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02 Elementos de Apoio
02 Elementos de Apoio
FEDERAL
Elementos de Apoio
– Buchas;
– Guias;
– Rolamentos;
– Mancais.
Buchas e mancais são elementos que funcionam conjuntamente
As buchas existem desde que se passou a usar transportes com rodas e eixos.
No caso de rodas de madeira, até hoje utilizadas em carros de boi, sempre existiu o
problema de atrito. Durante o movimento de rotação as superfícies em rotação
provocavam atrito e, com o tempo, desgastavam-se os eixos e era preciso trocá-los.
Com a introdução das rodas de aço manteve-se o problema com atrito. A solução encontrada
foi a de colocar um anel de metal entre o eixo e as rodas.
Esse anel, mais conhecido como bucha, reduz bastante o atrito, passando a constituir um
elemento de apoio indispensável.
As buchas são classificadas em de fricção radial e de fricção axial. Veremos com mais
detalhamento em breve.
As guias também são elementos de apoio de máquinas. Elas possuem a função de manter a
direção de uma peça em movimento: portas e janelas de correr, portões… Todos eles utilizam
trilhos que evitam que o movimento saia da direção. A guia tem a mesma função destes
trilhos. Numa máquina industrial – como uma serra de fita - a guia assegura a direção da
trajetória da serra.
Normalmente utiliza-se mais de uma guia numa máquina. Um conjunto com diversos tipos
de guias de perfis variados recebe o nome de barramento. Existem diversos tipos de
barramentos, conforme a função que eles exercem.
Os mancais, assim como as buchas, têm a função de servir de suporto a eixos – além de
reduzir o atrito e amortecer choques ou vibrações. Eles podem ser de deslizamento ou de
rolamento.
Os mancais de deslizamento são constituídos de uma bucha fixada num suporte. São usados
em máquinas pesadas ou equipamentos de baixa rotação.
De acordo com as forças que suportam, os mancais podem ser classificados como radiais,
axiais ou mistos.
As buchas podem ser classificadas quanto ao tipo de solicitação. Nesse sentido, elas podem
ser de fricção radial para esforços radiais, de fricção axial para esforços axiais e cônicos para
esforços nos dois sentidos.
As buchas de fricção radial podem ter várias formas. As mais comuns são feitas de um corpo
cilíndrico furado, sendo que o furo possibilita a entrada de lubrificantes. Essas buchas são
usadas em peças para cargas pequenas e em lugares onde a manutenção seja fácil.
Em alguns casos essas buchas são
cilíndricas na parte interior e cônicas na
parte exterior. Os extremos são roscados e
possuem três rasgos longitudinais, o que
permite o reajuste das buchas nas peças.
A bucha de fricção axial é utilizada para suportar o esforço de um eixo em posição vertical –
ou seja, quando o esforço ocorre na direção do eixo.
A bucha cônica é usada para suportar um eixo do qual se exige esforço radial e axial. Quase
sempre essas buchas requerem um dispositivo de fixação, e – por isso – são pouco
empregadas.
– Ajuste h7 – n 6;
– Distância (e) com saída por baixo do cavaco;
– Bucha com borda para limitação da descida;
– Diâmetro (d) conforme ferramenta rotativa;
– Diâmetro (D) maior que a ferramenta rotativa;
Quando dois furos são próximos um do outro, usam-se duas buchas-guia com borda e
travamento entre si. Ou usa-se uma bucha-guia de diâmetro que comporte os furos com
travamento lateral por pino.
Se for necessário trocar a bucha-guia durante o processo de usinagem, utiliza-se uma bucha-
guia do tipo removível com ajuste H7 – j6, cabeça recartilhada e travamento lateral por
parafuso de fenda.
Aqui o trilho serve como guia para a porta ter movimento de direção controlada –
trajetória.
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Guias
De modo geral, as guias são lubrificadas com óleo, que é introduzido entre as superfícies em
contato por meio de ranhuras ou canais de lubrificação. O óleo deve correr pelas ranhuras de
modo que atinja toda a extensão da pista e forme uma película lubrificante. Essas ranhuras
são feitas sempre na pista da peça móvel, conforme ilustrações.
As guias de rolamento geram menor atrito que as guias de deslizamento. Isto ocorre devido
à presença dos elementos rolantes que giram entre as guias. Os elementos rolantes podem
ser esferas ou roletas, conforme ilustrado.
O carro de boi é uma construção simples, feita de madeira, composto de um eixo, carroceria
e rodas. O eixo é fixado à carroceria por meio de dois pedaços de madeira que servem de
guia para o eixo.
Nas extremidades do eixo são encaixadas as rodas; assim, elas movimentam o carro e
servem de apoio para o eixo. Os dois pedaços de madeira e as rodas que apoiam o eixo
constituem os mancais do carro de boi.
Assim o mancal pode ser definido como o suporte ou guia em que se apoia o eixo. No
ponto de contato entre a superfície do eixo e a superfície do mancal ocorre atrito.
Dependendo da solicitação dos esforços, os mancais podem ser de deslizamento ou de
rolamento.
O uso de buchas ou de lubrificantes permite reduzir este atrito e melhorar a rotação do eixo.
As buchas são, em geral, corpos cilíndricos ocos que envolvem os eixos, a fim de permitir
uma melhor rotação. São feitas de materiais macios, como o bronze e ligas de metais leves.
Em geral a normalização dos rolamentos é feita a partir do diâmetro interno d, isto é, a partir
do diâmetro do eixo em que o rolamento será utilizado.
Para cada diâmetro são definidas três séries de rolamentos: leve, média e pesada.
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Mancais
As séries leves são usadas para cargas pequenas. Para cargas maiores são usadas as séries
média ou pesada; dependendo de cada situação. Os valores do diâmetro D e da largura L
aumentam progressivamente em função dos aumentos das cargas.
Os rolamentos classificam-se de acordo com as forças que eles suportam, podendo ser
radiais, axiais ou mistos.
Os rolamentos radiais não suportam cargas axiais e impedem o deslocamento no sentido
transversal ao eixo.
Conforme a solicitação, os mancais apresentam uma infinidade de tipos para as mais diversas
aplicações: máquinas agrícolas, motores elétricos, máquinas, ferramentas, compressores,
construção naval, etc…
Os mancais também são classificados de acordo com os elementos rolantes – conforme
mostrado anteriormente.
Os mancais de rolamento de esferas são apropriados para rotações mais elevadas
Rolamento de agulha
Possui uma seção transversal muito fina em comparação com os rolamentos de rolos
comuns. É utilizado especialmente quando o espaço radial é limitado.
– Deficiência de lubrificação;
– Presença de partículas abrasivas;
– Oxidação;
–
Desgaste por patinação (girar em
– falso);
Nos rolamentos montados em máquinas deve-se verificar, regularmente, se sua parada pode
causar problemas. Os rolamentos que não apresentam aplicações muito críticas, ou que não
são muito solicitados, não precisam de atenção especial.
Na rotina de verificação são usados os seguintes procedimentos: ouvir, sentir e observar.
Para ouvir o funcionamento do rolamento pode-se usar diversos
instrumentos; como este similar a um estetoscópio mostrado ao
lado. Caso o ruído seja suave, é porque o rolamento está em bom
estado. Se o ruído for uniforme, mas apresentar um som
metálico, é necessário lubrificar o rolamento.
Deve-se garantir que não haverá penetração de sujeira e umidade depois da retirada dos
vedadores e das tampas. O conjunto deve ser protegido com papel parafinado, plástico ou
algum outro material similar. Estopa não deve ser usada sob hipótese alguma.
Quando possível, o rolamento deve ser lavado montado no conjunto. Um pincel molhado
com querosene pode ser utilizado para tal, sendo o rolamento secado na sequência com um
pano sem fiapos. Não se lava rolamentos blindados com duas placas de proteção.
Caso os rolamentos estejam em perfeitas condições de uso, deve-se relubrificar de acordo
com as especificações do fabricante da máquina.
Perceba que a representação simbólica de diferentes rolamentos pode ser a mesma. Quando
necessário, a vista frontal do rolamento também pode ser desenhada em representação
simplificada ou simbólica.