que fique dentro do tempo de
armazenamento permitido.
Realizar revisão periódica na armazenagem, para checar condições de
estocagem para corrigir eventuais falhas ou até mesmo descartar materiais que
não estão mais em condições de uso.
Definir apropriadamente os locais de armazenagem e orientar os funcionários
envolvidos quanto aos cuidados que devem ser observados.

Como podemos classificar os materiais perecíveis? Observe o quadro a seguir.

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Figura 15 – Atividades da Administração de Materiais

Fonte: Francischini e Gurgel (2010, p. 5)

São muitas formas de deterioração de materiais, não é mesmo? Ainda tem aqueles
materiais que oferecem riscos à segurança. Vamos ver?

Periculosidade
Existem alguns produtos químicos e gases que são incompatíveis com outros
produtos, isto por conta de suas próprias características físico-químicas, por isso
eles acabam oferecendo risco à segurança das pessoas e do próprio patrimônio.

Classificar materiais como de periculosidade permite tomar mais cuidados no


manuseio, no transporte e na armazenagem do mesmo.

Você quer ler?


A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) estabelece as normas
tanto para transporte de produtos líquidos inflamáveis quanto para transporte
de produtos perigosos por incompatibilidade química. São várias as
normas
disponíveis no site da abnt
.

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Depois de ver tantas possibilidades diferentes de classificação, vamos ver um


resumo? O quadro a seguir apresenta os tipos de classificação que abordamos
nesta unidade, seus respectivos objetivos, vantagens e desvantagens.

Síntese
Chegamos ao final desta unidade. Aprofundamos nossos conhecimentos sobre
administração da produção. Vimos que toda empresa precisa definir primeiramente
a sua estratégia corporativa, pois ela será a base para a definição de todas as

demais estratégias da empresa, como a estratégia de marketing, de


desenvolvimento de novos produtos e de produção. Neste capítulo você teve a
oportunidade de:

Entender o que é administrar produção e seu papel estratégico nas organizações.


Compreender as diferenças entre produtos e serviços.
Conhecer as prioridades competitivas para a definição da estratégia de produção

Compreender que um sistema de produção é um conjunto de entradas que são


transformadas em produto e serviço.

Identificar os diversos tipos de sistema de produção: em linha, intermitente, de


projeto, orientado para encomenda, orientado para estoque, modularizado.

Perceber a importância do projeto de um produto e serviço. E ainda perceber que é


preciso primeiramente entender o ciclo de vida do produto para realizar um bom
projeto.

Compreender como o arranjo físico é importante para os diversos tipos de sistema


de produção.

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Reconhecer os tipos de arranjos: em linha, funcional, posição fixa, celular e misto.

Entender que gerir recursos materiais e patrimoniais faz parte de uma boa
administração da produção.

Download do PDF da unidade

Bibliografia
CHIAVENATO, I.
Gestão da Produção
: uma abordagem introdutória. 3. ed. Barueri,
SP : Manole,

2014.

CHIAVENATO, I.
Gestão de Materiais
: uma abordagem introdutória. 3. ed. Barueri,
SP : Manole, 2014b.

CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A.


Administração de produção e de operações
:
manufatura e serviços : uma abordagem estratégica. São Paulo : Atlas, 2013.

FRANCISCHINI, P. G.; GURGEL, F. do A.


Administração de materiais e do
patrimônio
, São Paulo : Cengage Learning, 2010.

KRAJEWSKI, Lee J. Et al.


Administração de produção e operações.
8. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2009.

LÉLIS, E. C.
Gestão da produção
. São Paulo : Pearson Education do Brasil, 2014.

MARTINS, P. G.; Alt, P. R. C.


Administração de Materiais e recursos patrimoniais
.
3. ed. São Paulo : Saraiva, 2009.

MOREIRA, D. A.
Administração da produção e operações.
2. ed. São Paulo :
Cengage Learning, 2011.

SLACK, N. et al.
Administração da produção
. São Paulo: Atlas, 2007.
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=u05%2f7THzVHI5tn5TJzsevg%3d%3d&l=U6xycJ1%2f7ZnuU4xXdqLQRQ%3d%3d&cd=EEjSEH400… 27/28
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