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PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO - (Lucas 16.

19-
31)

EDMARIO DE JESUS
"Um grande abismo" que Abraão diz existir entre o Céu e o Inferno indica que é só na vida
terrestre que podemos nos converter. A morte nos estabelece em nossa condição definitiva: Ou o
Céu para sempre ou o Inferno para sempre. A parábola adverte claramente: a misericórdia de
Deus para conosco é proporcional à nossa misericórdia para com o próximo. Quando esta falta,
quando não tem lugar no nosso coração fechado, ela não pode entrar. Se eu não escancarar a
porta do meu coração aos pobres, a porta está fechada. https
://noticias.cancaonova.com/especiais/pontificado/francisco/catequese-do-papa-parabola-do-rico-e-
lazaro
/
Jesus nesse texto abre as cortinas e levanta a ponta do véu e nos mostra o que vem depois
da morte: CÉU OU INFERNO. O mendigo foi escoltado pelos anjos para o Seio de
Abraão, a Casa do Pai, O PARAÍSO, o lugar de bem-aventurança eterna.
https://hernandesdiaslopes.com.br/grandes-e-profundos-contrastes/

Lázaro morreu e foi levado PELOS ANJOS PARA O CÉU. Lá só experimentou o consolo sem o
mínimo de sofrimento. Já o Rico morreu em desespero E SE VIU NO INFERNO, onde nem um
pouco de água na ponta do dedo lhe concediam. O rico tinha apenas TORMENTOS sem o mínimo
consolo. http://
procurandoverdadebiblica.blogspot.com/2014/04/estudo-27-juizo-final-o-rico-e-lazaro.html

"Tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e
me refresque a língua, porque estou ATORMENTADO NESTA CHAMA.“ Neste ponto,
não posso deixar de fazer uma observação: Estas palavras que encontramos no evangelho
de Lucas foram ditas pelo próprio Senhor Jesus Cristo e Ele diz que o Hades (O
INFERNO) é um lugar de tormentos para aqueles que PASSARÃO A ETERNIDADE
Como Interpretar a Parábola do Rico e Lázaro em Lucas 16.19-31?
Alguns sugerem que o relato de Lucas 16.19-31 deveria ser INTERPRETADO LITERALMENTE,
como uma descrição do ESTADO DO HOMEM NA MORTE. Mas essa interpretação nos levaria a
uma série de CONCLUSÕES INCONSISTENTES com o restante das Escrituras.
Essa é uma das parábolas de Jesus que exige uma COMPREENSÃO MAIOR DAS
ESCRITURAS, pois você precisar fazer uma análise dela com UMA VISÃO MACRO DA
BÍBLIA.
As parábolas que Jesus contava não eram necessariamente histórias BASEADAS EM
FATOS REAIS. A Parábola do Rico e Lázaro É UMA DELAS.
Onde começa a Parábola? Nos CAPÍTULOS 15 e 16 de Lucas, Cristo apresenta várias parábolas em resposta
à DISCRIMINAÇÃO DOS ESCRIBAS E FARISEUS, presos às suas tradições, sem amor para com as
CLASSES MARGINALIZADAS. Neste CONTEXTO é apresentada a parábola do rico e Lázaro (Lucas 16.19-
31).
A tradição religiosa de Israel e Judá continuou ALIMENTANDO O PENSAMENTO de que se
alguém ERA JUSTO E CORRETO diante de Deus, TUDO IRIA BEM. Com isso eles desprezavam
os pobres, as viúvas e os órfãos por acreditarem que O JUÍZO DE DEUS HAVÍA RECAÍDO SOBRE
A Parábola de Lázaro e o Rico é uma CRÍTICA ELES. DE JESUS A ESSE PENSAMENTO. Por
isso Ele utiliza o exemplo de um rico e um pobre SEM SE ATER A DETALHES, porque o
seu público ENTENDIA CLARAMENTE o que ele estava falando (Lucas 16.19-21).
COMO PENSAVAM OS JUDEUS DO TEMPO DE JESUS?
Os líderes religiosos tinham dificuldades em acreditar que o POBRE FOSSE AO CÉU
porque enxergava sua pobreza como SINONIMO DE PUNIÇÃO DIVINA, contra delitos e
pecados.
Jesus traça o perfil do rico como alguém que TINHA TUDO O QUE DESEJAVA, vivia ostentando luxo e bem-
estar. Lázaro, tão pobre que DESEJAVA COMER O RESTO DAS COMIDAS que caía da mesa dos ricos.
Além disso, Lázaro tinha o corpo coberto por feridas, ou seja, SUA SAÚDE ESTAVA ARRUINADA E ERA
POBRE.
A POBREZA de Lázaro não o tornava um HOMEM INJUSTO DIANTE DE DEUS. Assim como os
bens do rico, NÃO O TORNAVA UM HOMEM JUSTO. Por um momento a estória de Lázaro e o
rico PARECE dar a entender que a salvação é POR MÉRITO, mas não é! (Efésios 2.8).
Na parábola de Lázaro e o rico o Senhor Jesus COMBATE O PENSAMENTO TRIUNFALISTA
DOS JUDEUS. Eles acreditavam que se alguém ERA JUSTO DIANTE DE DEUS, nada de mal lhe
aconteceria nessa vida e APÓS A MORTE, teriam uma vida eterna tranquila, com Deus. JESUS
CONTRARIA ESSE PENSAMENTO na parábola, mostrando que a salvação NÃO É FEITA COM
BASE EM MÉRITO.
A Salvação é oferecida POR DEUS A TODA CRIATURA, sem distinção entre ricos e pobres, judeus ou não-
judeus. Mas, se os homens desperdiçam as oportunidades SE APOIANDO EM TRADIÇÃO HUMANA antes
que nas Escrituras, acabam por si mesmos cavando ENTRE ELES E DEUS UM ABISMO
INTRANSPONÍVEL.
O Estado do Homem na Morte...
Se a Parábola quer mostrar o estado do homem DEPOIS DA MORTE em 1º lugar, teríamos
de admitir que o CÉU E INFERNO se encontram suficientemente próximos para
PERMITIR UMA CONVERSA entre os habitantes de ambos os lugares (versos 23-31).
Teríamos de acreditar também NA VIDA APÓS A MORTE, enquanto o corpo jaz na
sepultura, CONTINUA EXISTINDO de forma consciente uma espécie de ALMA
ESPIRITUAL que possui “olhos”, “dedo” e “língua”, e que inclusive pode SENTIR SEDE
(versos
Se esta fosse uma DESCRIÇÃO REAL do estado 23 e 24).
do homem na morte, então o Céu certamente NÃO SERIA
UM LUGAR DE ALEGRIA E FELICIDADE, pois os salvos poderiam acompanhar de perto OS INFIDÁVEIS
SOFRIMENTOS de seus entes queridos que se perderam e até mesmo DIALOGAR COM ELES (versos 23-
31).
Num contexto como esse, seria PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL o cumprimento da
promessa bíblica de que então “NÃO haverá luto, NEM pranto, NEM dor” (Apoc. 21.4).
George E. Ladd, por exemplo, diz que essa história era provavelmente “uma parábola de uso
corrente NO PENSAMENTO JUDAICO e não tenciona ensinar coisa alguma ACERCA DO
ESTADO DOS MORTOS”. (O Novo Dicionário da Bíblia [São Paulo: Vida Nova, 1962], vol. 1, p.
512).
CONTEXTO DA PARÁBOLA:
Com esta narrativa, Jesus pretendia REPREENDER AS CLASSES DOMINANTES JUDAICAS, muito
especialmente OS FARISEUS, “que eram gananciosos” (Lucas 16.14); OS SADUCEUS que faziam pouco caso
da esperança messiânica e NÃO ACREDITAVAM NA RESSURREIÇÃO (Marcos 12.18-27); e OS ESCRIBAS
que impunham FARDOS PESADOS E DIFÍCEIS de serem suportados, PRESOS ÀS SUAS TRADIÇÕES.
O homem rico é uma representação de desses JUDEUS NOMINAIS, mergulhados em seu ORGULHO
FARISAICO, os quais seguiram rigorosamente SUAS TRADIÇÕES, sem demonstrarem AMOR para com os
gentios. Os judeus deveriam ser depositários dos oráculos divinos e UMA LUZ PARA AS NAÇÕES.
Por outro lado, Lázaro, ERA UM MENDIGO que desejava alimentar-se das MIGALHAS que caíam
da mesa do rico. Especificamente nesta parábola Lázaro REPRESENTAVA OS GENTIOS, uma
classe MARGINALIZADA pelos líderes judeus. Diante dos abastados judeus, falando-se
espiritualmente, OS GENTIOS VIVIAM DE MIGALHAS, pois eram tratados com INDIFERENÇA.
Em Mateus 15.21-28, Jesus APARENTEMENTE não queria operar o MILAGRE a uma mulher Cananéia. A
mulher replica, dizendo que os cachorrinhos COMEM DAS MIGALHAS que caem da mesa dos seus
senhores, significando que ELA NÃO QUERIA TUDO, mas apenas um único favor do Senhor. ASSIM
VIVAM OS GENTIOS. Assim era o Lázaro da parábola, uma REPRESENTAÇÃO DOS GENTIOS, tal como
a mulher Cananéia.
Eles consideravam os gentios como os COITADOS, considerados como cães, IMUNDOS E INDIGNOS do
favor do Céu, pelos judeus. Não foram os “ESCOLHIDOS DE DEUS”, eram, portanto, os “LÁZAROS
ESPIRITUAIS”.
ERROS DA ANÁLISE LITERAL DA PARÁBOLA
1º Ser rico é motivo de ser MANDADO AO INFERNO, apesar de ter demonstrado tão GRANDE
BENEVOLENCIA para com o pobre Lázaro e a própria parábola NÃO DIZ que o rico era um homem mau!
2º Ser mendigo é PASSAPORTE para o Céu, uma vez que a parábola em NADA INDICA
que o mendigo era um homem JUSTO ou que CRIA no Senhor.
3º É possível falar perfeitamente como em uma CONVERSA NORMAL enquanto
QUEIMA-SE entre as chamas de um FOGO VERDADEIRO (vs. 23-31).
4º O mediador NÃO É JESUS, mas Abraão, para atender o CHAMADO do rico (I Timóteo
2.5; João 14.6; Efésios 2.18, etc.).
5º Se os mortos justos partem para o “SEIO DE ABRAÃO” na morte, PARA ONDE partiu
Abraão quando morreu? E para onde iam os que morriam ANTES DE ABRAÃO?
6º Caim inaugurou o TORMENTO DO HADES e está queimando a seis mil anos até hoje.
7º O personagem Abraão fala que “ainda que RESSUSCITE alguém dentre os mortos” (vs. 30 e 31),
confirmando que SÓ A RESURREIÇÃO é o caminho do RETORNO de quem morreu.
8º O rico reconhece Abraão (vers.23), o que demonstra que tinha FAMILIARIDADE, mas na própria
parábola ABRAÃO CITA MOISÉS (vers.29), que é de SÉCULOS POSTERIORES.
O SIGNIFICADO DOS ELEMENTOS DA PARÁBOLA

O homem rico representava A NAÇÃO JUDAICA, que se orgulhava de se autoconsiderar “OS


FILHOS DE ABRAÃO” (João 8.33). Eram o povo escolhido de Deus, a nação eleita. Deus lhes
computou todas as RESPONSABILIDADES DO REINO como os Seus filhos.
Como o rico, os judeus NÃO ESTENDIAM A MÃO para auxiliar os gentios em suas necessidades
espirituais. Cheios de orgulho, consideravam-se o povo ESCOLHIDO E FAVORECIDO DE DEUS.
Depositavam confiança na circunstância de SEREM FILHOS DE ABRAÃO, João 8.33).
Embora estes fossem “OS RICOS DO REINO”, devendo ser a luz das nações e os reis da terra deveriam
caminhar vendo a glória de Deus que paira sobre eles (Isa 60.3), não aproveitaram essa sua riqueza. Os
gentios, contudo, mesmo sendo os “LÁZAROS ESPIRITUAIS”, desprezados pelos judeus por não serem os
“FILHOS DE ABRAÃO”, demonstraram uma fé muito SUPERIOR A DOS PRÓPRIOS JUDEUS.
O evangelho haveria de ser então ANUNCIADO em seu poder AOS GENTIOS (Lázaro), a
fim de que também eles PARTICIPASSEM DA MESA DO REINO. Não comeriam mais
migalhas da mesa do Senhor, mas fariam parte do BANQUETE DO REINO (Luc. 13.29).
Essa é a lição moral da parábola. Nada, NEM MESMO UMA RESSURREIÇÃO, poderia
converter aquela nação novamente. Tornaram-se CEGOS ESPIRITUAIS, cavaram-se a si
mesmo um ABISMO INTRANSPONÍVEL entre eles e Deus, entre eles e a salvação (Luc.16:26).
TEMPORAIS E ESPIRITUAIS, mas recusou cooperar
com Deus no uso destas bênçãos. Isto se dava com a
nação judaica. O Senhor fizera dos judeus
DEPOSITÁRIOS DA VERDADE SAGRADA. Nomeou-
os mordomos de Sua graça... CHEIOS DE ORGULHO,
consideravam-se o povo ESCOLHIDO E
FAVORECIDO DE DEUS; contudo não serviam nem
adoravam a Deus. Depositavam confiança na
circunstância de SEREM FILHOS DE ABRAÃO.
"Somos descendência de Abraão", diziam, com altivez.
João 8.33. Ao chegar a crise foi revelado que se tinham
divorciado de Deus, E CONFIADO EM ABRAÃO
COMO SE FOSSE UM DEUS. Cristo não reconhecia
virtude na ESTIRPE. Ensinava que a ligação espiritual
SUPERA A NATURAL. Os judeus diziam ser
descendentes de Abraão; porém, deixando de fazer as
obras de Abraão, PROVAVAM NÃO SER SEUS
VERDADEIROS FILHOS. Somente os que provam
estar em HARMONIA espiritual com Abraão,
obedecendo à voz de Deus, são tidos como da

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